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Sobre o novo Papa, Francisco.


E temos um novo Papa: Francisco. Ainda não se sabe se se deva chamá-lo somente de Papa Francisco, ou de Francisco I - Há fontes que dizem uma coisa ou outra. O que se sabe ao certo é que referir-se a Bento XVI como Papa Emérito não é adequado

Como era de se esperar, o mundo parou para acompanhar a eleição do novo Sumo Pontífice da Igreja Católica e, para surpresa geral, foi eleito um dos que quase não se cogitava, embora ele tenha ficado em segundo lugar no conclave que elegeu o Papa Bento XVI: o Cardeal Jorge Mario Bergoglio.

É a primeira vez que um Papa escolhe o nome de Francisco, e com isto Sua Santidade quis fazer referência ao Poverello, São Francisco de Assis, e não a outros Franciscos, como o de Sales, o de Paula ou o Xavier, embora Bergoglio seja jesuíta, e não franciscano. Porém, é possível entender a identificação: são bem conhecidos seus hábitos modestos e austeros. Ele vivia humildemente, cozinhava sua própria comida, andava de ônibus e, na ocasião em que foi eleito Cardeal, pediu aos seus fiéis que usassem o dinheiro reservado para a celebração na doação aos pobres. Esta carência de "pompas" pode levantar a orelha dos católicos conservadores, que, de tanto estarem acostumados, logo associam estes costumes aos defensores da Teologia da Libertação. Porém, não é este o caso. Embora Leonardo Boff tenha ficado felizinho com a eleição do Papa Francisco, o fato é que ele se opôs à heresia esquerdista quando era somente Padre, durante a Ditadura Argentina.

Eleito por um conclave considerado curto - de apenas dois dias -, o Papa foi rapidamente acolhido pelos fiéis, bem como amplamente criticado por outros setores. Por ser considerado "conservador moderado", ele não agradou nem aos modernistas nem à ala mais tradicionalista. Deu-se início a uma varredura do seu passado, das suas citações, do seu modo de operar, o que motivou um sem fim de discussões sobre o futuro da Igreja e sobre se a sua recepção deveria ser vista como bênção ou castigo.

Eu, particularmente, confesso que fiquei - e estou - bastante apreensivo. Estranhei o modo como ele se apresentou e, não obstante certas leituras em seu favor, algumas outras me deixaram ainda mais preocupado. No entanto, reconheço que é, ainda, muito cedo para fazer uma avaliação acertada. Teremos tempo para acolher suas palavras, textos e decisões. Além de tudo, é muito verdadeiro aquele argumento que nos adverte contra uma espécie de racionalismo ou de naturalização dos eventos ocorridos nestes dias. Não se pode entender a eleição do Sumo Pontífice fazendo-se abstração de toda a dimensão sobrenatural que a envolve e que quase a determina. Não é raro pecarmos por falta de Fé. Porém, isto não deve ser pretexto para que caiamos num irrealismo, num alheamento dos fatos. Confiemos em Deus, mas estejamos atentos.

Um dos motivos da minha apreensão é que o contexto da renúncia de Bento XVI e da espera por um novo pontífice se fazia com base num argumento principal, usado pelo Papa precedente: é preciso um homem de mais vigor e, por isso, supostamente mais jovem e que se destaque pela sua clareza e sua firmeza em enfrentar o que deve ser enfrentado. Por causa disso, a nossa expectativa era muito diversa. Quando o Papa foi eleito, assumiu o nome de Francisco e mostrou-se, pareceu-nos que não cabia no que julgávamos ser a expectativa de Bento XVI e no que era a nossa. No entanto, sabemos também que Deus nos surpreende e que muitas vezes usa aquilo que aos olhos dos homens é fraco justamente para confundi-los. Uma coisa que me deixou impressionado foi o modo como a mídia o acolheu com simpatia. E também é muito natural lembrarmo-nos de S. Francisco de Assis que, embora de aparência modesta, foi o escolhido por Deus para impedir a queda da Igreja, sustentando-a com seus próprios ombros.

Por ora, só nos cabe rezar pelo Santo Padre. Que tudo ocorra segundo a vontade divina que, convenhamos, muitas vezes se ri dos nossos pensamentos e que sabe, melhor do que todos nós, o que nos é necessário.

Portanto, viva o Papa Francisco, gloriosamente reinante! 
Vai, Francisco, e reconstrói a Igreja de Nosso Senhor! Tu és Pedra! Confirma teus irmãos!
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