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Diligência III - As Prioridades


"Faz o que deves", para um cristão, não é o simples imperativo do dever, da obrigação. É a Vontade do seu Senhor. O que é que Deus quer que eu faça em primeiro lugar? Quais são as tarefas prioritárias no dia de hoje, aos olhos de Deus? Isto é o que interessa, o verdadeiramente "necessário".

Pensando friamente no dever, poderíamos chegar todos os dias à noite e acalmar a consciência, dizendo-nos: "Não fiz outra coisa senão trabalhar seja na fábrica ou no escritório, no lar, na escola ou onde quer que se cumpra a obrigação cotidiana.

Em face de Deus, porém, as coisas são diferentes. O Senhor nunca vai sugerir-nos que abandonemos ou descuidemos as nossas obrigações. Mas frequentemente, se soubermos escutá-lo, dirá: hoje, o que é prioritário para ti é dar o passo decisivo para te reconciliares com o teu marido, e acabar de vez com esse mutismo causado pelo teu orgulho ferido; hoje, não deixes de procurar, lá no escritório, um momento propício para conversar com esse colega que anda cada vez mais desorientado e precisa de uma palavra amiga que o encaminhe; hoje, aproveita o intervalo do almoço, e vai consultar com um sacerdote esse problema de consciência que te atormenta, e cuja resolução já adiaste demais; hoje, começa a pôr em prática o propósito de te levantares antes, de rezar a oração da manhã com pausa e ler umas palavras do Evangelho, que sejam luz para o coração ao longo do dia...

Mas essa voz, essas "palavras" do Senhor, só podem ser ouvidas - é preciso insistir neste ponto - se soubermos recolher-nos em silêncio na presença de Deus, pensar sinceramente na nossa vida e fazer oração.

Todos os cristãos deveríamos estabelecer e manter - e defender como algo de sagrado - pelo menos dez ou quinze minutos diários dedicados à meditação e ao exame da vida na presença de Deus: de manhã, antes de iniciar as atividades; ou pouco antes de recolher-nos para descansar; ou aproveitando a possibilidade de visitar uma igreja numa hora tranquila, quando o silêncio do templo convida ao diálogo íntimo com Deus... Porque é nesses momentos que a alma, com a graça divina, se torna transparente, se liberta da terrível força centrífuga do ativismo, e consegue voltar para o seu centro, esse "centro da alma" de que falam os místicos, onde se encontra com Deus. Para quem quer escutá-lo, aí Deus sempre fala.

E a voz de Deus - como antes lembrávamos - é a que nos esclarece as prioridades e ajuda a hierarquizar pela ordem de importância, os deveres a cumprir. Assim, estamos em condições de "escolher" com "atenção esmerada e cuidadosa". Passamos a ser diligentes.

É importante, neste ponto, perceber que o fato de um dever ser prioritário não significa, via de regra, que se lhe tenha que dedicar maior quantidade de tempo. Há duas maneiras de dar prioridade a alguma obrigação, sem necessidade de prejudicar o tempo exigido pelas ocupações habituais.

Em primeiro lugar, vive-se uma tarefa como prioritária quando se dá importância primária à qualidade com que se realiza. Assim, a um homem que deve trabalhar por longas horas para sustentar a família, Deus muitas vezes lhe sugerirá: no dia de hoje, é prioritário dar ouvidos às preocupações da tua esposa, dedicar uma palavra de estímulo àquele filho. Isto não significa que Ele nos peça um tempo de que não dispomos. Pede-nos, sim, que, dentro do pouco tempo disponível, demos maior qualidade - qualidade de carinho, de intensidade de interesse, de afabilidade - ao relacionamento com os da nossa casa.

Há ainda uma segunda maneira de dar prioridade a um dever, cuja importância percebemos meditando na presença de Deus: a prioridade cronológica. Não a que consiste - repitamos de novo - em lhe dedicar longo tempo. Mas a que consiste em fazê-lo quanto antes.

Pensemos, a esse respeito, na facilidade com que empurramos para depois deveres que certamente julgamos primordiais. Temos consciência de que alguma coisa é importante e não pode ser largada; mas iludimo-nos, dizendo: "Mais tarde"; ou então: "Logo que me sobrar um pouco de tempo". Infelizmente, esse tipo de reações é frequente quando se trata de deveres ara com Deus: missa dominical, oração, etc., ou de deveres relacionados com o serviço do próximo.

Seria lamentável que reservássemos para esses deveres, que consideramos importantes - e que são ressonâncias de apelos divinos -, somente as sobras do tempo. No entanto, é isto o que fazemos com frequência: deixar o refugo do nosso tempo para as exigências do amor de Deus e do amor ao próximo. E aí não há diligência, porque não há amor. A diligência acha sempre o modo de preservar as precedências. A diligência ama o antes e detesta o depois.

Francisco Faus, A Preguiça. São Paulo: Quadrante, 1993. pp. 30-33

Divulgando - Site de Contos

Quero divulgar o excelente site de contos de um rapaz que conheci hoje, o Ariovaldo. 
É, de fato, excelente!


