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Anjos e demônios - testemunho de um padre que conversou com os produtores.


O Padre Bernard O'Connor, um sacerdote canadense e oficial da Congregação para as Igrejas Orientais da Santa Sé, estava em Roma o ano passado enquanto o diretor Ron Howard filmava a obra. O'Connor se encontrou duas vezes com o pessoal da mesma e conversou de maneira informal com 20 deles. Estava vestido casualmente de modo que ninguém se deu conta de que era um sacerdote. Falaram abertamente, pensando que era somente "um turista amistoso". O Padre escreveu um artigo sobre sua experiência na revista mensal, Inside the Vatican (Dentro do Vaticano). Um dos trabalhadores que disse ser um dos "encarregados" opinou assim: "a Igreja miserável está contra nós outra vez e nos está causando problemas". Logo, falando de seu amigo Dan Brown, acrescentou “como muitos de nós, ele com freqüência diz que faria algo para demolir esta detestável instituição, a Igreja Católica. E triunfaremos. Já verão”. Quando o Padre O'Connor lhe pediu que precisasse suas afirmações, o oficial de produção disse "ao final desta geração não existirá mais a Igreja Católica, ao menos não na Europa ocidental. E em realidade os meios merecem muito crédito por seu desaparecimento".

“Finalmente o público está entendendo nossa mensagem", disse logo. A mensagem está claramente definida: "a Igreja Católica tem que ser debilitada e eventualmente desaparecer da face da terra. É a primeira inimizade da humanidade. Sempre o foi". Este mesmo senhor lhe dá o crédito disto à "televisão, Hollywood, as indústrias da música e de vídeo, junto com cada um dos jornais que existem, pois todos dizem o mesmo". Este sujeito também mencionou o papel que algumas universidades jogaram para minar o catolicismo.

Fé e razão - relações mútuas


A Fé e a razão não podem nunca contradizer-se, porque têm a mesma origem: Deus que é a única Verdade.

Este princípio fundamental era comumente admitido por todos os filósofos da Idade Média; mas Santo Tomás soube, melhor que todos, mostrar em pormenor, o pleno acordo das doutrinas reveladas com a verdade natural. Esta harmonia tem por origem os bons serviços que, uma à outra, se prestam a fé e a razão.

I - A fé relativamente à razão tem um papel duplo:

a) Papel de curativo - Sendo uma virtude sobrenatural cuja sede própria é a inteligência, a fé é como a radiação especial da graça neste faculdade. Ora a graça não destrói a natureza, antes a perfaz: eis porque restabelece primeiro a razão em todo o seu poder nativo, curando as feridas da ignorância e do erro, causadas pelo pecado original. Indiretamente, acalmando a perturbação das paixões e afastando os preconceitos do orgulho, dá as disposições indispensáveis a encontrar a verdade, sobretudo nos problemas práticos. Mais diretamente, nas doutrinas que interessam a salvação e que são fundamentais em filosofia (Deus e a criação, a alma humana e o seu destino), a fé mostra de antemão, com infalível certeza, o fim a atingir pela demonstração racional, poupando-nos assim as hesitações e as tentativas onde facilmente se introduz o erro.

b) Papel sobre-elevador - A influência da fé é ainda mais profunda, tanto mais que numa vida cristã fervorosa, ela é acompanhada pelo exercício dos dons do Espírito Santo, de Ciência, de Inteligência, de Sabedoria, que firmam o olhar da alma na contemplação das mais altas verdades. Porque, conquanto a fé nos apresente mistérios, em si próprios inevidentes, é sobretudo uma luz sobre-eminente que, longe de esmagar a razão, a engrandece estendendo, por assim dizer, ao infinito, o seu poder de visão. Assim, estudando a Santíssima Trindade ou a Encarnação, os filósofos cristãos descobriram admiráveis precisões sobre o valor do nosso conhecimento, sobre a inteligência e seus atos, sobre as noções de pessoas, de relações, de natureza, etc.

II - A razão relativamente à fé tem, pelo seu lado, um papel triplo:

a) Papel apologético - A razão, para conduzir à fé, pode demonstrar no sentido estrito o que Santo Tomás chama os "preâmbulos da fé", isto é, as verdades fundamentais, como a existência de Deus e sobre tudo a possibilidade e o fato da Revelação: o que chamamos a "credibilidade" da Revelação. Estas provas coordenadas constituem a ciência apologética.

b) Papel teológico - A razão explica a fé; não já por provas demonstrativas, porque os mistérios escapam por definição a qualquer demonstração racional e não podem provar-se senão pela autoridade da Escritura devidamente sancionada pelos milagres e pelo ensino oficial dos Padres e da Igreja; - mas propõe as razões de conveniência para estes mistérios; ordena logicamente as diversas verdades reveladas e esclarece a sua significação por comparação com as teses da filosofia: são as conclusões assim deduzidas e integradas numa mesma construção lógica com os dogmas, que constituem a ciência teológica.

c) Papel polêmico - A razão defende a fé refutando todas as objeções que lhe fazem, mostrando a sua falsidade ou a sua ineficácia; de modo que o mistério, ainda que ficando em certo sentido "inconcebível" e acima da razão, não se acha nunca oposto à razão e nunca implica contradição.

É no exercício desta tripla função que Santo Tomás desenvolveu principalmente os recursos da sua poderosa inteligência escrevendo as duas Sumas e as suas numerosas obras teológicas.

F. J. Thonnard, Compêndio de História da Filosofia

S. Pe. Pio – exemplo de amor visceral por Jesus Eucaristia


“E como poderei viver, caro padre, sem me aproximar para receber Jesus, mesmo uma única manhã?”

“Mas o que mais me fere, padre, é pensar em Jesus Sacramentado. O coração se sente como que atraído por uma força superior, antes de unir-se a ele de manhã, no sacramento. Sinto tal fome e sede antes de recebê-lo, que pouco me falta para morrer de ansiedade. E precisamente porque não posso deixar de unir-me a ele, às vezes com febre sou obrigado a ir-me alimentar da sua carne.

E essa fome e essa sedev em vez de se satisfazerem, depois de eu o ter recebido no sacramento, aumentam ainda mais. Depois, quando já possuo esse sumo Bem, então sim o auge da doçura é realmente grande, e pouco falta para dizer a Jesus: basta! Quase não aguento mesmo mais! Quase esqueço que estou no mundo. A mente e o coração não desejam mais nada e às vezes, por muito tempo, mesmo voluntariamente, acontece-me de não desejar outras coisas.”

“Tenho perguntado às vezes se existem almas que não sentem queimar o peito com o fogo divino, especialmente quando se encontram diante dele no sacramento. A mim isso parece impossível, sobretudo no caso de um sacerdote, de um religioso. Talvez estas almas, que dizem não sentir esse fogo, não o notem por causa do seu coração maior. Só com esta benigna interpretação me associo a eles, para não tachá-los com a nota vergonhosa de mentirosos.”

