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Feliz Ano Novo para os cristãos! É advento!!!



É advento, o primeiro tempo do ano litúrgico da Igreja. Adentramos já na fase da espera, da expectativa sóbria e feliz da vinda dAquele que virá para nos alegrar e cuja presença é sumamente doce: "provai e vede como o Senhor é bom"!!!

Preparemos os nossos corações e introduzamos neles a Vírgem Mãe do Verbo Eterno para que, assim como Ele se dignou nascer numa manjedoura porque lá estava Sua Santa Mãe, assim também, na nossa alma, pela presença terna Virgem, Ele estabeleça morada.

Trabalhemos, irmãos, para que se faça, também por nós, aquilo que pedimos na oração do "Pai Nosso": "Adveniat Regnum Tuum" (Venha o Teu Reino)... Eis a nossa alegria! Eis a razão da nossa vida: servir ao bondoso Jesus, Rei eterno que vem a nós na forma de doce Infante. Preparar o Reino de Jesus é acolher este Rei e fazer a Sua vontade. Preparemo-nos para o Natal onde Deus vem chorar para que o homem venha a sorrir..

Feliz Ano Novo!!!

Fábio.

Viajando... Retorno só na segunda, se Deus quiser..



Pois é... Na segunda, se Deus quiser, prossigo com as postagens..
Abraço aos amigos.. Pax et Bonum

Fábio Luciano

Não é lícito negar a Comunhão na língua, mesmo por causa da Gripe H1N1



A Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos respondeu a um católico leigo da Grã-Bretanha, na diocese em que a comunhão na língua havia sido restringida devido a preocupações relacionadas à epidemia do vírus Influenza A  – subtipo H1N1 (“gripe suína”).

Não faz qualquer sentido científico uma vez que parece melhor ter apenas uma mão envolvida (aquela do Sacerdote). Parece mais seguro ter apenas um homem distribuindo a Sagrada Comunhão (o Sacerdote), nenhum “ministro extraordinário”  de qualquer tipo, e que todos os fiéis recebessem a Comunhão da maneira tradicional.

* * *
Tradução da carta

Prot. N. 655/09 L

Roma, 24 de julho de 2009

Prezado,

Esta Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos deseja dar-lhe ciência do recebimento de sua carta datada de 22 de julho, acerca do direito dos fiéis de receber a Sagrada Comunhão na língua.

Este Dicastério observa que sua Instrução Redemptionis Sacramentum (25 de março de 2004) claramente determina que “todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na língua” (n. 92), nem é lícito negar a Sagrada Comunhão a qualquer dos fiéis de Cristo que não estão impedidos pelo direito de receber a Sagrada Eucaristia (cf. n. 91)

A Congregação lhe agradece por trazer esta importante matéria à sua atenção. Esteja assegurado que os apropriados contatos serão feitos.

Possa o senhor perseverar na fé e no amor a Nosso Senhor e sua Santa Igreja, e em contínua devoção ao Santíssimo Sacramento.

Com todo bom desejo e benevolente estima, sou,

Sinceramente Vosso em Cristo,

Pe. Anthony Ward, S.M.
Sub-Secretário

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Ótimo!!!! Maravilhoso!!!!! Graças a Deus!!!!


Modo de resistir às tentações segundo São João da Cruz



Há duas maneiras de resistir aos vícios e adquirir as virtudes. Existe uma maneira mais comum e não tão perfeita que consiste em procurar resistir a algum vício por meio de atos de virtude que se lhe opõe e que destrói tal vício, pecado ou tentação. Como se ao vício ou tentação de impaciência ou de espírito de vingança que sinto em minha alma, por algum dano recebido, ou por palavras injuriosas, ou quisesse resistir lançando mão de considerações apropriadas, por exemplo, considerando a paixão do Senhor: "Era maltratado e ele sofria, não abria a boca" (Is 53,7); ou trazendo à lembrança os bens que se adquirem com o sofrimento e com o vencer-se a si mesmo, ou ainda, pensando que Deus nos ordenou que sofrêssemos por advir daí o nosso aproveitamento, etc. Por meio dessas considerações, consinto em sofrer, querer e aceitar a citada injúria, afronta ou dano, e isso, visando a glória e a honra de Deus. Esta maneira de resistir e de se opor à tentação, vício ou pecado em apreço, dá ocasião ao exercício da paciência e é um bom modo de resistir, ainda que árduo e menos perfeito.

Há outra maneira mais fácil, proveitosa e perfeita de vencer vícios e tentações e adquirir e conquistar virtudes. Consiste no seguinte: a alma deve aplicar-se apenas nos atos e movimentos anagógicos e amorosos, prescindindo de outros exercícios estranhos; por este meio, consegue opor resistência e vencer todas as tentações do nosso adversário, alcançando assim as virtudes, em grau eminente.

Ao sentirmos o primeiro movimento ou investida de algum vício, como a luxúria, a ira, impaciência, espírito de vingança por uma ofensa recebida, etc., não procuremos resistir opondo um ato da virtude contrária, segundo ficou dito, mas desde os primeiros assaltos, façamos logo um ato ou movimento de amor anagógico contra o vício em questão, elevando nosso afeto a Deus, porque com essa diligência já a alma foge da ocasião e se apresenta a seu Deus e se une com ele. Ora, desse modo, consegue vencer a tentação e o inimigo não pode executar o seu plano, pois não encontra a quem ferir, uma vez que a alma, por estar mais onde ama do que onde anima, subtraiu divinamente o corpo a tentação. Portanto, não acha o adversário por onde atacar e dominar a alma; ela já não se encontra ali onde ele a queria ferir e lhe causar dano.

E então, ó maravilha! a alma como esquecida do movimento vicioso e junta e unida com seu Amado, nenhum movimento sente do tal vício com que o demônio pretendia tentá-la, tendo mesmo, para isso, arremessado seus dardos contra ela; primeiramente, porque subtraiu o corpo, como ficou dito, e, portanto, já não se encontra ali; assim, se me permitem a expressão, seria quase como tentar um corpo morto, pelejar com o que ão é, com o que não está, com o que não sente, nem é capaz de ser tentado, naquela ocasião.

Desta maneira vai-se formando na alma uma virtude heróica e admirável, que o Doutor Angélico, Santo Tomás, denomina virtude da alma perfeitamente purificada. Esta virtude, diz o Santo, é a que vem a ter a alma quando Deus a eleva a tal estado que ela já não sente as solicitações dos vícios, nem seus assaltos, nem arremetidas ou tentações, pelo elevado grau de virtude a que chegou. E daqui lhe nasce e advém uma tão sublime perfeição que já nada se lhe dá que a injuriem ou que a louvem e enalteçam; que a humilhem, que digam mal dela ou que digam bem. Porque, como os citados movimentos anagógicos e amorosos conduzem a alma a tão elevado e sublime estado, o efeito mais próprio deles com relação a ela é fazê-la esquecer todas as coisas que estão fora de seu Amado, que é Jesus Cristo. E daqui lhe vem, segundo referimos, que estando a alma unida a seu Deus e entretida com ele, as tentações não encontram a quem ferir, pois não podem elevar-se ao nível a que a alma subiu, ou até onde foi elevada por Deus: "Nenhum mal te atingirá" (Sl 90,10)

Deve-se prevenir aos principiantes, cujos atos de amor anagógicos não são ainda tão rápidos e instantâneos, nem tão fervorosos, para que consigam, de um salto, ausentar-se completamente dali e unir-se com o Esposo, que, se perceberem que apenas essa diligência não basta para esquecer por completo o movimento vicioso da tentação, não deixem de opor resistência, lançando mão de todas as armas e considerações que puderem, até que cheguem a vencê-la completamente. Devem proceder do seguinte modo: primeiramente, procurem resistir, oponto os mais fervorosos movimentos anagógicos que lhes for possível e os ponham em prática, exercitando-se neles mutas vezes; quando isso não for suficiente, porque a tentação é forte e eles são fracos, aproveitem-se, então, de todas as armas de piedosas meditações e exercícios que julgarem ser necessários para conseguir a vitória. Devem estar persuadidos de que este modo de resistir é excelente e eficaz, pois encerra em si todas as estratégias de guerra necessárias e de importância.

