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Ressuscitou! Bendito seja Seu triunfo!


Ó Filho, descido do céu para visitar servos que vinham arrastando suas doenças! Muitos médicos vieram, trabalharam, cansaram-se, curaram pouco, deixaram muito.

Aquele que é o Criador fez-se criança; aquele que é o santo veio ao batismo; aquele que é o Filho vivo experimentou a morte e ressuscitou glorioso do sepulcro. Bendita seja sua ressurreição!

O Verbo saiu do Pai e revestiu corpo em outras entranhas; passou de um seio a outro; encheram-se com ele castas entranhas. Bendito seja o que habitou entre nós!

Desceu do alto como Senhor e das entranhas saiu como escravo; no inferno, a morte curvou-se perante ele, e, na ressurreição, a vida o adorou. Bendito o seu triunfo!

Entrou pelo ouvido (Anunciação) e habitou nas entranhas. Revestiu corpo, baixou e salvou-nos; abriu o inferno, baixou e nos congregou; abriu o céu, subiu e nos elevou para lá. Bendito aquele que o enviou!

Maria carregou-o como criança; o sacerdote carregou-o como oblação; a cruz carregou-o como vítima; os céus carregaram-nos como Deus. Glória a seu Pai!

De Deus lhe veio a divindade; dos mortais, a humanidade; de Melquisedeque, o sacerdócio; e de Davi, a realeza. Bendita seja esta união!

Estava entre os convidados, no banquete; nas tentações, está entre os jejuadores; na agonia, estava entre os que velam; no templo, entre os que ensinam. Bendita sua doutrina!

Seu nascimento é para nós purificação; seu batismo, propiciação; sua morte, vida; e sua ascensão nos vem a ser exaltação. Quão digno é de nossos louvores!

OS lobos arrebatadores o temeram transformado em homem; rasgaram-lhe as vestes; mas, sem querer, revelaram-lhe a glória; o esplendor raiou-lhe da vestimenta. Bendito seja o Filho vivo que, neste dia, ressurgiu do sepulcro por seu grande poder e chamou novamente à vida os mortos, despertou os que dormiam e alegrou a Igreja! Bendita seja sua ressurreição! Glória a ele!

Neste dia, o filhote do leão rugiu no inferno; tremeu a morte; acordaram os mortos; ergueram-se os que dormiam, deram louvores com vozes novas; Bendita seja sua ressurreição!

Neste dia, os anjos proclamaram aos mortais a nova mensagem do Filho primogênito sobre a ressurreição. Anunciaram à Igreja que ele havia ressuscitado do sepulcro. Bendito seja seu louvor!

Santo Efrém

Jesus Cristo é uma Ponte


Deus Pai a Sta Catarina de Sena

Para ajudar-vos a deixar o mundo e chegar à vida eterna, foi preciso que eu reconstruísse a estrada interrompida. Com material puramente humano, era impossível fazer uma ponte de envergadura tal, que atravessasse o rio do pecado e atingisse a vida eterna. Vossa natureza humana era incapaz de satisfazer pela culpa e de cancelar a mancha do pecado de Adão, mancha que estragara a humanidade e lhe dera o mau cheiro da culpa. Ocorreu que o humano se unisse à Deidade eterna; somente assim foi possível dar satisfação por todos os homens. A natureza humana iria padecer e a divina aceitaria o sacrifício em meu Filho, sacrifício oferecido na intenção de retirar-vos da morte e restituir-vos a vida. Desse modo, o Altíssimo humilhou-se ao plano do humano e das duas naturezas construiu a ponte, desobstruindo a estrada. Para quê? A fim de que vós pudésseis ser felizes com os anjos. Todavia, de nada adiantaria terdes meu Filho como ponte, se não a atravessásseis.

Descrição da Ponte

(...) Quero descrever-te a ponte. Já disse que ela se estende do céu à terra, graças à união (hipostática) que realizei com o homem formado do limo da terra. Essa ponte é meu Filho e possui três degraus; dois deles foram construídos no madeiro da cruz e o terceiro, quando ele na amargura bebeu fel e vinagre. Em tais degraus reconhecerás três estados da alma, como abaixo explicarei. O primeiro degrau é formado pelos pés; significam o amor, pois como os pés transportam o corpo, assim o (duplo) amor faz caminhar a alma. Os pés cravados na cruz servem-te de degrau para atingir a chaga do peito, que te revela o segredo do coração. Após subir até aos pés pelo amor, o homem fixa o pensamento no coração aberto de Cristo e saboreia sua caridade inefável e consumada. Disse caridade "consumada", porque Cristo vos ama sem interesse pessoal; em nada sois de utilidade para ele, que forma uma só coisa comigo. Vendo-se amada, a pessoa se enche de caridade. Enfim, após atingir o segundo degrau, chega-se ao terceiro, que é a boca de Cristo. Nela o homem encontra a paz, depois (de vencer) a grande guerra contra as próprias culpas. No primeiro degrau o cristão se afasta da afeição terrena, despoja-se dos vícios; no segundo, adquire as virtudes; no terceiro, goza a paz. São três, portanto, os degraus da ponte: passa-se do primeiro ao segundo, para atingir o último. A ponte é alta; quando se passa por ela, a água do pecado não atinge a alma. Em Jesus não houve pecado.

Cristo atrai a si todas as coisas

Essa ponte acha-se no alto, mas não separada dos homens. Sabes quando se ergueu? No momento em que Cristo foi elevado no lenho da cruz. Então, a natureza divina continuava unida à vossa pequenez; meu Filho amalgamara-se com a natureza humana. Antes de ser erguida, ninguém passava por tal ponte. Jesus mesmo disse: "Quando eu for elevado, atrairei a mim todas as coisas" (Jo 12,32). Julguei que não havia outra maneira de vos atrair; enviei, pois, meu Filho para ser cravado na cruz, bigorna em que seria fabricado o filho do homem, livrando-o da morte e restituindo-o à vida. Ao manifestar sua imensa caridade, meu Filho atraiu a si todas as coisas. É sempre o amor que atrai o coração humano. Dando sua vida por vós, ele revelou o amor maior (Jo 15,13). Quando não existe no homem a oposição maldosa, a força do amor atrai sempre.

Portanto, segundo quanto afirmou, meu Filho atrairia a si todas as coisas ao ser elevado na cruz. Essa verdade pode ser entendida de duas maneiras. Primeiro, no sentido explicado. Porque o coração humano, ao ser atraído pelo amor, leva consigo todas as faculdades da alma: a memória, a inteligência, a vontade. Quando são harmonizadas e reunidas tais faculdades, todas as ações humanas - corporais ou espirituais - ficam-me agradáveis, pois unem-se a mim na caridade. Foi exatamente para isso que meu Filho se elevou na cruz, trilhando os caminhos do amor cruciante. Ao dizer, "quando eu for elevado, atrairei a mim todas as coisas", ele queria significar: quando o coração humano e as faculdades forem atraídas, todas as demais faculdades e suas ações também o serão. Em segundo lugar, há um outro significado: que todos os seres foram criados para o homem. Os demais seres devem servir ao homem, não ao contrário. Só a mim ele há de servir, com todo o afeto do seu coração. Compreendes, então? Se a humanidade for atraída, todos os demais seres a seguirão, pois para o homem foram criados.

Tal é a finalidade por que a ponte, Cristo, foi colocada no alto, e por que possui três degraus: para ser mais facilmente percorrida.