“Teria muitas coisas para lhe dizer, mas a palavra me falta. Digo apenas que as batidas do coração, quando me encontro com Jesus sacramentado, são muito fortes. Às vezes parece que quer mesmo lançar-se do peito”.

“Fico profundamente comovido ao considerar as grandes coisas que o Senhor tem operado naquela alma grandemente privilegiada. Os perigos que rodeiam aquele tesouro de graças e de pureza evangélica são muitos, infelizmente! Portanto, o meio melhor e único para se conserver fiel a Deus, para ela, que está quase sempre em contato com gente sem fé e sem lei, sempre com blasfêmias nos lábios, e no coração o ódio para com Deus, é aproximar-se diariamente da mesa dos anjos, para receber Jesus.”

“O que seria dos homens se não tivessem Jesus entre eles?, mas, especialmente, o que seria de mim?!”

“Ouça, caro padre, os justos lamentos de nosso dulcíssimo Jesus: deixam-me sozinho de noite, sozinho de dia nas Igrejas. Não cuidam mais do sacramento do altar. Nunca se fala desse sacramento de amor, e mesmo os que falam, infelizmente, com que indiferença, com que frieza!”

“O meu coração, diz Jesus, está esquecido. Já ninguém se preocupa com o meu amor. Estou sempre triste. Minha casa tornou-se, para muitos, um teatro de divertimentos. Mesmo os meus ministros, que sempre considerei com predileção, que amei como a pupila dos meus olhos, deveriam consolar o meu Coração cheio de amargura, deveriam ajudar-me na redenção das almas. Em vez disso, quem o acreditaria?, devo receber deles ingratidão e falta de reconhecimento. Vejo, meu filho, muitos desses que… (aí se calou, os soluços lhe apertaram a garganta, chorou em segredo), sob aparências hipócritas, me traem com comunhões sacrílegas, esmagando as luzes e as forças que continuamente lhes dou...”. Jesus continuou ainda a lamentar-se. Padre, como me faz mal ver Jesus chorar! Também o senhor passou por isso?”

Sexta-feira de manhã (28-03-1913) eu ainda estava na cama quando me apareceu Jesus, totalmente maltratado e desfigurado. Mostrou-me um grande número de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos. Destes, alguns estavam celebrando, outros se paramentando e outros ainda retirando as sagradas vestes.

Ver Jesus angustiado causava-me grande sofrimento, por isso quis perguntar-lhe por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. Porém, o seu olhar voltou-se para aqueles sacerdotes. Mas pouco depois, quase horrorizado e como se estivesse cansado de observar, desviou o olhar e, quando o ergueu para mim, com grande temor verifiquei que duas lágrimas lhe sulcabam as faces. Afastou-se daquela turba de sacerdotes, tendo no rosto uma expressão de profundo pesar, gritando: Carniceiros!

E voltado para mim disse: “Meu filho, não creias que a minha agonia tenha sido de três horas, não. Por causa das almas por mim mais beneficiadas, estarei em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não convém dormir. Minha alma vai à procura de algumas gotas de piedade humana. Mas ai de mim! Deixam-me sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e os meus ministros tornam opressiva minha agonia.

Ai de mim! Como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que, à sua indiferença, esses homens acrescentam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes eu estive a ponto de fulminá-los, se não tivesse sido detido pelos anjos e pelas almas enamoradas de mim... Escreve ao teu padre narrando o que viste e ouviste de mim esta manhã. Diz a ele que mostra a tua carta ao padre provincial...”

Jesus ainda continuou, mas o que disse não poderei revelar a criatura alguma deste mundo. Essa aparição me causou tal dor no corpo, porém ainda mais na alma, que durante o dia todo fiquei prostrado e acreditaria estar morrendo, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado...”

S. Pe. Pio, Palavras de Luz

A dignidade sacerdotal - São Francisco de Assis

Rogo no Senhor a todos os meus irmãos que são, serão ou desejam tornar-se sacerdotes do Altíssimo que ao celebrar a Missa, façam-no com pureza. Que ofereçam puramente e com respeito o verdadeiro sacrifício do santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo! Que o ofereçam com uma intenção santa e pura, nunca por motivo terreno, nem por temor ou consideração a qualquer pessoa, "como aquele que quer somente agradar aos homens" (Ef 6,6). Que toda a sua vontade, movida, antes, pela graça do onipotente, ordene-se apenas para Ele, o soberano Senhor! Só ele opera esse mistério como é do seu agrado.

Lembrai-vos, meus irmãos sacerdotes, do que está escrito na lei de Moisés: quem a transgredia, ainda que materialmente, era "condenado sem dó à morte" (Hb 10,28). Quando o homem, conforme diz o Apóstolo, não separando (1Cor 11,29) nem distinguindo o pão sagrade de Cristo dos outros alimentos, não discernindo o seu sacrifício das outras ações, come, sem estar em estado de graça, o pão celeste, despreza, profana e calca aos pés o Cordeiro de Deus. Quanto aos sacerdotes que não querem gravar essas verdades no coração, o Senhor os desprezará.

Considerai a vossa dignidade, irmãos sacerdotes. O Senhor vos honrou acima de todos, por causa desse mistério; vós também, mais que todos, honrai-o! É uma grande desgraça e lamentável fraqueza ocupar-vos de outra coisa no mundo, tendo Cristo assim presente!

Nós, que mais especialmente nos dedicamos ao ofício divino, devemos não apenas escutar e praticar o que Deus diz, mas deixar-nos também penetrar pela grandeza do nosso Criador e lhe sermos submissos, guardar com cuidado os vasos sagrados e os escritos litúrgicos que contêm as santas palavras.

São Francisco de Assis.

Honra ao Santíssimo Sacramento - São Francisco de Assis

Carta a todos os Clérigos, 1226.

Meditemos todos nós, sobre o grande pecado e a ignorância de que alguns são culpados, em relação ao santíssimo Corpo e ao santíssimo Sangue de Jesus Cristo Nosso Senhor, e em relação aos nomes e palavras sagradas pelas quais se realiza o sacrifício do seu Corpo. Sabemos, na verdade, que o Corpo só pode estar presente se tiver havido, antes, consagração pela palavra. Neste mundo, não vemos do Altíssimo nada corporal, a não ser seu Corpo e seu Sangue, os nomes e as palavras pelas quais fomos criados e remidos da morte para a vida.

Por conseguinte, todos os ministros de tão sacrossantos mistérios - principalmente os que os administram sem respeito - devem meditar sobre o mau estado de bom número de cálices, corporais e panos que servem ao sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Muitos deixam a Eucaristia abandonada, em lugares sujos. Na rua, levam-na sem respeito; recebem-na indignamente e a distribuem sem discernimento.

Os nomes e as palavras escritas do Senhor, são às vezes pisoteados. De fato, segundo 1Cor 2,14, "o homem com sua própria inteligência não percebe o que vem do Espírito de Deus".