São João da Cruz, Ditames de Espírito.

Comunicado e Pedido

Certos textos apologéticos e/ou filosóficos pressupõem também certa formação da parte do leitor, para que os acompanhe e os saboreie. Textos muito rebuscados, embora eu sinceramente os aprecie, não se destinam a uma gama muito abrangente de leitores, nem os tenho sempre à mão. Tenho minhas leituras particulares, nas quais luto por perseverar, e não convém dispor seguidas leituras de um mesmo livro em sucessivas postagens.

Considerando o primeiro aspecto que mencionei e constatando que a maior parte dos leitores, pelas próprias perguntas, mostram a falta mesmo dos rudimentos da Fé, este blog, até por não ser um blog pessoal meu, mas destinado a ser via de evangelização em nome de um grupo, passará a dispor estas formações catequéticas, por vezes, com temas básicos, fazendo um paralelo com os temas trabalhados com os grupos de quarta. Servirá até de aprofundamento daquelas ocasiões, onde o curto tempo impede que se adentrem em certas minúcias, e onde, talvez, o prolongar-se seria enfadonho.

Porém, isto não significa que os temas se reduzirão a isto. Manterei, aqui e acolá, conforme o possa fazer, as postagens de textos mais trabalhados. Aos colegas de maior formação, peço somente paciência, e os recomendo também tantos outros blogs, que suponho que também já os conheçam, muitos bem melhores que este...

É possível notar que já há algum tempo que não faço postagens de longos textos de outros livros, conforme o fazia um tempo atrás. Isto se deve, conforme já expressei, ao dever de dar-me a certas outras obrigações e a leituras particulares... Mas reforço que, conforme o possa, o farei. Em outros momentos, escreverei, eu mesmo, dentro das minhas possibilidades, algo que considere poder ser útil a este espaço e aos amigos leitores.

E como os tenho justamente dessa forma, isto é, como amigos, confidencio-lhes algo que pretendo fazer logo em breve, e isto, não para satisfazer-lhes a curiosidade (que julgo não terem a meu respeito, rs...), mas para pedir-lhes orações para que Deus me conduza conforme for a Sua santa vontade. Como católicos, creio que compreenderão meu comunicado e meu pedido.

Já faz tempo que eu considerava a possibilidade de fazer a consagração de S. Luís Maria Grignion de Montfort, descrita no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Depois de certa relutância e, mesmo, de uma certa inércia de negligência, consegui o livro, li-o, incomodei-me com ele, amadureci a decisão e estou às portas de começar a fazer as orações prévias à consagração de fato. Ainda não comecei nada. Estou a organizar o tempo...

Em virtude da seriedade desta consagração, peço aos irmãos que rezem por mim para que, se não for da vontade de Deus e de Sua Mãe Santíssima ter-me por escravo, que afastem de meu coração este interesse e me esclareçam melhor a respeito da minha vocação. Se porém, Sua Majestade se dignar receber-me como escravo, que me seja dado força para manter-me fiel a este compromisso...

Certos de vossa compreensão, amigos, desde já, os agradeço.

Pax.

Tottus Tuus Mariae

Fábio Luciano.

Pop up excluído



Retirei, enfim, aquela janelinha incômoda que abria juntamente com este blog.
De fato, provinha do contador de visitas. Deve ter ficado marcada alguma opção de propaganda sem que eu percebesse... Afinal, os negócios lá eram em francês...

Pax.

Fábio.

O conhecimento e a ação

Todos nós agimos conforme conhecemos. Se alguém acredita numa mentira, é natural que sua ação corresponda a ela. Não se pode esperar que alguém haja de forma correta, se não vem, ele mesmo, a conhecer aquilo que é correto. Portanto, no cerne de toda conversão, está o ato de conhecer. É conhecendo a verdade que alguém lhe pode aderir e é só então que o amor se torna possível. Por isto, a Fé é uma virtude intelectual, que opera como ato na inteligência, curando-a de sua ignorância e movendo-a à Verdade, alastrando, sem limites, o seu horizonte cognoscível.

Se aceitamos que isto é assim, podemos perceber o quão inútil é a troca de xingamentos, tão comum nas discussões. Querer impor que o outro assuma aquilo que creio porque conheço sem que ele, no entanto, conheça o que conheço, é uma atitude desinteressante. O que deve ser atacada é a ignorância, e esta se combate com a Verdade que, uma vez exposta de forma clara, dissipa as trevas do erro.

Se, porém, a outra parte não cultivar interesse em conhecer aquilo que é verdadeiro, a sua ignorância torna-se culpável. Se, diferentemente, uma vez que reflita e compreenda, mesmo assim obstinar-se na sua posição, apegando-se a um relativismo da verdade, novamente a sua atitude é desonesta.

Mas é importante que isto se torne claro: se há alguém que defende um erro, a forma mais interessante de convencer-lhe do contrário, não é ofendendo-o à primeira oportunidade, mas confrontando o seu erro com aquilo que é verdadeiro. O que se vê, ao contrário, são pessoas que, em nome da objetividade, lançam-se a todo tipo de discurso apaixonado.

Todas estas pessoas que tendem a chamar um bom católico, zeloso da verdade cristã, de intolerante, não são, necessariamente, pessoas desonestas e ruins. Ao contrário, formados pelos sofismas de esquinas, apenas agem segundo conhecem. Rebater-lhe chamando-o ignorante é reduzir-se à mesma ignorância; Aquele que tem a verdade deve dá-la, e não agir como se não a tivesse... Ao contrário, não poderíamos esperar que um desses incautos viesse a defender com unhas e dentes a intolerância doutrinária se para isto não teve qualquer formação. O seu discurso relativista, aos seus olhos, parece-lhe correto. Se, no entanto, por medo ou por respeito humano, passasse a defender a intolerância dogmática, não poderíamos dizer que tal pessoa adentrou na verdade, mas, antes, continua no erro, pois não se convenceu; a sua atitude é resultado de sua convardia... Há católicos, porém, que, uma vez que conseguissem tal proeza, se dariam por satisfeitos. A estes não importa a Verdade, mas a demonstração da própria força que supõem ter, o que é lastimável.

Assim como o "aluno", etimologicamente, é aquele que não possui luz e deverá ser iluminado pelo professor, assim também aos cristãos foi dada a missão de serem luzeiros para iluminar o mundo; são portadores da Verdade. "De graça recebestes; de graça deveis dar". Não devemos, apenas, ostentar a chama que trazemos, mas ocupar-nos em acender também, com a Lumen Christi, a "vela" daqueles que ainda dormem nas sombras da noite.

Do contrário, isto significará que ainda não conhecemos bem a Verdade.

