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Dia do Papa - Viva à Santa Igreja!

Hoje, dia 30 de junho, é o dia do Papa, pois celebramos o trânsito de S. Pedro, o primeiro Papa da Igreja Católica, escolhido pelo próprio Jesus Cristo, Deus encarnado.

Existem várias evidências da primazia de Pedro no círculo dos doze. Além de ter sido dada a ele as chaves do Reino dos Céus, quando Jesus lhe falou claramente: "Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela", Jesus também reza particularmente por ele para que confirme a fé dos demais e lhe ordena apascentar as Suas ovelhas.

Não há motivos quaisquer, pois, para duvidar deste primado dado a Pedro pelo próprio Cristo. A história também o confirma. Pedro foi posto como sinal de unidade da única Igreja de Cristo, a Católica, de modo que onde haja comunhão com o Papa, haja comunhão com o Cristo. Desde então, a sucessão apostólica tem sido ininterrupta e a Igreja, não obstante as graves crises pelas quais tem passado desde a sua fundação, permanece a mesma, demonstrando nesta fidelidade perfeita a veracidade da promessa do Cristo de que o inferno não a venceria.

Neste dia do Papa, rezemos por Sua Santidade, o Papa Francisco, para que não se deixe ludibriar pelo canto de sereia dos teólogos da libertação, mas, antes, avance no ideal do verdadeiro S. Francisco de Assis, filho da Santa Igreja e que a restaurou a partir da sua extrema fidelidade e obediência.

Que neste dia também seja reavivada em nossa alma a gratidão por pertencermos à Igreja que é Esposa Imaculada do Cordeiro, Mãe dos filhos de Deus, dispensadora da Graça nas almas, transfiguradora dos espíritos humanos tornando-os semelhanças de Cristo. É somente a partir dela que se torna possível o ideal deste outro grande santo que celebramos hoje, S. Paulo: "Já não sou eu quem vivo; é Cristo quem vive em mim". Feliz somos nós, os convidados para a Ceia do Senhor, que é Comunhão com o próprio Verbo divino e remédio de imortalidade. Bem aventurado o povo que o Senhor escolheu. Que Ele nos conceda a graça da fidelidade até o fim. 

Viva à Santa Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana, fora da qual não há Salvação!





A afetação


Um dos maiores inimigos da vida católica - e moral, como um todo - é a afetação. Vejamos o que é isso e como ela se dá.

Quando nós praticamos o ato de conhecer, isto se dá a respeito de algum objeto. Podemos dizer que o termo desta nossa faculdade é, sempre, o objeto. De igual modo, quando agimos, a nossa ação inicia-se em nós e orienta-se, igualmente, a um objeto. É claro que este objeto pode consistir em nós mesmos. Neste sentido, seríamos sujeito e objeto, tanto do conhecimento quanto da ação. Isto é particularmente importante na vida religiosa em geral pois o que se nos pede é a coragem de ajeitar ou ordenar o nosso eu, matriz das nossas operações quaisquer que sejam.

Porém, existe um outro modo de agir a que designamos afetação: é quando o termo aparente da tua ação não é o verdadeiro. Um exemplo: uma pessoa diz que é preciso dar esmolas ou visitar doentes no hospital. Suponhamos que ela de fato comece a praticar isso que defende. A mera passagem da teoria à prática não é, ainda, garantia de moralidade. Existe um outro ponto aí que deve ser considerado: a intenção. Diz o Imitação de Cristo que uma intenção reta alcança a Deus e uma alma simples o abraça. Porém, é muito possível e, inclusive, provável que, por trás e por baixo da nossa finalidade mais evidente, se escondam outras. Peguemos ainda o nosso exemplo: se alguém o faz por amor à própria imagem, para que seja bem visto ou para que confirme a idéia positiva que tem a respeito de si mesmo, note como o termo da ação aí não se orienta, como parece, ao objeto a que se refere à primeira vista, isto é, aos doentes e mendigos. Neste caso, temos uma atitude afetada, pois aquilo que se experimenta por dentro não corresponde diretamente àquilo de que se falava ou defendia. 

Porém, a intenção de uma pessoa, a menos que se manifeste claramente de alguma forma, não pode ser sondada por nós. Pode ser suposta, mas Jesus mesmo o proíbe. Adiantar-se sobre a intenção de alguém em particular configura o chamado 'julgamento de intenção' que não é permitido aos cristãos. Isto porque, em geral, tal conhecimento, por ser interno, nos escapa.

