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"Não li, não gostei" - Sinceridade Marxista


Ontem à noite, transitando pelas prateleiras da biblioteca na Universidade, deparei-me diante dos livros de Filosofia e lá estavam alguns dos meus ditos "colegas", outros estudantes do mesmo curso. Entre si, comentavam a respeito de alguns livros, enquanto eu discretamente mexia no acervo à minha frente.

De repente, vejo que a menina está a manusear o "Ente e a Essência" de Sto Tomás de Aquino e meio que preocupada com a edição. Interrogando o "pequeno gafanhoto" que a acompanhava, um rapazinho que ostenta ares de marxista, sobre se ele conhecia algo daquela edição, obteve como resposta da criança: "Sei não. Eu não leio essas besteiras".

Não contive o ar de riso, enquanto eu mesmo tinha na mão uma outra edição da mesma obra. Não sei se os amigos já chegaram a ler alguma página deste livro. Lembro que anos atrás eu o tinha pego, uma obra fininha, aparentemente tranquila de ler. Não sei com relação aos demais, mas não consegui passar muitas páginas na época. É muito denso e difícil de acompanhar.

No entanto, lá estava eu diante de um rapaz que não tinha lido, não sabia nem do que se tratava, mas já dizia solenemente que era uma besteira. rsrsrs. Pense numa sinceridade!

O mesmo aconteceu alguns anos atrás quando, pela primeira vez diante da "Cidade de Deus" de Sto Agostinho, livro imponente já desde a estética, pois é bastante volumoso, eu comentava com um amigo: "olha o tamanho disso!" e este, segurando negligentemente a obra, com um ar de desprezo, flatulou: "É muita alienação, viu!".

rsrsrs.. Esta é uma boa parte dos "intelectuais" brasileiros: pessoas que qualificam uma obra sem sequer a terem lido. Chegará o dia em que assistiremos algum debate sobre autores dos quais nada se conhece a não ser a cor da capa dos livros que escreveram, o nome da obra e, o que é mais importante, se era filiado a algum movimento esquerdista ou não. Este último aspecto seria suficiente para rotular o escritor como bom ou como alienado. O tema destes eventos poderia ser algo assim: "a estética do rosa na capa da obra de fulano"; ou, um pouco mais profundo: "A foice e o martelo como figuras sugestivas para a ação revolucionária".. rsrs

Mas, enfim...
Ainda falando sobre ontem, via-se, de onde estávamos, um exemplar de um livro chamado "Como vencer um debate sem precisar ter razão" - coisa em que os marxistas devem ter muito interesse - , do filósofo Schopenhauer, cujo prefácio tinha sido escrito pelo Olavo de Carvalho. Arrisquei perguntar-lhes se eles conheciam o Olavo. Disseram que não. Limitei-me a fazer uma recomendação de leitura.. rs

Mas creio que não lerão. Não suportariam sequer um parágrafo. Quando o Olavo fizesse o primeiro gracejo, o pequeno chamaria pela mãe... rs

E estes, caríssimos, serão os futuros professores do amanhã! Que situação linda a nossa.. aff...

Sto Tomás de Aquino e Sta Teresa Benedita da Cruz intercedam por nós.

Fábio.
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