Fábio.

Ontem celebramos a Festa de Cristo Rei!!



Não deixa de ser sugestivo que Cristo se apresente como Rei, e não como presidente (alguns dirão que a razão disto é a de não haver, naquela época, esta forma de governo. É uma explicação confortável e fácil...) Nesta monarquia divina, todos estamos submetidos a Ele, soberano Senhor, que o mundo não reconheceu.. Diante da pergunta feita por Pilatos: "Então tu és Rei?", Nosso Senhor responde: "Sim, eu sou! Para isto vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que é da Verdade, ouve a minha voz".

O Reino de Cristo, então, é o reino da Verdade, pois Ele mesmo é a Verdade. Todo o que busca a Verdade, escuta a Sua voz, conforme Ele disse: "as minhas ovelhas conhecem a minha voz". Portanto, viver da Verdade, amar a Verdade é, forçosamente, submeter-se a este Rei e escutar-Lhe a voz adorável. Tudo quanto se distancie deste Rei pertence ao reino da mentira.

Uma outra característica essencial deste Reino que já é presente e que virá é a sua sobrenaturalidade: "o meu Reino não é deste mundo". Há tantas pessoas que querem conceber um evangelho rasteiro, materialista... Se reduzem às ideologias políticas, aos prazeres imediatos, a uma felicidade opaca que, antes de saciar, torna grosseiro o paladar.. Estes dizem que é muito fácil pôr-se à espera do porvir; mas, ao contrário, creio ser muito mais confortável este imediatismo, esta "religião" que não olha pra cima, mas quer o "aqui e agora".

Estamos entrando no Advento... Estamos já vivendo, intensamente, a espera do Senhor.. Mas, que sentido tem esta espera para estes que, continuamente, rejeitam este Rei? Ele nascerá na pobreza de Belém; o Verbo eterno se fará infante. Nascerá à companhia de animais, depois de negarem-Lhe um abrigo. E hoje, será diferente? Que maior desprezo que o de ser esquecido no próprio aniversário? O natal se avizinha; mas muitos estarão ocupados, bêbados, voltados para os seus presentes, ou para os seus vícios, suas orgias, suas festas profanas, seus banquetes... E o Pobrezinho de Belém, Rei eterno e soberano, estará, de novo, só...

Posso dizer que Cristo é meu Rei se partilho destas coisas? Se o nego? Se não paro para escutar-Lhe a voz e ouvir Suas palavras de vida? Se não O vou adorar? Que sentido tem cultivar a minha hipocrisia se, enfim, não pretendo submeter-me a este Rei? A alegria do Natal só é verdadeira para os que se alegram com a chegada dEle. Esta alegria encontra sua razão de ser no Amor...

Adorado sejas, divino Infante, Rei soberano!!!
Reina sobre nós e prevalece sobre os teus inimigos.. Vença-os todos!

Christus Vincit, Christus Regnat, Christus Imperat!

Mancipia Christi

Fabio.

Estive ocupado...

Estes últimos dias estive bem ocupado, motivo pelo qual não fiz postagens recentemente. Entre outras ocupações que tive, participei de uma Assembléia Aquidiocesana na cidade de Maceió, um evento que me deixou um tanto impressionado e que reforçou ainda mais a convicção desta crise na Igreja pela qual passamos. Certos pormenores disto, escreverei logo mais no outro blog.

Evento "II Expressa Cristo"



Neste próximo sábado, dia 21 de Novembro, acontecerá o "II Expressa Cristo", evento promovido pelo Ministério de Teatro Servos do Senhor. Tal se dará no Colégio José Correia Viana a partir das 19h, sob o tema "As portas se abrem".

O Grupo de Resgate Anjos de Adoração, segundo convite dos organizadores, também participará deste evento  que será voltado, particularmente, para o público jovem. Participem...

Formações sobre Liturgia



Caríssimos, o site Salvem a Liturgia estará disponibilizando formações sobre liturgia aos que assinarem a lista de e-mails. Aproveitem! Acessem aqui...

Deixo também a recomendação feita pelo blog Oblatvs do site Movimento Litúrgico, também sobre liturgia.

Deus os abençoe e guarde. Pax.

Fábio.

Um Seminarista Marxista - É possível uma contradição maior?


E eles fazem a festa...

Neste último final de semana, um seminarista de 23 anos, cujo nome aqui preservo, na cidade de Maceió, lançou o seu primeiro livro. Parece que este era o seu trabalho de conclusão do curso de Filosofia. Porém, muito estranhei ao ver o título do livro e ainda mais surpreso fiquei ao saber que o que ali estava escrito representava a sua adesão pessoal àquela teoria.

Já na capa, se distinguiam claramente aqueles dois instrumentos que, associados, simbolizam aquela pseudo-filosofia repugnante: a foice e o martelo mostravam que o livro tratava sobre o marxismo. A princípio, este pode ser naturalmente um tema abordado por um católico; mas, em geral, se assim fosse, o estudo não consistiria em uma defesa da teoria, mas, antes, em um ataque, uma refutação. E isto, não a partir de uma raiva a priori pelas falácias esquerdistas, mas porque espera-se de um católico que curse filosofia que se dê ao mínimo interesse metafísico, o que seria suficiente para reputar a foice e o martelo para o canto das historietas e ingenuidades.

Pois bem. Um amigo meu foi ver este episódio singular e atestou-me que o seminarista em questão é totalmente marxista. Já aí existem vários problemas. O rapaz, mesmo que não saiba, está em uma grande contradição. Explico-me: alguém não pode ser marxista e não ser materialista; uma coisa implica a outra. Ora, o materialismo é uma visão cosmológica, como o afirmara Plekhanov, que afirma que a matéria encerra o real. O terreno espiritual, que espera-se familiar de um seminarista, é tido como ilusório para os materialistas. Se alguém concebe, porém, que, além da matéria, existe a esfera espiritual, tal pessoa não pode ser materialista e, portanto, não pode ser marxista. Por isto mesmo, reconhece-se facilmente que o cerne do marxismo é o ateísmo, e isto é consenso não apenas entre os católicos que estudam estas questões, mas inclusive entre os marxistas mais sinceros. A existência de Deus seria uma evidência da falsidade intrínseca do materialismo.

Com base nestas afirmações, notemos, então, a desafinada situação em que se encontra o nosso jovem escritor: é seminarista (caminha para o sacerdócio), é marxista, o que implica que seja materialista, o que o faria, na prática, um ateu. No entanto, não creio que o rapaz se declare nesta última posição. Logo nos agradecimentos de seu livro, Deus é citado e não creio que este jovem estaria num seminário se não acreditasse na divindade. Mas justamente por isto, a contradição permanece. E se ele não nota esta gigante incongruência de sua posição, então teríamos de supor uma formação filosófica quase que cômica, que o levaria a assumir a posição marxista (ou melhor, a repetir certos conceitos) e permanecer confortável como seminarista católico. Isto, porém, vai mais a fundo; considerando que o nosso colega faz parte de um contexto, independentemente de suas leituras particulares, poderíamos nos questionar qual a qualidade do ensino ministrado neste seminário... Este meu amigo, que já fora seminarista também, garante a boa formação que lá se tem. Se assim é, sinceramente não entendo como um seminarista possa assumir o marxismo como filosofia própria. E Sto Tomás de Aquino? Às latrinas?