O material da ponte

O pavimento desta ponte é feito de pedras, a fim de que a chuva (da justiça divina) não retenha o caminhante. "Pedras" são as virtudes verdadeiras e reais. Antes da paixão de meu Filho, elas ainda não tinham sido assentadas, motivo pelo qual os antigos não atingiam o céu, mesmo que vivessem piedosamente. O Paraíso ainda não fora aberto com a chave do Sangue, e a chuva da justiça divina impedia a caminhada. Quando aquelas pedras foram assentadas no corpo do meu Filho - por mim comparado a uma ponte - foram embebidas, amalgamadas e assentadas com sangue. Em outras palavras: o sangue (humano) foi misturado com a cal da divindade e fortemente queimado no calor da caridade. Tais pedras foram postas em Cristo por mim, mas é nele que toda virtude é comprovada e vivificada. Fora de Jesus ninguém possui a vida da graça. Ocorre estar nele, trilhar suas estradas, viver sua mensagem. Somente ele faz crescer as virtudes, somente ele as constrói como pedras vivas, cimentando-as com o próprio sangue. Nele, todos os fiéis caminham na liberdade, sem o medo da justiça divina, pois vão cobertos pela misericórdia, descida do céu no dia da encarnação. Foi a chave do sangue de Cristo que abriu o céu.

Portanto, esta ponte é ladrilhada, seu telhado é a misericórdia. Possui também uma despensa, constituída pela hierarquia da santa Igreja, que conserva e distribui o Pão da vida e o Sangue. Assim, minhas criaturas, viandantes e peregrinas, não fraquejam de cansaço na viagem. Para isto ordenei que vos fosse dado o Corpo e o Sangue do meu Filho, Homem-Deus.

Os dois caminhos

Para atravessar a ponte, chega-se a uma porta, que é o próprio Cristo; por ela todos os homens devem passar. Disse Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; quem vai por mim não caminha nas trevas, mas na luz" (Jo 8,12); e em outra passagem afirma que ninguém oide chegar a mim a não ser por meio dele (Jo 14,6). Se ainda bem recordas, foi o que te disse uma vez e fiz ver. Se Jesus diz que ele é o caminho, profere uma verdade. Eu o mostrei a ti na figura de uma ponte; sua afirmação é verdadeira; ele está unido a mim, suma Verdade. Quem o segue caminha na Verdade. Ele é também a Vida; seus seguidores possuem a vida da graça, não padecem fome; ele é o alimento. Nem vivem na escuridão; Jesus é a Luz. Em Cristo não existe mentira. Pela verdade ele confundiu e destruiu a mentira do demônio, enganador de Eva. Aquela mentira destruíra a estrada (do céu); Jesus a reconstruiu no seu sangue. Quem vai por tal caminho é filho da Verdade, atravessa a ponte e chega até mim, Verdade eterna, oceano de paz.

Quem não trilha esse caminho, vai pela estrada inferior, no rio do pecado. É uma estrada sem pedras, feita somente de água, inconsistente; por sobre ela ninguém vai sem se afundar. É o caminho dos prazeres e das altas posições, daqueles cujo amor não repousa em mim e nas virtudes, mas no apego desordenado ao que é humano e passageiro. Tais pessoas são como a água, sempre a escorrer. À semelhança daquelas realidades, vão passando. Eles acham que são as coisas criadas, objeto de seu amor, que se vão; na realidade, também eles caminham continuamente em direção à morte. Bem que gostariam de deter-se, reter na vida, segurar as coisas que amam. Seriam felizes se as coisas não passassem. Perdem-nas todavia, seja por causa da morte, seja pelos acontecimentos com que faço escapar-lhes das mãos os bens deste mundo. Tais pessoas vão pela mentira, por suas estradas; são filhos do demônio, pai da mentira. Entram por essa porta e vão para a condenação eterna.

Mostrei-te, assim, o meu caminho, o da Verdade, e o caminho do demônio, que é o da mentira. São duas estradas. Ambas exigem fadiga. Vê como é enorme a maldade, a cegueira humana. Sendo-lhe preparada a ponte, o homem prefere ir pela correnteza.

A estrada da ponte é muito agradável aos caminhantes. Toda amargura se torna doce; todo peso, leve. Embora na obscuridade dos sentidos, vão na luz; embora mortais, já possuem a vida sem fim. Pelo amor e pela fé, saboreiam meu Filho, Verdade eterna, que prometeu o prêmio para os que por mim se afadigam. Sou grato, reconhecido e justo; pagarei com eqüidade, segundo o merecimento. Toda ação boa será remunerada, assim como toda culpa será punida. Tua linguagem é insuficiente a descrever o gozo concedido a quem segue este caminho; nem teus ouvidos seriam aptos a escutar e os olhos a ver. Experimentam-se neste caminho coisas reservadas para a outra vida!

Como é louco aquele que despreza tão grandes bens, indo pelo rio, embaixo; prefere alimentar-se, já nesta vida, com aperitivos do inferno. Segue por entre muitos sofrimentos, sem satisfações, na carência de todo bem. Tudo isso, porque se privou de mim, sumo e eterno Bem, pelo pecado. Tens razão em lamentar-te! Quero que outros servidores sintam contínua tristeza porque sou ofendido; que sintam compaixão diante da maldade e ruína dos pecadores.

Tens desse modo a descrição da ponte. Disse todas essas coisas, para revelar-te que meu Filho unigênito é uma ponte, conforme afirmara antes. Agora sabes como de fato ele une as alturas com a pequenez!

Diálogos de Sta Catarina de Sena, Doutora da Igreja

Crux Fidelis - O Vos Omnes



A Comunhão nos prepara para o Céu


"A águia, para ensinar os filhotes a voar nas mais altas regiões, apresenta-lhes o alimento colocando-se muito acima deles, elevando-se sempre mais à medida que eles se aproximam, até fazê-los subir insensivelmente aos astros.

Assim Jesus, a Águia divina, vem ao nosso encontro, trazendo-nos o alimento de que temos necessidade, e, logo em seguida, eleva-se convidando-nos a segui-lO. Enche-nos de doçuras a fim de nos fazer desejar a felicidade do Céu.

A Comunhão nos prepara, portanto, para o Céu.

S. Pedro Julião Eymard

Alma cristã, rememora os pormenores de tua salvação


Alma cristã, alma ressuscitada de negra morte, alma remida e libertada de miserável escravidão, pelo sangue de Deus; anima teu pensar, lembra-te de teu ressurgir, recorda tua redenção e tua libertação. Rememora os pormenores do poder de tua salvação.

Oh! Força oculta! Um homem pendente da cruz suspender a morte eterna que oprimia o gênero humano! Um homem cravado ao madeiro despregar o mundo preso à morte perpétua! Oh! Poder escondido! Um homem, condenado, junto com ladrões, salvar homens condenados junto com demônios! Um homem estendido no patíbulo atrai tudo a si! Oh! Virtude inexplicável! Uma só alma, exalada em meio de tormentos, arrancar do inferno inúmeras almas! Um homem receber a morte do corpo e destruir a morte das almas!

Por que, Senhor bondoso, piedoso Redentor, poderoso Salvador, ocultastes tão grande força sob tamanha humildade? Acaso alguma necessidade obrigou o Altíssimo a abaixar-se tanto, e o Onipotente, a tanto se incomodar?