Diligência II - A necessidade da calma e reflexão


A mão que segura e governa as rédeas da atividade é a reflexão. Só quem pensa serenamente nos seus deveres, na maneira de conjugá-los, nas prioridades que entre eles deve estabelecer, nos passos necessários para executá-los, é que possui o governo da ação e do tempo. Esse saberá aproveitar diligentemente cada um dos seus dias, e não será uma marionete puxada aos solavancos pelas cordas do nervosismo e da imprevidência.

Uma atividade madura e eficaz exige - como a planta necessita da terra em que se enraíza - o solo fecundo da serenidade e da meditação. É preciso que aprendamos a parar e a perguntar-nos: Por que estou fazendo as coisas? Como é que as estou fazendo? Atiro-me cegamente numa correnteza de ocupações desordenadas? Estou fazendo realmente o que devo e do melhor modo?

Quando alguém se questiona assim, o impulso instintivo da preguiça será voltar à carga e repetir: "Não tenho tempo, não posso parar, não consigo um mínimo de tranquilidade, o tumulto das ocupações não me 'deixa' meditar..."

Na verdade, quem não nos deixa meditar é a preguiça. É mais fácil escorregar pelo tobogã da rotina, mesmo que seja uma rotina febril, do que ter a coragem de se enfrentar consigo próprio, agarrar com firmeza o leme da vida e controlar energicamente o rumo da navegação.

É por isso que a diligência pressupõe uma "atenção esmerada e cuidadosa" para "apreciar" o valor dos deveres a cumprir, e para os "escolher" conscientemente, "como fruto de uma reflexão atenta e ponderada".

O homem moderno é pobre em interioridade. A ação não lhe nasce de dentro. Medita pouco e quer abranger muito. Então é quase inevitável que num dado momento, talvez quando já chegou longe demais, se lhe tornem claras, como um soco na consciência, as palavras de Santo Agostinho: "Corres bem, mas fora do caminho".

Contaram-me certa vez a história de um homem de idade avançada, que dedicara a vida a uma brilhante atividade empresarial. Chegou a aposentadoria, e um dia - para matar o tempo - pegou no catecismo elementar de um de seus netinhos. Abriu a primeira página e começou a ler: "Quem é Deus?"... E depois: "Para que foi criado o homem? O homem foi criado para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo...". Duas grossas lágrimas rolaram-lhe pela face: "- A minha vida foi vazia. Fiz muitas coisas, mas esqueci-me da única que valia a pena".

Talvez para que essa lição não fosse tardiamente aprendida é que Jesus dirigiu a Marta, em Betânia, aquela afetuosa censura: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada (Lc 10,39 ss).

E, qual era a melhor parte, que Jesus contrapunha ao ativismo inquieto de Marta e aos seus queixumes? Era a atitude de sua irmã Maria, tal como a descreve essa passagem do Evangelho de São Lucas: Maria, sentada aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra.

É evidente que Jesus não censura o trabalho de Marta - Ele que amou tanto o trabalho no lar de Nazaré -, nem sugere substituí-lo por uma pura passividade contemplativa. O que faz é marcar claramente a diferença que existe entre "muitas coisas" e "uma só coisa necessária".

A todos, Deus nos pede que façamos muitas coisas. Mas a única verdadeiramente necessária é que nos coloquemos sinceramente junto dEle - muitas vezes - e escutemos o que tem a dizer-nos.  Assim, as "muitas coisas" unificam-se em " uma só coisa": trabalhar cumprindo a Vontade de Deus.

Todos deveríamos ter, fossem quais fossem as nossas ocupações, uns minutos diários de calma e recolhimento para parar, pensar, orar e procurar enxergar o melhor modo - o que esteja mais de acordo com Deus - de organizarmos e realizarmos as nossas tarefas.

Francisco Faus, A Preguiça. São Paulo: Quadrante, 1993. pp. 28-30.

A mulher para Freud e para a Igreja


Prof. Sidney Silveira

Entre as muitas coisas de que a Igreja é acusada está o ter desvalorizado a mulher. Em síntese, teria sido a mulher durante séculos relegada a um plano muitíssimo inferior ao do homem, tolhida em sua liberdade, reprimida em sua sexualidade, obstada em seu acesso à cultura, constrangida a um papel social subalterno, etc. Tratar-se-ia, portanto, de alguém sem voz política, sem prazer, sem lazer, sem vida interior e, para dizer o mínimo, um mero capacho do homem. Alguém com incontáveis deveres massacrantes e secundários, porém quase sem direitos.

Ignora quem compra de maneira acrítica esta visão que, por exemplo, durante a Idade Média a mulher chegou a ser rainha e senhora do destino de povos inteiros, princesa, administradora de vastas terras, politicamente influente, artesã, poetisa, escritora, educadora, guerreira, mística, Santa. E não apenas no medievo, mas tanto antes como depois, graças ao influxo dos valores evangélicos custodiados pela Igreja, a mulher exerceu papel histórico notável, de extraordinária influência espiritual e política: Isabel de Castela, Santa Joana D’Arc, Santa Rita de Cássia, Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila, Santa Brígida da Suécia e incontáveis outras grandes mulheres dão-nos exemplos marcantes da condição feminina durante o longo período da Cristandade católica.

