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Nota de falecimento - Pe Eduardo Tadeu


Reproduzo a nota da Arquidiocese de Maceió:

Irmãos e irmãs da Arquidiocese de Maceió e amigos. É com grande pesar que comunicamos o falecimento do nosso irmão Padre Eduardo Tadeu, (Diretor do jornal O Semeador, Administrador Paroquial da Paróquia São Francisco de Assis e Coordenador e articulador da PasCom Maceió), nesta madrugada de segunda-feira. O corpo será velado no Seminário Provincial (Farol em frente ao Colégio Marista). E às 15h00 Celebração da Santa Missa de corpo presente na Paróquia de São Francisco de Assis (Santos Dumont). Repouso eterno dai-lhe Senhor! E a luz perpetua o ilumine! "Vai com Deus querido Padre Eduardo. Sentiremos saudades" PasCom Maceió

****

O Pe. Eduardo Tadeu foi meu professor de Crisma enquanto ainda seminarista, lá pelos idos de 2002 e 2003. Enquanto padre, era corretíssimo com a liturgia, fiel à doutrina católica nas suas homilias, e demonstrava uma firmeza inspiradora. Até hoje eu lembro de quando, depois de ordenado, veio celebrar aqui na paróquia. No momento da oração da paz, logo após o Pai Nosso, as pessoas começaram a acompanhá-lo. Ele, então, parou a oração e falou firmemente: "essa oração só o padre reza!".

Neste dia de sua páscoa, nós ficamos pesarosos pela sua ausência, mas também nos alegramos porque agora a sua missão pode ser ainda mais efetiva. A Igreja não perde um sacerdote; tenho a firme esperança de que, antes, ela o confirma definitivamente. Rezemos pela sua alma, para que Deus se compadeça do seu servo e o coloque no lugar destinado aos que Lhe foram fiéis. Seu lema sacerdotal era: "É necessário que Ele cresça, e eu diminua". Agora, o Pe. Eduardo diminui e até some do nosso meio; mas isso permite que o Cristo se consume dentro dele e que ele seja, para sempre, transfigurado no amor divino.

Que Deus o acolha em Sua morada. Que Aquele a Quem o padre Eduardo consagrou e comungou o transforme definitivamente n'Ele e lhe conceda a visão da Sua Majestade. Que a Virgem Maria o receba e o conduza à morada dos bem aventurados.

RIP

Imortalidade da Alma e Experiências de Quase Morte


Sobre a imortalidade da alma:

- É algo constatado pelas Escrituras, sobretudo no Novo Testamento, e de várias formas;
- É demonstrado pela Filosofia;
- É atestado pela Ciência através das EQMs, isto é, das experiências de quase morte.

Falemos um pouco dessas últimas:

O fenômeno é o seguinte: uma pessoa chega a morrer clinicamente por alguns minutos ou até mesmo horas e, depois, consegue ser reanimada pelos médicos. Destas pessoas, cerca de oito por cento relatam ter visto "coisas". Aqui as opiniões se dividem; há quem diga que tais coisas sejam reais; há quem afirme serem apenas alucinações. Analisemos, então, o conteúdo de tais visões.

Primeiro, as visões se dão não somente com relação a realidades superiores, mas são também visões de fenômenos terrenos que ocorrem enquanto a pessoa está morta. 

Sobre as visões celestes: é impressionante a unidade dos elementos fundamentais: túnel, exame de consciência, luz, familiares mortos, limite a partir do qual não se volta mais, anjo da guarda reconhecido de imediato, visão de um sujeito que emana bondade;

Ora, que mecanismo fisiológico seria capaz de gerar um conjunto tão harmônico de ilusões a respeito do céu, não obstante as diferenças culturais e de crenças? E por que, justamente, a respeito do céu? Se a lógica do cérebro fosse somente confortar a pessoa - como o defendem os céticos -, por que isto teria a ver com um exame de consciência onde a pessoa contempla as coisas erradas que fez e, portanto, passa por desconfortos?

Depois, como dito acima, fazem parte do conteúdo das visões "fora do corpo" certas realidades que se passam no ambiente terreno durante o estado de morte. Estas visões, portanto, podem ser confirmadas tão logo a pessoa acorde. É comum que elas descrevam a entrada e saída de pessoas das salas de hospitais, os detalhes das roupas ou de posições corporais dos médicos e visitantes, e tudo isso enquanto elas estavam mortas, isto é, enquanto não havia atividade cerebral. Uma vez que elas acordam, porém, e passam a descrever tais coisas, os presentes passam a confirmá-las porque, de fato, ocorreram.

Disto se deduz que a imortalidade da alma é um fato. E há inúmeros relatos de EQMs.

