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Ideologia de Gênero - Análise do Discurso



A refutação à Ideologia de Gênero pode seguir duas linhas: 

a) O estudo histórico-literário das suas fontes;
b) A análise lógica das suas premissas, o que poderíamos chamar também de "bom senso".

Já escrevemos bastante sobre o primeiro aspecto. Neste artigo, falaremos sobre o segundo:

Um documentário que segue esta linha e que recomendamos vivamente - já o disponibilizamos aqui no blog - é o estudo "Paradoxos da Igualdade", estudo tão completo e destruidor da ideologia que fez com que a Noruega, país que se gaba de ter a maior igualdade entre os sexos, retirasse todo o financiamento a este devaneio.

Vejamos, para começar, quais são os argumentos possíveis favoráveis à questão de gênero. Seguiremos depois com as refutações.

1- Nem todo mundo está adequado à própria sexualidade. Costuma-se dizer que se nasceu no corpo errado. Assim, embora tenha corpo de homem, a pessoa não se identifica como homem. O mesmo ocorre com as mulheres. Há, portanto, uma dissociação entre sexo biológico e identidade. Daí o surgimento da distinção entre sexo - fator biológico - e gênero - fator de autoidentificação.

2- O ser humano é moldado cultural e socialmente. Nós, atualmente, somos frutos de um constructo. Se tivéssemos nascido ou vivêssemos em outro lugar, nós seríamos diferentes: teríamos talvez outros hábitos, outros gostos, projetos, visões de mundo, etc. Se tivéssemos nascido na Índia, por exemplo, seríamos budistas ou hindus. Se fôssemos rapazes na Alemanha Nazista, provavelmente teríamos defendido aquelas idéias. Isto significa que a identidade do sujeito é mutável, isto é, é influenciada ou mesmo produzida pelo seu entorno.

3- Se a identidade de gênero não é necessariamente determinada pelo fator biológico, se ela é uma estrutura flutuante que se esquiva do físico, então é forçoso admitir que ela é construída. Formam a personalidade individual os ideais culturais, o modo como a pessoa é vista, as expectativas suas ou dos outros, os princípios religiosos, etc. Logo, o gênero é construído. 

Creio eu que nenhum defensor da questão de gênero estaria insatisfeito com a defesa que fiz. Vamos agora a alguns comentários.

Quanto ao 1, o modo como uma pessoa se vê pode ser correto ou não. Há, portanto, um limite de legitimidade na variação da autovisão. Se não houvesse, não seria possível identificar um maluco, por exemplo. Este limite é dado pelo fator biológico, e ele diz respeito tanto ao sexo, quanto à espécie, à genealogia, à raça, etc. Alguém não pode, à força de suposições, tornar-se japonês porque assim se identificou. Do mesmo modo, não pode tornar-se um lagarto, ou uma borboleta. Também não pode tornar-se filho do Sílvio Santos e reclamar o direito à herança. Enfim, não pode, tendo nascido homem, dizer-se mulher. A inadequação que alguém possa ter não anulará a sua constituição somente pelo pensamento. Um gordo que se sinta incomodado não se torna magro por declará-lo. Neste sentido, orientação sexual e identidade de gênero são coisas totalmente distintas. Um homem gay é alguém que sabe ser homem mas cuja libido está voltada ao mesmo sexo. O mesmo se dá com uma mulher gay. O gênero, por sua vez, diz que o ser homem ou mulher é que é construído. Assim, a ideologia confunde a direção da energia sexual com o ser. A libido assume o estatuto de fundante ontológico.

Quanto ao 2, é fato que muito do que nós somos é efeito das nossas influências. Porém, esta afirmação é uma metonímia. Quando dizemos "muito do que nós somos" estamos querendo dizer literalmente "muito do que nós estamos". Na verdade, o que nós somos antecede as escolhas e as influências. Ele é um pressuposto ontológico a partir e por dentro do qual teremos as nossas influências e faremos as nossas escolhas. Por preceder-nos, ele exerce um limite ao campo onde ocorrem as variações. Este limite é biológico e espiritual. Contudo, se a questão biológica, que é mais evidente, tem sido negada, não convém que entremos agora no segundo aspecto. Fiquemos no primeiro. Façamos algumas considerações. Mulher e homem têm diferenças intrínsecas de personalidade? Os ideólogos de gênero dizem que não. Porém, como veremos, é evidente que sim. O fator orgânico influencia enormemente a personalidade. As drogas são um exemplo óbvio. Mudando a química cerebral, o comportamento é alterado. Se alguém recebe uma pancada forte na cabeça e isto danifica um dos lobos pré-frontais, esta pessoa se tornará ou extremamente mal humorada ou extremamente bem humorada. Ainda que não falemos em acidentes ou em uso de drogas ilícitas, pensemos nas diferenças hormonais naturais entre homens e mulheres. Homens têm duas vezes mais testosterona que as mulheres. Isto é o responsável pelo fato de eles serem mais lentos no aprendizado da linguagem e das relações interpessoais. Têm tendência a ser menos empáticos, a lidar com mecanismos, sistemas, e preferem ficar sozinhos quando em crise. Mulheres tendem a ser mais afetivas, comunicativas, sociais, detalhistas, tendem a ter a atenção mais dispersa ou multifocal, e preferem sofrer acompanhadas. É por isso que mulher adora uma DR enquanto que os homens preferem bater o mindinho do pé numa quina. Sabemos também que elas têm oscilações hormonais bem maiores do que os homens. Pelo fato de serem o polo passivo da procriação, onde a criança será gestada, mensalmente o seu organismo se prepara para recebê-lo. Isto produz uma série de adaptações orgânicas e tudo isto é acompanhado por inconstâncias de personalidade. Essas diferenças e inconstâncias são a raiz de brincadeiras e piadas como as seguintes:





A famosa tpm é um exemplo notório. Ninguém pode negá-la por um simples ato de abstração. Ora, é o cérebro que comanda e ordena todo o aparato biológico com as suas mudanças hormonais, cada uma com a sua respectiva função. Se organicamente homens e mulheres são diferentes - se os homens não têm tpm nem ficam férteis por períodos espaçados de tempo, se não menstruam nem se preparam biologicamente para receber uma criança -, segue que necessariamente os cérebros feminino e masculino são distintos, e é óbvio que isto tem sim seus efeitos na personalidade. Estes efeitos se exprimem também na própria aparência das pessoas. Não é à toa que mulheres são mais macias, mais aconchegantes, mais curvilíneas, enquanto os homens são mais duros, retos, mais fortes fisicamente, mais preparados para a defesa da mulher e da prole, etc. Naturalmente, então, os homens terão uma personalidade mais ativa, mais focada em um só objeto, mais agressiva, etc.

Do que foi dito, é fácil perceber como o 3 é falso, pois, embora haja de fato algo de construído na personalidade e no modo como alguém se vê, nas expectativas que tem e nos ideais que adotou, isto não o muda substancialmente, isto é, a sua ontologia, o substrato dessas variações mantém-se o mesmo e exerce uma força limitadora. É como um recipiente que comprime o conteúdo cultural e as mudanças que ocorrem dentro da pessoa, não permitindo que estas extrapolem a natureza. Por isso, só no fantástico mundo de Bob é que um homem biologicamente pode se dizer mulher. Isto significa que a nossa luta contra o Gênero se identifica com uma luta em favor da própria sanidade mental.
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