Todas essas profanações não excitam a nossa piedade? No entanto, o Senhor é bom a ponto de se abandonar entre nossas mãos; nós o tocamos e nossos lábios o recebem todos os dias! Estaremos esquecendo que um dia seremos colocados entre suas mãos?

Devemos, pois emendar-nos logo e definitivamente de todas essas faltas. Portanto, onde quer que o Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo seja encontrado assim abandonado, que o tirem dali para colocá-lo em lugar dehonra e conservá-lo com grande respeito! Do mesmo modo, os nome s e palavras escritas do Senhor, espalhados por toda a parte em lugares inconvenientes, que sejam recolhidos e colocados em lugar decente!

Sabemos que estamos estritamente obrigados a observar essas regras, segundo os preceitos do Senhor e as leis da santa Mãe Igreja. Quem não o cumprir, lembre-se de que há de prestar contas no dia do juízo, perante Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Francisco de Assis

O vazio espiritual

Aprenda o espiritual a ficar em advertência amorosa na presença de Deus, com sossego do entendimento, mesmo quando não puder meditar e lhe pareça nada fazer. Assim, pouco a pouco e mui rapidamente se infundirá na sua alma celeste paz e tranquilidade. cheia de admiráveis e sublimes notícias de Deus, envoltas em amor divino. Não mais se preocupe em formar imaginações ou raciocínios, a fim de não inquietar o espírito, nem subtraí-lo àquela alegria e paz interior; pois todos esses meios só lhe causam desgosto e repugnância. E para banir o escrúpulo de que nada faz, advirta que não faz pouco em pacificar a alma, estabelecendo-a no seu repouso, sem agir e sem apetecer coisa alguma. É isto o que Nosso Senhor nos pede por Davi: "Cessai e vede que eu sou Deus" (Sl 45,11). Como se dissesse: Aprendei a estar vazios de todas as coisas, isto é, interior e exteriormente, e vereis como eu sou Deus.

São João da Cruz, Obras Completas.

Estranha entrevista do Pe. Fábio de Melo no Jô Soares


Ontem à noite, assisti a entrevista do Pe. Fábio de Melo no programa do Jô e, embora já esperasse algo dessa natureza, achei muito estranho. Primeiro que o Pe. Fábio, embora tenha ido mais comportado no que se refere às suas roupas, ainda não trajava nada específico de um sacerdote. Mas, no contexto, isto é o de menos.

Na entrevista, o Pe. Fábio pareceu querer ser mais amigável do que representante da Igreja. Claro... o Jô Soares goza de grande fama neste meio, de modo que se torna quase uma honra receber o convite para participar do seu programa. A intimidação que daí decorre é quase natural. Mas o Pe. Fábio, mesmo portando-se com todo o respeito que demonstra, poderia ter sido mais "católico" no sentido estrito do termo.

Primeiro que o Jô Soares costumava dar alfinetadas no padre a respeito da Igreja e, estranhamente, vi o padre mais concordar do que rebater. Claro que se percebe que ele tentava contornar a partir de uma explicação mais aceitável, creio que com dupla finalidade: demonstrar o porte refinado de um sacerdote e evitar discussões. Bem, isto foi uma impressão que tive.

Sobre o tema que rolou, o Pe. Fábio, com um estranho gracejo, começou dizendo que havia entrado no seminário, aos 16 anos, depois que viu a piscina do lugar. Que motivação mais estranha! Claro que, como eu disse, foi um gracejo... pelo menos, espera que tenha sido.. Sempre com sua conversa contra os rígidos discursos teológicos, afirmou que a teologia deve cumprir a função de ligar e não de dividir o que a tornaria diabólica. Parece que o Pe. Fábio esqueceu da grande divisão do trigo e do joio, ou das trevas e a luz que não se conciliam, ou talvez ele não conheça, por exemplo, a grande mística Santa Catarina de Sena que afirma que, entre a Verdade e o erro, devemos fazer, não simplesmente uma tênue linha divisória, mas cavar verdadeiros abismos. Mais estranho foi ele admitir que há dias em que não celebra, por causa das viagens... Embora tenha ficado aparente que tais dias são poucos, é estranho um sacerdote deixar de fazer, ao menos um dia, aquilo que é o grande sentido de sua vocação.

O Padre disse ainda da impossibilidade de um padre assumir sua vocação sem a experiência de ter amado muito, e isto ele falou no contexto humano da relação a dois, pois então dizia ter sido muito namorador na adolescência. Para tal afirmação, argumentou que o conhecimento do sacerdote não pode ser teórico, mas experiencial. Ora, considerando as implicâncias desta afirmação, as experiências, ainda que pecaminosas, seriam essenciais para a formação do sacerdote? E aqueles que trabalham com drogados e com outras pessoas problemáticas? Estranho...

Diante das questões do Jô Soares, Pe. Fábio de Melo parecia demonstrar ser diferente da maioria dos padres, isto é, parecia demontrar estar em posse de uma visão mais evoluída do sagrado e dos assuntos pertinentes a este campo. Isto, naturalmente, leva as pessoas a uma óbvia comparação. Se o Padre Fábio de Melo, com este porte, é representante da linha mais evoluída da Igreja e, como tal, ele não é tradicionalista, então, os que se mantêm fiéis ao ensino de sempre e dogmático da Igreja, são, naturalmente, inferiores e retrógrados. A Igreja, então, aparece, em sua forma conservadora, como antiquada e inadequada aos tempos atuais. Tudo isto, é claro, fica nas entrelinhas.

Outra coisa terrível é que o Jô emitiu sua opinião a respeito do matrimônio tal qual a Igreja o concebe. Dizia ele que acha ridículo que duas pessoas se unam apenas para procriar. E o Pe. Fábio, nos arrodeios "filosóficos" pincelou por cima a questão da união do casal, mas não disse claramente do duplo caráter, unitivo e procriativo, do matrimônio. Diante do discurso adocicado do entrevistador que afirmava ser o amor mais importante, Pe. Fábio não rebateu afirmando ser parte integrante do verdadeiro amor entre o casal, a abertura para a concepção dos filhos. O amor, enquanto tal, fundamenta-se em Deus e, por isto, realiza-se como efetivação da vontade divina. Para o Jô, o amor é uma simples atração física, não necessariamente heterossexual, puramente hedonista. E o Pe. Fábio ficava de risadinhas e citação de pensadores de não sei onde e de não sei quando...

O mais estranho, porém, de toda a entrevista, foi no que concerne à Santa Missa. Criticava o apresentador as cerimônias católicas da Santa Missa que, de tão solenes, impediam o público de se encantar. Dizia ele da necessidade do espetáculo "no bom sentido", e criticava ainda a "tristeza" de certos ambientes, quando, na verdade, a grande característica deveria ser a alegria.