Se, contudo, tal é assim, de outro lado nos é possível falar de uma certa estimativa no que se refere à afetação. Primeiramente, digamos que este tipo de dissimulação interna nem sempre é totalmente consciente. Há, de fato, pessoas abertamente dissimuladas. Eu já as conheci e chegavam quase ao nível da psicopatia. Mas, em geral, estes desvios de intenção se dão sem que o sujeito reflita, isto é, sem que se dobre sobre si mesmo para se observar. A maioria de nós tem como óbvia a finalidade das nossas ações. Não nos acostumamos muito a nos avaliar. Basta ver como há pessoas que parecem totalmente crédulas de suas suposições. No entanto, tal estado de ingenuidade marca a pertença a um nível básico de imaturidade. Entenda que os objetos defendidos aparentemente podem ser os alegadamente mais sérios: religião, aborto, política, filosofia, teologia, etc. Tais assuntos podem até reforçar a aparência de seriedade da pessoa e, no entanto, serem tão somente uma fachada. Não que a pessoa não os defenda de fato, mas que as suas investidas têm outra finalidade por trás daqueles assuntos, qual seja: a auto-afirmação. E isto pode acontecer sem que a pessoa sequer tenha notado.

Todos nós somos manchados pela soberba, isto é, todos buscamos, pelo menos inicialmente, fazer o mundo gravitar em torno de nós. Se o leitor nunca refletiu sobre isso e está discordando do que eu aqui digo, isto é claro sinal de pouco conhecimento de si mesmo. Há um ranço de soberba que nos inclina a um certo tipo de auto-deificação. E a única forma de sair disso é tomar consciência clara deste problema e receber o auxílio da graça. Como, porém, a maioria das pessoas não reflete sobre essa sua condição, forçoso é dizer que sejam cativas dessas rédeas da soberba. Às vezes, parece-nos flagrar a discrepância entre a reação de uma pessoa e o seu objeto. Esta discrepância pode se dar precisamente porque o sujeito em questão não está concentrando sua atenção no objeto em si, mas na própria reação que ele tem, de modo que esta perde a sua referência e fica a repousar, digamos, numa espécie de vazio. Este é o grande mal da hipocrisia. Assim como ela reduz-se a uma mera aparência de valor, assim também Jesus afirma que tal fatuidade será, igualmente, a sua recompensa.

O que fazer para não ser cativo deste problema? É preciso adquirir uma sinceridade profunda na consideração das coisas e de si mesmo, principalmente. É preciso flagrar sem medo e sem dó estes nossos movimentos soberbos que se dão internamente. Notemos a necessidade constante que temos de auto-afirmação e o modo como não aceitamos críticas de nenhum modo. Estas coisas, se não trabalhadas, nos colocam no polo oposto de qualquer cristianismo real. Percebamos que a ênfase com que defendemos ou atacamos certas posições visam, não raro, provocar antes um certo efeito e é justamente por ser este efeito o verdadeiro objeto visado que a sua correspondência com o objeto alegado nos aparece como algo "desafinado".

Enfim, tenhamos cuidado com isso pois tais afetações podem se estender a toda a vida e, no fim, a história toda da pessoa terá se reduzido a mera aparência.

Meu Niver - Gratidão


E chegou isto que eu chamo de “meu dia”, o dia em que eu nasci. É interessante como os dias anteriores já me deixam um tanto comovido. Eu fico com um senso de gratidão. Os budistas dizem que o mundo é sempre tal qual o nosso espírito. Embora isto não possa ser entendido na sua literalidade, como alguns o pretendem, ele expressa uma verdade: o nosso modo de olhar para o mundo nos permite ver certas cores. Isso o dizia o próprio Paulo ao escrever que tudo é puro para os que são puros. Eis, pois, que, nesta época, o meu coração cheio de gratidão julga ver no mundo um colorido muito peculiar.

Este ano foi particularmente pródigo na demonstração dos afetos dos meus amigos. Talvez eu pareça insensível a tudo isso; não sei a cara que faço quando sou o alvo desses carinhos. Todos veem que eu sorrio, mas não sei se o julgam tratar-se somente de educação. Na verdade, a repercussão que tudo isto tem dentro de mim é bem maior, como seria de se esperar de um  sujeito com temperamento melancólico sanguíneo. Porém, se foi um tempo de particulares atenções e delicadezas dos amigos, também foi um ano bastante difícil. A idade de vinte e sete anos, da qual saio hoje, é conhecidamente uma idade de tensões e dificuldades. Se estas são importantes para preparar o caráter do homem que está, aí, em formação, eu também fico feliz de avançar para uma nova idade, rs.. Houve e há muita dor, muita saudade, muita falta. Um senso muito agudo de que o curso da vida não segue todas as nossas determinações. A vida nos ensina duramente. Há dores afogadas aqui dentro e que permanecem muito vivas. Mas nada disso impede o senso de gratidão.

Quero, portanto, agradecer primeiramente a Deus que, além de me dar a vida – e de um modo bastante imprevisível -, ainda me concedeu, de ontem pra hoje, a graça da confissão e de tê-lo recebido na Comunhão. Esse foi, de longe, o melhor presente que eu recebi. Que Ele me dê a graça de permanecer fiel mesmo quando as demonstrações exteriores de afeto não forem tão pródigas. Mas quero agradecer também à minha família, à minha tia, ao meu irmão, que me expressaram seu carinho, e também aos demais que, talvez por timidez – o que eu compreendo muito bem – se reservaram a desejar anonimamente o meu bem. É suficiente.