Diga-se que algumas religiosas do medievo eram extremamente instruídas e rivalizavam em saber com os sábios monges de então, educadores do mundo. Quem não leu o clássico La femme au temps des cathédrales, de Règine Pernoud, é analfabeto na matéria e deveria calar o bico antes de dizer aberrações como, por exemplo, a de que a mulher segundo a Igreja não tinha alma. Naquela e noutras obras mostra a grande historiadora francesa que as mulheres exerciam, até mesmo na vida laica, um poder que deixaria os homens de hoje boquiabertos. E ademais chegaram a ser artistas de grande talento, além de poliglotas. Heloísa, diz-nos Régine Pernoud, ensinava às suas monjas o grego e o hebraico. É dessa época uma boa quantidade de obras literárias escritas por mulheres, como seis conhecidas comédias em prosa rimada atribuídas à abadessa Hrostsvitha.

O mundo contemporâneo, erigido sob os auspícios de Nietzsche, Freud e Marx – ou seja, niilismo, psicanálise e comunismo – se jacta de ter redescoberto a mulher, revalorizado as suas potencialidades, trazido a ela, enfim, um papel ativo na vida social. Mas se porventura olhamos de perto o que era a mulher na concepção destes ilustríssimos construtores da mentalidade hodierna, caímos literalmente para trás, estupefatos com tamanhas barbaridades. Contentemo-nos neste breve artigo com Freud, e comecemos dizendo que, para o ilustre doutor de Viena, o desenvolvimento psíquico da mulher é torto, muito mais problemático que o do homem, devido ao fato de que a mulher precisa mudar o objeto sexual “natural” inicial, ou seja, a mãe, e trocá-lo pelo pai, gerando com isto o complexo de Édipo invertido.

Lembra-nos Martín Echavarría no excepcional Corrientes de Psicología Contemporánea que, segundo Freud, a mulher não chega a desenvolver uma consciência moral sólida, nem é capaz de fazer uso elevado da razão, motivo pelo qual não teria trazido nenhuma contribuição relevante para a história da humanidade, em particular devido ao influxo da falta do pênis em sua estrutura psicossomática. Em síntese, o motivo pelo qual as mulheres jamais poderiam desenvolver-se completamente como seres humanos estaria no fato de que não possuem o chamado “temor à castração”, embora tragam em seu íntimo uma ontológica e primacial inveja do pênis.

A certa altura das Novas Conferências sobre a Psicanálise, lê-se em Freud esta famosa passagem: “O fato de que seja preciso atribuir à mulher escasso sentido de justiça tem íntima relação com o predomínio da inveja [do pênis] em sua vida anímica”. Noutra parte diz-nos o Dr. Sigmund que as mulheres, devido ao fato de terem um superego deficitário, possuem interesses sociais débeis e pouca ou nenhuma aptidão para a sublimação. Ora, mais divertido do que tais fantasmáticas considerações com roupagem científica é ler algumas páginas de Jacques Derrida sobre o que ele considera a concepção logofalocêntrica de Freud. Nas vezes em que fiz isto tive a clara sensação de que a minha massa encefálica escapulia por algum libidinoso orifício.

Outra conhecidíssima idéia freudiana é a de que a mulher, chegando aos 30 anos, nada mais tem a desenvolver. Em palavras simples: as balzaquianas de qualquer época seriam entes quase estéreis, impossíveis de modificar. Nada haveria nelas de reais potencialidades a explorar, razão pela qual a mulher a partir desta idade mal poderia ser psicanalisada, ao passo que o homem aos 30 anos ainda possuiria uma dinâmica psíquica considerável. Em vista disso, com doce ironia nos recorda Martín Echavarría que, para desgraça de Freud, a maior parcela de seus discípulos foi composta de mulheres – sendo a imensa maioria de seus pacientes... mulheres neuróticas![1]

Destas e de outras passagens da obra de Freud se depreende – isto se unirmos, com a frieza da boa e velha lógica, as principais premissas às conclusões – o seguinte: de acordo com o Dr. Vienense, a mulher possui dignidade muito inferior à do homem, devido a um problema radical absolutamente insanável. Ela é um ente incapaz de assumir qualquer papel de relevância nas sociedades, e, o que ainda é mais dramático, tem a alma mutilada, inapta para perceber a beleza moral ou assimilar os conceitos mais abstratos.

Para a Igreja, em contrapartida, a mulher se eleva à dignidade de Mãe do próprio Deus, modelo de feminilidade e de fortaleza incomparáveis, que, ao ser imitado com fervor ao longo de séculos, acabou por gerar um sem-número de mulheres notáveis e de grande influência espiritual e política – cujas obras denotam riquíssimo universo psicológico e invulgar capacidade intelectual.

Freud seria com toda razão barrado no Castelo Interior de Santa Teresa de Ávila, por estar previamente incapacitado para compreendê-lo em seus elevados princípios. E o seria justamente porque nele não existem moradas para quem por vontade própria embotou a alma com conceitos auto-referentes – que vão das vicissitudes de uma sexualidade infantil perversa à formal incapacidade de amor desinteressado, não libidinoso; da impossibilidade de educar o espírito ao fato de que, em sua teoria, o homem é um ente malogrado, no qual a única “felicidade” possível é a tomada de consciência do radical desejo de satisfação que o constitui. Desejo que, em suas conhecidas palavras, representa a aspiração do homem a ocupar o lugar do Pai, equivalente simbólico de Deus.

(Escrito no hospital, enquanto aguardo para fazer cirurgia) 

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1- Martín Echavarría. Corrientes de Psicología Contemporánea. La Plata: 2011, p. 64.