Pe. Fábio de Melo, por sua vez, até bem criticou a "banalização" atual da liturgia e disse que gostava de evitar estas coisas, razão pela qual suas celebrações eram, geralmente, com pouca gente e em ambientes mais recolhidos. Bem.. estas tais celebrações eu nunca vi, e delas nada falo. Mas já o vi, em outras oportunidades, celebrar bem ao modo que lhe é característico, isto é, o de um artista que prende a atenção do público, como se fosse um protagonista da Liturgia.

Pe. Fábio, porém, defendeu a teoria de que a celebração da Santa Missa, nas suas origens, constituiu-se como um banquete. Ora, esta visão da Santa Missa quase como um refeitório que visa apenas à união dos cristãos é puramente luterana. E o ponto mais essencial da Santa Missa? A Santa Missa é o Sacrifíco de Cristo! Não se faz festa diante da cruz! Não se deve estar preocupad em satisfazer o público com novidadezinhas ou discursos romancizados quando estamos diante da Cruz! Eis aí o grande motivo da gravidade católica! Eis aí o grande motivo do grande inconveniente de estar ao risos ou às reboladas ou às palmas no Santo Sacrifício da Missa! É o Calvário perpetuado!

E, na sua reta compreensão, toda a Liturgia, embora não dispense a participação dos fiéis, é, antes de tudo, voltada para Deus. Daí ser totalmente ilícito satisfazer a sede de criatividade e invencionices de certos sensacionalistas que, de tudo, querem fazer ocasião de algazarra e de incovenientes novidades que em nada se coadunam com a verdadeira Fé Católica e com o espírito da Liturgia.

Respeito o Pe. Fábio de Melo, principalmente pelo seu sacerdócio. Mas que falta não faz um sacerdote que, seguindo a linha tradicional, arranque dos que estão ao seu lado o torpor em que vivem e os desperte para, como dizia Gustavo Corção, a terrível seriedade do cristianismo!
Fábio Luciano

Igreja pentecostal negra decide se tornar católica

Testemunho
Quando o Rev. Alex Jones prega, sua voz cheia de profunda sensibilidade ressoa fora do ambiente da cúpula branca da Igreja Cristã Maranatha, na avenida Oakman, no oeste de Detroit. Entretanto, assim não acontecerá mais por muito tempo: o espaço e formalmente ornado templo Ortodoxo Grego foi vendido. Isto porque a Congregação, predominantemente afro-americana, se reduziu de 200 para 80 nos últimos dois anos, pois o pastor Jones, 58 anos, trocou o culto Pentecostal por uma réplica da Missa Católica.

E no domingo, 4 de junho, celebrando a Unidade Cristã e a Ascensão do Senhor, a Congregação decidiu, por 39 votos a favor e 19 contra, os próximos passos necessários para se tornar Católica. Sua história é uma jornada de fé que está cheia de surpresas, angústias, dúvidas, amor e alegria.
“Eu pensava que algum espirito se apoderara dele”, diz Linda Stewart sobre seu tio Alex, pastor da Igreja Maranatha (que em aramaico significa “o Senhor vem”). “Pensava que nessa procura pela verdade ele se extraviara e perdera a cabeça”. A razão para a preocupação de Linda Stewart era que seu tio, tido como um pai por ela desde o falecimento de seu verdadeiro pai há alguns anos, trocara o estudo da Bíblia, realizado às quartas-feiras, pelo estudo dos primitivos Padres da Igreja. E gradualmente foi trocando o culto dominical por um definido retorno à Missa Católica: ajoelhar-se, Sinal da Cruz, Credo de Nicéia, celebração Eucarística, todos os noves passos. “Tínhamos aprendido que a Igreja Católica era a grande prostituta”, explicou Linda. “Tínhamos aprendido que o Papa era o anticristo...Maria? Maria? De modo algum! Éramos felizes e seguíamos em frente, seguíamos exatamente a Jesus e, então, lá ele veio e nos torceu com uma chave-inglesa. Eu estava triste” disse Stewart “e pensava: ‘está maluco se julga que iremos cair nessa!”

O princípio de tudo isso ocorrera há alguns anos, quando Jones assistira a um debate entre o anti-católico David Hunt e o apologista Karl Keating no show de rádio “Catholic Answers” (“Respostas Católicas”).

Keating fizera uma pergunta profunda: “Em quem você acredita no caso de um acidente: naquele que ali estava como testemunha ocular ou naquele que apareceu após se passar anos?” Para aprender sobre a Primitiva Igreja Cristã, Keating acentuou que era necessário ler os Padres da Igreja Primitiva, que estavam lá desde o começo.

“Isso fazia sentido, mas eu ainda não estava maduro para mudar”, diz Rev. Jones “Guardei isso no meu coração e ponderei; mas tudo não me fez sentido até que li os Padres e constatei uma Cristandade que não tínhamos na nossa igreja”.

A Mudança:

Rev. Jones estava começando... “Percebi que o centro do culto não era a pregação nem as celebrações dos dons do Espírito, mas a eucaristia como o Corpo e sangue de Cristo presente” – diz.

No começo do verão de 1998 o pastor Jones, com seu estudo da Bíblia nas quartas-feiras, decidiu reativar o culto da Igreja Primitiva. Um mês mais tarde, Jones passou a realizar uma celebração eucarística todos os domingos. “Minha Congregação considerou isso ridículo” ele recorda. “Eles julgavam que uma vez por mês era o suficiente. Reconheci que o povo queria soltar sua voz repleta de tristeza” diz.

Somadas aos usos teológicos, havia diferenças raciais, culturais e sociais para que concordassem. “A única instituição negra afro-americana própria é a igreja” diz Jones. “Quando você abre mão dela e vai para uma instituição própria branca, que é insensível ás necessidades dos negros americanos, não fica fácil”.

O livro “Cruzando o Tibet”, de Steve Ray, professor de Bíblia em Milão, proporcionou a Jones ensinamentos das Escrituras sobre o Batismo e a Eucaristia. Jones reportou-se a Ray quando procurou o seminário do Sagrado Coração e falou com Bil Riordan, anteriormente professor de teologia ali. Começou a se encontrar com Ray de forma regular e a dialogar quase diariamente por telefone ou e-mail. O estudo da Bíblia às quartas-feiras de Jones se tornou um estudo sobre os primitivos Padres da Igreja, sobre o Catecismo Católico, Maria, os santos, o purgatório, a teologia sacramental e o desenvolvimento da doutrina.

“Comecei a deixar de lado a Sola Scriptura (somente a Bíblia), o coração e a alma da fé protestante” diz Jone

O Povo Começou a Sair:
Até a sobrinha de Jones pensou assim. “Cada Domingo ia para casa e dizia: Este é o meu último Domingo. Vou sair e não voltar mais lá”. Mas, diz Stewart, como confiava que seu tio era m homem de Deus, acabava retornando e gradualmente as coisas começaram a fazer sentido. No processo de trocar o serviço de culto da Maranatha, ver. Jones pensou: “Por que eu deveria recriar a roda?” Havia já uma igreja que fazia isso: a Igreja Católica”

“Comecei por perceber que a igreja da sala superior era a Igreja Católica” – diz Jones. “Todas as demais tiveram uma data de começo e fundador posteriores. Eu encontrara a Igreja de Jesus Cristo e estava querendo perder tudo o mais”.