O Menino que viu o Céu e conversou com Jesus



O que é secularismo


A expressão "o mundo" é talvez muito vaga Não se refere simplesmente a "tudo que está em torno de nós" ou ao universo criado. O universo não é mau, é bom. O "mundo" no mau sentido, certamente não é o cosmos, embora escritos de alguns autores cristãos neoplatônicos sugiram este significado para a expressão. Para eles, o saeculum é o que é temporal, o que muda, dá a volta e retorna ao ponto de partida. Isso se deve a influências gnósticas e platônicas que se infiltraram no cristianismo, persuadindo os homens de que o universo é regido por anjos mais ou menos caídos ("as potências dos ares"). Nosso adjetivo "secular" é proveniente do latim saeculum, que significa tanto "mundo" quanto "século". A etimologia da palavra é incerta. Talvez esteja relacionada ao Grego kuklon, "roda", do qual tiramos "ciclo". Portanto, originariamente, o "secular" era o que percorre, interminavelmente, ciclos sempre recorrentes. Isso é o que faz "a sociedade mundana", cujos horizontes são de uma sempre repetida mesmidade:

Uma geração vai, uma geração vem, e a terra sempre permanece. O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se a voltar ao seu lugar e é de lá que ele se levanta. O vento sopra em direção ao sul, gira para o norte, e girando e girando vai o vento em suas voltas. (...) O que foi, será, o que se fez, se tornará a fazer: nada há de novo debaixo do sol! (...) Vaidade das vaidades, tudo é vaidade." (Ecle 1)

Ora, toda a nossa existência nesta vida está submetida à mudança cíclica. Só isso por si não a faz secular. A vida se torna secularizada quando se compromete inteiramente com os "ciclos" do que parece ser novo, mas de fato é a mesma coisa de sempre. A vida secular é uma vida de vãs esperanças, aprisionada à ilusão de novidade e mudança, uma ilusão que nos faz voltar sempre ao mesmo ponto, a contemplação de nossa própria nulidade. A vida secular é uma vida desesperadamente dedicada à fuga, pela novidade e variedade, de nosso temor da morte. Quanto mais nos decepcionam as novidades, mais desesperadamente voltamos ao ataque, forjando novas esperanças, ainda mais extravagantes que as anteriores; e também estas nos decepcionam. Voltamos então à mesma condição de que tentávamos em vão escapar. Nas palavras de Pascal:

Nada é mais insuportável para o homem do que estar em pleno repouso, sem paixões, sem afazeres, sem divertimento, sem aplicação. Ele sente então todo o seu nada, seu abandono, sua insuficiência, sua dependência, sua impotência, seu vazio." (Pensamentos, 131)

A sociedade "secular" está, por sua própria natureza, comprometida com o que Pascal chama "divertimento", isto é, com o movimento que tem antes de tudo a função anestésica de aquietar nossa angústia. Toda sociedade, sem exceções, tende a ser, em alguma medida, "secular". Uma sociedade genuinamente secular, no entanto, é a que não pode se contentar com inocentes fugas de si mesma. tende, cada vez mais, a necessitar e exigir, com insaciável dependência, satisfação em ações injustas, malignas e mesmo criminosas. Daí o crescimento de negócios economicamente inúteis, que existem para o lucro e não para a produção real, que criam necessidades artificiais às quais satisfazem prontamente com produtos sem valor e de rápido consumo. Daí também as guerras que surgem quando produtores competem por mercados ou por fontes de matéria-prima. Daí o niilismo, o desespero e a anarquia destrutiva que se seguem à guerra; e, por fim, a cega corrida para o totalitarismo como fuga do desespero. Nosso mundo já alcançou o ponto em que, para conseguir algum divertimento, está pronto a se explodir. A era atômica é o ponto mais alto já alcançado pelo secularismo. Isso nos indica, é claro, que a raiz do secularismo é a privação de Deus.

O secular e o sagrado refletem duas espécies de dependência. O mundo secular depende das coisas de que precisa para se divertir e fugir de sua própria nulidade; depende da criação e multiplicação de necessidades artificiais, que ele então "satisfaz". Portanto, o mundo secular é um mundo que pretensamente exalta a liberdade humana, mas no qual cada homem é de fato escravizado pelas coisas de que depende. Na sociedade secular, o próprio homem é alienado; é mais uma "coisa" que uma pessoa, porque está submetido ao governo do que lhe é inferior e exterior. Está sujeito a suas sempre crescentes necessidades, sua intranquilidade, insatisfação, ansiedade e seus temores, mas, acima de tudo, à culpa que o reprova por ser infiel à verdade que leva dentro de si. Para escapar a essa culpa, ele então mergulha ainda mais fundo na falsidade.

MERTON, Thomas. A Experiência Interior. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p.72-74

Sócrates solta a real sobre Marx e o Comunismo


SÓCRATES: Foste também, muito simples e literalmente, um mentiroso.

MARX: Prova-o! Com informações específicas e com dados de meus escritos públicos, por favor.