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Nós, do Grupo de Resgate Anjos de Adoração, pedimos aos amigos e leitores do blog que rezem pelo caríssimo Prof. Sidney Silveira que estará, nos próximos dias, se submetendo a uma cirurgia cardíaca. Que a Virgem Santíssima esteja com ele e conduza todo o procedimento para que tudo ocorra da melhor maneira possível.

Dia de Sta Teresa D'Avila - O Perdão às Ofensas e o Engodo das Honras.


Com esse Alimento celestial - a Eucaristia -, nosso bom Mestre viu que tudo se nos tornava fácil, a não ser por nossa culpa, e poderíamos muito bem cumprir o que dissemos a seu Pai: Seja feita a vossa vontade.

Continuando a oração, que nos está ensinando, agora o bom Jesus pede nos perdoe nossas ofensas, como também nós perdoamos aos que nos têm ofendido, e diz estas palavras: E perdoai-nos, Senhor, as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Reparai, irmãs, que não diz: "Como perdoaremos". É para nos dar a entender que deve ser fato consumado. Quem pede uma dádiva tão grande como o Pão do céu, quem submeteu sua vontade ao querer divino, já perdoou tudo. E assim diz: "Como nós perdoamos", no passado.

Fique, pois, bem claro: quem sinceramente tiver dito ao Senhor: Faça-se a vossa vontade, há de ter perdoado tudo, ou ao menos, estar resolvido a fazê-lo. Por esse motivo, os santos alegravam-se com as injúrias e perseguições. Tinham algo para oferecer ao Senhor quando se apresentassem para lhe pedir perdão das ofensas cometidas contra ele.

Uma graça tão imensa e de tanta importância, como é perdoar-nos o Senhor nossas culpas, merecedoras do fogo eterno, nos é concedida a troco de tão pouca coisa como é perdoarmos também nós.

Mas, Senhor, gratuitamente me haveis de perdoar, porque tenho tão poucos desses atos insignificantes a oferecer! Aqui vossa misericórdia acha campo! Bendito sejais vós por me suportardes, a mim criatura tão pobre!

Mas, Senhor meu, será que há outras pessoas nas mesmas condições que eu e que não tenham compreendido esta verdade? Se as há, em vosso nome lhes suplico, que se lembrem desta realidade e não façam caso de umas miseriazinhas a que chamam ofensas. Até parece que, como crianças fazemos choças de palhinhas com esses pontos de honra.

Valha-me Deus, irmãs! Se soubéssemos que coisa é honra e o que é perder a honra! Agora não me refiro a vós, pois seria muito triste se já não tivésseis entendido. Refiro-me a mim, no tempo em que prezava a honra, sem entender que coisa era. Ia com os outros. Em quantas pequeninas coisas sentia-me ofendida! Agora me envergonho.

Como falou bem quem disse que honra e proveito espiritual não combinam! Todavia, não sei se o disse a esse propósito. Mas assim é ao pé da letra. Proveito da alma e aquilo a que o mundo chama honra jamais se unem. É de pasmar ver quanto o mundo anda às avessas. Bendito seja o Senhor que nos tirou dele. (...)

Praza a Deus não se condene uma alma por ter guardado esses negros pontos de honra, sem entender em que consiste a verdadeira honra!

E, depois, temos a ousadia de pensar que fizemos muito, quando perdoamos um nadinha qualquer, que nem era ofensa, nem injúria, nem coisa alguma. Como se tivéssemos feito uma proeza, muito convencidas, diremos ao Senhor que nos perdoe, porque temos perdoado! Fazei-nos, meu Deus, compreender que não nos conhecemos e que nos apresentamos diante de vós com as mãos vazias. Perdoai-nos, por vossa misericórdia!

Na verdade, Senhor, todas as coisas acabam e o castigo é eterno. Não vejo obra alguma digna de vos ser apresentada em troca da imensa graça do perdão por vós concedida. Só o podeis fazer em atenção ao vosso Filho que vos pede perdão por nós.

Mas quão apreciado deve ser pelo Senhor este amor recíproco! O bom Jesus bem pudera apresentar a seu pai outras obras e dizer-lhe: "Perdoai-nos, Senhor, porque fazemos austera penitência, ou porque rezamos muito e jejuamos, deixamos tudo por vós e muito vos amamos". Não alega ainda: "Porque daríamos a vida por vós", nem outros possíveis encarecimentos, senão somente: porque perdoamos.

Ele sabe que somos amigos desta negra honra. Por ser a coisa mais difícil de obter de nós e a mais agradável a seu Pai, oferece-a o Senhor, de nossa parte, apresentando-a para alcançar o perdão.

Verificai bem, irmãs, o que diz o bom Jesus: assim como nós perdoamos. Fala como de coisa já feita. Prestai grande atenção a este ponto. Ao sair desta oração, em que a alma recebe de Deus grandes graças na contemplação perfeita, examinai bem se ela está muito resolvida a perdoar e, quando surge a ocasião, se de fato ela perdoa qualquer injúria, por grave que seja - e não certas ninharias que chamam injúrias. Do contrário, não há que fiar de sua oração."