Pertubação no Front Doméstico:
“Primeiro pensara que ele fôra atraído pelo excitamento de fazer liturgia como os Primitivos Padres da Igreja” diz Donna Jones, esposa de Alex, de 33 anos. “Isto parecia coisa temporária. Então, ele começou a trocar as coisas drasticamente e eu comecei a realmente ficar admirada do que estava levando adiante. Fiquei perturbada porque sentia que ele estava indo para o caminho errado”.

Muitas vezes, afirma o pastor Jones, sua esposa e seus três filhos adultos, José, Benjamim e Marcos, eram completamente hostis às mudanças. Mas isso não era surpresa.

“Ele havia pregado que a Igreja Católica era cheia de adoração a ídolos” Diz Donna. “Assim, quando começou a abraça-la, eu disse: ‘Há alguma coisa errada aqui’. Ele me prensou na parede”.

Alex e Dona começaram a discutir e a debater os usos, muitas vezes nas primeira horas da manhã.

“Eu comecei a estudar a Igreja Católica porque precisava refutar o que ele estava pregando” explicou Donna. “Precisava de munição. Mas logo que eu comecei a ler sobre os Padres da Igreja, uma mudança começou a ter lugar no meu coração”. No verão de 1998, Dennis Walters, diretor do RCIA (o Rito de Iniciação Cristã para Adultos) da paróquia de Cristo Rei, em Ann Arbor, se encontrou com os Jones na casa de Steve Ray.

“Decidi, antes de deixá-los afundar ou nadar por si mesmos” diz Walters “que ofereceria minha ajuda a eles”. Walters forneceu-lhes, aos mais velhos e aos diáconos, Catecismos Católicos, e respondia a suas muitas perguntas sobre a doutrina católica. Desde março de 1999, Walters se encontrou com os Jones todas as terças-feiras por 4 ou 5 horas. “Levei a maioria do meu material da RCIA para eles” diz.

Para Donna, que levantava sempre mais perguntas, “eu fazia as questões que trazia das ruas, para as quais me sentia mais desesperada por respostas, e falava ao Senhor Jesus como se tivesse uma conversa com outro ser humano no carro” diz ela. “Meus lábios se moviam e eu não dava atenção a quem me via”.

Ela lutou com a real possibilidade de que a admissão na Igreja Católica poderia significar a perda do emprego de seu marido. “Assim, eu disse: Senhor o que estou fazendo após 25 anos de ministério? O que há com minhas mãos? Eu não estou preparada para me tornar pedicure ou manicure” ri. “Então o Espírito Santo me falou no coração: “Eu não estou questionando sobre a sua concordância. Estou tratando da sua conformação com a imagem de Cristo”. Exatamente 8 meses depois, Donna se dirigiu a seu marido numa tarde e anunciou: “Eu sou Católica”.

A Conduta Cautelosa de Roma:

Mas o processo de admissão na Igreja não é de modo algum tão rápido. A Maranatha comunicou-se com a Arquidiocese de Detroit durante mais de um ano. A Arquidiocese está procedendo com cautela já que há muito a ser estudado, incluindo a RCIA, a situação dos re-casados e as posições do ministérios católico adequadas para os ministros do Maranatha.

Ned McGrath, diretor de comunicações da Arquidiocese de Detroit, liberou a mudança à adoção do Credo. “No espírito do Grande Jubileu, o Cardeau Maida e a Arquidiocese se abriram ao questionamento de outros líderes cristãos e/ou suas congregações em perspectiva à possíveis mudanças para associações individuais à Igreja Católica Romana. Até agora esses diálogos podem e devem ser descritos como introdutórios, privados e inconclusivos”.

Há algumas semanas, o bispo Moses Anderson, único bispo afro-americano de Detroit, realiza o culto nos domingos na Maranatha. Após o culto ele responde às perguntas e diz à Congregação que os bispos estão excitados com a situação ocorrida ali. “Ele diz que os bispos discutem tanto porque não querem parecer estar tirando vantagem da situação” afirma Walters.

Por enquanto, há a possibilidade do pastor Jones entrar para o seminário e se tornar padre ou diácono católico. Pastores casados de outros credos têm feito exatamente isso: Steve Anderson, de White Lake, era padre numa igreja carismática episcopal antes de deixar sua igreja e presbiterato para se unir à Igreja Católica. Casado e pai de três jovens rapazes, Anderson recebeu a permissão de Roma para se tornar um padre católico e entrará no Seminário Maior do Sagrado Coração no outono, para começar três anos de estudos antes de ser ordenado para a Diocese de Lansing.

Ironicamente, Anderson encontrou Jones hà alguns anos atrás, por ocasião de um encontro de pastores da área de Detroit, liderado pelos Guardas da Aliança. “Aconteceu que nós nos sentamos próximos um do outro” diz Anderson. “Não estava planejando me tornar católico naquele tempo. Falamos acerca dos primeiros Padres da Igreja e nos tornamos bons amigos”.

Rev. Jones não se pertuba sobre seu futuro como ministro. Ele diz que está preparado para fazer o que o cardeal Adam Maida o aconselhe a fazer. “Posso sair e conseguir um emprego agora” ri Jones. Ele foi professor da escola pública de Detroit por 28 anos, 17 dos quais conjugando esse estudo com seu trabalho pastoral.

Ser ou Não Ser Católico:
Tudo, finalmente, se decidiu com o voto de 4 de junho. A questão: “Você quer tomar os próximos passos necessários para admissão na Igreja Católica?” Logo que a Congregação entrou pelas grandes portas de madeira do Maranatha, todos começaram a colocar seus votos amarelos na urna. Não importava qual o resultado, a família Jones, incluindo os três rapazes e suas famílias, sabiam que continuariam sua caminhada em direção à Igreja Católica. Irromperam aplausos quando a decisão a favor de se tornar católica foi anunciada, mas a vitória foi agridoce.

Jones encorajava os 19 que votaram para não continuar na Congregação, já que ela continuariam com a mudança; mas ele já previra que alguns a deixariam. “Este é o aspecto mais penoso da coisa. Ver pessoas que você ama ir embora porque não entenderam” diz Jones.

Até mesmo membros das igrejas vizinhas estavam transtornados. “É como se eu tivesse me unido ao inimigo, como se os tivesse traído. Teve gente me chamando de volta, dizendo: “Eu o amo, estou rezando por você, mas não entendo o que está fazendo”. E não importava quão difícil era você tentar fazê-los entender: eles não queriam ouvir”.