Agradeço também, de forma muito carinhosa – e nem o sei expressar devidamente –, aos meus amigos; a estes que me cercaram, desde a manhã, com suas atenções e seus sorrisos. Tudo isso me surge como um prelúdio do céu. Eu sinceramente os amo. Que bom é poder viver tudo isso. Obrigado, meu Deus, por eles também.

Enfim, em todos os aniversários, gosto de relembrar que, enquanto ele significa mais um ano em que estou por aqui, também representa um ano a menos em que estou por aqui. Em outros termos: se ele marca a distância temporal da minha estadia neste mundo, ele também se refere àquele outro nascimento, mais real, para uma outra vida, também mais real, comparada à qual isto aqui é só um sonho. Então, se o aniversário é a celebração da presença neste mundo, também é ênfase de que tal presença é, ainda, espera. Esta alegria de agora é só um pardo aviso da outra. Se o aniversário, hoje, tende a passar, aquela outra vida será continuamente celebrada e não cederá lugar às tristezas. Será a contínua festa de aniversário; a festa que nunca acaba e que, de algum modo, nunca se torna rotina. Se os presentes recebidos agora são quase imprevisíveis e deles só temos certeza uma vez que os abrimos, o presente recebido lá – o nome que ninguém conhece a não ser quem o recebe – está seguro contra qualquer previsão. O olho não viu, o ouvido não ouviu, a mente não imaginou o que Deus tem preparado para os que O amam. Por isso, mais que tudo, peço a graça de poder amá-Lo, aqui, acima de todas as coisas. E não o peço apenas por interesse. Quero amá-Lo por Ele mesmo. A grande alegria do céu é a posse de Deus.

Enfim, termino com uma frase de Sta Clara de Assis, dita exatamente antes de ela morrer, e que sempre uso por estas datas: "Mil graças, meu Senhor, por me teres criado..."

E como o niver é meu, vamo de música


Da dificuldade de conservarmos os bens espirituais recebidos de Deus - da necessidade que temos da Virgem Maria


Quinta verdade - É extremamente difícil, devido à nossa fraqueza e fragilidade, conservarmos em nós as graças e tesouros que recebemos de Deus.

1º Porque este tesouro, mais valioso que o céu e a terra, nós o guardamos em vasos frágeis: "Habemus thesaurum istum in vasis fictilibus" (2 Cor 4,7): em um corpo corruptível, em uma alma fraca e inconstante que um nada perturba e abate.

2º Porque os demônios, que são ladrões finórios, buscam surpreender-nos de improviso para nos roubar e despojar: espreitam dia e noite o momento favorável a seu desígnio; andam incessantemente ao redor de nós, prontos a devorar-nos (cf. 1 Pd 5,8) e, pelo pecado, arrebatar-nos, num momento, tudo que em longos anos conseguimos alcançar de graças e méritos. E tanto mais devemos temer esta desgraça, sabendo quão incomparável é sua malícia, sua experiência, suas astúcias e seu número. Pessoas tem havido muito mais cheias de graça do que nós, mais ricas em virtudes, mais experientes, mais elevadas em santidade, que foram surpreendidas, roubadas, saqueadas lamentavelmente. Ah! quantos cedros do Líbano, quantas estrelas do firmamento se têm visto cair miseravelmente, perdendo em pouco tempo toda a sua altivez e claridade. A que atribuir tão estranha mudança? Não foi falta de graça, pois a graça não falta a ninguém; foi falta de humildade. Essas pessoas acreditavam-se mais fortes e suficientes do que o eram na realidade; julgavam-se capazes de guardar seus tesouros; creram sua casa bastante segura e bem fortes os seus cofres para guardar o precioso tesouro de graça, e, devido a essa segurança imperceptível que tinham em si (conquanto lhes parecesse que se apoiavam na graça de Deus), é que o justíssimo Senhor, abandonando-as às próprias forças, permitiu que fossem roubadas. Ah! se tivessem conhecido a devoção admirável [a Nossa Senhora], teriam confiado seu tesouro à Virgem poderosa e fiel, que o teria guardado como seu próprio bem, fazendo mesmo, disso, um dever de justiça.

É difícil perseverar na justiça por causa da corrupção do mundo. O mundo está, atualmente, tão corrompido, que é quase necessário que os corações religiosos sejam manchados, se não pela lama, ao menos pela poeira dessa corrupção; de modo que se pode considerar um milagre o fato de uma pessoa manter-se firme no meio dessa torrente impetuosa sem que o turbilhão o arraste; no meio desse mar tempestuoso sem que o furor das ondas a submerja ou a pilhem os piratas e corsários; no meio desse ar empestado sem que os miasmas a contaminem. É a Virgem, a única fiel, na qual a serpente não teve parte jamais, que faz este milagre em favor daqueles e daquelas que a servem da mais bela maneira.