SÓCRATES: Isso é tão fácil que uma criança poderia fazê-lo. E aquela citação famosa e influente de Gladstone, a qual citaste deliberadamente, de forma equivocada e torceste a fim de que dissesse o oposto exato daquilo que realmente dizia? Insististe em colocá-la em todas as edições de O Capital e te recusaste a corrigi-la ou a omiti-la, mesmo após teu erro ter sido exposto e refutado. Defendeste-a com infinitos oceanos de ofuscação por todo o resto de tua vida. Além disso, mudaste deliberadamente as palavras de Adam Smith e seu sentido quando o citaste. E ainda chamaste a ti mesmo de cientista?

Também desprezaste o proletariado real e, no entanto, chamaste a ti mesmo de proletário. Tu e os teus amigos vieram da próspera classe média, da burguesia; entretanto, trovejaste contra tudo o que era burguês, como fosses contra o próprio inferno. "Burguês" foi teu palavrão mais ubíquo e venenoso.

Alegaste ter pena dos pobres trabalhadores industriais e afirmaste ser o único especialista que poderia ajudá-los; porém, nunca em tua vida colocaste os pés em uma fábrica.

Exaltaste o trabalho e ralhaste contra o ócio; contudo, nunca trabalhaste, exceto escrevendo. Foste ocioso e desprezaste teu único parente que fora trabalhador, bem sucedido e sábio com relação ao estado de coisas no capitalismo, teu tio Lion Philips, o fundador da Companhia Elétrica Philips. Foste mais hostil àqueles de teus amigos que tinham alguma experiência de trabalho e odiaste os trabalhadores calmos, disciplinados e habilidosos que conheceste na Inglaterra e na Alemanha: eles eram por demais razoáveis, por demais realistas, por demais práticos para as tuas visões de danação e destruição. Quando fundaste a Liga Comunista, removeste dela todos os membros da classe trabalhadora, pois eras pura e simplesmente um esnobe.

Foste completamente impiedoso e venenoso contra qualquer um que preferisse a paz à guerra, a moderação ao extremismo, ou as etapas graduais à violência repentina - como Weitling, por exemplo. Foste, pura e simplesmente, um hipócrita completo e consumado.

MARX: E daí se fui? Meu caráter individual não importa; eu fui o instrumento da história na realização de grandes feitos. Não posso contestar nenhuma das coisas que dizes, por causa do terrível caráter veraz deste lugar. Mas convoco-te a contar toda a verdade não apenas acerca de mim, mas acerca do comunismo - não por ideologia, moralidade ou qualquer outra mera idéia, como tentaste fazer em nossas discussões, mas pela história, que é factual. Soltaste insinuações e detalhes esparsos de teu conhecimento sobre a história de meu mundo após minha morte; pois dá-nos toda a verdade, por favor.

SÓCRATES: Fico muito contente que desejas isso e contente em responder-te. Eis aqui o que a história fez de tua filosofia - não, não usarei essa palavra preciosa, pois ela significa "amor à verdade"; eis aqui o que a história fez de tua ideologia.

O capitalismo burguês não morreu e nem se enfraqueceu, mas cresceu em tamanho, popularidade, e em sua habilidade de satisfazer as necessidades humanas. Ele cresceu de modo contínuo, com apenas alguns contratempos, interrupções e depressões. Perto da virada do milênio, 150 anos após tua época, o capitalismo era o único sistema econômico bem sucedido da terra e não apresentava quaisquer sinais de decomposição ou revolução. Com efeito, as pessoas gostavam dele; fazia um maior número de pessoas mais próspero e mais contente que as demais alternativas.

Por outro lado, o socialismo e comunismo foram fracassos econômicos espetaculares por quase toda parte. O comunismo somente chegou ao poder por meio de mentiras, de assassinatos e de terror. Ele dominou meio mundo por boa parte do século vinte - e, então, simplesmente morreu. Nem uma só gota de sangue fora derramada; morreu simplesmente porque, após setenta anos em vigência, ninguém mais o queria ou acreditava nele.

O comunismo não libertou o proletariado, mas o escravizou, tanto econômica quanto politicamente. Povos inteiros foram massacrados por ele; algo mais que cem milhões de pessoas foram mortas em seu nome. Um ditador comunista, na China, matou cinquenta milhões de inimigos políticos. Um outro, no Camboja, assassinou um terço de toda a população de seu país. Ainda um terceiro, na Rússia, maquinou a fome em massa de milhões de pessoas e estabeleceu uma rede enorme de polícia secreta e campos de concentração por todo o seu país. Onde quer que o comunismo tenha tomado o poder, ele reinava pelo terror. A tua ideologia é diretamente responsável pelo maior sofrimento, derramamento de sangue e tirania na história do mundo.

A tua política brotara da Revolução Francesa, especialmente em seu fanatismo "tudo ou nada" e em seu uso do mais puro terror. Os teus discípulos instituíram o Reino do Terror dos jacobinos em escala global, por três gerações.