Sta Teresa D'Avila, Caminho de Perfeição

Respondendo: "As pesquisas do Santo Sudário e as históricas indicam que os cravos das mãos de Jesus foram martelados no pulso, não nas palmas, como normalmente aparece na iconografia. Por quê as chagas dos estigmatizados aparecem nas palmas?"



Olá, esta é uma ótima pergunta e que eu mesmo, antes, já me fiz.

Os cravos dos crucificados eram realmente pregados nos pulsos ou próximos a ele; há quem afirme terem sido colocados no chamado "espaço de Destot", que é justamente no pulso. Porém, o Dr. Frederick diz que tem mais fundamento, segundo o próprio Sudário, afirmar que ele fora colocado no que ele chama de "a parte superior da palma", como uma intersecção entre a mão e o pulso. Se fossem postos no centro das mãos, estas não suportariam o peso do corpo. Inclusive, um experimento feito pelo Dr. Barbet, e que que se tornou célebre, comprova este fato.

Como, pois, acreditar no fenômeno que acontece com alguns santos em que os estigmas aparecem, não nos pulsos, mas nas mãos? Primeiro, vamos às alternativas que tentam desmascarar o fenômeno. A primeira delas é a que diz que são autoimpingidos. Porém, é uma alternativa absurda.. Os santos estigmatizados em geral eram pessoas realmente muito santas, muito espirituais e a dimensão sobrenatural era-lhes absolutamente evidente por quem quer que se acercasse deles e manifestava-se por um sem número de outros sinais. O exemplo mais interessante que podemos citar seja talvez o do Pe. Pio. Quantos dons e sinais não acompanharam esse padre durante toda a vida?! Coisas absolutamente sem nenhuma explicação natural. Os que fazem vista grossa a isso tudo caem numa imensa canalhice. E o fato também é que tal sobrenaturalidade absolutamente evidente não seria característica de uma pessoa mentirosa e enganadora.

A outra alternativa, ainda duvidando da autenticidade, é a de que eles seriam criados por auto-sugestão. Porém, aqui bem caberia uma frase do supracitado sacerdote: "experimente com força ser um boi, e veja se te nascem chifres". A auto-sugestão, embora exista, tem sua eficácia limitada. Não seria capaz de produzir lacerações como os estigmas. Além do mais, a ciência já se deteve sobre o fenômeno e realmente o reconheceu como provindo de uma causa sobrenatural. No caso do Padre Pio, as chagas eram contínuas; ele perdia cerca de um copo de sangue por dia e suas feridas nunca infectaram, e duraram 50 anos. Cientificamente, não havia explicação.

Portanto, os estigmas são verdadeiros. Não estou dizendo que todos os casos o sejam. Como se sabe, a Igreja é absolutamente prudente antes de fazer uma afirmação deste tipo. Logo, se ela já o afirmou a respeito de alguém, é porque os devidos exames foram feitos.

Por que, então, os estigmas aparecem em geral nas mãos e não nos pulsos?

Consideremos primeiramente que, dentre os estigmatizados, é falso que todos apresentam estigmas na mesma região precisa. Isso tem uma certa variação.. Mas, a grosso modo, podemos dizer que geralmente são nas mãos. A primeira hipótese que nos vem é a de que, embora tendo uma legítima causa sobrenatural, o estigma se imprime no local em que o estigmatizado supunha ter sido a chaga do Cristo. Isso é muito razoável, pois imagina S. Francisco de Assis, no monte Alverne, recebendo feridas nos pulsos e, então, se perguntando: "mas o que são esses buracos?".. Pode, então, haver uma grande conveniência divina de colocar os estigmas num lugar onde eles seriam identificados como equivalentes às feridas do Cristo.

Porém, os estigmas nas mãos também ocorreram em pessoas que sabiam ter sido Nosso Senhor ferido em outra região. Um exemplo é a Teresa Neumann que, portando as feridas nas mãos, afirmava: "Não creio que Nosso Senhor tenha sido pregado nas palmas das mãos, no local em que tenho os estigmas. Estes sinais não têm senão uma significação mística. Jesus deveria estar fixado sobre a cruz mais solidamente." Note o que ela diz: "estes sinais não têm senão uma significação mística". Penso que este ponto é fundamental.

Além disso, é fato também que depois das chamadas hipóteses de Barbet, sobre a não possibilidade de sustentação do corpo caso os cravos tivessem sido colocados nas mãos, houve também estigmatizados que tinham as feridas nos pulsos, como o Pe. Gino Buresi e o Pe. Brussis. Porém, destes a autenticidade é muitíssimo controversa.

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Bento XVI inaugura o Ano da Fé



“O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre.”

"Embora o Concílio Vaticano II não tenha tratado da fé como tema de um documento específico, no entanto, esteve todo ele inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para o poder propor de novo e eficazmente para o homem contemporâneo. Como dizia Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce”."

"Durante o Concílio havia uma emocionante tensão em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem a sacrificar às exigências do tempo presente, mas também sem a manter presa ao passado”.

Na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo.” 

"O mais importante (...) é reavivar na Igreja “aquela mesma tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo, sempre apoiado na base concreta e precisa, que são os documentos do Concílio Vaticano II”.

A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança”

“se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras, mas porque é necessário, mais ainda do que há 50 anos!”. 

“Nas últimas décadas, observamos o avanço de uma "desertificação" espiritual, mas, no entanto, é precisamente a partir da experiência deste vazio que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus, que liberta do pessimismo.”