S. Luís Maria Grignion de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção

Dia dos Namorados


Estou, já, atrasado, mas não queria deixar passar essa data. Ontem comemoramos o dia dos namorados e eu gostaria de tecer alguns comentários a respeito.

O que é namorar? O modo como a palavra é escrita parece sugerir que seu significado é estar “em amor” com. Poderíamos ainda brincar e dizer que a pretensão última do namorar está já expressa na terminação do termo: “morar”. O namoro se ordena ao casamento e, portanto, ao ato de morar junto.

Nessa nossa divertida e descuidada análise do nome, já tocamos em pontos fundamentais para compreendermos a ideia do namoro. Aprofundemo-los.

Namorar é estar em amor com, dissemos. Mas o que é amar? Amar é um ato da vontade que deseja, além da proximidade particular de alguém, também o seu bem em todos os aspectos. Porém, tal ato da vontade pede um outro que lhe seja anterior: um ato de conhecimento. É preciso conhecer a pessoa antes de amá-la.

E como podemos conhecer a pessoa? Precisamos, para isso, submeter à nossa inteligência algumas das suas características. Mas isso tudo só se faz depois de algumas impressões, pré-racionais, que obtemos quando entramos em contato com a pessoa e que despertam em nós simpatia ou antipatia. Se for simpatia, aquilo nos abre uma via pela qual poderemos chegar a conhecê-la e, então, teremos como analisar outras características suas e notar se a tal pessoa merece ser amada por nós. Notemos, contudo, que a simpatia ou antipatia inicial se dá de modo pré-racional e às vezes se mantém de modo irracional. Em muitos casos, o que irá determinar a nossa relação com a pessoa, por mais racionais que sejamos, é o modo como nos sentimos ao lado dela. Algumas mulheres terão a experiência de, racionalmente, saber que um dado homem não vale muito a pena e, não obstante, desejá-lo veementemente. Todavia, isso não deve nos dispensar da análise das características mais profundas da pessoa, pois uma relação sólida não se estabelece em cima de impulsos irracionais. Não podemos agir neste terreno de modo inconsequente.

Estes traços dos quais deveremos ter conhecimento a fim de que a nossa vontade possa amar – a vontade deve ser guiada pela inteligência, não pela sensibilidade – não podem se restringir à mera estética, isto é, aos aspectos físicos. Falando de modo mais claro: o determinante para um namoro não deve ser o quanto uma pessoa é “gostosa”. Obviamente, isto tem sua importância, mas está longe de ser o fator mais essencial. Em alguns casos, até, este é um ponto que pode ser dispensado. Há heróis neste quesito...

Mas é preciso se deter principalmente na interioridade da pessoa, no modo particular da sua personalidade, nos seus valores, nos seus projetos e ideais. Se vemos que nela prevalecem certos traços que a fazem digna de ser amada, e se ela, por sua vez, nos corresponde, então já temos o necessário para que se inicie a fase de maior intimidade – mas, ainda, intermediária - que caracteriza o namoro. Aqui se pensa estarem liberadas quase todas as práticas do casamento. Mas isto é falso em absoluto. O namoro deve ser um tempo de carinho e de conhecimento: o carinho se expressa pelo cuidado e respeito, e o conhecimento aí referido não tem por objeto a textura do corpo da outra, principalmente a de certos vértices, nem se a outra pessoa possui uma capacidade respiratória maior que a sua ou se possui uma língua muito flexível. A rigor, o namoro não é tempo de nada disso. Deve ser, antes, uma fase de sondagem da alma do outro. Portanto, é importante ter toda uma atenção com os modos de expressão dos carinhos que, por mais bem intencionados que sejam, podem ter a faculdade de acender certos fogos que darão muito custo para apagar. E ninguém pense ser santo ou ingênuo o suficiente para não cair nestas situações. Este tipo de má ingenuidade será perdida de um jeito ou de outro. É sempre bom relembrar o verdadeiríssimo adágio: “em termos de castidade, não há fortes; há prudentes!”. Use, portanto, este tempo rico para expressar seu carinho de um modo correto e sóbrio e para conhecer interiormente – espiritualmente, não fisicamente – a outra pessoa.

Namorar visa morar junto. Se o amor é uma fase intermediária, como dizíamos, então ele se ordena a um termo ou fim que é o casamento. Qualquer meio que não visa a um fim não é meio coisíssima nenhuma. Todas as vezes que fazemos de um meio um fim, nós distorcemos o meio, que perde, então, a sua legítima dignidade e se torna num certo tipo de fetiche. Alguém que pensa em namorar apenas por namorar age como alguém que pega uma colher sem nenhuma referência ao ato de alimentar-se. Porém, a razão de ser da colher é servir de meio para que o alimento seja posto na boca. Se queremos a colher pela colher, alguma coisa está errada. 