Outro dia, eu conversava com um outro seminarista do mesmo lugar. Adentrando nestes campos esquerdistas, o rapaz falou algo mais ou menos assim: “É... o sempre presente Marx”... Só um esclarecimento: este rapaz é carismático. Não creio que tenha, também, assumido a posição materialista, mas a maneira quase solene, quase de veneração, com que soltou aquele arroto “filosófico” mostra um respeito excessivo ao marxismo, que um católico não precisa ter...

Parece que, mais uma vez, estamos diante de Cristo e Barrabás, e que alguns daqueles que estão a consagrar a vida pelo Primeiro, conhecem-No tão pouco que optam pelo segundo: abandonam a Verdade e, como já escrevia S. Paulo, dão-se às fábulas.

Rezemos pelos seminaristas, nossos futuros padres...

Fábio Luciano

Quase uma nova fé: a brutalidade como regra....


Católico tem que ser assim, é???

Há quem ofenda, quem xingue, e pense nisto haver qualquer mérito; complicado quando certas pessoas, pretensamente devotas, assumem tal atitude como sinônimo de convicção; porém, por vezes, tal representa justamente o contrário. O respeito se requer em todo tempo, e não digo aqui o politicamente correto, mas o, ao menos, saber conversar como gente civilizada. Não raro, as pessoas mais firmes e seguras do que defendem são muito respeitosas. Mas quando tal firmeza não há, fica fácil apelar para a violência. Fiz bem esta experiência: alguns anos atrás, nas aulas de Kung Fu, havia um professor particularmente violento; não hesitava em golpear com força e gostava de toda aquela demonstração de poder, de barulho de pisadas e chutes, de tapas e coisas similares. Porém, dentre os professores, era ele o mais fraco, de menor resistência e flexibilidade, de menor agilidade. Para esconder esta sua fraqueza, escondia-se desesperadamente por trás de uma imagem agressiva... Mas escondia só de si mesmo. Não era difícil notar... O meu professor, ao contrário, muito técnico, ágil e resistente, demonstrava-se habilidoso sem querer, pelo simples respeito nos combates. Sua superioridade era notória, e encantava. Quando precisava ser firme, o fazia sem medo.

A atitude agressiva, quando legítima, é sempre um a posteriori, é sempre resposta a algo, e nunca o início de uma relação; se não for assim, se a agressividade se mostra já no primeiro movimento, podemos dizer que estamos diante de uma fera (cômico é que alguns tomam isto por elogio). A violência a priori busca razão de ser em si mesma e isto lhe tira a legitimidade. Os chicotes usados por Jesus, como tantos gostamos de lembrar, era uma resposta ao desrespeito com algo que Lhe era muito caro, e tinha como motor o profundo amor que Lhe consumia. Neste sentido, poderíamos dizer que sua atitude foi, pura e simplesmente, de amor... Ao contrário, se a violência é gratuita, é mais provável que seja uma expressão do próprio orgulho e soberba, isto é, do amor próprio. No fim das contas, dizer que isto é por Deus é muito fácil.

É comum que muitos se incomodem com este texto, mas creio não ser necessário dizer que ele não visa ninguém em particular. Não é de hoje que me enfado com o azedume de certos “apologetas”. Alguém dirá que sou um romântico, ou outro qualquer termo que se convencionou usar pra quem não vive a ranger os dentes para os outros, mas, particularmente, digo com toda a calma: tais suposições a meu respeito não me incomodam.

Se há quem se enraiveça com estas linhas, isto só prova a sua falta de sinceridade, pois nem se deu ao exercício da reflexão. Se a própria imagem lhe é tão cara, o que faz se escondendo por traz do Crucificado? Se suas paixões o dominam e nem nota, é certo que ao menos iniciou o processo de conversão? Como já escreveu alguém, a cabeça dos outros é o pior lugar para ser feliz. E o mesmo digo eu: os olhos dos outros são o pior lugar pra construir uma imagem de santidade; se os olhos divinos não partilham disto, de nada vale. Como muito bem ensinou o grandioso e pequenino S. Francisco de Assis: “o homem é o que é diante de Deus, e nada mais”.

E como ainda escreveu meu querido pai S. João da Cruz: “Jesus é pouco conhecido, mesmo pelos que se dizem seus amigos”.

Fábio Luciano.

Blog Adversus Haereses - hackeado, mas voltando...

Todos já estamos sabendo que o blog Adversus Haereses, do amigo Daniel, foi hackeado e tirado do ar.
Como muitos já disseram, um ótimo blog. Tal atitude vergonhosa, por parte de quem quer que seja, só testemunha em favor da Verdade, que o blog em questão tão bem defendia. O mesmo fizeram com Nosso Senhor: na impossibilidade de vencê-Lo nos argumentos, usaram da violência covarde.

Mas a coisa não acaba aí... Graças a Deus o amigo Daniel reativará seu blog e, tudo indica, agora de uma forma particular, mais de acordo com o que pretendia. Por vezes, as coisas acontecem assim: os inimigos da Cruz terminam sendo instrumentos para o aperfeiçoamento dos amigos de Deus. Afinal, está escrito: "tudo concorre para o bem dos que amam a Deus". Enfim, se, por um lado, estamos decepcionados pela covardia tão radicalmente manifesta, por outro, ficamos esperançosos pelo que virá.

Força, caro Daniel!

Fábio.

A romanidade da Igreja - Dom Marcel Lefebvre



Não se pode negar que isto seja um fato providencial. Deus, que conduz todas as coisas na sua sabedoria infinita, preparou Roma para se tornar a cátedra de Pedro e o centro de irradiação do Evangelho. Daí o adágio: “Unde Christo e Romano”.

Dom Guéranger, na sua Histoire de Sainte Cécile, mostra a importante participação que os membros das grandes famílias romanas tiveram na fundação da Igreja, dando seus bens e seu sangue pela vitória do reino de Jesus Cristo. Nossa liturgia romana é disso testemunha fiel.

A Romanidade não é uma palavra vã. A língua latina é um exemplo importante. Ela levou a expressão da fé e do culto católico até os confins do mundo. E os povos convertidos eram firmes em, nessa língua, cantar sua fé, símbolo real da unidade da fé católica.

Os cismas e as heresias começaram frequentemente por uma ruptura com a Romanidade, ruptura com a liturgia romana, com o latim, com a teologia dos Padres e dos teólogos latinos e romanos.

(...) Tenhamos gosto em examinar como os caminhos da Providência e da Sabedoria divina passam por Roma e concluiremos que não se pode ser católico sem ser romano. Isto se aplica também aos católicos que não têm a língua latina nem a liturgia romana; se permanecem católicos é porque permanecem romanos, como os maronitas, por exemplo, pelos laços com a cultura francesa católica e romana que os formou.

É um erro, a propósito da cultura romana, falar em cultura ocidental. Os judeus convertidos trouxeram com eles do Oriente tudo o que era cristão, tudo o que no Antigo Testamento era uma preparação e iria servir de apoio ao Cristianismo, tudo o que Nosso Senhor assumiu e que o Espírito Santo inspirou os Apóstolos a utilizarem. Quantas vezes as epístolas de São Paulo nos falam sobre isso! Deus quis que o Cristianismo, moldado por Roma, recebesse um vigor e uma expansão excepcionais. Tudo é graça no plano divino, e Nosso divino Salvador dispõe de tudo, como é tido dos romanos, “cum consilio et patientia” ou “suaviter et fortiter”!

Também nós devemos guardar esta Tradição romana querida por Nosso Senhor, como Ele quis que nós tivéssemos Maria Santíssima por Mãe.

