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Estratégias para mascarar o chamado "imperalismo demográfico" ou "contraceptivo" americano sobre alguns países


Antes de continuar, acho necessário fazer referência ao Relatório Kissinger (1974), que surge em consequência do fracasso obtido na Conferência de População de Bucareste (1974) de tentar impor ao mundo os projetos de controle de natalidade dos Estados Unidos. Neste documento, além de estar relacionada uma série de medidas demográficas para diminuir a natalidade em diversos países (por exemplo, Brasil, México, Índia, Paquistão, etc.), estão enunciadas três políticas às quais - em minha opinião - deve-se prestar maior atenção que aos objetivos concretos das políticas de população mundial.

Antes ainda da Conferência de População de Bucareste, mas sobretudo depois, a acusação mais grave que os países de Terceiro Mundo fizeram aos Estados Unidos foi a de "imperialismo demográfico" ou "imperialismo contraceptivo". Para neutralizar estas acusações, o Relatório Kissinger estabelece três objetivos estratégicos:

a) Ordena à diplomacia norte-americana disfarçar as políticas de controle de natalidade sob a aparência de direitos humanos. Para evitar as acusações de imperialismo demográfico, as políticas de controle de natalidade devem ser apresentadas como direitos do indivíduo ou do casal. Encontramos aqui uma das raízes do novo paradigma dos direitos humanos.
b) Estabelece como política global que os padrões culturais dos povos, entre os quais se incluem as crenças religiosas, que tornam inviáveis as políticas de controle de natalidade, devem ser alterados. Está aqui a origem dos novos paradigmas éticos ou tentativas de criar uma religião universal.
c) Por outro lado, decide-se que os encarregados de implantar essas políticas devem ser os próprios políticos nascidos nos países menos desenvolvidos, previamente reeducados nos países do Norte, nas Universidades do Estados Unidos e da Grã-Bretanha, sob a aparente boa intenção de capacitá-los para que melhorem e assegurem a qualidade de vida dos povos. Deste modo, a ingerência dos países centrais ficará dissimulada e seus interesses ultramarinos serão preservados, isto é, será assegurada uma grande provisão de recursos naturais; devem ser os próprios políticos locais, portanto, a entregar a soberania jurídica e até territorial de suas nações.

Mons. Sanahuja, Poder Global e Religião Universal.
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