O namoro se ordena ao casamento, e se isto não precisa ser intensamente discutido no início do envolvimento, para que a coisa não fique pesada e não perca o frescor agradável que é típico dessa fase, o matrimônio, porém, não deve sair do horizonte das partes. Por isso, namorar é o mesmo que dizer: “passemos este tempo para que eu comprove se você será a pessoa com quem me unirei por toda a vida diante de Deus”. Vê-se, desse modo, como é, mesmo, uma fase de se conhecer o outro. Nesta fase, o casal também será chamado a aprender a conviver com as arestas da pessoa, com certos modos que lhe serão desconfortáveis, ao mesmo tempo em que terá de aprender a rebaixar seu orgulho e ceder em algumas coisas. Os dois deverão aprender a entrar num consenso. Também acontecerá de um ou outro chegarem a ter contato com outras pessoas que despertarão um tipo de simpatia muito similar ao que lhe despertou, no início, esta pessoa com quem ele namora. Se tal acontecer, será a ocasião de começarem a aprender o que significa a fidelidade – conceito fundamental no casamento e que exige uma fortaleza interior que só se dá numa pessoa experimentada – e de como é importante saber negar a si mesmo de modo, inclusive, enérgico. Todas estas dificuldades visam preparar a têmpera do jovem casal para, futuramente, unirem-se diante de Deus e assumirem a responsabilidade de formarem uma família incluindo, é lógico, a disposição de ter os filhos que Deus lhes conceder.

Este é um outro tema no qual eu não entrarei agora. Porém, é importante que o namoro seja visto como algo saudável e cuja natureza é totalmente distinta do que se tem apresentado, hoje, no mundo. Um namoro bem vivido amadurece os namorados, os vai libertando gradativamente de seus egoísmos mais arraigados e preparando-os para uma relação de amor que, idealmente, deverá ser o meio de salvação pelo qual Deus os unirá consigo. Não excluamos Deus de nenhum dos estágios disso tudo. Sem ele, todo o edifício desanda. Que não seja necessário que alguém constate isso empiricamente. Leia esse texto e acredite. Resgatemos a beleza do relacionamento correto e que a Virgem Maria, namorada e esposa de São José, nos conduza.

Para que todos sejam um, como nós somos um - Conclusão geral


a) Jesus fundou uma só Igreja. A multiplicidade das igrejas cristãs não é obra de Deus, mas dos homens. Esta divisão entre os cristãos é uma vergonha e um escândalo diante do mundo. Os culpados desta divisão somos todos nós. O nosso orgulho, a nossa mediocridade, a nossa falta de fé, a nossa falta de amor, é que causaram as divisões entre nós.

b) Voltaremos um dia a ver o mundo cristão como "um só rebanho e um só Pastor"? (Jo 10,16)

O caminho é grande, mas temos certeza absoluta de que chegaremos um dia a ver o mundo inteiro professar "um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos" (Ef 4,3-6). A razão da nossa certeza é a oração de Jesus pela unidade:

"Pai santo, guarda-os em teu nome, este nome que me deste, para que sejam um como nós... Não rogo somente por eles, mas por aqueles que, por meio de sua palavra, crerem em mim, a fim de que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em Ti. Que eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que me deste, para que sejam um como nós somos um. Eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste e os amas como Tu me amaste." (Jo 17,11.20-23)

Esta oração, saída do coração de Jesus, que previu a divisão de sua Igreja, temos certeza que um dia será ouvida pelo Pai Eterno. Não sabemos quando, mas será ouvida, porque se trata da Igreja de Jesus, da sua obra, que lhe custou seu Sangue divino. A Igreja de Jesus não poderá ficar despedaçada, dividida até o fim, pois isto é contrário aos desejos de seu Divino Fundador.

c) Nós, os fiéis de Cristo, que podemos fazer pela unidade da Igreja?

1º) A oração é o meio fundamental e ao alcance de todos, para restabelecer a unidade no Reino de Deus. Raciocinando humanamente, pode parecer impossível a união dos cristãos, mas a oração sincera fará sentir a cada um dos cristãos a vergonha deste escândalo da divisão e mais facilmente saberemos renunciar aos nossos pontos de vista errados, para abrir-nos aos impulsos da Graça. O que aos homens parece impossível, a Deus é possível.

2º) A prática da caridade é outro modo de que podemos e devemos nos valer para a unidade da Igreja. É o mandamento novo de Jesus para os seus fiéis: "Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo 13,35). Este mandamento de amor para com os irmãos deve ser como que o resultado do nosso amor a Deus. Isto é, deve ser um amor sobrenatural, o único capaz de superar as dificuldades e os obstáculos para a unidade.

3º) O terceiro modo para chegar à unidade é o diálogo no plano da fé. É claro que é o mais difícil, mas por meio da oração e da caridade, guiados pelo Espírito Santo, conseguiremos chegar à reconciliação e à unidade. E então "haverá uns só rebanho e um só Pastor" (Jo 10,16).

Com nossos irmãos que professam a mesma fé em Cristo, embora não pertençam à Igreja Católica, esperamos unir esforços, preparando constantes e progressivas convergências que apressem a chegada do Reno de Deus. (Puebla, 1.252)


Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 139-140.