Um homem cuja alma, face e movimentos lembravam sinistramente os teus chegou ao poder na Alemanha, em grande parte porque o povo alemão temia e odiava o comunismo a tal ponto que se voltou para esse homem, o qual prometera destruir o comunismo. O sistema dele se chamava "Nacional Socialismo", mas as semelhanças desse sistema com o teu ultrapassavam em muito as diferenças. Esse homem quase destruiu o mundo; ele foi provavelmente o homem mais odiado na história.

Se tivesses alcançado o poder que desejavas, talvez tu o terias superado. No entanto, as estranhas misericórdias da providência te conferiram os dons imerecidos da fraqueza e do fracasso.

KREEFT, Peter. Sócrates encontra Marx. São Paulo: Vide Editorial. 2012. p.176-179

A "originalidade" de Marx


SÓCRATES: Elogiarei tua retórica. Tua peroração final realmente reverbera, sabias?

MARX: Eu sei.

SÓCRATES: Muito embora nenhuma outra revolução, partido ou líder tenha prestado a ela a mais mínima atenção em 1848, o "ano das revoluções" ao longo de toda a Europa.

MARX: Eu era original demais para eles.

SÓCRATES: As tuas melhores frases não eram nada originais; com efeito, foram todas plagiadas. Roubaste "os operários não têm pátria" de Marat, assim como "os proletários nada têm a perder a não ser suas cadeias". Roubaste "a religião é o ópio do povo" de Heine, "proletários de todos os países, uni-vos!" de Schapper, "a ditadura do proletariado" de Blanqui e "de cada qual, segundo sua capacidade, a cada qual, segundo suas necessidades" de Louis Blanc. És um grande propagandista apenas porque és um grande ladrão.

KREEFT, Peter. Sócrates encontra Marx. São Paulo: Vide Editorial. 2012. p.173-174

Filhos de Deus alienados


Há milhares de cristãos caminhando sobre a face da Terra, portando em seus corpos o Deus infinito, do qual, no entanto, não sabem praticamente nada. São filhos de Deus e não percebem sua própria identidade. Em vez de buscar conhecer a si mesmos e sua própria dignidade, lutam miseravelmente para representar personagens alienados cuja "grandeza" consiste na violência, na astúcia maligna, na luxúria e na cobiça.

Thomas Merton, A Experiência Interior

Política a serviço da vida - Questões relacionadas à sexualidade, meios anticoncepcionais, planejamento familiar, etc. segundo a visão católica.

Magistral carta endereçada ao Papa Francisco!

Quero compartilhar com vocês esta carta simplesmente sensacional endereçada ao Papa Francisco pela católica Lucrécia Rego de Planas. Infelizmente, está em espanhol, o que dificultará, para alguns, a leitura. Mas aos que, mesmo com um pouco mais de esforço, conseguem concluí-la, sugiro muito que o façam.

"Sócrates" e "Marx" discutem sobre a tese comunista de abolição da família


SÓCRATES: Chegamos agora ao teu próximo ponto, o clamor comunista pela abolição da família. Aqui, mais do que nunca, creio que a compreensão - mais que a discussão - é suficiente, que a simples percepção de que falas com seriedade e que queres dizer aquilo que dizes será suficiente para a grande maioria das pessoas, especialmente para aquelas a quem apelas: o proletariado, os pobres.

Talvez eu devesse começar elogiando-te por tua consistência lógica, pois percebes que a família, a religião e um "eu", ou uma alma, e também aquilo que chamas de senso burguês de individualidade vigoram ou fenecem juntos.

Tua resposta à objeção de que o comunismo abole a família começa pela asserção de que "a família atual, a família burguesa [...] baseia-se no capital, no ganho individual". Portanto, crês que ela desaparecerá uma vez que sua causa houver desaparecido. Estou certo?

MARX: Sim.

SÓCRATES: E sua causa é - o capital!

MARX: Sim, é.

SÓCRATES: Acreditas realmente no que escreveste, que, para o marido burguês, "sua mulher nada mais é que um instrumento de produção"?

MARX: Eu teria escrito isso se não acreditasse no que digo?

SÓCRATES: Não sei; terias?

MARX: Digamos apenas que aquilo que eu escrevi, eu escrevi.

SÓCRATES: Dize-me, formulaste os princípios do comunismo antes ou depois que conheceste a mulher com quem te casaste?

MARX: Depois.

SÓCRATES: Então, antes disso, não eras um comunista.

MARX: Verdade.

SÓCRATES: E em que tipo de sociedade cresceste? Uma sociedade feudal?

MARX: Em uma sociedade burguesa.

SÓCRATES: Logo, eras um dos membros da burguesia, então?

MARX: Sim.

SÓCRATES: Assim, como burguês, quando pediste tua mulher em casamento, disseste algo como isto? - "Ó Jenny, consentes em seu meu instrumento de produção?"

MARX: Sarcasmo não é lógica, Sócrates.

SÓCRATES: Respondes à minha questão?

