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Inversão de papéis na Liturgia - estranhos, hoje, são os obedientes...

Hoje, vivemos tempos em que aclamados são os que adulteram de toda forma a Liturgia, que introduzem nela práticas e costumes estranhos à sua natureza, que fazem apelações de todo tipo com vistas à participação ativa ou ao que pensam que isto seja. A todos estes desobedientes chovem elogios porque não se deixaram enquadrar pelas exigências, sempre tão rígidas, de uma Liturgia proveniente de tempos antigos.

De outro lado, aqueles que ainda se importam em obedecer, devem adentrar numa chuva de vaias e reclamações se se propõem a ser fiéis ao que a Igreja, de fato, ensina. Devem enfrentar todo tipo de olhares e caras feias, de desaprovações, como se fossem estranhos e não tivessem o direito de simplesmente obedecer. Ao querer cantar em latim, por exemplo, parece que se precisa como que pedir licença e desculpas, embora o latim seja a língua mãe da Igreja. Porém, encontra a maior liberdade e o sorriso de muitos quem, de relance, arrisque um "Axé" no meio ou improvise um baião aqui e acolá.

Tempos difíceis. É preciso pedir licença para fazer o que é certo; fazer o errado, porém, tornou-se motivo de honrarias. Bem dizia aquela música do Renato Russo: "Ter bondade é ter coragem". Chegamos nestes dias... Mas, como escreveu o grande São João da Cruz, "sofrer pelo Amado é melhor que fazer milagres". Cristo deve ser o centro, não os gostos pessoais nem os gostos comuns. A Liturgia é dada, não inventada. Persistamos no bom combate!

Fábio.
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4 comentários:

  1. Texto espetacular.
    Firme.
    Verdadeiro.
    Soa como um legítimo desabafo de alguem que sofre por ver na Santa Missa inûmeros "animadores de calvário"

    Em Jesus e Maria.

    Olegario.

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  2. Salvemos a Liturgia!!! Quando a gente começa a conhecer a beleza de todo o ritual da Santa Celebração Eucarística quer tratar com maior zelo e devoção. Infelizmente, quer por descaso, displicência ou mesmo ignorância sobre o assunto temos celebrações, sobretudo em nossa Paróquia, barulhentas e pouco devotas.
    Gosto muito de celabrações que clamem pelo silêncio. Músicas anti-litúrgicas, instrumentos altos, leitores da Palavra descuidados(alguns) e o "falatório" dos fiéis retiram o caráter do ato "celebrar". Tenho oportunidade de falar para meus irmãos franciscanos sobre liturgia, mas já compreendi que isso é um processo demorado, embora eles demonstrem interesse em aprender. Isto é muito bom!Nas nossas missas na capela ainda temos dificuldades para contores, particularmente, preferiria que não houvesse música(se fosse possível, é claro) enquanto não tivessemos nosso próprio grupo de canto.
    Paz e Bem!!!!
    Eliana

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  3. Olegário,
    Obrigado pelo apoio.
    Sua expressão "animadores de calvário" é muitíssimo adequada aos detratores da Sagrada Liturgia.

    Que a Virgem o guarde.

    Fábio.

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  4. Caríssima Eliana,
    Como disse o Pe. Paulo Ricardo, "se salvarmos a Liturgia seremos salvos por ela". Fico muito feliz em ver que estás nisso empenhada. Deus Pai, nos diálogos de Santa Catarina de Sena, faz um apelo aos católicos: "limpem a face da minha esposa". Este apelo também nos inclui. Se Nosso Senhor nos deu a graça de conhecer algo a respeito da natureza da Sagrada Liturgia, lutemos, então, para que ela brilhe em todo o seu esplendor. São Tiago, muito seriamente, nos compromete: "aquele que sabe fazer o bem e não o faz, peca". Façamos, pois, tudo o que estiver ao nosso alcance, ainda que seja pouco.

    Falas do silêncio. Este é um elemento tão essencial quanto a boa música. E por que, então, canta-se e não se faz silêncio? Já dizia, o escritor C.S. Lewis, citado pelo célebre Josef Pieier (http://www.hottopos.com/mirand12/pieper.htm#4), que música e silêncio são duas coisas impossíveis no inferno, onde só há o ruído.
    A Liturgia, portanto, sendo o céu na terra, deveria ter ambos que, de forma muito íntima, estão interligados. S. João da cruz usa a expressão "música calada, solidão sonora".

    É possível que a Santa Missa seja celebrada sem música, ainda que o seu ordinário a inclua. Esta possibilidade pode mesmo tornar-se recomendável se a música impede o silêncio e se nubla o sagrado que deveria transparecer limpidamente.

    Eu, como coordenador da música da Paróquia, sinto-me pressionado pelo dever, de um lado, e pela dificuldade, de outro, porque há os que simplesmente não querem obedecer, chegando ao ponto de zombar...

    A realidade da Capela de S. Francisco é mesmo difícil e já há algum tempo que ando olhando praquelas bandas, pensando no que fazer. O ministério "Amigos pela Fé", ainda que aparentemente bem intencionado, age como "terrorista" quando se trata de Liturgia. E, embora eu já os tenha advertido vez ou outra, seguem obstinados no erro. Um amigo deu-me a idéia de fazer uma reunião com os responsáveis pela Capela de S. Francisco e a de S. Sebastião a fim de proibir categoricamente certas coisas. O meu respeito humano me atrapalha muito, mas sei que devo fazê-lo...

    Fico feliz em saber que estás formando o pessoal de lá que são gente muito boa, muito sincera. Sinto neles o "cheiro" de S. Francisco de Assis, que é um dos meus pais espirituais, e creio que o Poverello ficará feliz se ajudarmos, pelo menos um pouquinho, a retirar as inconveniências litúrgicas, ele que foi tão rigoroso com isso.

    Recomendemo-nos, portanto, à sua intercessão. E que a Virgem nos conduza.

    Pax.

    Fábio.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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