Mons. Marcel Lefebvre, A Vida Espiritual Segundo São Tomás de Aquino.

Terrível!!! Candomblé na Igreja. Ao vivo é ainda mais grotesco...


ele deve estar sorrindo...


Mas e Ele?.. Está só...


Ainda agora fui à Igreja, como sempre faço. Saí do trabalho, passei em casa, vesti uma calça e uma camisa mais adequada e rumei apressadamente para a Matriz de Santa Maria Madalena. Até aí, nada demais. Porém, tão logo cheguei lá adentro, após a genuflexão e uma breve oração, voltei-me para a sacristia, e, surpresa: havia um considerável grupo de pessoas, com roupas bem típicas que, de imediato, percebi serem membros do candomblé, seita africana com vários participantes na cidade, embora os que eu tenha visto sejam, na maioria, de Maceió, a capital do estado, conforme foi dito.

Entraram à frente do padre e dos acólitos na procissão de entrada. E eu observava pasmo. Alguns compartilhavam da minha surpresa, mas outros, impressionante, já aparentavam estar habituados com a idéia. O padre ia confortável, não sei se pelo respeito humano, ou se, talvez, tal fato não o incomodava. Desconfio da segunda alternativa.....

Chegados ao altar, o secretário de cultura, um desavisado em termos de fé, trajado de uma longa camisa característica do mesmo grupo e já em preparo para o dia 20 de novembro, convidado pelo padre, pôs-se a falar certos disparates, daqueles bem românticos que tratam da "tolerância" como se esta fosse virtude em todo sentido e confundindo totalmente as coisas. Considerava aquilo como um símbolo da fraternidade e chamava os adeptos da seita africana de "religiosos"; enfim, parabenizava pelo fato de "religiosos africanos" serem recebidos numa Igreja de "origem romana".

Em dúvida se eu deveria ficar, no intuito de ser um dos poucos que estariam com Nosso Senhor, ou se deveria ir embora para não ver certas coisas (afinal, além de tantas outras verdadeiras presepadas e ultrages a Jesus, aquelas pessoas, suponho, irão comungar... que sacrilégio!!!), levantei-me e, fazendo novamente a genuflexão, abandonei aquele santo ambiente tão ofendido... Ainda fico a pensar se não deveria ter ficado com Ele... Sei que não sou ninguém, que sou um nada, mas parece que O deixei sozinho... de novo...

Mas como ficar a olhar aquele povo comungar? Como observar este supremo destrato com o amado Jesus?
Creio que nunca fiz isto: abandonar a Igreja sem assistir a Santa Missa, mas hoje, o que lá vi, era, de fato, revoltante... Tratar a Jesus como se fosse uma coisa; tratar a sacrossanta Fé católica como se fosse igual àquilo, como se nada fosse além de uma invenção de preceitos culturais. Deus meu! Deus meu!

Sinto muito, mas não pude ficar. Pro inferno com aquilo tudo!
Além do mais, ouvi algo a respeito da Santa Missa no dia 20 de Novembro, que rezo para que seja apenas um boato; mas creio que esta conversa não surgiu do nada... Falou-me um amigo que, nesta ocasião, no ofertório serão apresentados, além do pão e do vinho, também o acarajé. Se isto vier a se efetivar, não digo que seria apenas uma ignorância, mas um sarcasmo mesmo, uma tentativa de ridicularizar o Sacrifício de Nosso Senhor. O que pode ser mais terrível? Que pecado pode exigir tanto Justiça Divina? De Deus não se zomba!! Ao ver estas coisas, sinto-me tentado a rezar para que a Virgem Santíssima permita cair o braço do Seu Filho sobre os homens.

Aos que se sentem incomodados com a minha indignação, antes de virem falar suas abobrinhas, chamarem-me racista, facista ou qualquer coisa que o valha, façam o favor de ler estes textos, e depois a gente conversa:


Miserere Nobis, Domine!!!
Virgem Santíssima, inimiga terrível da serpente, esmagai-lhe a cabeça!!!

Fábio Luciano

Belo recado a certos pseudo-cientistas modernos; entre eles, bem estaria o sr. Richard Dawkins...



Leitura do livro da Sabedoria

São insensatos por natureza todos os homens que ignoram a Deus, os que, partindo dos bens visíveis, não foram capazes de conhecer aquele que é; nem tampouco, pela consideração das obras, chegaram a reconhecer o artífice. Tomaram por deuses, por governadores do mundo, o fogo e o vento, o ar fugidio, o giro das estrelas, a água impetuosa, os luzeiros do dia. Se, encantados por sua beleza, tomaram essas criaturas por deuses, reconheçam quanto o seu Senhor está acima delas, pois foi o autor da beleza quem as criou.

Se ficaram maravilhados com o seu poder e a sua atividade, concluam daí quanto mais poderoso é aquele que as formou: de fato, partindo da grandeza e da beleza das criaturas, pode-se chegar a ver, por analogia, aquele que as criou.

Contudo, estes merecem menor repreensão: talvez se tenham extraviado procurando a Deus e querendo encontrá-lo. Com efeito, vivendo entre as obras dele, põem-se a procurá-lo, mas deixam-se seduzir pela aparência, pois é belo aquilo que se vê! Mesmo assim, nem a estes se pode perdoar, porque, se chegaram a tão vasta ciência, a ponto de investigarem o universo, como é que não encontraram mais facilmente o seu Senhor?

(Sabedoria, 13,1-9)

Pop up quando se abre o blog


 

Pessoal, já há um bom tempo que há esse incômodo. Não sei se acontece com todos os visitantes deste blog, mas ao menos por aqui (e já fui notificado também por um amigo), toda vez que abro o blog, uma outra página com conteúdo em francês abre junto....

Suspeito que isto seja por causa do contador de visitas, mas não tenho certeza....
Se alguém souber por que, por favor, comente aí..

Agradeço. Pax.

Fábio.

Ainda sobre os crucifixos na Itália, vejam que beleza!!!!



Olhe só... Eu bem que disse que estavam a mexer num formigueiro...

Leiam, amigos, isto

Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat!!!!!

Ave Crux, Spe Unica.

A importância da Liturgia - Entrevista ao Cardeal Cañizares - Excertos




Quais têm sido os assuntos mais urgentes que tem que atender?

Assuntos urgentes há todas as manhãs, referentes a excessos e erros que se cometem na liturgia, mas sobretudo, o assunto mais urgente, que é urgente em todo o mundo, é que se recupere de verdade o sentido da liturgia. Não se trata de mudar rubricas ou introduzir novas coisas, mas, do que se trata, simplesmente, é que se viva a liturgia e esta esteja no centro da vida da Igreja. A igreja não pode ser sem a liturgia, porque a Igreja é para a liturgia, isto é, para o louvor, para a ação de graças, para oferecer o sacrifício ao Senhor, para a adoração... Isto é fundamental, e sem isto não há Igreja. E mais, sem isto não há humanidade. Por isso é uma farefa sumamente urgente e obrigatória.

Como se recupera o sentido da Liturgia?