Entre esses 19 Maranatha estava Leola Crittendon, 64 anos. “Sou uma das pioneiras” ela diz. “É como a morte da igreja. É de cortar coração”. Crittendon disse que nunca assistira às reuniões das tardes de quartas-feiras porque sabia que não se tornaria Católica. “Isso não era comigo”. O Pastor Jones, diz ela, era como um irmão para ela e para sua família. “Nós o amamos ternamente; desejamos que fique bem e rezamos por ele diariamente; mas a família vai em busca de outra igreja” diz Crittendon. “O Pastor Jones disse que essa era a vontade de Deus para ele, mas essa não é a vontade de Deus para mim e a minha família”.

Para outros foi ocasão de festa: “Estou muito feliz” diz a sobrinha de Jones, Linda Stewart. “Não posso esperar para entrar em comunhão plena com a Igreja católica porque acredito realmente que ela é a Igreja que Cristo deixou aqui e preciso ser parte dessa Igreja”.

Diz De Gloria Thompson, uma mãe divorciada com dois adolescentes: “É excitante estar exatamente na linha da Igreja de Cristo”.

“Estou pronto” diz Gregório Clifton, 41 anos, pai de quatro jovens crianças. “Gosto de ir e receber a Eucaristia”.

O Reverendo Michael Williams tinha sido durante 12 anos um dos mais velhos da Maranatha. “Sei seguramente, sem qualquer sombra de dúvida, que esta mudança é uma mudança divina e a direção que estamos tomando é uma direção divina”.

O Rev. Alex Jones também sabe disso. “Este é um trabalho definitivamente do Santo Espírito” diz. “Quando me foi revelado que esta era sua Igreja, não tive uma decisão difícil a tomar, embora soubesse que custaria tudo” diz.

Agora há a necessidade de um templo para a nova igreja. Os membros da Maranatha têm 30 dias para encontrar um, Jones não está perturbado. “Confiamos que Deus nos encontrará um” diz. Para o Pastor Jones e para a Congregação Maranatha, esta história continuará.

Fonte: Agnus Dei

Padre Norman Weslin, 80 anos, preso na Universidade de Notre Dame, por protestar contra o aborto.

Fonte do video: http://filhaprodiga.wordpress.com/2009/05/17/padre-norman-weslin80-anospreso-na-universidade-de-notre-damepor-protestar-contra-o-aborto/

É muito triste ver algo dessa natureza. O padre protestava com cantos, orações e distribuições de terço; protestava contra o crime do aborto e, por causa disso, por defender a vida, foi preso. Atentemos ainda que o fato ocorreu numa universidade, onde, demagogicamente, se fala de tolerância e respeito à alteridade.

Convém também percebermos que este não é um acontecimento isolado, mas faz parte de um contexto, de uma consciência que, aos poucos, vai se tornando mais geral, até chegarmos ao ponto em que a vida humana se torna simples objeto, vítima das irresponsabilidades e da mediocridade de um mundo que outra moral não possui, senão a do hedonismo e do egoísmo mais torpe. Também a Igreja vai se tornando insuportável e, já hoje, seus filhos são vítimas de pequenos martírios que, além de descarregar o furor de uma sociedade infernal contra os autênticos filhos da Luz, ainda cumprem a função pedagógica de preparar uma investida sempre mais violenta. Vão habituando o coração e as mentes das sociedades a atitudes covardes como estas; mas... em contrapartida, tais coisas acendem ainda mais a determinação e o fogo da parrusia, da caridade inflamada nos filhos de Deus que, com força cada vez mais renovada, como a águia ou como a fênix se insurgem cada vez mais decididamente e prontos para a batalha contra este mundo tenebroso que clama a Justiça Divina.

Senhor, tende piedade de nós e dá-nos força para que, nestes dias onde as trevas dominam e o mistério da iniquidade assola o mundo, nós, os filhos da Luz, possamos anunciar e viver o teu Evangelho com desassombro! Gira o mundo, mas a Cruz permanece firme!

Miserere nobis.

Fábio Luciano.

Parabéns ao casal Márcio e Sidiane


Queremos parabenizar o casal Márcio e Sidiane que se uniram em matrimônio na noite de ontem, 15 de maio de 2009, numa belíssima cerimônia celebrada pelo Pároco Pe. Iranjunio.

Para vocês, nossos amigos, muita felicidade e santidade. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora os conduza. Amém!

Um pouco de ciência nos afasta de Deus... muito, nos aproxima

Louis Pasteur

Sei que muita gente já deve ter visto esta história. Mas vale a pena postar para que a conheçam quem nunca a viu, ou para que a releiam os que já a conhecem. Pax.

‘Um pouco de ciência nos afasta de Deus… Muito, nos aproxima.’

Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo a seu lado um jovem universitário que lia um livro de ciências.O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta.Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos… Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices ?

- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado ?
- Mas é claro que está ! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo ? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia ?

- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas me deixe o seu cartão, que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência. O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se pior que uma “ameba bêbada”…

No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas - Universidade Nacional da França - Cartão de visitas

-Fato verdadeiro ocorrido em 1892 e integrante da biografia de Pasteur.

‘Um pouco de ciência nos afasta de Deus… Muito, nos aproxima.’- Louis Pasteur.

O pecado mortal

"Um homem que foi morto por um único inimigo está tão morto como o que sucumbiu aos golpes de um exército inteiro. Se estiverdes em boas relações de amizade com um único pecado mortal, vivereis na morte, mesmo que pareçais possuir todas as virtudes".

Tomas Merton, Sementes de Contemplação.

May Feelings...

A Santidade da Virgem Maria - Thomas Merton


Tudo o que se tem escrito sobre a Virgem Mãe de Deus prova-me que a sua santidade é a mais oculta de todas. O que cada qual procura dizer a respeito dela informa-nos, geralmente, melhor, sobre o comentador do que sobre Nossa Senhora. Na verdade, visto que Deus tão pouco nos revelou a seu respeito, os homens, que nada sabem da Virgem nem do que ela foi, mais não fazem que revelar-se a si próprios, tentando acrescentar algo ao que disse.

E tudo o que dela sabemos só torna mais misterioso o verdadeiro caráter e a verdadeira qualidade da sua santidade. Cremos que, excluindo a santidade de Deus, a sua foi a mais perfeita. Mas a santidade de Deus é toda obscuridade para o nosso espírito. No entanto, a da Virgem Santa é, dalgum modo, mais impenetrável ainda do que a de Deus, porque Ele, ao menos, disse-nos de Si Próprio alguma coisa objetivamente válida quando traduzida em linguagem humana, ao passo que, de quanto a Nossa Senhora respeita, pouco de importante nos disse, e mesmo desse pouco não podemos alcançar a inteira significação. Porque tudo quanto nos disse acerca da alma de Sua Mãe resume-se ao seguinte: essa alma estava absolutamente cheia da mais perfeita santidade das criaturas. Mas não temos qualquer meio seguro de saber o que isso pormenorizadamente significa. Portanto, a outra coisa certa que acerca dela sabemos é que a sua santidade está extremamente oculta.

