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Que punições há no Inferno?


Existe fogo? Sim, existe o fogo do remorso. Fogo material não, pois demônios nem estão em nenhum lugar, nem nenhum castigo corporal lhes pode causar dano. Esse remorso que nada pode apagar, que arde no interior de cada espírito condenado, que atormenta espiritualmente os espíritos é o fogo que não se apaga (Mc 9,48), o fogo eterno (Mt 25,41), o forno de fogo (Mt 13,42), o fogo ardente (Hb 10,27), o lago de fogo sulfuroso (Ap 19,20), a geena de fogo (Mt 5,22), o lume que atormenta (Lc 16,25). O verme que nunca morre de que se fala em Marcos 9,48 é igualmente o verme do arrependimento, que atravessa a consciência ve ou outra durante a eternidade. As trevas exteriores (Mt 8,12) são as trevas e escuridão do afastamento de Deus. As penas do Inferno não sao outras que o ódio, a tristeza, a ira, a solidão, a melancolia, o arrependimento e o sofrimento que produz a própria deformação do espírito; isto é a deformação de todos os pecados que contêm cada anjo caído. Se analisarmos os termos que usa a Bíblia ao falar da condenação, veremos termos de afastamento, do fogo do arrependimento, mas nunca termos de tortura que seja aplicada por parte do Juiz. Ao falar da condenação, a Bíblia nunca apresenta Deus como o torturador. Usa termos impessoais, como fogo, trevas ou lago sulfuroso. A condenação, portanto, é o afastamento de Deus e é a tortura que cada espírito aplica a si mesmo pela própria deformação do espírito. Deus não criou os sofrimentos infernais; o Inferno é fruto da deformação de cada espírito.

Pe José Fortea, Svmma Daemoniaca, p.119.

O que é a morte eterna


Um espírito (como uma alma) é indestrutível, não sofre rupturas, não sofre desgastes, não pode ser dividido. O espírito não pode morrer. Continua existindo independentemente dos pecados que cometa, e, por mais que queira morrer, a vida permanecerá com ele. Porém, o que queremos dizer com "pecado mortal", "morte eterna" e outras expressões similares é que a vida sobrenatural de uma alma ou espírito pode, sim, morrer. O pecado mortal acaba com a vida sobrenatural. O espírito segue existindo, mas com uma vida meramente natural. A vontade e a inteligência com todas as suas potências seguem operando. Mas não há mais a vida da graça. O espírito, enquanto estiver sem a graça, estará como um cadáver. Essa expressão pode parecer hiperbólica, mas é exata. O espírito que peca mortalmente é como um cadáver inanimado, inanimado pela graça santificante. Desde esse momento, só vive para a natureza e por sua natureza. Seu espírito está desprovido de sobrenatureza.

Desde o momento em que a graça deixa de vivificar um espírito, como o que sucede com um corpo que já não está vivificado por uma alma, começa a corrupção. Assim como um corpo começa a transformar-se em corrupção, assim o espírito começa a corromper-se, à medida que sua vontade vai cedendo.

São muitos os homens que vivem só para a natureza de seu ser, esquecendo-se completamente a sobrenatureza que Deus lhes daria de bom grado. O nível de corrupção varia muito segundo a pessoa. Mas se pudéssemos nos aproximar de alguns desses espíritos, veríamos que são verdadeiros cadáveres, que expelem um mau cheiro com aqueles em avançado estado de decomposição.

Pe José Fortea, Svmma Daemoniaca, Questão 27, p.48.
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