A resposta é: Sim!. Algumas das razões vão abaixo:
1- Entendemos que o Cristo a deu a nós na Cruz: "Eis aí tua mãe". Se isso é relatado, tem um significado teológico;
2- Cristo é a cabeça da Igreja da qual nós somos os membros. A Mãe da Cabeça é necessariamente Mãe também dos membros.
3- A Virgem Maria tem um papel singularíssimo que é descrito tanto no Gênesis quanto no Apocalipse. A mulher de que se fala não é somente a Igreja, pois ela tem uma característica que a Igreja não tem: a Mulher bíblica é mãe do Cristo. A Igreja nunca é dita mãe d'Ele, mas esposa, corpo, etc. E é por isso que Nosso Senhor refere-se a Maria como Mulher. Longe de indicar uma indiferença, que pareceria estranha a Jesus, este termo indica uma vocação;
4- O livro do Gênesis põe uma inimizade intrínseca entre a Serpente, o diabo, e a Mulher, que é a Virgem. Logo, ela surge aqui com uma colaboradora particularíssima de Deus, cuja missão perpassa toda a história da Salvação. O livro do Apocalipse fala ainda do "restante da sua descendência", mostrando como o Cristo não é o único filho da Virgem.
4- A Virgem Maria cumpre uma função análoga e contrária à de Eva:
a) Enquanto Eva foi tentada por Lúcifer, a Virgem Maria foi anunciada por Gabriel;
b) Enquanto Eva tomou o fruto proibido, a Virgem Maria recebeu o fruto da salvação;
c) Enquanto Eva foi rebelde diante da árvore do Éden, a Virgem Maria foi plenamente fiel diante da árvore da Cruz;
d) Enquanto Eva participa da causa de condenação da humanidade, a Virgem Maria participa da causa de salvação;
e) Ambas, Eva e Maria, devem sua existência e natureza, respectivamente, a Adão e ao Cristo, o novo Adão;
f) Enquanto Eva colabora com Adão para a geração física dos filhos de Deus, e é chamada por isso de nossa primeira mãe, a Virgem Maria colabora com o Cristo para a geração dos filhos na ordem da Graça; Logo, ela dita é mãe dos Cristãos.
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