E, no entanto, se também eu estiver oculto em Deus, onde ela está oculta, posso descobrí-la. Partilhar a sua humildade, o seu mistério e a sua pobreza, a sua discrição e a sua solidão é o melhor meio de a conhecer, mas conhecê-la assim é conhecer a verdadeira sabedoria.

Na Pessoa real, viva, humana, que é a Virgem Mãe de Cristo, encontra-se toda a pobreza e toda a sabedoria de todos os santos. É através dela que a santidade os alcança e é nela que reside. A santidade de todos os santos é uma participação na santidade de Maria, porque Deus, segundo a ordem que estabeleceu, quer que todas as graças cheguem aos homens por intermédio de Maria.

É esta a razão por que amá-la e conhecê-la é descobrir o verdadeiro significado de todas as coisas e ter acesso a toda a sabedoria. Sem ela, o conhecimento de Cristo é meramente especulativo. Mas, nela, a especulação torna-se experiência, porque toda a humildade e pobreza, sem as quais Cristo não pode ser conhecido, são bens da Virgem Maria. A sua santidade é o silêncio em que só Cristo pode ser ouvido, e a voz de Deus torna-se experiência, para nós, graças à contemplação da Virgem.

A inanidade, a solidão interior e a paz, indispensáveis para que possamos estar cheios de Deus, só a ela pertencem. Se conseguimos alguma vez esvaziar-nos a nós próprios do reino do mundo e das nossas próprioas paixões, é porque ela chegou junto de nós e nos permitiu partilhar da sua santidade e da sua obscuridade.

Só ela, de todos os santos, é, em tudo, incomparável. Possui a santidade de todos eles, e no entanto, não se assemelha a nenhum. E, apesar de tudo, podemos exprimir o desejo de ser como ela. Tal semelhança não é só qualquer coisa para desejar: - é a única digna do nosso desejo; mas a razão disto é ser ela quem, de todas as criaturas, mais perfeitamente alcançou aquela semelhança com Deus que, em grau variável, Deus quis encontrar em todos nós.

É necessário, sem dúvida, falar dos seus privilégios como se fossem algo de compreensível através da linguagem humana, algo com possibilidade de se mediro por qualquer escala humana. É perfeitamente justo falar dela como de uma Rainha e de comportar-vos como se soubésseis o que significa ter ela um trono acima de todos os anjos. Mas isto não deveria fazer alguém olvidar que o seu mais alto privilégio é a sua pobreza e a sua maior glória, a modéstia suprema, e que a fonte de todo o seu poder provém de ela ser como que nada na presença de Cristo, de Deus.

É por ela ser, de todos os santos, o mais perfeitamente pobre e obscuro, o único a não ter nada a que se esforce por chamar seu, que pode mais completamente comunicar a quantos existem a graça de Deus, infinitamente misericordioso. E nós possuí-Lo-emos mais verdadeiramente quanto nos despojarmos de tudo e nos tornarmos tão pobres e obscuros como ela, assemelhando-nos a Ele por nos assemelharmos a ela. E toda a nossa santidade depende da sua vontade e do que lhe aprouver. Aqueles com quem deseja partilhar a alegria da sua própria pobreza e simplicidade, aqueles a quem quer tão obscuros quanto ela é obscura, esses é que se tornam os mais santos aos olhos de Deus.

Prodigiosa graça e grande privilégio é, portanto, uma pessoa, quando vive no mundo em que temos de viver, perder, de súbito, o interessa pelas coisas que absorvem o mundo e descobrir, na sua própria alma, um apetite de pobreza e solidão. E o mais precioso de todos os dons da natureza ou da graça é o desejo de nos ocultarmos e de desaparecermos da vista dos outros homens, de sermos contados como nada pelo mundo, de nos despojarmos da estima que nutrimos por nós próprios e de nos dissolvermos no nada, na imensa pobreza que é adoração de Deus.

Esta renúncia absoluta a qualquer bem humano, esta pobreza, esta obscuridade, contém, em si, oculto, o segredo de toda a alegria, porque está cheia de Deus. Procurar tal renúncia é a verdadeira devoção à Mãe de Deus. Encontrá-la é encontrar a Mãe de Deus. E permanecer oculto na sua profundidade é estar cheio de Deus, como ela está cheia d'Ele, e partilhar a sua missão de O trazer a todos os homens.

Todas as gerações devem, portanto, chamar-lhe santa, porque todas receberam, por seu intermédio, a parte de vida e de alegria sobrenaturais que lhes é concedida. E é necessáro que o mundo lhe seja reconhecido, que os poetas cantem a grande obra de Deus nela e que sejam edificadas catedrais sob a sua invocação. Na verdade, se não se reconhecer Nossa Senhora como a Mãe de Deus, a Rainha de todos os santos e anjos e a esperança do mundo, a fé em Deus não será completa.

Como poderíamos pedir-lhe tudo que nos manda esperar, se não conhecêssemos, pela contemplação da santidade da Imaculada Virgem, quão grandes coisas Ele tem o poder de realizar na alma dos homens?

E, assim, quanto mais estamos ocultos nas profundezas onde permanece o segredo da Virgem Maria, tanto mais queremos louvar o seu nome no mundo e, nelam glorificar o Deus que dela fez Seu radioso tabernáculo. Mas não confiaremos por completo no nosso próprio mérito ao querer encontrar palavras com que a louvemos: mesmo que pudéssemos cantá-la como o fizeram Dante ou São Bernardo, ainda teríamos pouco a dizer a seu respeito, em comparação com a IGreja, que, só ela, sabe como louvá-la condignamente e ousa aplicar-lhe as inspiradas palavras com que Deus manifesta a Sua própria sabedoria. Assim, encontramo-la vivendo no meio da Sagrada Escritura, e, se não a encontrarmos, a ela, oculta também em toda a parte e em todas as promessas que, na Escritura, dizem respeito a seu Filho, não compreenderemos integralmente a vida que está na Escritura.

É ela que, nestes derradeiros dias, está destinada, por delegação de Deus, a manifestar o poder que, graças à sua pobreza, Ele lhe concedeu, e a salvar os últimos homens que vivem nas ruínas do calcinado mundo. Mas se a última idade do mundo deve ser, pela maldade dos homens, provavelmente a mais terrível, será também, para o eleito e pela clemência da Virgem Santa, a mais triunfal e a mais cheia de alegria.

Thomas Merton

Aí galera, vai ter formação...


Dando prosseguimento à escola de formação GRAA, o Grupo de Resgate Anjos de Adoração estará organizando momentos de formação sobre a Santa Igreja e sua Santa doutrina, como também tratará de alguns aspectos históricos e filosóficos pertinentes à Igreja Católica.

Os interessados em tais formações deverão tratar com um dos membros do grupo para saber o horário e o local das formações...

"Conhecereis a Verdade e ela vos libertará" (Jo, 8-32)

Pax et bonum.

Fábio Luciano.

Retornando...