Nestes momentos, trabalhamos de uma maneira muito silenciosa em toda uma série de temas que têm que ver com projetos de formação. É a necessidade prioritária que se tem: uma boa e verdadeira formação litúrgica. O tema da formação litúrgica é capital porque realmente não se conta com uma formação sucificiente. A gente crê que a liturgia é uma questão de formas ou de realidades exteriores, e o que realmente nos faz falta é recuperar o sentido da adoração, isto é, o sentido de Deus como Deus. Este sentido de Deus só se poderá recuperar com a liturgia. Por isso, o Papa tem tantíssimo interesse em acentuar a prioridade da liturgia na vida da Igreja. Quando se vive o espírito da liturgia, se entra no espírito da adoração, se entra no reconhecimento de Deus, se entra em comunhão com Ele, e isto é o que transforma o homem e o converte em um nomem novo. A liturgia visa sempre a Deus, não à comunidade; não é a comunidade a que faz a liturgia, senão que é Deus quem a faz. É Ele quem sai a nosso encontro e nos oferece participar em sua vida, em sua misericórdia, em seu perdão... Quando se viver a liturgia de verdade e Deus estiver verdadeiramente no centro dela, tudo mudará.

Tão distantes estamos hoje do sentido verdadeiro do mistério?

Sim, atualmente há uma secularização e um laicismo muito grandes, se tem perdido o sentido do mistério e do sagrado, não se vive com o espírito verdadeiramente de adorar a Deus e deixar que Deus seja Deus. Por isso se crê que tem que estar mudando constantemente coisas na liturgia, fazer inovações e que seja tudo muito criativo. Não é esta a necessidade da liturgia, senão que seja realmente adoração, isto é, reconhecimento dAquele que nos transcende e que nos oferece a salvação. O mistério de Deus, que é mistério insondável de seu amor, não é algo nebuloso, senão que é Alguém que sai a nosso encontro. Há que recuperar ao homem que adora. Há que recuperar o sentido do Mistério. Há que recuperar o que nunca deveríamos ter perdido. O maior mal que se está fazendo ao homem é querer eliminar de sua vida a transcendência e a dimensão do mistério. As consequências as estamos vivendo hoje em todas as esferas da vida. São a tendência a substituir a verdade pela opinião, a confiança pela inquietude, o fim pelos meios... Por isso é tão importante defender o homem de todas as ideologias que o enfraquecem em sua tríplice relação com o mundo, com os demais e com Deus. Nunca antes se havia falado tanto de liberdade, e nunca antes houve mais escravidão.

Quais os são os principais motivos de esperança que você observa em meio a esta Europa cada vez mais secularizada e distante de Deus?

O grande motivo de esperança é o mesmo Papa e o que ele está constantemente dizendo. Este Papa está levando a cabo um ministério de Pedro tal como Jesus o encomendou a Pedro. Sua principal missão é confirmar na fé os irmãos e o está fazendo todos os dias. Todos os dias nos fala de algo que é a chave, o fundamento e o futuro de tudo, como é a afirmação, o reconhecimento e a adoração de Deus. Se não situamos a Deus no centro da vida do homem, não há futuro para a humanidade. É o que o Papa tem chamado ante os jovens, nada menos, "a revolução de Deus". Façamos a revolução de Deus! Por isso, para mim, o Papa, e todo seu magistério, é um grande sinal de esperança.

Excertos de uma entrevista ao Cardeal Cañizares, prefeito da Congregação para o Culto e a Disciplina dos Sacramentos. (Tradução minha)

A entrevista inteira está disponível em Religion en Libertad

Realmente lamentável - Pregação de Ironi Spuldaro


Não vou divulgar aqui o link, porque creio não valer a pena... Outros blogs já o fizeram...
Mas não deixa de ser repugnante que este rapaz, Ironi Spuldaro, possa falar de Jesus de uma forma tão baixa, citando partes de Seu corpo com tal desrespeito...

De fato, a RCC e estes seus representantes só me envergonham ao serem considerados católicos. Tais "irreverências" próprias destes infelizes só me enojam...

Aniversário GRAA mais uma vez adiado...



O aniversário do Grupo de Resgate Anjos de Adoração foi, mais uma vez, adiado, devido à coincidência com outro evento que acontecerá na mesma data. No dia 22 próximo haverá, promovido pelo Ministério de Teatro Servos do Senhor, o II Expressa Cristo, que ocorrerá no Colégio Correia Viana.

O aniversário do GRAA, depois de uma reunião que tivemos com o Pe. Iranjunio, foi adiado, definitivamente, para o dia 8 de Dezembro, uma terça, feriado da Imaculada Conceição.  Talvez tal modificação tenha por autora a Providência Divina. Assim esperamos.

Que a Virgem Mãe nos conduza.

Grupo de Resgate Anjos de Adoração - GRAA

Enfim... Acabou...



Depois de um longo período em que a possibilidade de comungar diretamente na boca fora vedada, enfim, como um sol que volta a surgir, recebemos a feliz notícia de que, novamente, graças a Deus, podemos receber Nosso Senhor de forma mais digna.

Não preciso me alongar neste assunto, cuja breve reflexão é suficiente para fazer notar a inconveniência total de receber o Corpo adorável de Jesus na mão. Recebamo-Lo diretamente na boca como, para citar a comparação feita por Dom Athanasius Schneider no seu livro Dominus Est, uma criancinha que se deixa alimentar. Receber a Santíssima Comunhão com a mão, além de ser uma atitude inadequada diante da realeza de Quem recebemos e demonstrar, de nossa parte, falta de zelo e respeito para com tão grande Mistério, traz ainda os seríssimos riscos de deixar cair fragmentos do Corpo do Senhor, que facilmente ficam na palma da mão ou grudados nos dedos com que se O leva à boca.

Como dizia S. Cirilo de Jerusalém nas Catequeses Mistagógicas, é melhor perderes um dos teus membros a vires a perder um só fragmento do Corpo do Senhor.

Comunhão diretamente na boca!!!
Cum amoré ac timore (Com amor e temor)

Fábio Luciano

V Aniversário do GRAA - Dia 22!!!



Está chegando o dia!!! Sob o tema "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14,15), estaremos, no dia 22 próximo, reunidos durante todo o dia num semi-retiro em comemoração e agradecimento pelo nosso 5º ano como Grupo. Este encontro acontecerá no auditório da Prefeitura de União dos Palmares. A comemoração, porém, se iniciará ainda no Sábado, com a Santa Missa e, logo após, com uma apresentação musical do nosso ministério de música.

Estamos tentando ainda confirmar a presença do Pe. Nilton, Pároco de Santana do Mundaú.

Aos que podem estar conosco, está lançado o convite; aos demais, pedimos suas sinceras orações.

Pax et Bonum.

Grupo de Resgate Anjos de Adoração - GRAA.

Complicado, né?



Todos sabemos que os católicos devem obedecer às legítimas autoridades da Igreja. Mas vejo que, ultimamente, foi criado como que uma via de escape... Sob pretexto de estar a seguir a única Igreja de Cristo, tenho visto mil tipos de católicos, das mais diferentes correntes a defenderem mil teorias e a condenarem todas as demais. O problema é que, para cada uma dessas "formas", se arruma uma autoridade que lha represente.

Os sedevacantistas têm seus sacerdotes; os liberais possuem seus bispos. E cada um permanece confortável na própria opinião, pois, para todos os gostos, se arruma uma "autoridade". Neste catolicismo estranho, os santos, doutores e mesmo os papas, bem como aquilo que disseram, tornam-se vítimas de algo muito semelhante ao "livre exame" luterano e, no final, não há negação de si mesmo nem aqui nem na China... Bem.. na China, talvez..

Diante disto, lembro-me de uma música, cuja letra diz: "Para onde ir? Como Te seguir?"