MARX: Meu argumento é simplesmente que a família burguesa se baseia na opressão.

SÓCRATES: De mulheres ou crianças?

MARX:  De ambos.

SÓCRATES: E a tua própria experiência confirma esse juízo?

MARX: Sim, eu cresci em uma família opressiva.

SÓCRATES: E tu, por tua vez, oprimiste a tua mulher e teus filhos? Como fazem todos os pais burgueses, de acordo com  tua própria teoria?

MARX: Injusto, injusto!

SÓCRATES: Mas, se Jenny estivesse aqui, tenho certeza de que confirmaria tua teoria, assim como o fariam o "Mosquinha" (Apelido do filho de Marx, Edgar) e Franziska. No entanto, eles também já seguiram adiante, e Freddy não virá antes de muitos anos.

MARX: Como sabes acerca de Henry Frederick?

SÓCRATES: Engels, antes de sua morte em 1895, contou a Tussy (apelido da filha de Marx, Eleanor) que Freddy era teu filho bastardo.

MARX: Então Eleanor sabe? Engels contou à minha Eleanor? Traidor! Mas como podes saber do futuro?

SÓCRATES: Aqui, todo tempo é presente.

MARX: Isso é simplesmente intolerável. Não hei de suportá-lo! Quem quer que esteja por trás de ti, tua imitação de Sócrates, hei de aniquilar-te e a eles também!

SÓCRATES: Agora pareces exatamente com o homem descrito pelo irmão de Bruno Bauer: "Estourando de fúria, cerra-se o punho maligno, e o homem urra interminavelmente, como se dez mil demônios estivessem a puxá-lo pelos cabelos." Ou, melhor ainda, tu te pareces com a descrição que Karl Heinzen fez de ti: "um cruzamento entre um gato e um símio [...] a cuspir jatos de fogo cruel". Ou Lassalle...

MARX: Lassalle era um tolo completo. Deves primeiro ouvir minha descrição dele e, sob essa luz, avaliar a descrição que ele fez de mim.

SÓCRATES: Se insistes. Em uma carta a Engels (30 de julho de 1862), descreveste teu amigo, o primeiro grande líder trabalhista alemão, como "o Preto Judeu" e "um judeu ensebado que se disfarça sob brilhantina e jóias baratas. Como o formato de sua cabeça [...] indica, ele descende dos pretos que se juntaram à fuga de Moisés do Egito (a menos que sua mãe ou sua avó paterna tenham cruzado com um negro)".

MARX: Onde queres chegar?

SÓCRATES: Quero dizer apenas que teus leitores poderão decidir por si mesmos se és aquele homem em quem podem confiar pra substituir a instituição da família por um suplente radicalmente novo, de tua própria criação.

MARX: Eu hei de abolir a exploração das crianças por seus pais!

SÓCRATES: Farias isso, de fato - e o farias pela abolição das crianças e dos pais! É como abolir uma doença pela abolição de todos aqueles que sofrem dela. Devo admitir que isso realmente parece ser cem por cento efetivo. Mas a um custo de cem por cento. De acordo com a tua economia, pois, essa é uma boa relação custo-benefício?

MARX: Sim, é! Pois que o Estado será a família universal, o pai universal e a criança universal, já que o Estado será as pessoas e as pessoas serão o Estado.

SÓCRATES: Entendo: com a abolição da propriedade privada, vem a abolição da família privada, já que mulheres e filhos nada mais são que propriedades.

MARX: No capitalismo, sim.

SÓCRATES: E a própria privacidade desaparecerá quando sua causa econômica, a propriedade privada, for abolida.

MARX: Sua forma burguesa, sim. A forma comunista será totalmente diferente.

SÓCRATES: Teus contemporâneos já sabem, em função de seu presente e de sua experiência, qual é a forma burguesa da privacidade. Porém, nada podem saber da forma comunista ainda, não até que ela se torne presente e deixe de ser futuro. Até que isso ocorra, essa forma não é um dado de experiência, mas uma mera "idéia" - categoria da qual pareces escarnecer, embora dependas aqui da idéia para mudar a realidade. E certamente o futuro, em si mesmo, é apenas uma idéia no tempo presente, enquanto o presente e o passado são, ambos, dados e fatos reais, das formas mais concretas, materiais e científicas possíveis. Entretanto, destruiriras o presente e o passado em prol de teu sonho de futuro. Creio que és precisamente o idealista que criticas!

MARX: Por um momento, pensei que tu me compreendias.

SÓCRATES: Acho que te entendo até bem demais.

KREEFT, Peter. Sócrates encontra Marx. São Paulo: Vide Editorial. 2012. p.135-139

"Sócrates" mostra a "Marx" a contradição lógica do evolucionismo ateu


MARX: Darwin e eu, juntos, eliminamos Deus: ele da natureza, eu da história. Sabes que até enviei uma cópia de meu livro a Darwin?