Só por sua vontade o fez, e sua vontade sempre é boa, fê-lo por mera bondade; ele que estava sujeito a esta morte e podia evitá-la sem lesar a justiça, aceitou espontaneamente que lhe fosse aplicada por motivo de justiça. A natureza humana nada sofreu por necessidade alguma, senão só por livre vontade dele. Não cedeu a nenhuma violência; mas, por espontânea bondade, para honra de Deus e utilidade dos demais homens, louvável e misericordiosamente suportou o que lhe foi atirado por malevolência, sem gravame de obediência, tão somente por disposição de sabedoria todo-poderosa. Com efeito, o Pai não ordenou a esse homem, sob coação, que morresse; este é que fez, por livre vontade, aquilo que entendeu que haveria de agradar ao Pai e ser útil aos homens. De fato, o Pai não podia obrigá-lo a fazer o que não era justo exigir dele; mas tamanha benevolência, não podia deixar de ser agradável ao Pai. E foi assim que mostrou livre obediência ao Pai e deste modo é que foi obediente ao Pai até a morte. (Fil 2,8) E como lhe mandou o Pai, assim fez. (Jo 14,31) E bebeu o cálice que o Pai lhe deu. (Jo 18,11)

Com efeito, esta é, para a natureza humana, a obediência perfeita e totalmente livre: quando submete livremente a própria vontade à vontade de Deus e traduz realmente em atos esta boa vontade aceita, por liberdade espontânea, sem qualquer exigência exterior.

Aí está, alma cristã, a força de tua salvação; é esta a causa de tua liberdade; este, o preço de tua redenção. Eras cativa; desta maneira, porém, foste resgatada. Eras escrava e assim ficaste livre. Assim, desterrada, foste repatriada; perdida, foste restituída; e morta, ressuscitada. Praza a Deus, ó homem, que teu coração pondere, medite, saboreie e assimile estas noções, quando tua boca receber a carne e o sangue do mesmo Redentor!

Senhor, fazei, eu vo-lo suplico, que experimente pelo amor o que experimento pelo intelecto!

Ofício Marial

Preparação para Páscoa - Victimae Paschali Laudes - Pe. Paulo Ricardo

Excelente! Falsos Heróis - Música Gaúcha Anti-Socialista


Foi-me mostrado pelo usuário Elton Vals.

A contemplação, a sobriedade do portar-se e as afetações da hipocrisia


Quem possui o dom da contemplação porta-se com toda a dignidade e, dominando o corpo e a alma, torna-se muito atraente aos olhos de quem o observa. Aliás, se a criatura mais antipática deste mundo tiver a graça de alcançar esse dom, verá que a sua sorte se modifica de repente. De fato, toda a pessoa boa se alegrará com a sua companhia, e ficará convencida de que a sua presença lhe comunica paz de espírito e a aproxima de Deus.

Assim, procura adquirir a contemplação, se fores bafejado pela graça, pois quem possuir esse dom será senhor de si mesmo e exercerá domínio sobre tudo o que lhe pertence. Tal homem saberá discernir, em caso de necessidade, o caráter e o temperamento de qualquer tipo de pessoa. Além disso, sem cair em pecado, conseguirá adaptar-se a quantos se relacionam com ele, mesmo que se trate de pecadores inveterados. Tal poder de adaptação será motivo de espanto para aqueles que o observam e, com o auxílio da graça, servirá para atrair outros homens ao trabalho espiritual em que ele mesmo se exercita.

Tudo num contemplativo revela sabedoria espiritual. As suas palavras e atitudes são fervorosas, e produzem muito fruto. A sua linguagem é sóbria e veraz. Nele não há falsidade, e não adere às imposturas dos hipócritas. Há pessoas, no entanto, que, com todas as energias interiores e exteriores, procuram fortalecer-se e firmar-se por todos os lados, de modo a evitar qualquer deslize. Esses murmuram palavras humildes, com muitos gestos piedosos, e põem mais cuidado em parecer santos à vista dos homens do que em ser justos diante de Deus e dos seus anjos. Ficam muito pesarosos com um gesto descontrolado ou uma palavra infeliz pronunciada diante dos homens, mas pouco se perturbam com mil pensamentos vãos e outros tantos impulsos maus, que voluntariamente acolhem em si mesmos, quando não os regurgitam na presença de Deus, dos santos e dos anjos do Céu. Ah!, Senhor Deus, quanto orgulho não existirá onde abundam as palavras melífluas! É com certeza digno e justo que os que são verdadeiramente humildes adotem a linguagem e o comportamento exterior que estejam mais de acordo com a humildade existente no íntimo do seu coração. Mas isso não significa que devam falar com uma vozinha débil e embargada, que nada tem de natural! De fato, se as palavras forem verdadeiras, serão proferidas com sinceridade, e com voz firme e resoluta. E se alguém, que tenha uma voz forte e clara por natureza, falar muito baixinho (sem que esteja doente ou em diálogo íntimo com Deus ou o seu confessor), podemos ver nisso um autêntico sinal de hipocrisia, seja qual for a idade da pessoa em questão!

Que mais direi acerca destas ilusões perniciosas? Não há dúvida que é necessário o auxílio da graça para renunciar às afetações da hipocrisia. E se Deus não intervier, eu julgo que a pobre alma, vendo-se retalhada entre as palavras humildes e o orgulho secreto do coração, não tardará a cair na tristeza.

A Nuvem do Não Saber

Exorcista Romano Gabriele Amorth diz para Papa Francisco tomar cuidado com uma morte rápida e os maçons

O exorcista romano Gabriele Amorth disse que o papa Francisco queria uma "igreja pobres dos pobres", como João Paulo I. "Eu não gostaria que ele terminasse como Luciani". João Paulo I morreu depois de apenas 33 dias no papado.


Padre Gabriele Amorth, exorcista-chefe da Diocese de Roma, alertou o novo Papa Francisco sobre uma morte rápida seguindo o destino do Papa João Paulo I. "O maçons têm suas filiais em todos os lugares, até mesmo no Vaticano, infelizmente", Amorth disse em uma entrevista com o jornal italiano "Il Giornale", que o jornal "Österreich" online relatou.

Amorth disse que o novo Papa Francisco queria uma "igreja pobres dos pobres", como João Paulo I "Eu não gostaria que ele terminasse como Luciani", comentou o exorcista-chefe, mas os maçons aspiram apenas atrás de dinheiro e carreira ", eles ajudam um ao outro ", relatou," Österreich "" online.

Padre Gabriele afirma que eles incluem o atual primeiro-ministro italiano Mario Monti, um maçom, assim como o presidente Giorgio Napolitano. Em princípio, todos os políticos no poder são subordinados aos maçons e o mundo foi dominado por sete ou oito pessoas que mantiveram todo o dinheiro em suas mãos, disse o monge de 88 anos de idade, que acredita ter realizado 70.000 exorcismos com sucesso.

25 de Março - Dia da Encarnação do Verbo - 3 Anos de Consagrado


Hoje a Igreja celebra a Encarnação do Verbo. Vamos entender isso um pouco. Primeiro: que Verbo? O Verbo aqui referido é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade: Jesus Cristo. No início do Evangelho de São João, Jesus é chamado de "Verbo": "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo  1,14). A Encarnação de que aqui se fala não tem nada a ver, como às vezes se pensa, com a reencarnação espírita. Quando falamos de "Encarnação", estamos nos referindo precisamente a este movimento de Jesus de se fazer carne, isto é, de assumir a natureza humana. É importante, porém, a gente entender: a natureza humana é composta de corpo material e alma espiritual. Se Jesus assume a natureza humana, é óbvio que Ele não assumiria somente o corpo, como pensam alguns. Ao contrário, Jesus assume corpo e alma humanos.