(...) Este ano da Fé pode ser representado como "uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão - mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos".

“Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: ‘A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai’.”

Bento XVI, Homilia por ocasião da abertura do Ano da Fé

Respondendo: "Por que comunhão na mão, nunca"?



Enumero alguns dos motivos:

1- Porque tal prática não tem fundamento em nenhum momento da Tradição da Igreja. Surgiu somente depois do CVII, provavelmente por influências maçônicas interessadas em fazer desaparecer ou diminuir a fé na Eucaristia. Mesmo os santos que não foram sacerdotes, como a grandiosa Teresinha de Lisieux, embora tivessem vontade de tocá-Lo, não ousavam fazê-lo. Diz Sto Tomás que apenas mãos consagradas podem tocar a Eucaristia.

2- Porque a Eucaristia é Deus. Deve ser recebida diretamente Boca e, de preferência, de Joelhos.

3- Porque é muito fácil - e provável - que fragmentos caiam no chão ou fiquem nas mãos e/ou dedos caso a Eucaristia seja recebida na mão. S. Cirilo de Jerusalém diz que melhor seria perderes um dos teus membros do que deixar cair um só fragmento da Eucaristia. E isto porque, por mínimo que seja, um fragmento é Deus inteiro. Imagine a coisa pavorosa que seria Deus sendo pisoteado. Imaginou? Pois é o que acontece muito mais frequentemente do que supomos. E mesmo quando O recebemos na mão e analisamos para ver se nenhum fragmento ficou, estamos nos fiando da nossa visão. Porém, se um átomo da Eucaristia tiver ficado, aquele é Deus. E não é segredo nenhum que um átomo nos escapa.

4- Porque a Igreja recomenda que assim seja: na boca e de joelhos.

"O maior mal dos nossos tempos é a comunhão na mão" Beata Teresa de Calcutá

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Nobel de Medicina reforça posição católica sobre células-tronco

O presidente emérito da Academia Pontifícia para a Vida, órgão do Vaticano, Cardeal Elio Sgreccia, disse nesta segunda-feira, 8, que a atribuição do Nobel da Medicina 2012 a cientistas que reprogramaram células maduras para se tornarem estaminais (células-tronco) reforça a posição católica contra a destruição de embriões.

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"As células-tronco adultas deram por primeiro - e sempre mais significativamente - o seu resultado. Em relação às células-tronco embrionárias permanece, ao contrário, a grave prescrição ética, porque deve passar através do assassinato do embrião para se chegar à retirada dessas células. Além disso, não se obteve ainda nenhum sucesso, enquanto se insiste, por parte de muitos centros nacionais e internacionais, no financiamento e investimento de dinheiro que poderia ser utilizado em lugares onde esse poderia dar fruto. Portanto, o emprego e o aperfeiçoamento da aplicação das células-tronco adultas pluripotentes que já demonstraram sua eficácia", referiu à Rádio Vaticano o cardeal Elio Sgreccia, especialista em bioética e presidente da Fundação "Ut vitam habeant" (Para que tenham vida, em português).

O prêmio Nobel de Medicina 2012 foi atribuído conjuntamente a John B. Gurdon e Shinya Yamanaka "pela descoberta de que as células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes", anunciou o Comitê Nobel.

Segundo se explica no comunicado em que anuncia os nomes dos laureados, o Instituto Karolinska decidiu distinguir dois cientistas que descobriram que células maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se tornarem células estaminais, capazes de formarem qualquer tecido do corpo.

"A sua descoberta revolucionou a nossa compreensão de como as células e os organismos se desenvolvem", acrescenta a nota oficial.

O cardeal Sgreccia espera que esta distinção possa permitir um maior investimento no “aperfeiçoamento da aplicação das células estaminais adultas pluripotentes, que já demonstraram a sua validade”, em particular para a medicina regenerativa.

Bento XVI proclamou neste domingo dois novos Doutores da Igreja: Santa Hildegarda de Bingen e São João de Ávila

O título de Doutor da Igreja Universal é conferido àqueles santos e santas, como precisamente Santa Hildegarda de Bingen e São João D'Ávila, que, com a sua eminente doutrina, contribuíram ao aprofundamento do conhecimento da Revelação Divina , enriquecendo o patrimônio teológico da Igreja e ajudando os fiéis a crescerem na fé e na caridade.

De um ponto de vista teológico, os Doutores da Igreja evidenciam aspectos inéditos da verdade evangélica. De um ponto de vista pastoral, suscitam nos fieis um renovado apelo à coerência de vida.

A beneditina alemã Hildegarda de Bingen, fundadora e abadessa de dois mosteiros, nas suas obras enuncia uma doutrina exímia por profundidade, originalidade e fidelidade à revelação. Animada por uma autêntica caridade intelectual, ela ilustra com densidade de conteúdo e frescura de linguagem o mistério de Deus Trindade, da Encarnação, da Igreja, da Humanidade. Para Hildegarda, por exemplo, o ser humano é visto como uma unidade corpo-alma com uma admiração positiva da corporeidade por ordem de mérito. Que o corpo não tenha sido concedido ao Homem apenas como um peso demonstra-nos o facto que as almas dos santos desejam ardentemente a reunificação com o seu corpo mortal. Por consequência, o cumprimento escatológico significa uma transformação e uma ressurreição do corpo para a vida eterna.

