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Respondendo: Uma pessoa pode estar salva e feliz sabendo que outra da sua família condenou-se?


Caro Fábio, conheci a pouco seu blog e achei muito bom. Sei que é difícil falar sobre escatologia já que é algo que o homem não vivenciou. Uma pessoa pode estar salva e ser feliz sabendo que outra da sua família condenou-se ao inferno?

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Olá, caríssimo. É uma excelente pergunta. Para respondê-la, transcrevo o que o próprio Deus Pai, sobre isto, falou a Sta Catarina de Sena. É uma resposta grave. Vejamos:

"Os bem-aventurados continuam no céu, eternamente, aquele mesmo amor com que encerraram a vida terrena. Conformam-se inteiramente à minha vontade, só desejam o que eu desejo. Chegando ao momento da morte em estado de graça, seu livre arbítrio fixa-se no amor e eles não pecam mais. Suas vontades identificam-se com a minha. Se um pai, uma mãe vêem ou, em sentido contrário, se um filho vê os pais no inferno, não se perturbam. Até se alegram por ver tal pessoa punida, como se fosse inimigo seu. Os bem-aventurados em nada se distanciam de mim. Seus desejos estão saciados. Anseiam em ver-me glorificado por vós, viandantes e peregrinos que sois em direção à morte. Aspirando por minha honra, querem vossa salvação e sempre rogam por vós. De minha parte, escuto seus pedidos naquilo em que vós, por maldade, não opondes resistência à minha bondade."
Santa Catarina de Sena, O Diálogo. São Paulo: Paulus, 2005. pp. 97-98.

A santidade consiste basicamente na união de vontades com Deus. No Céu, esta união de vontades se realiza plenamente. Ter união de vontades com Deus significa amar o que Deus ama e detestar o que Ele detesta. Significa, ainda, ter por inimigos todos os que se opõem a Deus. Quando morremos, se estamos em Graça, a nossa vontade se fixa para sempre no bem. Se, no entanto, morremos em pecado mortal, a nossa vontade perpetua-se na inimizade com Deus. A possibilidade de conversão ou queda é própria desta vida. Deste modo, os santos são para sempre amigos de Deus. Os condenados, por sua vez, são para sempre inimigos de Deus. Ora, Deus é o bem e a fonte mesma do amor, de modo que os que amam a Deus e foram perpetuados na sua amizade não têm como amar ao mal nem àqueles que detestam a Deus, ainda que estes últimos tenham partilhado relações sanguíneas ou afetivas com os primeiros durante a sua vida mortal.

Se ainda assim ficar qualquer dúvida, torne a perguntar. Abraço.

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