A Festa da Encarnação do Verbo faz referência, então, a este mistério. Esclareçamos mais algumas coisas. Quando Jesus se torna humano, Ele não deixa de ser Deus. O saudoso professor Orlando Fedeli gostava de dizer que enquanto o fato de nascer, de chorar, de precisar de cuidados, etc., mostram a humanidade de Jesus, o fato de nascer de uma Virgem, de ser anunciado por Anjos e de mover a estrela para que fosse testemunha e sinal do Seu nascimento nos mostram a sua divindade. 

Este é um mistério profundíssimo pois fala do rebaixamento de Deus. São Paulo nos diz: "Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens." (Fl 2,6-7). Este movimento descendente é chamado pela Teologia de Kenose e é um mistério tão grande que todas as vezes que a ele nos referimos, seja na oração do Ângelus, seja no Credo, seja no Ofício de Nossa Senhora, nós fazemos uma reverência profunda ou a genuflexão.

Jesus é Deus e isto significa que Ele é sumamente poderoso e sumamente livre. Porém, no ato da Encarnação, Ele como que se encerra dentro do ventre virginal de Maria de Nazaré que é, por isso, chamada de Primeiro Sacrário. Aí Ele passa os nove meses, totalmente submisso e aguardando completarem-se os dias. Aquele que é o Onipotente assume a nossa baixa condição em tudo, menos no pecado, e, neste ato, Ele, que tudo domina, se torna plenamente obediente à Virgem Santíssima. Eis o belíssimo mistério da suma humildade e da suma obediência. A Virgem Maria possuía na sua alma uma plena disposição e submissão a Deus. Isto se manifesta no seu "Faça-se", atitude mantida durante toda a sua vida, mesmo em face dos maiores sofrimentos. Ela foi sempre vazia de si mesma. E justamente por isso, Nosso Senhor esteve muito à vontade no seu Ventre, pois eram as mesmas disposições d'Ele. Aquela que era, em suas próprias palavras, a "Ancilla Domini", isto é, a Escrava do Senhor, agora tem submisso a si o próprio Deus.

Jesus é, para os cristãos, o sumo modelo. Isto significa que os cristãos, se quiserem realizar a sua vocação, devem imitá-Lo em tudo. Ora, isto inclui necessariamente o amor e a submissão que Ele tinha para com Sua Mãe Santíssima. Do verdadeiro cristão, portanto, espera-se uma disposição de alma similar à da Virgem - como a que tinha Nosso Senhor - e um grande amor e obediência para com Ela. Assim com ela foi a mestra de Jesus, a ponto de ensiná-lo a andar, a ler as escrituras e a fazer as primeiras orações, assim também Ela deve ser a mestra de qualquer seguidor de Jesus Cristo. E mais: assim como ela gerou, pela natureza, ao Verbo divino, ela também deve gerar, pela Graça, a todo filho de Deus. E é precisamente por isto que ela é chamada de "Mãe da Graça" e tornou-se, de fato e por encargo divino, nossa Mãe. Ninguém, como ela, conheceu e amou tanto a Nosso Senhor. Ninguém, como ela, agradou tanto a Deus. Portanto, Ela nos pode ensinar tudo sobre o Seu Filho, inclusive o modo de agradá-Lo, de imitá-Lo e de amá-Lo.

Este é um dia apreciado por todos os católicos. Mas é uma data especialíssima sobretudo para os que são consagrados à Virgem Santíssima pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort, dentre os quais eu muito indignamente me incluo. É uma das nossas devoções principais. Neste dia, eu faço três anos de consagrado. É um dia de felicidade, mas também de muita vergonha, já que naturalmente a gente lança um olhar retroativo e vê com quanta rebeldia e pouca generosidade viveu essa devoção até aqui. Eu falo por mim. E talvez esses meus lamentos sejam também os mesmos de outros consagrados. A fidelidade a esta devoção exige uma constância heróica - ainda que aparentemente não -, e não é raro que, a princípio animados por idéias ingênuas, demos com a cara no muro da nossa fraqueza. Pois bem.. A estes quero dirigir-me brevemente agora.

Logo no início do Tratado da Verdadeira Devoção, conta-se como o próprio S. Luís Maria previa que o inferno em peso moveria guerra contra o livro e contra esta espiritualidade. Parece, porém, que esquecemos disso depois, e reputamos toda a dificuldade em fazer as orações e em manter-se fiel apenas à nossa tibieza. Estranho seria que uma devoção tão valiosa e poderosa fosse ao mesmo tempo muito fácil de se manter. Ora, isso é um irrealismo imenso. Nós, comparados aos grandes espirituais, costumamos ser muito rasteiros e temos uma visão naturalista de tudo. Devemos ficar atentos quando começam a nos aparecer certos argumentos em favor de abandonarmos as orações. Parece-nos que andamos muito ocupados, que as orações não surtem o efeito que prometem ou que a nossa espiritualidade pessoal é diferente daquilo. Tudo pretexto... É óbvio que não precisamos ficar obcecados com isso nem ter crises existenciais se não cumprimos as obrigações, mas não sejamos tão ingênuos. Façamos aquilo que está dentro das nossas possibilidades, e, sinceramente - falo também pra mim-, o terço e a oração da coroinha o estão, por certo. Se fracassamos com as orações num dia, procuremos ser fiéis no outro e peçamos que a Virgem mesma nos ensine a bem viver esta consagração.

Aos novos consagrados, tomem muito cuidado para que a ênfase da escravidão de amor à Virgem Mãe de Deus não degenere em preocupação estética com os tipos de correntes que vão ser usadas. A consagração é sobretudo espiritual. As exterioridades, embora importantes, possuem valor simbólico. Usamos cadeias de ferro para nos lembrarmos da nossa submissão a Jesus por meio de Maria.

Neste dia da Encarnação de Jesus, dia em que Ele se reveste da nossa natureza e coloca-se sob os cuidados da Virgem, peçamos à Sua Mãe que nos acolha a nós também e nos gere, em seu ventre, para a vida da Graça e nos faça progredir nas vias da Santidade, a fim de que, por meio dela, cheguemos à plena estatura de Cristo.

Totus tuus, Mariae.
Ad Iesum Per Mariam.

Fábio.

"Uma criança de uma semana tem exatamente a mesma importância biológica, ética e moral que uma criança de sete meses de vida intrauterina."


(...) pesquisadores afirmam que não existe justificativa para se determinar um período limite para a prática do ato. “Sob o ponto de vista biológico, não há publicações científicas que atestem que antes das 12 semanas de gravidez o feto não é um ser vivo.” É o que explica o ex-professor de embriologia da UFPR e pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUCPR, Waldemiro Gremski. “Com 12 semanas o feto já tem o corpo mais ou menos formado. Ele já é um ser humano. Ele já tem braços, pernas, cabeça. A partir daí ele basicamente cresce em tamanho”, diz.

Segundo o professor, a diferença entre um embrião de duas semanas e um de 30 é o número de células, portanto, um não poderia ter “mais direito à vida do que o outro”. “Não posso considerar uma criança de cinco anos menos importante do que uma de dez. Esse mesmo raciocínio tem de ser aplicado dentro da vida intrauterina. Uma criança de uma semana tem exatamente a mesma importância biológica, ética e moral que uma criança de sete meses de vida intrauterina.”