SÓCRATES: Sim. Sei também que ele nunca te respondeu.

MARX: Sabes de muitas coisas.

SÓCRATES: Sei também por que ele nunca te respondeu.

MARX: Como sabes isso?

SÓCRATES: Eu dialoguei com ele.

MARX: Oh.

SÓCRATES: Gostarias de saber o que ele pensava a respeito do teu livro?

MARX: Isso não tem importância.

SÓCRATES: E o que tu pensas de seu livro? Aceitas sua teoria da evolução?

MARX: Sim, aceito.

SÓCRATES: Assim, dizes que, anteriormente, não existia vida, mas, então, muitos séculos mais tarde, havia; dizes também que, antes, existia apenas vida subumana e, então, séculos mais tarde, havia vida humana.

MARX: Sim. A vida evoluiu por seleção natural. Pode-se até ver analogias entre a seleção natural e a dialética histórica...

SÓCRATES: Eu percebo isso. Mas, penso, também vejo uma outra coisa. Por favor, pondera acerca destas três coisas nas quais dizes acreditar. Primeiro, acreditas na evolução. Segundo, não crês que haja um Deus - um Criador, uma Causa Primeira ou uma Mente Arquiteta - por trás da evolução. Terceiro, acreditas no princípio científico da causalidade, ou seja, crês que os efeitos não podem exceder suas causas, que nada vem à existência sem uma causa adequada - em verdade, tu mesmo dirias, sem uma causa necessária ou determinista. Acreditas nessas três coisas?

MARX: Sim.

SÓCRATES: Pois vês algum problema nisso tudo?

MARX: Estou um passo à tua frente, Sócrates. Dirás que há uma contradição lógica em se aceitar todas essas três idéias, pois se os efeitos não podem exceder suas causas, então o vivente não pode ser causado pelo não-vivente, as formas superiores de vida não podem ser causadas apenas pelas inferiores e tampouco a inteligência pode ser causada por algo ininteligente ou os planos, os projetos e a ordem pelo puro acaso, a menos que essas causas inferiores sejam só instrumentos de uma causa divina superior. Dirás, então, que devo desistir ou da teoria da evolução, ou de meu ateísmo, admitindo assim um Deus que a explique.

SÓCRATES: Mas que maneira formidavelmente clara de se equacionar o problema! Tens uma solução igualmente clara?

MARX: Sim, tenho. A existência de um Deus sabotaria por completo todo o meu materialismo científico, portanto meu ateísmo não é discutível, e a mesma razão justifica minha crença na evolução: essa é a única alternativa ao desígnio divino que explica a existência de ordem na natureza. A teoria da evolução é o trunfo da ciência em sua batalha contínua contra a religião e a superstição. Logo, se há de fato uma tensão lógica entre essas três idéias, temos de modificar o princípio mais geral e abstrato dos três, o princípio da causalidade, ou então teremos de alterar um princípio ainda mais geral e abstrato, o qual acolheremos caso haja o mais mínimo problema na aceitação simultânea dessas três idéias: isto é, o princípio lógico da não-contradição. Talvez as contradições lógicas sejam o veículo pelo qual a história se move; talvez tenhamos de aprender a aceitar as tensões lógicas, em vez de evitá-las.

SÓCRATES: Que interessante! Em nome da ciência, modificarias um ou mesmo dois de seus princípios mais fundamentais, o princípio da causalidade e a lei da não contradição lógica. Podes me dizer o nome de um só cientista bem sucedido e reconhecido, em toda a história, que tenha feito isso?

MARX: Penso ser o primeiro.

SÓCRATES: No entanto, há muitos cientistas que rejeitam o teu ateísmo.

MARX: Sim...

SÓCRATES: E há também alguns que rejeitam a seleção natural.

MARX: Talvez. Mas ambos os tipos são assaz tolos.

SÓCRATES: Quiçá. Porém, eles são cientistas. Não diria a maioria deles que negas dois dos princípios mais inquestionáveis da ciência em favor de duas das mais questionáveis teorias científicas?

MARX: Não, a menos que fossem loucos. Mas eu não ligo para o que dizem; eu vi algo na história que eles não viram.

KREEFT, Petter. Sócrates encontra Marx. São Paulo: Vide Editorial. 2012. p.73-75

Eu exterior, Eu interior e Contemplação


Abaixo transcrevo um texto magistral do Thomas Merton. Embora ele sirva, óbvio, para todos os tipos de pessoa, eu gostaria de recomendá-lo principalmente aos religiosos - sobretudo aos tradicionalistas -, pois, nestes, as ilusões e vaidades costumam ser sacralizadas e reassumidas num outro nível como se fossem a mais fina santidade, ou simplesmente associadas a certos traços que, embora corretos objetivamente, se tornam pontos de defesa na medida em que servem de suporte às nossas ilusões de grandeza. Que a leitura das linhas a seguir sirva-nos de exame de consciência.