Mas a Verdade tem força por si, e a Igreja tem seu legítimo superior, Sua Santidade Bento XVI, gloriosamente reinante. No entanto, esta multiplicidade até mesmo de "ortodoxias" torna tudo isto muito complexo.... Mil setas apontam mil direções e todas elas ostentam a cruz. Complicado? Muito...

Dia de Finados, a esperança católica e as tolices protestantes.



Veio o tempo de finados, tempo eminentemente católico, infelizmente ainda permeado de superstições, mesmo entre alguns de nós. Tempo onde, visitando o túmulo dos familiares ou amigos falecidos, rezamos pelas suas almas e pelas demais que padecem no purgatório; almas que, como dizia S. Josemaria, são nossas amigas.

Mas, durante este tempo em que, além de rezarmos pelos defuntos, meditamos sobre a morte e as verdades de Fé referentes a ela, os nossos queridos protestantes se exacerbam contra as práticas "idólatras" dos católicos. E lá estão eles nas rádios lendo a Bíblia de qualquer forma e arrotando aqui e ali que "os mortos estão dormindo". Oh sono brabo!!!

Infelizmente, muitos se deixam levar por esta conversa mole, embora a Bíblia seja clarissima a este respeito. Ou seja, mesmo com o seu Sola Scriptura, eles parecem não conhecer a Sagrada Escritura além dos pontos estratégicos que seus pseudo-pastores lhes ensinam.

Sobre a belíssima esperança que se deve ter para imediatamente depois da morte,  uma das passagens que considero mais luminosas foi escrita por S. Paulo, onde ele diz o seguinte:

"Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho, não sei então o que devo preferir. Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor; mas, de outra parte, continuar a viver é necessário, por causa de vós..." (Fl 1, 24).

E como dizia o mesmo Paulo: "A esperança não engana" (Rm 5,5)

Totus tuus Mariae!

Fábio Luciano.

A conversa do laicismo como respeito às diferenças.



Há alguns meses atrás, presenciei uma conversa entre duas jovens. Uma delas, conhecida minha, é ex-carismática e acho que "semi-atéia", pois em virtude de uma pseudo-formação superior da qual foi "sujeito experimental" (cobaia é anti-ético), afirmou certa vez que a "filosofia" a tinha libertado das crendices. (???) Entre pérolas de semelhante preciosidade, recomendou que se assistisse o filme "Lutero" como prova da "falsidade" da Igreja. Veja só... que libertação, não?!

Na conversa a que tristemente assisti, esta "emancipada" jovem estava a condenar a atitude de uma professora de crianças, amiga sua, que teria incluído, dentro das leituras exigidas aos alunos, certos versículos da Bíblia. Falava quase que com indignação, dizendo que isto era anti-ético, que não se pode influenciar nenhum aluno a seguir qualquer religião, que isto deve ser escolha lá deles. Pela entonação da voz, percebia-se que a jovem acreditava estar a dizer qualquer coisa sumamente importante e inquestionavelmente verdadeira. Portava-se mesmo à semelhança de uma heroína no seu intento de libertar a educação de certas imposições e arbitrariedades...

Agora recentemente, noutro dentre tantos casos, vemos o ataque a símbolos religiosos, crucifixos especificamente, cuja existência parece ter valor meramente cultural, e cuja inexistência possibilitaria o reino da liberdade, onde cada um poderia transitar e fazer o que bem quisesse sem o incômodo de uma imagem que, além de mostrar o sofrimento de um Homem a acusar o hedonismo quase declarado de nossa sociedade, Homem este que dizia ser a Verdade, diante da qual se evidencia a fragilidade das vaidades humanas, ainda bem representa uma outra Instituição, por demais incômoda, que bem poderia estar enterrada junto às suas medievalidades.

Em tudo isto, ainda querem fazer crer que o que os motiva é a sede pela liberdade, o respeito pelas diferenças, quando na verdade o que presenciamos, em modo crescente, é a ditadura do relativismo que mais não quer do que robôs alienados que acreditem, enquanto vomitam as formulazinhas vazias de uma educação nojenta, estar a proclamar tesouros de sabedoria. Vã retórica moderna! Os antigos sofistas a venciam de longe! Vergonhosa educação liberal que busca esconder dos olhos dos filhos de Deus os vestígios legítimos da eternidade, da verdade, do bem e do belo.

Sem dúvida, essa construção da ignorância coletiva semi-disfarçada (porque, convenhamos... que disfarce mal feito!) será uma fenômeno de massa... Basta observar as aprovações e elogios sem fim ao que é desprovido de qualquer valor acompanhados do total desprezo pelo que ainda conserva algum. Mas, os santos, os homens da verdade nunca foram os "de massa" e, interessantemente, muitos são os que já se erguem hoje movidos pela sede irrenunciável desta Verdade, pelo ardor da transcendência, pelo anseio legítimo de suas almas, tornado ainda mais evidente pela escassez de valores desta triste sociedade, e que rumam para a fonte perene de todo o bem.

Enquanto nos querem retirar os crucifixos das paredes, eles se imprimirão mais vivamente nos nossos corações, redobrando nossas forças e nossa intransigência com relação ao que é verdadeiro. Enquanto querem impedir-nos de aprender o ensino da Igreja pelas vias ordinárias que nos deveriam fornecer a educação dos valores tradicionais, buscaremos com mais intensidade aprender dos livros, dos pequenos grupos, dos convívios sadios; nos submeteremos à direção de homens verdadeiramente sábios e virtuosos, manteremos nossa espiritualidade e nossos valores, seremos íntimos do Cristo e não compartilharemos das lavagens do mundo... Se a nós foi dada a sublime vocação de sermos luzeiros, isto implica que entre nós e as trevas do mundo há uma viva oposição, e que nossa missão é justamente esta: "não vos contenteis com este mundo".

Enquanto querem acabar com o cristianismo, estão a suscitar o nascimento de Cavaleiros da Cruz como nunca se viu. Guerreiros da noite, experimentados no combate, que trazem consigo a insígnia da Cruz na mão e no coração. Que assim seja...

Estão a mecher num formigueiro...
Enquanto acham que somos poucos, ignoram a existência de nossos amigos do Céu e do nosso grande e invencível general, Nosso Senhor Jesus Cristo...

Os inimigos da Cruz, numa linguagem bem atual, vão se ferrar tudinho..
Mas que Nosso Senhor os converta.... Amém. =D

Salve Maria Virgem, Grande Mãe de Deus!!

Fábio.

Beato Padre Alexij Saritski - Um coração eucarístico no regime estalinista



Dom Athanasius Schneider

Maria Schneider, minha mãe, contava-me: depois da segunda guerra mundial, o regime estalinista deportava muitos alemães do Mar Negro e do rio Volga para os montes Urais, para se servir deles em trabalhos forçados. Todos eram internados em paupérrimas barracas, num ghetto da cidade. Muitas vezes, iam ter com eles, no máximo segredo, alguns sacerdotes católicos, para lhes administrar os sacramentos. E faziam-no, pondo em grave perigo a sua própria vida. Entre esses sacerdotes, que vinham mais frequentemente, estava o Padre Alexij Saritski (sacerdote ucraniano greco-católico e biritualista, morto como mártir no dia 30.10.1963, próximo de Karaganda e beatificado pelo Papa João Paulo II no ano 2001). Os fiéis chamavam-no afectuosamente “o vagabundo de Deus”.

