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O Justo viverá pela Fé sem a qual é impossível agradar a Deus

Não se enganem... esse farol aí é a Igreja..


O justo viverá da Fé (Gl 3,11)

Essa frase paulina deve ser, para nós, fonte de grande luz. Poderíamos entender a Fé basicamente de dois modos: a) enquanto corpo doutrinário; é esta acepção que usamos quando dizemos: "A Fé Católica ensina tal coisa"; b) enquanto um dom, dado por Deus quando aderimos àquele conjunto de verdades, por Ele reveladas através da Igreja, com a nossa inteligência e vontade. Aqui a Fé configura uma Virtude Teologal, provinda de Deus e posta como ato em nossa inteligência, agindo em nós de duas formas: enquanto remédio contra a ignorância e o erro e enquanto potencializadora da nossa inteligência, permitindo que compreendamos de modo mais profundo estas mesmas verdades de Fé e outros assuntos a elas relacionados.

A Fé enquanto Corpo Doutrinário existe independentemente de nós. Ainda que lhe negássemos a nossa adesão pessoal, em nada interferiríamos na verdade dos dogmas. Porém, a Fé enquanto Virtude Teologal só nos é dada a partir da nossa adesão àquele Corpo Doutrinário. Como este Corpo possui existência objetiva, a nossa adesão a ele deverá se fazer como uma adequação da nossa inteligência à sua verdade objetiva. De tal modo assim é que, se por acaso negássemos uma só das verdades de Fé, incorreríamos necessariamente em erro e perderíamos a Virtude Teologal da Fé.

É dito, ainda, que sem a Fé é impossível agradar a Deus (Hb 11,6)

Vejamos por quê. O Catecismo nos ensina que a finalidade da nossa vida consiste em conhecer, amar e servir a Deus. Deus, porém, não deve ser entendido como um objeto inerte e absolutamente passivo à nossa inteligência. Nem tampouco como um ente equiparado às demais criaturas cujo conhecimento esteja disposto ao nosso alcance natural. De fato, podemos, com certeza, conhecer a existência de Deus pela nossa razão natural, mas, conhecer Quem propriamente é Deus só o poderemos saber se Ele mesmo se nos revela.

Ora, os dogmas da Igreja são verdades que extrapolam a nossa natural capacidade de conhecimento. Eles foram reveladas pelo próprio Deus e exigem ser integralmente cridos. É por meio deles que podemos conhecer a verdade sobre Deus, verdade que nos é necessária para a realização da nossa vocação enquanto seres humanos. Aqui, a relação entre Fé e Conhecimento se torna ainda mais perceptível: se temos uma fé equivocada, forçosamente o nosso conhecimento de Deus será equivocado. Se, porém, a nossa Fé é pura e íntegra, o nosso conhecimento de Deus corresponderá ao que Ele, de fato, é.

Disto, podemos concluir que para realizar a finalidade da nossa vida, que consiste em conhecer, amar e servir a Deus, é preciso ter uma Fé correta, sem a qual não conheceremos a Deus e, portanto, não O amaremos e não O serviremos. Pecar contra a Fé não pode deixar de ser, por isso, algo gravíssimo pois, nos vedando o conhecimento de Deus, nos impede de realizar o motivo pelo qual existimos e nos ameaça de perdição eterna. Um homem sem fé é um homem que se verá frustrado nos seus anseios mais profundos. 

Depois de ver todas estas implicâncias, não surpreende que este homem não possa agradar a Deus, já que não O conhece e, portanto, não pode amá-Lo, nem servi-Lo, nem entender com precisão o que Lhe agrada. Porém, após a vinda de Cristo, Sua morte na Cruz e a difusão do Seu Evangelho a partir de Sua Igreja, o não ter fé não mais se configura meramente como ignorância, mas, sobretudo, como recusa voluntária da Boa Nova. 

Para que recebamos a Fé como virtude teologal e, partir dela, as demais virtudes da Esperança e da Caridade, sendo esta última a vida divina na alma, é preciso aderir ao conjunto total dos dogmas da Igreja. Dissemos que renegar um que seja nos faz perder a Fé Teologal; isto provoca, naturalmente, a perda das demais virtudes teologais, o que significa que terminamos por abandonar a amizade com Deus. Portanto, não se pode justificar nenhum tipo de suposto apostolado, por melhor que pareça, que provoque a ruptura com alguma verdade de Fé.

Ainda que assim seja, não cessam de surgir movimentos pseudo-devotos que, à força de se promoverem, inventam as fábulas que S. Paulo profetizou, provocando que não poucos transijam contra a Doutrina Católica. E isto é gravíssimo.

Devemos, portanto, manter íntegra a nossa Fé, isto é, aderir à doutrina católica sem nos desviarmos nem para a esquerda nem para a direita. Só então receberemos de Deus a virtude teologal da Fé e, com ela, os dons da Esperança e da Caridade, pelos quais poderemos conhecer, amar e servir a Deus.
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