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Para que todos sejam um, como nós somos um - Conclusão geral


a) Jesus fundou uma só Igreja. A multiplicidade das igrejas cristãs não é obra de Deus, mas dos homens. Esta divisão entre os cristãos é uma vergonha e um escândalo diante do mundo. Os culpados desta divisão somos todos nós. O nosso orgulho, a nossa mediocridade, a nossa falta de fé, a nossa falta de amor, é que causaram as divisões entre nós.

b) Voltaremos um dia a ver o mundo cristão como "um só rebanho e um só Pastor"? (Jo 10,16)

O caminho é grande, mas temos certeza absoluta de que chegaremos um dia a ver o mundo inteiro professar "um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos" (Ef 4,3-6). A razão da nossa certeza é a oração de Jesus pela unidade:

"Pai santo, guarda-os em teu nome, este nome que me deste, para que sejam um como nós... Não rogo somente por eles, mas por aqueles que, por meio de sua palavra, crerem em mim, a fim de que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em Ti. Que eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que me deste, para que sejam um como nós somos um. Eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste e os amas como Tu me amaste." (Jo 17,11.20-23)

Esta oração, saída do coração de Jesus, que previu a divisão de sua Igreja, temos certeza que um dia será ouvida pelo Pai Eterno. Não sabemos quando, mas será ouvida, porque se trata da Igreja de Jesus, da sua obra, que lhe custou seu Sangue divino. A Igreja de Jesus não poderá ficar despedaçada, dividida até o fim, pois isto é contrário aos desejos de seu Divino Fundador.

c) Nós, os fiéis de Cristo, que podemos fazer pela unidade da Igreja?

1º) A oração é o meio fundamental e ao alcance de todos, para restabelecer a unidade no Reino de Deus. Raciocinando humanamente, pode parecer impossível a união dos cristãos, mas a oração sincera fará sentir a cada um dos cristãos a vergonha deste escândalo da divisão e mais facilmente saberemos renunciar aos nossos pontos de vista errados, para abrir-nos aos impulsos da Graça. O que aos homens parece impossível, a Deus é possível.

2º) A prática da caridade é outro modo de que podemos e devemos nos valer para a unidade da Igreja. É o mandamento novo de Jesus para os seus fiéis: "Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo 13,35). Este mandamento de amor para com os irmãos deve ser como que o resultado do nosso amor a Deus. Isto é, deve ser um amor sobrenatural, o único capaz de superar as dificuldades e os obstáculos para a unidade.

3º) O terceiro modo para chegar à unidade é o diálogo no plano da fé. É claro que é o mais difícil, mas por meio da oração e da caridade, guiados pelo Espírito Santo, conseguiremos chegar à reconciliação e à unidade. E então "haverá uns só rebanho e um só Pastor" (Jo 10,16).

Com nossos irmãos que professam a mesma fé em Cristo, embora não pertençam à Igreja Católica, esperamos unir esforços, preparando constantes e progressivas convergências que apressem a chegada do Reno de Deus. (Puebla, 1.252)


Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 139-140.
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