Leia a matéria completa na Gazeta do Povo / Blog da Vida

CFM e Aborto - Três Textos


Sobre a recente decisão do Conselho Federal de Medicina de optar pela descriminalização do aborto de crianças até a 12ª semana de gestação, remeto-vos a três textos que, penso eu, esclarecem o suficiente para que fique evidente o absurdo deste ocorrido:

- Velhas falácias em uma abordagem não tão nova assim: o CFM e o aborto;

- Afinal, de onde vem o abortismo do CFM?

- Gazeta do Povo contra a lamentável decisão do CFM de apoiar o aborto!

Finalzinho da Quaresma - Ainda há Tempo.


Estamos terminando a Quaresma, e é possível supor que pelo menos uma boa parte dos católicos não a tenha vivo de modo mais esperado. E isto porque é um tanto ingênuo pensar que, depois de meses e meses de caprichos, vaidades e de uma entrega desenfreada aos pedidos da nossa sensibilidade, a ruptura causada por um tempo de penitência será acolhida do modo mais fácil. No íntimo da nossa alma fazemos projetos, planejamos passar este tempo com uma contínua observância de mortificações, orações e santas leituras e, no entanto, é muito frequente que terminemos todo este percurso deprimidos. Se isto não ocorreu com alguém em particular, ótimo! Que Deus lhe dê a graça de uma perseverança cada vez maior. Mas eu também sei que isto que eu descrevo aqui se aplica a uns tantos. Queira Deus que não tenhamos pecado mortalmente, o que, infelizmente, é outra coisa que muito ocorre.

Porém, o importante é entendermos o seguinte: enquanto há vida, há esperança. Se Deus nos mantém existindo, é porque Ele não desistiu de nós e, portanto, não podemos ficar nessa senvergonhice emo de adiar a nossa retomada no caminho da santidade. O grande problema é que, de início, nós olhamos para a Quaresma e a tomamos como um desafio para o nosso orgulho. E aí, soltamos um "Challenge Accepted!" Parece que a tomamos como um tipo de comprovação da nossa suposta santidade. Se adentramos no deserto, que é este tempo, com essas disposições, o muito salutar é que demos com a cara no chão, mesmo. Se saímos da Quaresma ao menos mais humildes, bendito seja Deus, que nos mostra o que nós realmente somos e como vamos distantes de ser os heróis que supúnhamos. Para alguns, o grande benefício da Quaresma será esse.

Porém, a gente deve entender o seguinte: na vida espiritual há dois extremos que devemos ter o cuidado de evitar: a temeridade de nos dizermos salvos e de termos garantida a misericórdia divina - como fazem os protestantes -, e o desespero, isto é, o pensar que Deus se cansou de nós e que os nossos pecados já não têm jeito. Como eu falei: se estamos vivos, isto é um bom sinal; é Deus nos dizendo que ainda há tempo. Pois bem! Levantemos, sacudamos o pó e preparemos o nosso orgulho para a humilhação. Confissão! Ponha os joelhos no chão e peça a Deus a graça do arrependimento. Faça um bom exame de consciência, com a ajuda de algum manual, e não adie a sua ida a um sacerdote. O mais importante aqui é a sinceridade e o desejo de ser humilhado pelo que se fez.

Notemos ainda o seguinte: muita gente não se confessa porque diz que não consegue adquirir estas disposições de que se fala; dentre elas, a dor de ter pecado e a firmeza de não pecar mais. Porém, é preciso entender uma coisa: quando estamos em pecado mortal, a nossa vontade está enfraquecida e enferma. É sem sentido esperarmos que alguém que está de cama tenha vontade de fazer exercícios físicos ou apresente um apetite normal. A  firmeza de não pecar e de manter-se fiel não é algo que possamos alcançar por nossa própria empresa. Ao contrário, isso só se adquire pela Graça de Deus e é justamente esta Graça que  nós iremos retomar na Confissão.

Portanto, quem não viveu ainda uma boa Quaresma - e lembremos que o essencial é estar em Graça. Não adianta nada fazer mortificações estrambólicas se a nossa alma está obscurecida pelo Pecado Mortal -, confesse-se e retome o caminho. Nada de ficar deprimido.. Vamos deixar de baitolagens e de tolices. A grande festa da Páscoa se aproxima. Não tenhamos medo de abandonar a lavagem do pecado e voltar aos braços do Pai. Digamos - não hipocritamente - que somos os últimos dos seus servos. Se o fizermos, com o coração realmente contrito - esta é a verdadeira penitência -, Nosso Senhor nos achegará a Si e nos fará participar daquela bendita festa. Mãos à obra, então! Ao padre mais próximo!!

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Ah, e a quem já se confessou na Quaresma ou quem não pecou mortalmente, nada impede que se confesse de novo! Bem ao contrário... A confissão é uma necessidade de todos. Já dizia um santo: os pecadores se confessam para se tornarem santos, e os santos se confessam para perseverarem na santidade.

Pe. Paulo Ricardo - Comunhão e Confissão


Importante: Vítima da ditadura desmente suposta cumplicidade de Bergoglio


As acusações feitas contra Jorge Bergoglio, agora Papa Francisco, por cumplicidade com a ditadura argentina na tortura de dois sacerdotes foram desmentidas pelo único dos dois que ainda vive, Francisco Jalics.

O jesuíta publicou uma declaração no site da Companhia de Jesus da Alemanha, onde vive atualmente, na qual recorda os terríveis seis meses de 1976 nos quais foi sequestrado, interrogado e torturado com os olhos vendados.

Jalics desmente a versão do jornalista Horacio Verbitsky, quem, após a eleição do Papa Francisco, acusou-o de ter entregue os dois jesuítas às autoridades.

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Leia na íntegra no Logos

Joseph Ratzinger - O Colaborador da Verdade


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O que é a humildade em si mesma: quando é perfeita e quando é imperfeita



Ora vejamos primeiro a virtude da humildade: como é imperfeita, quando é causada por alguma coisa mais para além de Deus, embora Deus seja a causa principal, e como é perfeita, quando é causada por Deus somente. Mas primeiro convém saber o que é a humildade em si mesma, se quisermos ver e perceber o assunto com clareza: só depois é que se poderá entender melhor, e na verdade de espírito, qual seja a causa de tal virtude.

A humildade em si mesma nada mais é do que a verdadeira consciência de nós mesmos tal como somos. Não há dúvida: quem fosse capaz de se ver e sentir a si próprio tal como é, seria verdadeiramente humilde. E são duas as causas da humildade: uma é a impureza, miséria e fragilidade do ser humano, em que ele caiu pelo pecado (esta sempre a há de sentir em certo grau, enquanto permanecer nesta vida, por mais santo que seja); outra é a excelência de Deus em si mesmo e o seu amor superabundante. Vendo isso, toda a natureza treme, os sábios tornam-se loucos, e todos os anjos e santos ficam cegos. De tal maneira que, se a sabedoria da divindade não proporcionasse esta visão à medida da capacidade dos seres, no plano da natureza e da graça, eu seria incapaz de dizer o que lhes aconteceria.

A Nuvem do Não Saber

Reação das Irmãs Dominicanas na eleição do Papa Francisco

Respondendo: "Se Cristo morreu por nossos pecados, por que algumas almas precisam do Purgatório?" O Sacrifício d'Ele não foi suficiente?