O espanhol São João D'Ávila, que viveu entre os anos 1500 e 1569, foi um dos mestres espirituais mais prestigiados e consultados do seu tempo. Recorreram à sua sabedoria para uma orientação da vida, entre outros, Santo Inácio de Loyola, São João de Deus, São Francisco de Borja, São Tomás de Vilanova, São Pedro de Alcântara, São João de Ribera, Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz. Era também um excelente catequista e pregador e não deixou de fazer um uso magistral da escrita para expor os seus ensinamentos.

A sua obra principal, Audi Filia, é um clássico da espiritualidade católica. Outros escritos excelentes são La Doctrina Cristiana, síntese pedagógica para a instrução da fé; o Tratado del Amor de Dios, uma joia literária, que aprofunda com sabedoria o mistério de Cristo Redentor, e ainda o Tratado sobre el Sacerdocio.

Uma sua peculiaridade é a afirmação da sua chamada universal à santidade para todos os batizados, sobretudo para os sacerdotes. Ao longo dos séculos os seus escritos foram de grande inspiração para a formação dos sacerdotes e para a educação dos leigos.

Como se chega a Doutor da Igreja?
São principalmente os pastores e os fieis a solicitar ao Santo Padre o cumprimento deste passo. Naquilo que diz respeito Hildegarda de Bingen, por exemplo, em uma das últimas petições datada de 1979, os bispos católicos pediam com insistência o doutoramento para a santa abadessa beneditina. Entre os assinantes da súplica, em terceiro lugar está a assinatura do então Cardeal Joseph Ratzinger. Obviamente, à parte da santidade, o critério principal para ser doutor da Igreja é a avaliação da eminens doctrina.

E no caso de São João d'Ávila?

O movimento para a sua promoção a Doutor da Igreja começou logo na altura da sua canonização, em 1970. O título de Mestre, atribuído tradicionalmente ao Santo, motivava hipóteses de vir a ser doutor, proposta promovida sobretudo pela Conferência Episcopal Espanhola. Era evidenciado o carisma de sabedoria a ele conferido pelo Espírito Santo para o bem da Igreja e a influência benéfica dos seus ensinamentos no povo de Deus e sobretudo nos sacerdotes.

Fonte: News.Va

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Para celebrar o doutoramento de S. João de Ávila, a Conferência Episcopal Espanhola criou um site a ele dedicado. Nele, podem ser encontrados orações, artigos biográficos, estudos, etc. Para irem ao site, cliquem aqui.

Abaixo, um vídeo em homenagem ao novo doutor.

Bento XVI concede Indulgência Plenária por ocasião do Ano da Fé

Cidade do Vaticano | Rádio Vaticano – Por ocasião do Ano da Fé, o Papa Bento XVI concede o dom da Indulgência Plenária.

A Penitenciaria Apostólica estabeleceu as seguintes disposições para obter a Indulgência plenária válidas de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013:

Poderão obtê-la todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, que tenham expiado os próprios pecados com a penitência sacramental e elevado orações segundo as intenções do Sumo Pontífice:

- toda vez que participarem de pelo menos três momentos de pregações durante as Santas Missões, ou de pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou local idôneo;

- toda vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, um catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um local sagrado designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, e ali participarem de alguma função sagrada ou se detiverem para um tempo de recolhimento, concluindo com a oração do Pai-Nosso, o Credo, as invocações a Nossa Senhora e, de acordo com o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;

- toda vez que, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, em algum local sagrado participarem de uma solene celebração eucarística ou da Liturgia das Horas, acrescentando a Profissão de Fé em qualquer forma legítima;

- um dia livremente escolhido, durante o Ano da Fé, para a visita do batistério ou de outro lugar no qual receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais em qualquer fórmula legítima.

Aos idosos, doentes e a todos os que por motivos legítimos não puderem sair de casa, concede-se de igual modo a Indulgência plenária nas condições de costume se, unidos com o espírito e com o pensamento aos fiéis presentes, especialmente nos momentos em que as palavras do Pontífice ou dos Bispos Diocesanos forem transmitidas pela televisão ou pelo rádio, recitarem na própria casa ou onde estiverem o Pai-Nosso, o Credo e outras orações conformes às finalidades do Ano da Fé, oferecendo seus sofrimentos ou as dificuldades da própria vida.

Dia do Pai Seráfico, São Francisco de Assis


"São Francisco era magro, pequeno e vivaz - fino como um cordel, vibrante como a corda de um arco, e, nos seus movimentos, semelhante a uma flecha disparada. A vida toda ele foi um conjunto de mergulhos e de fugas: correndo atrás do mendigo, ou nu pela floresta, atirando-se para o estranho navio, ou se arremessando para a tenda do sultão e propondo atirar-se ao fogo. Exteriormente, deve ter-se assemelhado ao esqueleto muito fino e amarelado de uma folha outonal, a dançar eternamente adiante do vento; em verdade, porém, ele é que era o vento.

G.K. Chesterton, Biografia de Sto Tomás de Aquino.

Pedido de Oração


Caríssimos amigos, venho pedir encarecidamente as vossas orações por esta menina. Não deixem de rezar, por favor. Que Deus, em sua infinita, abismal e inefável misericórdia possa acolhê-la e salvá-la. 