Assembléia de Deus e sua Divisão (Pentecostais)


Fundação

A Assembléia de Deus foi fundada em 1914 na cidade de Hot Springs, EUA, por um grupo de pastores provenientes de diversas denominações protestantes. Estes pastores conseguiram reunir mais de 100 congregações diferentes em uma só denominação que se chamou Assembléia de Deus.

Orientação

Os pontos doutrinários são tirados das outras igrejas protestantes, aceitando quase todos os princípios destes, como: somente a Bíblia, somente a fé salva, negação do culto a Maria, etc.

Divisão da Assembléia de Deus

Os membros da Assembléia de Deus estão sujeitos a uma divisão sem controle, pois eles pensam que o Espírito Santo age diretamente em cada um deles. Quando alguém diz ter uma visão, ou um sonho, ou uma profecia, etc., e alguém discorda, aí começa a separação, dando início assim a uma nova seita.

Principais grupos no Brasil

a) Congregação cristã do Brasil: começou em 1909 em São Paulo, vinda dos EUA. Distingue-se das outras congregações por certas características próprias.

b) Cruzada "Brasil para Cristo". Fundada pelo pastor Manoel de Melo em 1955, que se desligou da Assembléia de Deus por motivos financeiros.

c) "Deus é amor". Fundada por Davi Miranda, cunhado de Manoel de Melo, em 1962, também por motivos financeiros.

d) "Casa da bênção", igreja da graça, igreja universal do reino de Deus, etc. Todos se separaram por motivos de dinheiro.

Além destas existem outras seitas: Cruzada Nova Vida, Evangelho Quadrangular, Igreja da Restauração, Reavivamento, Cristo Pentecostal, etc.

Doutrina

Aceitam duas espécies de batismo. Batismo de água e batismo do Espírito Santo. Batismo de água é administrado só aos adultos e significa um simples sinal de arrependimento (como o de João Batista). Batismo do Espírito Santo é sempre acompanhado pelo dom das línguas.

Outro ponto fundamental: as curas milagrosas. Para eles qualquer tipo de doença é obra do demônio. Por este motivo, todo seu trabalho consiste em expulsar demônios das pessoas. É evidente que, desta forma, criam nas pessoas um clima de medo e de terror, que muitas vezes prejudica irremediavelmente a saúde mental e física. É evidente, também, a exploração das emoções e dos sentimentos dos mais pobres e doentes. A insistência com que pedem dinheiro aos pobres, doentes e velhos, e de modo astucioso, fez revoltar muita gente, pois os pastores se tornaram ricos de modo escandaloso. As pessoas mais esclarecidas, logo percebendo o engano, se afastam, e voltam a procurar sua Igreja Católica, que é a única fundada por Jesus.

Conclusão

É necessário que todo católico se conscientize que é chegada a hora de assumir a responsabilidade da evangelização. Sobretudo no meio do povo pobre que sempre é explorado e manipulado por estes espertalhões sem escrúpulo.

Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 137-138.

Os Exorcismos - Padre Duarte Sousa Lara

Testemunhas de Jeová

Charles Taze Russel, fundador dos Testemunhas de Jeová

Estados Unidos - 1874

a) Charles Taze Russel é o fundador. Nascido em Pittsburg, Pensilvânia. Pertencia à Igreja congregacional. Era, hoje se diria, um doente mental, pois vivia continuamente com a idéia do inferno na cabeça. Um dia começou a escrever com giz em todos os muros da cidade avisos sobre o inferno para os incrédulos. Assim ficou muito tempo, todo dia no mesmo trabalho. Em 1869 encontrou-se com um ateu. Este, com pouca conversa, destruiu sua fé sobre o inferno. Russel também se tornou um ateu. Porém, de vez em quando, dava uma olhada na Bíblia. Por meio da bíblia, fez outra descoberta, isto é, que podia crer na Bíblia e não crer no inferno.

b) Com 20 anos de idade começou a pregar esta nova descoberta e gritava em todo canto: "Não há inferno!" Nesta idade fundou uma nova religião, de sua autoria, e se deu este nome: Pastor Russel. Em pouco tempo ficou muto rico através de seus escritos, inventando profecias, declarando-se infalível na interpretação da Bíblia, extorquindo dinheiro do povo.

c) A grande mentira: ele se declarava sempre e com todos o grande conhecedor das Escrituras. Era o grande mensageiro de Deus. No Canadá, em pleno tribunal, jurou diante de todos que sabia grego, a língua do Novo Testamento. Foi-lhe apresentado um Evangelho escrito em grego. Mas foi obrigado a admitir que não conhecia aquela língua, apesar de antes ter jurado em nome de Deus - e isto é grande pecado de perjúrio.

