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Pe. Fábio do Respeito Humano, CSN (Congregação dos Sem Noção)


Estes dias, alguém me comentava ter lido, neste blog, um comentário que fiz a uma antiga entrevista que o Pe. Fábio de Melo tinha dado no Programa do Jô e na qual ele pouco contribuíra para retirar os equívocos que o corpulento apresentador lançava. Eu dei um risinho - porque sempre me é dolorido criticar um padre - e acrescentei: "mas agora ele está mais quieto".

No entanto, fiquei a saber, já hoje, que o referido sacerdote, talvez com saudades das críticas a lhe ventilar o nome pelos espaços virtuais, fez um infeliz comentário sobre as agitações que têm tomado espaço nesta antiga Terra de Santa Cruz e que tratam de graves questões morais, como a aprovação da união estável entre pessoas do mesmo sexo e, agora, a busca, por parte de militantes gays, da criminalização da crítica - de que tipo for - à prática homossexual.

O Pe. Fábio, com o seu tom meloso de sempre - aparentemente sensato - mais uma vez se absteve de, no exercício do seu trabalho como padre e como apresentador de um programa televisivo supostamente católico, trazer, ainda que de modo mais ameno - vá lá! Ninguém tá pedindo que ele tenha tanta fibra quanto o Pe. Paulo Ricardo - um esclarecimento real sobre o ensino da Igreja nestas questões, como seria, aliás, o seu estrito dever. Ao contrário, Pe. Fábio parece ficar preocupado com o que possam pensar os homossexuais e, por causa disso, fala de questões jurídicas e de mil falaciosas conveniências, fazendo, porém, total abstração daquilo que é o coração da crítica religiosa à prática homossexual: ela constitui pecado grave e ofende o sagrado.

De modo contraditório, Pe. Fábio apela, repetidamente, para o cuidado com a dignidade do outro. Pra este padre, qual seria, então, a motivação que faz a Igreja lutar contra estas leis iníquas? Seria raiva gratuita? Seria capricho? Objetivamente falando, não é a prática homossexual que, neste contexto, mais fere e ofende a dignidade do ser humano? Pe. Fábio sabe mesmo que é padre? E diz que tem conversado com bispos esclarecidos. Ora, o que significará ser esclarecido para ele? Já vimos que a Igreja, com o seu discurso firme e inequívoco, parece se enquadrar, na visão do padre, naquilo que ele chama de "fanáticos". E isto porque a Igreja, para todo católico, é mestra infalível em moral! Para este padre, porém, ela parece ser só uma fanática. Pe. Fábio, portanto, se acha no direito de, enquanto a representa, mudar ou amenizar o seu discurso, substituindo-o pelo seu próprio, supostamente mais "esclarecido".

De fato, pode existir fanatismo, mesmo no meio religioso? É claro que pode! Ninguém aqui está legitimando a agressão a homossexuais ou coisas do tipo. Mas isto não significa que, no exercício da caridade, não se possa e não se deva agir com firmeza! A clareza do discurso é também questão de sinceridade! E estamos aqui, em última instância, a tratar da salvação de milhares de almas. Por isso que, do padre Fábio, como pai de almas que deveria ser, nós esperávamos uma sinceridade e firmeza maiores, menos respeito humano; enfim, menos conversa pra boi dormir.

E aí, o padre termina advertindo aos católicos - que parecem ser o grande foco de ataque dele; os gayzistas ficaram intocados. Diríamos que a atitude do Pe. Fábio prefigura a instauração do funesto PL 122/2006 que instaura a intocabilidade dos gays e lhes eleva quase à qualidade de sacrossantos objetos de culto - que cuidem para que o seu discurso não se torne um lugar de conforto. Conforto? Será confortável ficarmos sendo visados e sendo chamados de fanáticos? Será confortável sermos apontados na rua e sermos chamados de homofóbicos? Será confortável estarmos sendo ameaçados de prisão por manter uma coerência com a Fé que professamos? Ou será que não é mais confortável ir a uma televisão onde o idolatram, onde o padre faz sucesso pelas melosidades que declama, pela bela estética do seu rosto e, por fim, por ficar sempre no meio termo, sem querer se comprometer de modo claro? Quem está mesmo no lugar de conforto?

E apelando para o que o mesmo Pe. Fábio disse: se não sabe o que é a lei, não fala! Vai ler antes de fazer estrago na TV! Sacerdócio não é brincadeira! E se o Padre evoca a figura de Jesus, nós perguntamos: que Jesus será que o padre conheceu? Um Jesus romântico? Será que o padre acha que foi por querer ser amiguinho de todo mundo que Jesus foi à Cruz? Sugerimos ao padre que dê uma lida direito nos Evangelhos.

Por fim, há uns trechos de S. Josemaria Escrivá que parecem ser perfeitamente aplicáveis ao Pe. Fábio. Vão abaixo:

"Nunca queres "esgotar a verdade". - umas vezes, por correção. Outras - a maioria -, para não passares um mau bocado. Algumas, para evitá-lo aos outros. E, sempre, por covardia. Assim, com esse medo de aprofundar, jamais serás homem de critério.

Não tenhas medo à verdade, ainda que a verdade te acarrete a morte.