Depois de um tempo dodói, estoy voltando.... Pax.

Santidade...


Adentramos no mês de maio, mês de Maria, nossa Santíssima Mãe, iniciando com o dia de S. José, este homem silencioso, discreto, aparentemente comum. Nossa sociedade romântica e sensacionalista repara pouco em homens como José; vive ela distraída pelo que move os sentidos e tem o seu critério de beleza na satisfação da própria sensualidade. Não é à toa que vivemos num tempo de profunda irreligiosidade e apelo erótico, de constante ruído sonoro, de pouca interioridade e de materialismo frenético. S. José, com certeza, não poderia ser uma figura muito apreciada pelas massas de nossa era.

Como católicos, devemos reafirmar nossa atitude de inimizade com os sub-valores que por aí são como que impostos. É sempre atual a famosa luta da cidade de Deus contra a cidade dos homens, e nunca é demais frizar este aspecto, pois constantemente o mundo pretende tornar-nos Judas, traidores de Cristo e, infelizmente, a muitos tem conseguido transformar em apóstatas. O combate é, pois, inerente à própria vocação do cristão, embora muitos, numa interpretação subjetiva e errônea, façam da luta o principal motivo de seus "apostolados", desvinculando-a do amor, tornando-se esses mesmos, dessa forma, o epicentro de sua própria religião, numa atitude essencialmente semelhante à dos inimigos que combatem.

São José é para nós eminente modelo de santidade, e nos mostra que esta não se dá a partir de êxtases e rodopios, caretas e quedas, gritos e grunhidos ininteligíveis providos de uma falsa mística, mas antes, de uma firme e perseverante decisão pelo Cristo, num sempre atual amor por Ele e por Sua vontade. É, de fato, uma negação de nós mesmos, na mesma medida em que é o investimento pela própria realização da nossa vida; dizia Thomas MErton que o caminho para a vida é uma espécie de morte, e o mesmo confirma S. João da Cruz ao advertir-nos que a santidade não consiste em recreações, mas numa viva morte de cruz. Estranhos ao mundo moderno, é neste caminho que somos felizes, é aí que se torna pura e real a nossa alegria. A cruz é loucura e escândalo para os mundanos, mas, para os cristãos, é sabedoria divina, jeito de viver e amar e certeza do encontro com o Amado; é um caminho cuja alegria está, não só no seu termo (onde, de fato, se realiza num eterno êxtase de amor), mas que se faz presente desde já, na vida eterna começada.

Um problema se faz presente. Os vícios e as ilusões da vida mundana podem ser trasladados para a vida espiritual. E assim, não é difícil encontrar pessoas que cultivam uma vida cristã marcada pelo desejo secreto de honrarias, de grandes experiências, enfim, da auto-promoção - típicas transmutações do amor próprio. Também para os que nisso caem, S. José só pode parecer estranho e, não só ele, mas também Maria e o próprio Jesus, antes de sua vida pública.

Mas, o que será que esse povo (a Sagrada Família) fazia antes dos milagres e das demonstrações poderosas do Cristo? Há, realmente, um contraste entre a vida pública de Jesus e a vida escondida em Nazaré? É muito fácil que alguém se erga juiz dessas coisas e afirme a total diferença entre as duas realidades. Assim fizeram os gnósticos dos livros apócrifos que, considerando inaceitável uma vida ordinário do Cristo, lhe atribuíram desde a infância os mais variados milagres. De fato, muitos hoje vêem ainda dessa forma; a estes, Nosso Senhor se dirige, como a Pedro: "pensas como os homens, não como Deus" e, ainda, "estas coisas são reveladas aos humildes e escondidas aos soberbos". Acontece também que, mesmo que aceitemos o simples, o cotidiano na vida cristã, não são raras as vezes em que cultivamos uma preferência pelos grandes eventos, pelas grandes aclamações, pelo reconhecimento e até, Deus nos livre, pela fama.

Os que cultivam um cristianismo meramente exterior ainda não compreendem, sequer minimamente, a riqueza a que foram chamados. Mesmo quando falamos da importância da humildade, é fácil cultivarmos uma intenção soberba na nossa alma que anseia pela admiração dos demais. E tais coisas, se queremos ser perfeitos (e devemos!) devem ser combatidas. Aqui, cabe que compreendamos bem: o fato de sermos admirados ou elogiados não é um mal em si, mas o fato de desejarmos estas coisas sim, pois assim colaboramos com a vaidade, filha da soberba que se move em nós, e nos comportamos como ignorantes da nossa condição miserável, ao mesmo tempo que usurpamos a glória que só a Deus é devida, desejando-a para nós, furtando-nos de amar a Cristo sobre todas as coisas.

De todas estas virtudes, da maturidade de conhecer a pequenez humana, S. José é exemplo perfeito. No seu silêncio, no seu cotidiano, na sua pobreza, na sua obediência ao plano divino, na obscuridade da Fé que, então, era ainda mais densa, S. José nos ensina como ser cristãos, não de momentos e de palmas, não de afetações e barulhos, mas de amor, de silêncio, de vida comum e íntegra, de perfeição nas pequenas coisas, de justiça no trato com os demais, de responsabilidade pelas próprias obrigações, de oração constante, de mortificação, de entrega, de Fé.

Este pai tão nobre nos mostra que o que importa para Deus é o amor, o amor cultivado, no esquecimento das próprias vontades para a realização da Vontade de quem se ama. Não há verdadeiro cristianismo sem esta luta em favor do Amado, sem esta negação de si mesmo, sem este cultivo da intimidade com Deus, sem silêncio, sem mortificação, sem obediência. E, diante de tudo isto, se assumimos retamente a nossa vocação, é claro que não seremos apreciados pelas massas, é claro que o mundo nos combaterá, mas é claro também que, no íntimo de alguns corações, na alma de quem nem imaginamos, o fogo que arde no nosso coração acenderá outras chamas, de modo que, então, tal amor por um Deus Crucificado abrase o mundo. Só então se consumará a vontade do Cristo: "eu vim pôr fogo à terra, e como desejo que esteja aceso".

Fábio Luciano

Parabéns ao Pe. Francisco


Nós do Grupo de Resgate Anjos de Adoração queremos parabenizar o Pe. Francisco, vigário da Paróquia de Santa Maria Madalena, em União dos Palmares-AL, pela atitude corajosa que tomou, recentemente, em favor da vida e da dignidade humanas. O caso foi o seguinte: uma mulher, de nome Lúcia, estando grávida de alto risco, foi aconselhada pelos médicos a tirar o bebê. O Pe. Francisco, porém, interveio e se responsabilizou pela vida de ambos, mãe e filho. Graças a Deus, a criança nasceu e os dois passam bem. O nome do menino é Vinícius.

Deus o abençoe, Pe. Francisco, pela coragem e pelo amor e que sua atitude sirva de exemplo para todos.

Grupo de Resgate Anjos de Adoração - GRAA
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