***

Reflita, algumas vezes, sobre o inquietante fato de que a maior parte das afirmações que você faz sobre suas próprias opiniões e esperanças, bem como sobre seus gostos, atos, desejos e temores, são afirmações sobre alguém que não está presente. Quando você diz "eu acho", frequentemente não é você quem acha, são "eles" - é a autoridade anônima da coletividade falando por meio da máscara "você". Quando você diz "eu quero", algumas vezes está somente realizando um gesto automático de aceitar, ou pagar, o que lhe foi impingido. Quer dizer, só está querendo aquilo que fizeram você querer.

Quem é esse "eu" que imaginamos ser? Um ramo pragmático e simplista do pensamento psicológico dirá que, se você é capaz de conjugar o pronome adequado com seu nome próprio e declarar que é você o portador desse nome, então você sabe quem você é, ou seja, está "consciente de si como pessoa". Talvez haja um começo de verdade nisso: é melhor que um indivíduo se descreva como um nome próprio do que com um substituto aplicável a toda uma espécie, pois assim ele estará evidentemente consciente de si mesmo como um sujeito individual, e não como um simples objeto, como uma unidade para uma multidão. É bem verdade que para o homem moderno, mesmo a capacidade de chamar-se por seu nome próprio é uma façanha que causa espanto nele e nos outros. Isso, contudo, é apenas um começo, e um começo do qual o homem primitivo talvez pudesse rir, pois, ainda que uma pessoa dê mostras de saber seu próprio nome, isso não quer dizer que esteja consciente de que esse nome representa uma pessoa de verdade. Pode ser que o nome, em vez disso, qualifique um personagem fictício, ocupado ativamente em autopersonificar-se no mundo dos negócios, da política, no mundo acadêmico ou no religioso.

Esse, no entanto, não é o "eu" que pode estar diante de Deus, consciente d'Ele como "Tu". Para esse "eu", talvez nem exista claramente nenhum "tu". Talvez mesmo as outras pessoas sejam vistas por ele como extensões do "eu", imagens do "eu", modificações do "eu", aspectos do "eu". Talvez nem haja uma distinção clara entre esse "eu" e os outros objetos: ele pode se encontrar desprovido de sua própria subjetividade, ainda que esteja bastante consciente quando diz, agressivamente decidido, "eu".

Se um "eu" dessa espécie ouvir falar em contemplação, talvez decida "tornar-se um contemplativo", isto é, gostará de ver em si essa coisa chamada contemplação. Para isso, vai ter de introjetar a contemplação em seu eu alienado. Vai fazer cara de contemplativo para si mesmo, como uma criança em frente ao espelho, vai cultivar uma aparência contemplativa que lhe pareça apropriada e que goste de ver em si mesmo. Ademais, o fato de seu diligente narcisismo estar voltado para o interior e alimentar-se de si mesmo em quietude e secreto amor o levará a crer que sua experiência de si mesmo é uma experiência de Deus.

Mas o "eu" exterior, o "eu" dos projetos, das finalidades temporais, o "eu" que modifica os objetos para tomar posse deles, é estranho ao "eu" interior e oculto, que não tem projetos, que não busca realizar nada, nem mesmo a contemplação. O "eu" interior busca simplesmente ser e mover-se (pois é algo dinâmico) segundo as misteriosas leis do Ser enquanto tal e em conformidade com as ordenações de uma liberdade superior (a de Deus), em vez de planejar e realizar de acordo com seus próprios desejos.

Seria realmente uma ironia se o eu exterior se voltasse para algum aspecto de si mesmo e o manipulasse sutilmente, como para tomar posse de um segredo contemplativo, imaginando que essa manipulação possa de algum modo conduzir ao afloramento do eu interior, pois este é justamente o eu que não pode ser enganado nem manipulado por ninguém, nem mesmo pelo diabo. Ele é como um tímido animal silvestre, que nunca se mostra na presença de seres estranhos e que só se manifesta quando tudo está perfeitamente pacífico, em quietude, quando está só e não é perturbado por nada. O eu interior não pode ser seduzido por nada nem ninguém, pois responde somente à atração da liberdade divina.

Triste é o caso do eu exterior que se imagina contemplativo e busca alcançar a contemplação por meio do esforço planejado e da ambição espiritual. Ele adotará as mais diversas atitudes, meditará no significado interior de suas próprias poses e tentará fabricar para si uma identidade contemplativa. No entanto, não há nenhum eu real ali para corresponder a essa identidade forjada. Há apenas um "eu" ilusório, fictício, que busca a si mesmo, que luta para criar-se do nada, somente mantido no ser por sua compulsão, prisioneiro de sua própria ilusão pessoal.

O chamado para a contemplação não é e nunca poderá ser dirigido a um "eu" assim.

MERTON, Thomas. A Experiência Interior. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p. 7-10.