Não gosto de tanto eufemismo: à covardia, chamais prudência. - E a vossa "prudência" é ocasião para que os inimigos de Deus, com o cérebro vazio de idéias, tomem ares de sábios e ascendam a postos a que nunca deviam ascender.

Esse abuso não é irremediável. - É falta de caráter permitir que continue, como coisa desesperada e sem possível retificação. Não te esquives ao dever. - Cumpre-o em toda a linha, ainda que outros deixem de cumpri-lo.

Tens, como por aí se diz, "muita lábia". - Mas, com todo o teu palavreado, não conseguirás que eu justifique o que não tem justificação."

S. Josemaria Escrivá, Caminho, grifos meus


Que Deus esclareça este padre que, se tivesse um pouco do bom senso que ele recomenda aos outros, poderia fazer tanto bem...

Fábio
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5 comentários:

  1. Salve Maria!

    Alguns de meus leitores pediram que eu também fizesse um artigo "ventilando críticas" a este homem, porque francamente tenho sérias dúvidas sobre o sacerdócio dele ... enfim, gostei muito de suas palavras, vc consegue falar tudo e ser educado ... infelizmente não tenho o mesmo dom ou a mesma educação. Minha natureza é muito visceral; e quando a coisa consegue me irritar profundamente eu perco a pouca linha que ainda cuido para manter em mim!

    Por isto indicarei o seu Blog para meus amigos. Ando muito cansada com tudo isto, com toda esta baderneira modernista, e penso que preciso resguardar minha fé, visto que se eu não cuidar dela, quem cuidará por mim???

    Peço a Deus que o guarde sempre, cuide de vc e te dê forças para a sua luta diária! Convido vc a se refugiar no Imaculado Coração de Maria, lugar onde encontramos refrigério para nossas almas!



    Como sempre, parabéns pelo artigo!

    Gi

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  2. E o teu nome também é Fábio, santa ironia! Mas enfim, gostei do "corpulento entrevistador" e de outros adjetivos. A questão principal, entretanto, em teu texto é o padre. Pois te dou inteira razão. De há muito vejo homens em suas profissões com medo de ser obejetivos, claros e determinados naquilo que se propuseram. Político, Padre, Professor. Parece que têm medo de dizer a verdade. Agora uma marxista metida a socióloga e auto-denominada sexóloga (existe essa profissão?)inventa uma lei para criminilizar a opinião, a liberdade, o direito do cidadão; fere o artigo 5º da Constituição mas, como todos que mencionei, fazem jogo de cena, são contraditórios e querem se acomodar nos dois lados. Pois, padres, ou o lado religioso e ou lado pernicioso. Ou a Verdade que nos propomos a crer e seguir ou a liberdinagem disfarçada agora com união do mesmo sexo; direito dos homosexuais etc, etc, etc. Se for criada essa sera a verdadeira lei da mordaça. E sobre o padre, será que escondido no fundo da sua subjetividade não se encontra uma questão que poderia ser resolvida em um divã freudiano?

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  3. Giovana, Salve Maria!

    rs.. De fato, tudo isso cansa, mesmo. Agradeço os elogios e o pedido a Deus por mim. Eu também peço a Nosso Senhor que te conduza sempre, na tua vida e no teu apostolado.

    Refugiemo-nos, então, no coração da Doce Virgem Maria.

    Gostei do "Gi". Vou te chamar assim, agora.. rs Se vc não se importa..

    Abraço.

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  4. Prof. Irapuan,

    Bendita seja a grande Mãe de Deus.

    Sim, meu nome é Fábio, e há quem fique me chamando de "Fábio de Melo". rs

    O senhor escreve:
    "De há muito vejo homens em suas profissões com medo de ser objetivos, claros e determinados naquilo que se propuseram."

    É justamente isto. É mesmo uma questão de fidelidade ao que assumiram lá atrás. Pe. Fábio, em termos gerais, é uma pessoa inteligente, mas falta-lhe, pelo que me parece, perceber o essencial! Já que ser romântico e "galã sagrado" parece agradar os "fãs", então isto passa a ser visto como "método eficaz", ou como "jeito moderno" de ser, ainda que em detrimento daquela transparência com a verdade.

    Pressionado, Pe. Fábio começa logo a apelar para os seus títulos acadêmicos, para as aulas de hermenêutica e antropologia que dava na Universidade. Ora, tanta conversa pra tentar nublar o simples fato de que ele parece não entender a raiz do negócio!

    Sobre a tal lei da mordaça, Pe. Fábio parece não ver a gravidade da coisa. Então, ele cobre a sua estranha desinformação com suas romanceadas defesas da dignidade genérica do ser humano. E se considera uma autoridade pra falar no assunto. Aiai...

    Sobre o "divã freudiano", rsrs, eu me abstenho de comentar, pois não tenho a mínima condição de saber e, por se tratar de um padre, opto por não fazer suposições neste âmbito.

    Abraço.

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  5. É bom o Padre Fabio ler esta frase do Papa Leão XIII:

    “Não ajudar o socialismo . Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não dêem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita" (Quod Apostolici Muneris, no. 34).

    Fote:
    http://www.regina-apostolorum.com/2011/06/porque-nos-pronunciamos-contra-o-padre.html

    Pax

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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