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São Paulo ordena guardar as tradições


A Bíblia indica que em adição à palavra escrita, nós temos de aceitar a tradição oral

São Paulo louva e ordena manter a tradição oral. Em 1 Cor 11,2, por exemplo, nós lemos: 'Agora vos louvo, irmãos, que em todas as coisas vos lembrais de mim: e mantendes minhas ordens como eu as tenho entregue a vós." São Paulo está obviamente louvando a guarda da tradição oral aqui, e deveria ser notado em particular que ele exalta os crentes por haver feito isto ("eu vos louvo..."). Explícito nesta passagem é também o fato de que a integridade desta tradição oral apostólica tem claramente sido mantida, exatamente como Nosso Senhor prometeu que seria, através da salvaguarda do Espírito Santo. (cf. Jo 16,3).

"Portanto, irmãos, ficai firmes; e guardai as tradições que vocês têm aprendido, quer oralmente, ou por nossa carta." 
São Paulo aos Tessalonicenses

Talvez o mais claro apoio bíblico para a tradição oral seja encontrado em 2 Tes 2:15, onde os cristãos são realmente ordenados: "Portanto, irmãos, ficai firmes; e guardai as tradições que tendes aprendido, quer oralmente, ou por nossa carta." Esta passagem é significante nisso: 1) ela mostra a existência de tradições vivas dentro do ensino apostólico; b) ela nos diz inequivocamente que os crentes estão firmemente fundamentados na Fé por aderir a estas tradições, e c) ela claramente estabelece que estas tradições foram dadas por escrito e oralmente. Desde que a Bíblia distintivamente estabelece aqui que as tradições orais - autênticas e apostólicas na origem - são para ser "guardadas" como um válido componente do Depósito da Fé, por qual razão ou desculpa os protestantes recusam-nas? Por qual autoridade eles rejeitam uma claríssima ordem de São Paulo?

Além disso, nós devemos considerar o texto nesta passagem. A palavra grega krateite, aqui traduzida "guardar", significa "ser forte, poderoso, prevalecer". Esta linguagem é bastante enfática, e demonstra a importância de manter estas tradições. É claro que é necessário diferenciar entre Tradição (com "T" maiúsculo) que é parte da Revelação divina, em uma mão, e, em outra, tradições da Igreja (com "t" minúsculo) que, embora boas, foram desenvolvidas na Igreja mais tarde e não são parte do Depósito da Fé. Um exemplo de algo que é parte da Tradição seria o Batismo de crianças; um exemplo de uma tradição da Igreja seria o calendário de festas de santos. Qualquer coisa que seja parte da Tradição é de origem divina e, logo, imutável, enquanto que as tradições da Igreja são mutáveis pela Igreja. A Sagrada Tradição serve como regra de fé por mostrar o que a Igreja tem crido consistentemente através dos séculos e como é sempre entendida qualquer dada parte da Bíblia. Um dos principais meios pelos quais a Tradição tem sido transmitida para nós está na doutrina contida nos velhos textos da liturgia, a adoração pública da Igreja.

Deveria ser notado que os protestantes acusam os católicos de promover doutrinas "antibíblicas" ou "novas" baseadas na Tradição, afirmando que tal Tradição contém doutrinas que são estranhas à Bíblia. Todavia, esta asserção é totalmente falsa. A Igreja Católica ensina que a Sagrada tradição não contém absolutamente nada que seja contrário à Bíblia. Alguns pensadores católicos até diriam que não há nada na Sagrada Tradição que não esteja também fundado na Escritura, ao menos implicitamente ou de uma forma seminal. Certamente, os dois estão ao menos em perfeita harmonia e sempre suportam um ao outro. Para algumas doutrinas, a Igreja pega mais da Tradição que da Escritura para a sua compreensão, mas mesmo essas doutrinas estão muitas vezes implícitas ou insinuadas na Sagrada Escritura. Por exemplo, as seguintes crenças são largamente baseadas na Sagrada Tradição: batismo de crianças, o cânon da Escritura, a virgindade perpétua da bem-aventurada Virgem Maria, Domingo (ao invés do Sábado) como o Dia do Senhor, e a Assunção de Nossa Senhora.

A Sagrada Tradição complementa nosso entendimento da Bíblia e não é, portanto, uma fonte extra de Revelação que contém doutrinas que sejam estranhas a ela*. Muito pelo contrário: a Sagrada Tradição serve como a memória viva da Igreja, lembrando-a do que os fiéis têm constante e consistentemente crido e para corretamente entender e interpretar o significado das passagens bíblicas. De certo modo, é a Sagrada Tradição que diz ao leitor da Bíblia: "Você tem lido um livro muito importante que contém a revelação de Deus ao homem. Agora, deixe-me explicar a você como isto tem sido entendido e praticado pelos crentes desde o início."

Tradução minha. Fonte: Operation Survival

*Nota minha: embora a Tradição não contenha nenhuma doutrina que seja contrária à Bíblia, ela pode, sim, ser entendida como uma das fontes de Revelação.
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