São Francisco de Assis


Hoje é dia de S. Francisco de Assis, que na época da adolescência foi o meu santo de devoção. Francisco foi o primeiro de todos a me encantar pela vida religiosa e pela mística em geral. Eu costumo dizer que foi ele quem me acordou para essa nova dimensão da realidade.

São Francisco de Assis é um santo muito conhecido pela devoção popular. Isso tem seu lado positivo, mas também seu lado negativo. Quando uma coisa fica muito conhecida é muito mais fácil de ser distorcida. E isso, infelizmente, tem acontecido com ele. Quem nunca ouviu falar que São Francisco é o santo da ecologia, do bom mocismo, da fraternidade com todos, etc? É muito comum mostrá-lo assemelhado aos hippies. Basta ver um filme sobre ele que, na época, ficou famosíssimo: Irmão Sol, Irmão Lua, do Franco Zeffirelli. Todo a gravidade da personalidade do Poverello é tratada aí como inexistente. Mas quem o conhece para além dos filmes e musiquinhas legais do Pe. Zezinho sabe como ele sabia ser duro.

O mundo interior de Francisco também não é muito conhecido. E isso porque ele era muito reservado. Nós conhecemos, claro, vários episódios de sua vida, contados principalmente nos Fioretti, na sua biografia escrita por Tomás de Celano e em livros de S. Boaventura. Porém, é nestes próprios escritos que vemos como ele era "fechado" quando se tratava de seu eu com relação a Deus. Muitos dos êxtases e orações de Francisco chegaram até nós graças a bisbilhoteiros e curiosos que o iam espionar durante seus momentos de recolhimento, quase sempre a contragosto dele. Já dizia alguém que o pior inimigo de um santo são os seus biógrafos. E isso com certeza ocorre com S. Francisco de Assis. Santo da humildade, teria preferido passar oculto aos olhos do mundo e manter seus "segredos com o Senhor" desconhecidos. Porém, quis a providência que soubéssemos algo deste gigante da vida interior.

Das virtudes cristãs, a que ele mais estimava era a da Pobreza Interior e se hoje eu estimo tanto este ponto da vida espiritual, isto se deve principalmente a ele. Na adolescência, quando somos tão sensíveis às vaidades do mundo, eu aprendi a ter como sonho de consumo a humildade de Francisco. Gostava de cortar pelo meio algumas das minhas frescuras e dos meus apegos. Mas é claro que eu mantinha outros tantos, principalmente os mais sutis, dos quais só vim me dar conta inteiramente mais tarde.

A pobreza, portanto, foi a grande amada de Francisco, ao ponto de ele chamá-la de esposa. Uma esposa exigente e uma bela viúva, pois seu primeiro esposo, fidelíssimo, havia sido o Cristo, morto na Cruz. Quem quiser, portanto, entender o santo de Assis deve mergulhar no mistério da Pobreza, não da pobreza social, que não tem nada a ver, mas no da pobreza de coração, daquela pobreza de que Jesus fala: felizes os pobres de coração porque deles é o Reino dos Céus.

Esta pobreza é representada de modo perfeito e total pela Cruz do Senhor. Ela é símbolo do total esvaziamento do Filho de Deus. Portanto, serve como síntese perfeita da vida cristã. É por isso que São Francisco de Assis rejeitará atalhos e falsos caminhos e se tornará um santo do Crucificado. E sua proficiência neste caminho foi tal que ele chegou a receber nos seus membros os estigmas da Paixão.

É importante dizer que a pobreza total de Francisco abriu espaço na sua alma para o amor extremamente violento de Deus. Francisco foi alguém que se consumiu no fogo do amor divino, do mesmo modo como uma mariposa é atraída pela chama. E ele lançou-se sem pensar em mais nada. Deu-se inteiramente sem exigir condições nem garantias. Havia aprendido este modo de agir com o próprio Deus durante as durezas de suas penitências e as vigílias que o deixavam com os olhos fundos. Mas compensou! Francisco é também conhecido como o santo da alegria, e ele de fato o foi. A alegria real surge da plena conformação com o Filho de Deus. É por isso que Francisco já não cabia em si de felicidade, de modo que este mundo já não podia contê-lo. Ele era maior que este mundo. Precisava de novas amplidões, de novos horizontes que pudessem conter a vida que ele trazia na alma. 

Faço aqui um apanhado geral. Somente quero dizer que, se quisermos entender Francisco, temos de olhar para algo mais do que a sua aparência e o fato de ele gostar de fazer carícias em animais e de falar com os pássaros. É na sua alma que reside o segredo que dá significado a tudo aquilo que ele fazia. Não o distorçamos. Peçamos, antes, a ele que interceda por nós a fim de que, também a nós, seja dada a graça de uma pobreza interior verdadeira, de um amor violento a Deus e de uma alegria e liberdade profundas!

"Quando à pobreza se une a alegria, não há cobiça nem avareza".

São Francisco de Assis, rogai por nós.

Evolução x Deus


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