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O conhecimento e a ação

Todos nós agimos conforme conhecemos. Se alguém acredita numa mentira, é natural que sua ação corresponda a ela. Não se pode esperar que alguém haja de forma correta, se não vem, ele mesmo, a conhecer aquilo que é correto. Portanto, no cerne de toda conversão, está o ato de conhecer. É conhecendo a verdade que alguém lhe pode aderir e é só então que o amor se torna possível. Por isto, a Fé é uma virtude intelectual, que opera como ato na inteligência, curando-a de sua ignorância e movendo-a à Verdade, alastrando, sem limites, o seu horizonte cognoscível.

Se aceitamos que isto é assim, podemos perceber o quão inútil é a troca de xingamentos, tão comum nas discussões. Querer impor que o outro assuma aquilo que creio porque conheço sem que ele, no entanto, conheça o que conheço, é uma atitude desinteressante. O que deve ser atacada é a ignorância, e esta se combate com a Verdade que, uma vez exposta de forma clara, dissipa as trevas do erro.

Se, porém, a outra parte não cultivar interesse em conhecer aquilo que é verdadeiro, a sua ignorância torna-se culpável. Se, diferentemente, uma vez que reflita e compreenda, mesmo assim obstinar-se na sua posição, apegando-se a um relativismo da verdade, novamente a sua atitude é desonesta.

Mas é importante que isto se torne claro: se há alguém que defende um erro, a forma mais interessante de convencer-lhe do contrário, não é ofendendo-o à primeira oportunidade, mas confrontando o seu erro com aquilo que é verdadeiro. O que se vê, ao contrário, são pessoas que, em nome da objetividade, lançam-se a todo tipo de discurso apaixonado.

Todas estas pessoas que tendem a chamar um bom católico, zeloso da verdade cristã, de intolerante, não são, necessariamente, pessoas desonestas e ruins. Ao contrário, formados pelos sofismas de esquinas, apenas agem segundo conhecem. Rebater-lhe chamando-o ignorante é reduzir-se à mesma ignorância; Aquele que tem a verdade deve dá-la, e não agir como se não a tivesse... Ao contrário, não poderíamos esperar que um desses incautos viesse a defender com unhas e dentes a intolerância doutrinária se para isto não teve qualquer formação. O seu discurso relativista, aos seus olhos, parece-lhe correto. Se, no entanto, por medo ou por respeito humano, passasse a defender a intolerância dogmática, não poderíamos dizer que tal pessoa adentrou na verdade, mas, antes, continua no erro, pois não se convenceu; a sua atitude é resultado de sua convardia... Há católicos, porém, que, uma vez que conseguissem tal proeza, se dariam por satisfeitos. A estes não importa a Verdade, mas a demonstração da própria força que supõem ter, o que é lastimável.

Assim como o "aluno", etimologicamente, é aquele que não possui luz e deverá ser iluminado pelo professor, assim também aos cristãos foi dada a missão de serem luzeiros para iluminar o mundo; são portadores da Verdade. "De graça recebestes; de graça deveis dar". Não devemos, apenas, ostentar a chama que trazemos, mas ocupar-nos em acender também, com a Lumen Christi, a "vela" daqueles que ainda dormem nas sombras da noite.

Do contrário, isto significará que ainda não conhecemos bem a Verdade.

Fábio.
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Um comentário:

Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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