d) Outro grande pecado: sua mulher se divorciou dele em 1897, por acusação de adultério da parte dele com duas mulheres, e por maus tratos. O juiz que concedeu o divórcio obrigou-o ao pagamento de uma pensão mensal a ela. Mas Russel imediatamente transferiu a conta de todo seu dinheiro para a sociedade bíblica. E assim sua mulher morreu de fome. Russel morreu em 1916. Os seus seguidores atuais nem gostam que se recordem certos fatos.

e) Joseph Franklin Rutherford desenvolveu a obra de Russel. Rutherford estava cumprindo sentença na cadeia de Atlanta. Terminada a pena, formou-se em direito. Foi escolhido para ser procurador das Testemunhas de Jeová. Aproveitou a oportunidade para lançar idéias e para sair do anonimato. Ele inventou o nome Testemunhas de Jeová e lançou milhões de folhetos no mundo inteiro, inculcando ódio contra todas as religiões. Aos poucos tirou de circulação os escritos de Russel e lançou os seus. Em 1917 foi encarcerado com mais 405 seguidores, por se recusarem a servir à pátria. Construiu para si em S. Diego, Califórnia, uma residência principesca. Depois de muitas falsidades e profecias não sucedidas, morreu, riquíssimo, em 1942.

Doutrina

É a negação do Cristianismo em toda a linha. Um sectarismo domina todo o movimento. Negam a Santíssima Trindade. Negam a divindade de Jesus. Negam a espiritualidade da alma. O mundo é dirigido pelo Diabo. Todas as religiões são obras de Satanás. São animados por um fanatismo doentio que só fabrica doentes mentais.

Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 135-136.

Adventistas

William Miller, fundador do Adventismo

Estados Unidos - 1831

William Miller é o fundador. Nasceu a 15 de fevereiro de 1982, em Massachusetts. Era um agricultor. Na idade de 34 anos se converteu aos Batistas. Começou a ler a Bíblia, sozinho, sem preparação. O pior é que começou a interpretar o livro mais difícil, que é o Apocalipse de S. João.

Descobriu na Bíblia que o fim do mundo estava próximo: através de cálculos infantis, concluiu que o fim do mundo devia ser no dia 21 de março de 1843. Com o auxílio de muitos amigos pregadores, começou a propagar esta data e a conclamar todos para que se preparassem, pois o fim estava próximo. Pois bem, depois de oito anos de pregação, o dia profetizado estava chegando. Todos os crentes vendiam tudo o que tinham, subiam nos telhados com vestes brancas, gritando e esperando o fim do mundo. Mas... que desilusão! Veio o dia 21 de março e o tempo continuou a correr. Refez os cálculos. Tinha errado em alguns dias. Foi corrigido o tempo. O verdadeiro fim do mundo devia ser no dia 22 de outubro de 1844. Nova desilusão. Chamaram-se outros matemáticos e profetas da seita e pela terceira vez foi marcada a data fatal. Desta vez os cálculos estavam certos. Devia ser em 1854. Novo fracasso! O mundo continuou.

Doutrina

O primeiro dogma fundamental dos adventistas é que a segunda vinda de Cristo está iminente.Eles vivem continuamente numa tensão nervosa e muitas vezes marcam o dia e a hora da chegada de Cristo. E sempre erram. Pois Jesus disse:

"Em relação ao dia e à horam, ninguém o sabe, nem os anjos dos céus, mas só o Pai que está nos céus" (Mt 24,36).

Segundo dogma fundamental: observância do sétimo dia, o sábado. Aqui se colocam em choque com todos os outros protestantes, pois estes também observam o domingo.

Crítica ao sabatismo: Cristo ressuscitou no domingo, que passou a ser o Dia do Senhor. Os apóstolos e os primeiros cristãos se reuniam no domingo para celebrar os mistérios. Toda a Tradição nos diz em inúmeros documentos que o domingo passou a ser dia de descanso e dia do Senhor. 

Todos os adventistas devem ser vegetarianos* e de forma alguma tomar bebidas alcoólicas nem fumar. Para ser aceito no Reino milenar de Cristo, o adventista deve comer uma comida sadia.

Esta seita condena todos. Para eles, quem não pensa como eles irá para o inferno. Sobretudo o seu ódio é manifesto contra o Papa e a Igreja Católica. 

Divisões: hoje o adventismo está dividido em inúmeras seitas: Adventistas do sétimo dia, os segundos adventistas; Igreja cristã do advento; Igreja de Deus adventista; União da vida e do advento, etc.

Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 133-134.

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*Pelo que eu sei, o vegetarianismo não é obrigatório no adventismo, pelo menos não na Adventista do Sétimo Dia que é, penso, o ramo mais famoso. Porém, é fato que, ser vegetariano, ainda que não obrigatório, é fortemente recomendado.

Anglicanos e Episcopalianos

Henrique VIII

Henrique VIII, da Inglaterra, foi o fundador. Em 1521 escreveu um livro para demonstrar a falsidade da doutrina de Lutero. O Papa Leão X proclamou-o "Defensor da fé". Era casado com Catarina de Aragão, com a qual teve cinco filhos. Tendo-se apaixonado por Ana Bolena, pediu ao Papa a anulação do casamento com sua primeira mulher, para poder se casar co Ana. O Papa foi irremovível:

"O que Deus uniu, o homem não pode separar" (Mt 19,3-9).