Virgem Maria, Mãe dos aflitos, nunca se ouviu dizer que tenhas desprezado algum dos que por ti clamam. Estamos, pois, a pedir por essa garota. Que ela não seja a primeira a receber vosso repúdio. Suplicamos pelo amor do teu Doce Filho e pelos méritos da Sua Cruz. Amém.

Domingo é dia de Eleição - Não podemos votar em abortistas!

Enfim, um pouquinho de tempo me surge e quero aproveitar para tratar rapidamente de um assunto importantíssimo. Como sabemos, no próximo Domingo será o dia da votação nos candidatos a Prefeito e Vereador. Não diremos aqui em quem votar. Mas queremos mostrar em quem não votar: não votem nos candidatos do PT. Um católico não pode dar seu voto a alguém deste partido sem cometer pecado grave e atrair sobre si a pena da excomunhão.

Peço encarecidamente que os que ainda permanecem ignorantes a este respeito assistam o vídeo abaixo a fim de se inteirarem minimamente.



Reitero o que falei acima - e é um ponto em que o vídeo não toca: aquele que vota no PT sabendo da sua política de oposição à vida, não apenas peca mortalmente, por consentir pela sua adesão pessoal - o seu voto - neste crime hediondo que clama aos céus por justiça, mas também atrai a si a pena de excomunhão automática, isto é, não será preciso que ninguém lhe declare excomungado. Neste sentido, a urna pode se tornar um tipo de "anti-confessionário". Se na confissão, vamos com pecado e saímos perdoados, no dia da eleição, podemos estar até em estado de graça - embora me custe acreditar que uma alma em graça possa carregar tal cegueira -, mas se optamos por quaisquer dos candidatos filiados a este partido, sairemos excomungados, isto é, estaremos fora da Igreja de Cristo, por mais que digamos ou achemos o contrário. Ainda que o candidato que apoiamos seja boa pessoa, seja conhecido nosso de longa data ou tenha ajudado a nossa família em algum eventual sufoco... - ainda assim, não devemos e não podemos ceder-lhe o nosso voto se ele é candidato pelo PT. E por que isso? Porque estamos  falando de um partido que está absolutamente comprometido com o mais completo desprezo pela vida humana; desprezo que se expressa de mil modos, mas que se concentra ferozmente contra a vida de milhões de crianças que não têm como se defender e que sequer poderão ver a luz do dia ou experimentar o que seja o afeto e o carinho.

Geralmente, costuma-se objetar que este não é o único aspecto que importa nas eleições. Há milhares de outros problemas aos quais é preciso investir a atenção. Sim, os há; é verdade. Porém, todo e qualquer direito humano só tem sentido se lhe for assegurado este mais fundamental: o direito à vida desde a sua concepção até o seu término natural. E isto é algo a que o PT se opõe acirradamente e a que, como vimos no vídeo, obriga a todos os seus militantes e afiliados, punindo mesmo com a expulsão os que não se submetem a tal política perversa. Portanto, ser filiado do PT pressupõe estar de acordo com a prática abortista.

Qualquer pessoa de bom senso - não precisa sequer ser religiosa - perceberá que este é um problema gravíssimo. O que esperar de pessoas que militam pelo direito de matar bebês antes do nascimento? E, para nós, católicos, a coisa tem um alcance infinitamente maior, pois cada pessoa humana é uma alma imortal. Fica, pois, a grave advertência: católicos, não votem no PT. Pessoas de bom senso, não sejam tão bobinhas. Não comprem conversa fiada nem se deixem levar por sorrisinhos e tapinhas nas costas. O direito à vida é o que há de mais importante. Defendamo-lo!

Dia de Sta Teresinha, a Gigante Pequenina


Hoje é dia de Sta Teresinha de Lisieux. Dias atrás eu terminava a leitura da sua biografia, o que me causou viva impressão. Muito embora eu esteja, sobretudo hoje, sem tempo de escrever um texto mais elaborado sobre esta grande santa e doutora da Igreja, não poderia deixar que este dia passasse sem que eu fizesse qualquer referência a esta "gigante pequenina", a grande difusora da Pequena Via.

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Santa Teresa do Menino Jesus, Virgem e Doutora da Igreja

Discreta e silenciosa, durante a vida quase não chamou a atenção sobre si.

Parecia uma freira comum, sem nada de excepcional. Faleceu aos 24 anos, tuberculosa, depois de passar por terríveis sofrimentos. Enquanto agonizava, ouviu duas freiras comentarem entre si, do lado de fora de sua cela:

"Coitada da Irmã Teresa! Ela não fez nada na vida... O que nossa Madre poderá escrever sobre ela, na circular em que dará aos outros conventos a notícia da sua morte?" Assim viveu Santa Teresinha, desconhecida até mesmo das freiras que com ela compartilhavam a clausura do Carmelo. Somente depois de morta seus escritos e seus milagres revelariam ao mundo inteiro a verdadeira envergadura da grande Santa e Mestra da espiritualidade. A jovem e humilde carmelita que abriu, na espiritualidade católica, um caminho novo para atingir a santidade (a célebre "Pequena Via"), foi declarada pelo Papa João Paulo II Doutora da Igreja.

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