Todo pecado tem uma dupla consequência: a pena e a culpa. A culpa nos afasta de Deus e é a consequência maior do pecado. Se a culpa é grave, ela nos separa totalmente de Deus e exige uma reconciliação cuja obtenção está absolutamente acima das possibilidades humanas. Se uma pessoa morrer neste estado, se condena. Porém, há uma segunda consequência: a pena. Esta pena exige uma satisfação pessoal, isto é, ela exige que o autor do pecado, mesmo quando este é perdoado, ainda tenha de se responsabilizar e sofrer as consequências dos seus atos. Uma analogia bastante usada: se alguém comete um roubo, isso é um pecado grave. Vamos supor, então, que ele se arrependa de coração; se a vítima perdoá-lo, ele estará perdoado. Mas isto não o isenta de ter de devolver o que roubou e, a depender do caso, talvez seja preciso que ele vá para a cadeia, cumprir justamente a "pena".

Quando Jesus redime a humanidade, Ele apaga a nossa culpa. Esta culpa, como já dito, era bastante superior a qualquer esforço ou méritos possíveis aos homens. Foi preciso que um Deus humanado morresse por nós para que ela fosse apagada. Porém, a Redenção não obriga ninguém a se redimir; ela exige uma cooperação pessoal. Diz Sto Agostinho: "O Deus que te criou sem a tua participação, não te salvará sem a tua colaboração".

Veja que, se adotamos uma visão confusa da Redenção, poderíamos perguntar coisas do tipo: "Mas se Jesus redimiu toda a humanidade, por que se diz que há pessoas que se condenam? Não seria o mesmo que dizer que a Redenção não foi suficiente?" Aqui está clara a necessidade de cooperação humana. "Quem perseverar até o fim, será salvo". Do mesmo modo, mesmo que se tenha operado a Redenção, Jesus mesmo ainda fala de coisas a pagar: "E eu te afirmo que dali não sairás até teres pago o último centavo".

Mesmo que Nosso Senhor nos tenha apagado a culpa e esta graça esteja condicionada ao nosso consentimento, Ele não nos livrou das penas. Estas penas precisam ser, de algum modo, pagas. E isto está ao nosso alcance. Elas, em geral, são pagas pelos sofrimentos que assumem, a partir do Cristo, um caráter purgativo. Quando estamos em Estado de Graça, isto é, sem Pecado Mortal, ainda assim, mantemos imperfeições e pecados leves ou veniais. Também estes possuem consequências que, por sua vez, exigem satisfação, porque são, ainda, manifestações do nosso egoísmo e mostram como o fundo da nossa alma ainda não é totalmente puro.

Acontece que nada do que esteja minimamente impuro pode ver a Deus face a face (Cf. Ap 21,27). O normal seria que pagássemos as penas ainda aqui nesta vida. Porém, sabemos que, na realidade, a grande maioria das pessoas que morrem em Graça, ainda assim possuem imperfeições. Deste modo, elas não irão para o inferno - pois não têm culpa grave -, mas também não podem gozar imediatamente da visão beatífica, isto é, não estão aptas ainda a ver Deus face a face. Nota-se, daí, que é necessário um estágio posterior de purificação. Este estágio ou lugar é o que a Igreja chama de Purgatório e é justamente onde as penas serão purgadas. O Purgatório é uma profunda expressão da misericórdia divina e nos prepara para que possamos, enfim, gozar da eternidade em Deus.

Nada disso contraria a Redenção de Nosso Senhor. Bem ao contrário, todo este contexto, antes, é produto da Redenção. Demos graças a Deus por isso.

Quaisquer outras dúvidas, pergunte.

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Esqueçamos Bergoglio e recebamos a Francisco


“Quando Eneas Silvio Picolomini – que havia escrito novelas frivolas – foi eleito sucessor de Pedro, assumiu o pontificado sob o nome Pio II. Ao apresentar-se na sacada, deparou-se com uma multidão enfurecida. O Papa não os condenou tratando-os como maus cristãos, mas antes simplesmente lhes disse: Aeneam reicite, Pium recipite. Recusai a Eneas e recebei a Pio”.

Embora tenhamos algumas más referências sobre o cardeal Bergoglio, este já não existe, mas sim Francisco, Papa. Que o bom Deus, mesmo sem merecermos, nos dê a graça de ver a história se repetir, como dizem sobre o Papa Pio IX. E que esqueçamos a Bergoglio e recebamos a Francisco.

Ainda sobre o Papa Francisco - Dois textos e "não sejamos ateus"


E segue a onda de protestos, reclamações e até difamações contra Sua Santidade Francisco. Neste quesito, certos tradicionalistas unem-se aos inimigos da Igreja e terminam desempenhando juntos um trabalho, digamos, de efeitos próximos. A animosidade contra o Papa somente cresce, e isso em pouquíssimo tempo depois que ele assumiu o pontificado.

Destaco, aqui, dentre uma infinidade de textos e comentários, somente dois. Primeiramente, estão a se espalhar certas declarações que seriam supostamente do Cardeal Bergoglio e que expressam claro preconceito com as mulheres até o ponto, dizem alguns, da misoginia. Estas coisas, óbvio, serão ventiladas aos quatro ventos, como já tem sido desde a sua eleição, no último dia 13. Sobre isso, recomendo a leitura deste breve texto, que esclarece um tanto a estratégia destes difamadores para os quais qualquer coisa, seja mentira ou distorção, pode ser usada para bater no Papa e atacar a Igreja.

Em segundo lugar, mais adequado aos tradicionalistas hostis, destaco este que é um dos textos que mais gostei até agora sobre este assunto.

De nossa parte, já nos expressamos: é cedo para qualquer coisa. O que nos cabe é rezar e dar um voto de confiança ao Papa. Penso que seja falta de caridade não fazê-lo. Nenhum de nós possui um passado imaculado, e o posto de Papa possibilita uma reflexão maior sobre o "modus operandi" que deverá ser seguido, uma vez que toda a Igreja está submetida a ele. Esperemos e vejamos. Não sejamos ateus, para os quais a realidade se esgota no que se vê. Há muito mais coisas aí que não estão sendo consideradas. Certa vez Nosso Senhor reclamou dizendo que os que se preocupam com o que hão de comer ou de beber são os pagãos, que não consideram que, por trás da aparência, Deus lhes cuida. Também agora, creio que mereçamos uma censura: não vos comporteis como ateus.

Sobre o novo Papa, Francisco.


E temos um novo Papa: Francisco. Ainda não se sabe se se deva chamá-lo somente de Papa Francisco, ou de Francisco I - Há fontes que dizem uma coisa ou outra. O que se sabe ao certo é que referir-se a Bento XVI como Papa Emérito não é adequado

Como era de se esperar, o mundo parou para acompanhar a eleição do novo Sumo Pontífice da Igreja Católica e, para surpresa geral, foi eleito um dos que quase não se cogitava, embora ele tenha ficado em segundo lugar no conclave que elegeu o Papa Bento XVI: o Cardeal Jorge Mario Bergoglio.

É a primeira vez que um Papa escolhe o nome de Francisco, e com isto Sua Santidade quis fazer referência ao Poverello, São Francisco de Assis, e não a outros Franciscos, como o de Sales, o de Paula ou o Xavier, embora Bergoglio seja jesuíta, e não franciscano. Porém, é possível entender a identificação: são bem conhecidos seus hábitos modestos e austeros. Ele vivia humildemente, cozinhava sua própria comida, andava de ônibus e, na ocasião em que foi eleito Cardeal, pediu aos seus fiéis que usassem o dinheiro reservado para a celebração na doação aos pobres. Esta carência de "pompas" pode levantar a orelha dos católicos conservadores, que, de tanto estarem acostumados, logo associam estes costumes aos defensores da Teologia da Libertação. Porém, não é este o caso. Embora Leonardo Boff tenha ficado felizinho com a eleição do Papa Francisco, o fato é que ele se opôs à heresia esquerdista quando era somente Padre, durante a Ditadura Argentina.