Cego de paixão, rompeu com Roma e se uniu aos protestantes, contra o Papa, casando-se então com Ana Bolena, em 1533. Em 1536 o rei condenou Ana e se casou com Joana Seymour, a qual morreu um ano depois. Voltou a se unir com Ana de Cléveris, em 1539, mas alguns dias depois a repudiou. Casou-se pela quinta vez, então com Catarina Howard. Esta também foi executada, em 1542. Até que se casou pela última vez, e com Catarina Parr, porquanto o rei morreu primeiro.

A separação da Igreja Católica e o início da Igreja Anglicana se deram historicamente em 1534, com o "Ato de Supremacia Régia" de Henrique VIII. Daí começou também a grande perseguição aos católicos. Chegou-se a tal ponto, que os católicos eram barbaramente encarcerados pelo simples motivo de não quererem assistir ao culto anglicano. Em 1581 foi feita uma lei pela qual eram encorcados ou esquartejados todos os que se confessavam ou davam absolvição.

Doutrina

A Bíblia contém as coisas necessárias para a salvação. Deve haver uma Igreja visível como união dos fiéis batizados. Nesta Igreja há um ministério hierárquico de bispos, sacerdotes e diáconos. As fontes desta doutrina são: a Bíblia, o Livro de Oração Comm e os três credos: apostólico, niceno e atanasiano. Só dois sacramentos são considerados necessários para a salvação: o batismo e a eucaristia.

Conclusão

Entre as Igrejas protestantes, esta é a que mais se aproxima da Igreja Católica em relação à doutrina e liturgia. Ultimamente há profundos estudos entre teólogos católicos e anglicanos para reunificar a Igreja anglicana a Roma. Estes entendimentos estão mais adiantados do que a gente possa pensar. Temos que rezar para que a grande Igreja da Inglaterra volte ao seu natural rebanho.

Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 131-132.

São Paulo Apóstolo sobre o Único Evangelho


Início da Carta de São Paulo aos Gálatas:

Eu, Paulo, apóstolo – não por iniciativa humana, nem por intermédio de nenhum homem, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos – e todos os irmãos que estão comigo, às Igreja da Galácia.

Admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho. Não que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo mudar o evangelho de Cristo.

Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado.

Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado.

Será que estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo.

(Gl 1,1-2.6-10)

Jornal da Massa SBT - Discussão sobre aborto e esquerdismo na Igreja - Excelente!

Daniel Silveira - Testemunho de saída do protestantismo e volta à Igreja Católica

Metodistas

John Wesley, fundador do metodismo

John Wesley foi o fundador. Nasceu em 1703 na Inglaterra. Foi aluno do Lincoln College, em Oxford. Ali, junto com seu irmão Charles e outros, formou o "Clube Santo": um grupo de jovens que se dedicava à oração, meditação e prática da caridade. Pelo seu método de funcionamento, esse grupo foi apelidado de "metodista". Wesley gostou deste apelido e mais tarde fundou sua igreja com este nome.

Ele gostava muito de ler o livro católico "A Imitação de Cristo" e o recomendava a todos os seus seguidores para a meditação. Em 1735 foi admitido na ordem anglicana. No mesmo ano partiu para a América do Norte como missionário. Foi um completo fracasso, pois os colonos americanos não aceitaram de modo nenhum suas doutrinas ditatoriais. Em 1738 voltou para a Inglaterra. Em Londres conheceu os morávios. Estes eram sectários de John Huss. Ficou impressionado com sua fé. Em 1739 organizou a Sociedade Metodista Wesleyana. Morreu como anglicano, em 1791, e nunca quis filiar sua Igreja metodista à Igreja da Inglaterra.

Doutrina Metodista

a) Ele dizia que a Bíblia é a única regra de fé. Porém sempre condenou a interpretação privada, que era, segundo ele, semente de erros sem fim.

b) A salvação: Wesley era obcecado por salvar almas. Pregava a nova conversão, que justificava a alma perante Deus imediatamente. Essa nova conversão não era pelo batismo, mas depois. Seus seguidores chegaram a colocar esse novo nascimento ou nova conversão no lugar do batismo. De fato, os modernos metodistas consideram o batismo como simples símbolo de conversão.

c) Ensinava que a salvação é para todos. Cristo morreu para todos e para salvar todos. Aqui contrariou na raiz a doutrina de Calvino, que diz que Cristo morreu só para os eleitos.

d) Hoje em dia, entre os metodistas há fortes diferenças, sobretudo em relação àquilo que devem crer. Há quem deseja uma aproximação com a Igreja Católica. Há os que combatem com furor esta tendência. Hoje, no mundo inteiro, os metodistas são mais de 25 seitas diferentes, com diferentes doutrinas e disciplinas.

Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 130.
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