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"Aos novos excomungados" ou "aos ex-católicos que votaram no PT"


Senhores e senhoras, concluídas as eleições, tivemos de assistir com não pouco pesar a vitória do assim chamado "Partido dos Trabalhadores", embora as coisas ainda estejam a correr. 

Se os senhores, até ontem, eram católicos e mesmo assim optaram por este partido, quero comunicar-lhes que, se estavam conscientes das razões pelas quais a Igreja execra certos objetos de defesa desse grupo, e, mesmo assim, obstinaram-se em votar nele, fazendo pouco caso das advertências, os senhores foram devidamente excomungados. Os motivos para isso, eu os descrevo neste artigo: (Por que um católico não pode votar no PT).

E aqui nós temos duas possibilidades. 

A primeira, que é relativamente a mais provável, é que os senhores ignorem essas verdades e sigam a sua vida como "católicos". Contudo, a vida católica é exatamente isto: uma vida. É preciso ter um princípio vital interno e espiritual animando o católico e do qual ele não é a causa direta. Do contrário, ele será um cadáver que se move. O fato de frequentar as missas e demais reuniões religiosas, ou de até exercer algum cargo ou função, não é suficiente para fazer de alguém católico. E cada vez que comungarem, estarão cometendo Sacrilégio. O Catecismo explica o que é isso:

"O Sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas e os lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando cometido contra a Eucaristia, pois neste sacramento o próprio Corpo de Cristo se nos torna substancialmente presente." (2120)

Não é por estar junto ao corpo que um ente se faz membro do corpo. Um relógio, por mais que esteja estreitado ao braço, nem por isso torna-se parte do corpo. Não possui vida. Uma pessoa excomungada foi excluída da comunhão dos santos. Ela não é católica, pois renegou a sua Fé. Os efeitos disso não se notam sensível ou psicologicamente. Os senhores podem ter toda a convicção do mundo de que estão em boas relações com Deus. No entanto, se a Igreja católica está correta, na verdade os senhores cortaram radicalmente essas relações. E, se a Igreja não está correta, por que então os senhores insistem em dela se dizerem parte? A vossa incoerência é flagrante.

O tipo de excomunhão de que aqui se fala é o que a Igreja chama de "Latae Sententiae", e que traduz-se comumente por "automática". É um tipo de excomunhão que é concomitante ao ato proibido. Em praticá-lo, portanto, o católico decide livremente excluir-se da comunhão acima referida. Ele não é mais católico, não importa o quanto insista em dizer que é. Ele não pode dar a si mesmo o que não tem. A vida católica não é adquirida ou conquistada pelo grau de convicção da pessoa. Ou ela é recebida ou não existe. No caso dos excomungados, ela lhes foi retirada, mesmo que ninguém mais o saiba. Portanto, o mais correto é que os senhores se adéquem à segunda possibilidade que descrevo abaixo.

Esta segunda possibilidade é a de que os senhores, devidamente arrependidos, procurem a Igreja e busquem a reconciliação com ela. No entanto, aqui residem outras dificuldades.

Primeiro que o arrependimento não pode ser meramente forçado. Ele deve vir de uma convicção real e sincera de que se errou. Para isto, é preciso informar-se. Endereço novamente os senhores ao artigo que escrevi anteriormente e a este outro, que informa a estratégia do Foro de São Paulo de dominar ditatorialmente a América Latina. Confiram também o twitter do Ditador Venezuelano Nicolas Maduro e vejam como ele comemora a vitória de quem ele considera uma companheira no processo de instauração da "Grande Pátria".

É preciso informar-se. O arrependimento virá da consciência clara de que se errou. Se os senhores ainda pensam ser o socialismo algo defensável, tal ingenuidade os equipara aos débeis. Informem-se melhor a respeito de todos os regimes ditatoriais socialistas que aconteceram na história.

O arrependimento sincero também inclui duas coisas: detestar o erro que se cometeu e se propor a não mais cometê-lo. Isto significa que não há sentido confessar-se e prosseguir sendo simpático à idéia socialista. Isso dificulta algumas coisas, pois, como se vê, ou o arrependimento é sincero e nasce no íntimo, numa atitude profundamente livre, ou ele não é real. Por isso, os senhores, se se encontram nesta dificuldade, devem estudar os motivos pelos quais a Igreja condena esta teoria e devem também pedir a Deus a graça da contrição.

Considerando a possibilidade de que se arrependam devidamente, nos deparamos com um outro problema. Para voltar a ter comunhão com a Igreja, isto é, para voltar a ser católico, é preciso confessar-se com um bispo ou com um padre especialmente autorizado por ele. É o que diz o Catecismo da Igreja Católica:

"Neste caso, a absolvição não pode ser dada, segundo o direito da Igreja, a não ser pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles." Em caso de perigo de morte, qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão." (1463)

Além da relativa dificuldade de acesso aos senhores bispos, um certo contingente deles provavelmente desconsiderará o caso, julgando-o desnecessário e alarmante sem motivo, isso quando o bispo não for abertamente favorável ao socialismo. Por isso, é preciso que o que pretende retomar comunhão com a Igreja procure bispos tradicionais, e não qualquer um. Somente assim poderá restituir o que perdeu.

Tudo isto é muito sério, mas, se ainda assim, os senhores quiserem fazer troça, fiquem com a sua risadagem e recebam, desde agora, a recompensa por sua pretensão: esse senso equívoco de segurança e superioridade. No entanto, depois desta vida, que passa voando, a surpresa que terão não será muito agradável. De algum modo, julgarão ter sido jogados, de súbito, em algum desses regimes socialistas de cujas notícias a história nos faz conhecedores. E então verão, maximamente concretizado, o seu anseio. O inferno talvez pudesse ser definido como o lugar onde o comunismo reina sem impedimentos. Se é o que vocês querem, começaram muito bem. Se não, sigam o nosso conselho, que é dado como um ato de compaixão pela sua sandice, e restaurem a sua comunhão com a Santa Igreja.
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