Eleito por um conclave considerado curto - de apenas dois dias -, o Papa foi rapidamente acolhido pelos fiéis, bem como amplamente criticado por outros setores. Por ser considerado "conservador moderado", ele não agradou nem aos modernistas nem à ala mais tradicionalista. Deu-se início a uma varredura do seu passado, das suas citações, do seu modo de operar, o que motivou um sem fim de discussões sobre o futuro da Igreja e sobre se a sua recepção deveria ser vista como bênção ou castigo.

Eu, particularmente, confesso que fiquei - e estou - bastante apreensivo. Estranhei o modo como ele se apresentou e, não obstante certas leituras em seu favor, algumas outras me deixaram ainda mais preocupado. No entanto, reconheço que é, ainda, muito cedo para fazer uma avaliação acertada. Teremos tempo para acolher suas palavras, textos e decisões. Além de tudo, é muito verdadeiro aquele argumento que nos adverte contra uma espécie de racionalismo ou de naturalização dos eventos ocorridos nestes dias. Não se pode entender a eleição do Sumo Pontífice fazendo-se abstração de toda a dimensão sobrenatural que a envolve e que quase a determina. Não é raro pecarmos por falta de Fé. Porém, isto não deve ser pretexto para que caiamos num irrealismo, num alheamento dos fatos. Confiemos em Deus, mas estejamos atentos.

Um dos motivos da minha apreensão é que o contexto da renúncia de Bento XVI e da espera por um novo pontífice se fazia com base num argumento principal, usado pelo Papa precedente: é preciso um homem de mais vigor e, por isso, supostamente mais jovem e que se destaque pela sua clareza e sua firmeza em enfrentar o que deve ser enfrentado. Por causa disso, a nossa expectativa era muito diversa. Quando o Papa foi eleito, assumiu o nome de Francisco e mostrou-se, pareceu-nos que não cabia no que julgávamos ser a expectativa de Bento XVI e no que era a nossa. No entanto, sabemos também que Deus nos surpreende e que muitas vezes usa aquilo que aos olhos dos homens é fraco justamente para confundi-los. Uma coisa que me deixou impressionado foi o modo como a mídia o acolheu com simpatia. E também é muito natural lembrarmo-nos de S. Francisco de Assis que, embora de aparência modesta, foi o escolhido por Deus para impedir a queda da Igreja, sustentando-a com seus próprios ombros.

Por ora, só nos cabe rezar pelo Santo Padre. Que tudo ocorra segundo a vontade divina que, convenhamos, muitas vezes se ri dos nossos pensamentos e que sabe, melhor do que todos nós, o que nos é necessário.

Portanto, viva o Papa Francisco, gloriosamente reinante! 
Vai, Francisco, e reconstrói a Igreja de Nosso Senhor! Tu és Pedra! Confirma teus irmãos!

Espetacular - Irmão de Leonardo Boff defende Bento 16 e critica Teologia da Libertação




ALEXANDRE GONÇALVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Em maio de 1986, os irmãos Clodovis e Leonardo Boff publicaram uma carta aberta ao cardeal Joseph Ratzinger. O artigo analisava a instrução "Libertatis Conscientia", em que o futuro papa Bento 16 visava corrigir os supostos desvios da Teologia da Libertação na América Latina. Os religiosos brasileiros desaprovavam, com uma ponta de ironia e uma boa dose de audácia, a "linguagem com 30 anos de atraso" no texto.

Em 2007, o irmão mais novo de Leonardo Boff voltou à carga. Mas, dessa vez, o alvo foi a própria Teologia da Libertação --movimento do qual ele foi um dos principais teóricos e que defende a justiça social como compromisso cristão. Ele censurou a instrumentalização da fé pela política e enfureceu velhos colegas ao sugerir que teria sido melhor levar a sério a crítica de Ratzinger.

Em entrevista à Folha por telefone, frei Clodovis diz que Bento 16 defendeu o "projeto essencial" da Teologia da Libertação, mas o critica por superdimensionar a força do secularismo no mundo.

*

Folha - Bento 16 foi o grande inimigo da Teologia da Libertação?

Clodovis Boff - Isso é uma caricatura. Nos dois documentos que publicou, Ratzinger defendeu o projeto essencial da Teologia da Libertação: compromisso com os pobres como consequência da fé. Ao mesmo tempo, critica a influência marxista. Aliás, é uma das coisas que eu também critico.

No documento de 1986, ele aponta a primazia da libertação espiritual, perene, sobre a libertação social, que é histórica. As correntes hegemônicas da Teologia da Libertação preferiram não entender essa distinção. Isso fez com que, muitas vezes, a teologia degenerasse em ideologia.

- E os processos inquisitoriais contra alguns teólogos?

Ele exprimia a essência da igreja, que não pode entrar em negociações quando se trata do núcleo da fé. A igreja não é como a sociedade civil, onde as pessoas podem falar o que bem entendem. Nós estamos vinculados a uma fé. Se alguém professa algo diferente dessa fé, está se autoexcluindo da igreja.

Na prática, a igreja não expulsa ninguém. Só declara que alguém se excluiu do corpo dos fiéis porque começou a professar uma fé diferente.

- Não há margem para a caridade cristã?

O amor é lúcido, corrige quando julga necessário. [O jesuíta espanhol] Jon Sobrino diz: "A teologia nasce do pobre". Roma simplesmente responde: "Não, a fé nasce em Cristo e não pode nascer de outro jeito". Assino embaixo.

- Quando o sr. se tornou crítico à Teologia da Libertação?

Desde o início, sempre fui claro sobre a importância de colocar Cristo como o fundamento de toda a teologia. No discurso hegemônico da Teologia da Libertação, no entanto, eu notava que essa fé em Cristo só aparecia em segundo plano. Mas eu reagia de forma condescendente: "Com o tempo, isso vai se acertar". Não se acertou.

- "Não é a fé que confere um sentido sobrenatural ou divino à luta. É o inverso que ocorre: esse sentido objetivo e intrínseco confere à fé sua força." Ainda acredita nisso?

Eu abjuro essa frase boba. Foi minha fase rahneriana. [O teólogo alemão] Karl Rahner estava fascinado pelos avanços e valores do mundo moderno e, ao mesmo tempo, via que a modernidade se secularizava cada vez mais.

Rahner não podia aceitar a condenação de um mundo que amava e concebeu a teoria do "cristianismo anônimo": qualquer pessoa que lute pela justiça já é um cristão, mesmo sem acreditar explicitamente em Cristo. Os teólogos da libertação costumam cultivar a mesma admiração ingênua pela modernidade.

O "cristianismo anônimo" constituía uma ótima desculpa para, deixando de lado Cristo, a oração, os sacramentos e a missão, se dedicar à transformação das estruturas sociais. Com o tempo, vi que ele é insustentável por não ter bases suficientes no Evangelho, na grande tradição e no magistério da igreja.

- Quando o sr. rompeu com o pensamento de Rahner?