No mês de Janeiro de 1958, na cidade de Krasnokamsk, perto de Perm, nos montes Urais, inesperadamente, chegou em segredo Padre Alexij, proveniente do lugar do seu exílio, da cidade de Karaganda, no Kazakhstan.

Padre Alexij empenhava-se em que o maior número possível de fiéis fosse preparado para receber a Sagrada Comunhão. Por isso, ele mesmo se dispunha a ouvir a confissão dos fiéis literalmente dia e noite, sem dormir e sem comer. Os fiéis continuamente lhe diziam: “Padre deve comer e dormir!” Mas ele respondia: “Não posso, porque a polícia pode prender-me de um momento para o outro e, depois, tantas pessoas ficariam sem se confessar e, por isso, sem comungar”. Logo que todos se haviam confessado, Padre Alexij começou a celebrar a Santa Missa. Inesperadamente, uma voz se ouviu: “A polícia está próxima!”. Maria Schneider assistia à Santa Missa e disse ao sacerdote: “Padre, eu posso escondê-lo, fujamos!

A mulher conduziu o sacerdote para uma casa fora do ghetto alemão e escondeu-o num quarto, levando-lhe também alguma coisa de comer e disse: “Padre, agora, o senhor pode finalmente comer e repousar um pouco e, quando chegar a noite, fugiremos para a cidade mais próxima”. Padre Alexij estava triste, porque todos estavam confessados, mas não tinham podido receber a Sagrada Comunhão, porque a Santa Missa que apenas tinha começado tinha sido interrompida por causa da aproximação da polícia. Maria Schneider disse: “Padre, todos os fiéis farão com muita fé e devoção a Comunhão espiritual e esperamos que o Senhor possa regressar, para dar-nos a Sagrada Comunhão”.

Chegada a noite, começou-se a preparar a fuga. Maria Schneider deixou os seus dois filhos pequenos (um menino de dois anos e uma menina de seis meses) a sua mãe e chamou Pulcheria Kock (a tia de seu marido). As duas mulheres chamaram o Padre Alexij e fugiram, uns 12 quilómetros através do bosque, com neve e ao frio nada menos que a 30 graus abaixo de zero. Chegaram a uma pequena estação, compraram o bilhete para o Padre Alexij e sentaram-se na sala de espera, porque tinham de esperar ainda uma hora pela chegada do combóio. Inesperadamente abriu-se a porta e entrou um polícia que se dirigiu directamente ao Padre Alexij. Diante do Padre perguntou-lhe: “o senhor onde vai?” O Padre não ficou em condições de responder pelo seu espanto. Ele não temia pela sua vida, mas pela vida e pelo destino da jovem mãe Maria Schneider. Pelo contrário, a jovem mulher respondeu ao polícia: “Este é nosso amigo e nós acompanhámo-lo. Eis o seu bilhete” e entregou o bilhete ao polícia. Este, guardando o bilhete, disse ao sacerdote: “Por favor, não entre no último vagão, porque esse será desligado do resto do combóio na próxima estação. Boa viagem!”. E imediatamente, o polícia saíu da sala. Padre Alexij olhou para Maria Schneider e disse-lhe: “Deus mandou-nos um anjo! Jamais esquecerei aquilo que ele fez por mim. Se Deus mo permitir, regressarei, para dar-vos a Sagrada Comunhão e em todas as minhas Missas rezarei por si e por seus filhos”.

Passado um ano, Padre Alexij, pôde regressar a Krasnokansk. Desta vez, pôde celebrar a Santa Missa e dar a Sagrada Comunhão aos fiéis. Maria Schneider pediu-lhe um favor: “Padre, podereia deixar-me uma hóstia consagrada, porque minha mãe está gravemente doente e ela desejaria muito receber a Comunhão, antes de morrer?” Padre Alexij deixou uma hóstia consagrada, sob a condição de que se administrasse a Sagrada Comunhão com o máximo respeito possível. Maria Schneider prometeu agir desse modo. Antes de se transferir, com a sua família, para Kirghistan, Maria administrou a sua mãe, doente, a Sagrada Comunhão. Para o fazer, ela pôs luvas brancas novas e, com uma pinçazinha, deu a Comunhão a sua mãe. Depois, queimou a bolsa em que estava depositada a hóstia consagrada.

As famílias de Maria Schneider e de Pulcheria Koch transferiram-se depois para Kirghistan. Em 1962, Padre Alexij, visitou secretamente Kirghistan e encontrou Maria e Pulcheria, na cidade de Tokmak. Celebrou a Santa Missa na casa de Maria Schneider e, seguidamente, ainda uma outra vez, na casa de Pulcheria Koch. Como gesto de gratidão a Pulcheria, esta mulher anciã que o tinha ajudado a fugir no escuro e no frio do inverno dos montes Urais, Padre Alexij, deixou-lhe uma hóstia consagrada, dando-lhe, porém, uma instrução bem precisa: “Deixo-lhe uma hóstia consagrada. Faça a devoção dos primeiros nove meses em honra do Sagrado Coração de Jesus. Todas as primeiras sextas-feiras do mês, a senhora faça a exposição do Santíssimo na sua casa, convidando para adoração pessoas de absoluta confiança, e tudo deverá ser feito com a máxima segurança e no maior segredo. Depois do nono mês, a senhora poderá consumir a hóstia, mas faça-o com a maior reverência possível!” E assim se fez. Durante nove meses, houve em Tormak uma adoração eucarística clandestina. Também Maria Schneider estava entre as adoradoras.

Estando de joelhos diante da pequenina hóstia, todas as senhoras adoradoras, estas senhoras verdadeiramente eucarísticas desejavam ardentemente receber a Sagrada Comunhão. Mas, infelizmente, havia apenas uma pequena hóstia e, ao mesmo tempo, numerosas pessoas desejosas de comungar. Por isso, Padre Alexij tinha decidido que, no fim dos nove meses, a recebesse apenas Pulcheria e todas as outras mulheres fizessem a Comunhão espiritual. No entanto, estas Comunhões espirituais eram muito preciosas, porque tornavam estas mulheres “eucarísticas” capazes de transmitir aos seus filhos, por assim dizer, com o leite materno, uma profunda fé e um grande amor à Eucaristia.

A entrega daquela pequena hóstia consagrada a Pulcheria Koch, na cidade de Tokmak, em Kirghistan, foi a última acção pastoral do Beato Alexij Saritski.

Imediatamente depois do seu regresso a Karaganda, da sua viagem missionária a Kirghistan, no mês de Abril do ano de 1962, Padre Alexij foi preso pela polícia secreta e posto no campo de concentração de Dolinks, perto de Karaganda.

Depois de muitos maus tratos e humilhações, Padre Alexij obteve a palma do martírio “ex aerumnis carceris”, no dia 30 de Outubro de 1963. Neste dia, celebra-se a sua memória litúrgica, em todas as igrejas católicas de Kazakhstan e da Rússia; a Igreja greco-católica ucraniana celebra-o, juntamente com outros mártires ucranianos, no dia 27 de Junho. Foi um santo eucarístico que conseguiu educar mulheres eucarísticas. Estas mulheres eucarísticas eram como flores crescidas na escuridão e no deserto da clandestinidade, tornando assim a Igreja verdadeiramente viva.

Dominus Est, Dom Athanasius Schneider.

Coming back once more!

Mais uma vez voltando depois de mais uma vez dodói. =D
Pax.

Fábio
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