Nos anos 70, o cardeal d. Eugênio Sales retirou minha licença para lecionar teologia na PUC do Rio. O teólogo que assessorava o cardeal, d. Karl Joseph Romer, veio conversar comigo: "Clodovis, acho que nisso você está equivocado. Não basta fazer o bem para ser cristão. A confissão da fé é essencial". Ele estava certo.

Assumi postura mais crítica e vi que, com o rahnerismo, a igreja se tornava absolutamente irrelevante. E não só ela: o próprio Cristo. Deus não precisaria se revelar em Jesus se quisesse simplesmente salvar o homem pela ética e pelo compromisso social.

- Bento 16 sepultou os avanços do Concílio Vaticano 2º?

Quem afirma isso acredita que o Concílio Vaticano 2º criou uma nova igreja e rompeu com 2.000 anos de cristianismo. É um equívoco. O papa João 23 foi bem claro ao afirmar que o objetivo era, preservando a substância da fé, reapresentá-la sob roupagens mais oportunas para o homem contemporâneo.

Bento 16 garantiu a fidelidade ao concílio. Ao mesmo tempo, combateu tentativas de secularizar a igreja, porque uma igreja secularizada é irrelevante para a história e para os homens. Torna-se mais um partido, uma ONG.

- Mas e a reabilitação da missa em latim? E a tentativa de reabilitação dos tradicionalistas que rejeitaram o Vaticano 2º?

Não podemos esquecer que a condição imposta aos tradicionalistas era exatamente que aceitassem o Vaticano 2º. O catolicismo é, por natureza, inclusivo. Há espaço para quem gosta de latim, para quem não gosta, para todas as tendências políticas e sociais, desde que não se contraponham à fé da igreja.

Quem se opõe a essa abertura manifesta um espírito anticatólico. Vários grupos considerados progressistas caíram nesse sectarismo.

- Esses grupos não foram exceção. Bento 16 sofreu dura oposição em todo o pontificado.

A maioria das críticas internas a ele partiu de setores da igreja que se deixaram colonizar pelo espírito da modernidade hegemônica e que não admitem mais a centralidade de Deus na vida. Erigem a opinião pessoal como critério último de verdade e gostariam de decidir os artigos da fé na base do plebiscito.

Tais críticas só expressam a penetração do secularismo moderno nos espaços institucionais da igreja.

- Como descreveria a relação de Bento 16 com a modernidade?

É possível identificar um certo pessimismo na sua reflexão. Ele não está só. Há um rio de literatura sobre a crise da modernidade, que remete até mesmo a autores como Nietzsche e Freud. O que ele tem de diferente? Propõe uma saída: a abertura ao transcendente.

- Ainda assim, há pessimismo.

Há algo que ele precisaria corrigir: Bento 16 leva a sério demais o secularismo moderno. É uma tendência dos cristãos europeus. Eles esquecem que o secularismo é uma cultura de minorias. São poderosas, hegemônicas, mas ainda assim minorias.

A religião é a opção de 85% da humanidade. Os ateus não passam de 2,5%. Com os agnósticos, não chegam a 15%. Minoria culturalmente importante, sem dúvida: domina o microfone e a caneta, a mídia e a academia. Mas está perdendo o gás. Há um reavivamento do interesse pela espiritualidade entre os jovens.

- Que outras críticas o sr. faria a Bento 16?

Ele preferiria resolver problemas teológicos a se debruçar sobre questões administrativas na Cúria. E isso gerou diversos constrangimentos no seu pontificado. Ele também não tem o carisma de um João Paulo 2º. De certa forma, era o esperado em um intelectual como ele.

- Não está na hora de a igreja ficar mais próxima da realidade dos fiéis?

Bento 16 não resolveu um problema que se arrasta desde o Concílio Vaticano 2º: a necessidade de se criarem canais para a cúpula escutar e dialogar com as bases.

Os padres nas paróquias muitas vezes ficam prensados entre a letra fria que vem da cúpula e o cotidiano sofrido dos fiéis, que pode envolver dramas como aborto ou divórcio. Note que não sugiro mudanças no ensinamento da igreja. Mas acho que seria mais fácil para as pessoas viverem a doutrina católica se houvesse processos que facilitassem esse diálogo.

- Como vê o futuro da igreja?

A modernidade não tem mais nada a dizer ao homem pós-moderno. Quais as ideologias que movem o mundo? Marxismo? Socialismo? Liberalismo? Neoliberalismo? Todas perderam credibilidade. Quem tem algo a dizer? As religiões e, sobretudo no Ocidente, a Igreja Católica.

Fonte: Folha

Crianças Imaginam o Próximo Papa - Lindo!

Atenção! Prof. José Monir Nasser ainda está na UTI


Via Kathren

Obs: A notícia anterior constatando o falecimento do professor foi divulgada pelo Nivaldo Cordeiro em sua página pessoal no facebook, o mesmo comentou que havia recebido um e-mail de uma pessoa muito próxima. O Estado de saúde do mestre é gravíssimo. Continuemos em orações, e peço desculpa a todos pelo sentimento que causei, fico feliz em poder comunicá-los que ainda não chegou a hora de nos despedimos!

Morre o Prof. José Monir Nasser - Rezemos.


Pessoal, acabei de saber por um amigo do falecimento do Prof. José Monir Nasser, um grande educador e promotor da Educação Clássica, que é a educação que se dá pelo aprendizado das Sete Artes Liberais (O Trivium e o Quadrivium). O Brasil perde um grande intelectual, e justamente numa hora complicada como a nossa, em que a Educação Moderna vai se tornando caótica na proporção em que a ludibriação dos novos métodos vai ganhando espaço e a aplicação crédula dos professores. O Brasil, na verdade, é uma grande zona experimental de testes pedagógicos. Tudo quanto receba o qualificativo de moderno ganha atenção e prestígio, enquanto que tudo quanto venha associado ao termo "tradicional" ou "clássico" é visto com ojeriza. Desse modo, é mantida a situação lamentável da nossa educação, ao mesmo tempo em que se monta nos professores um certo senso de defesa contra qualquer tipo de educação realmente digna desse nome.

Que o exemplo e o empenho do Prof. José Monir Nasser seja para todos nós uma inspiração e nos motive a seguir esta sua luta, que é também nossa.

Rezemos pela alma do caríssimo professor. Que Deus, em Sua infinita misericórdia, se compadeça deste valente guerreiro.



RIP

Podemos dizer, com certeza, que alguém foi para o Inferno?


Participei de uma discussão no facebook sobre a possibilidade de o ditador venezuelano Hugo Chávez não ter se condenado. Um rapaz lá defendia que podemos ter a "certeza moral" sobre a sua condenação. Porém, se a princípio a conversa parecia promissora, foi só o sujeito ser imprensado para que, faltando-lhe os argumentos, passasse de "filósofo tomista" a mero desbocado. Que era pretensioso, no entanto, via-se desde o início. Sobre o assunto tratado, então, quero trazer três textos. Os grifos são meus.

O primeiro, de autoria do Prof. Sidney Silveira, do Contra Impugnantes, diz o seguinte:

Para um católico, a salvação e a perdição são um grande mistério. Todos os que, ao longo dos séculos, tentaram resolvê-lo de forma definitiva acabaram caindo em alguma heresia. Ademais, nada menos caridoso do que desejar que alguém vá arder no inferno, mesmo sendo o pior dos homens. O contrário, sim, é católico: desejar a salvação mesmo dos maus, para que se manifeste gloriosamente a misericórdia divina.
Aos que, portanto, estão imbuídos de tão malignos votos, lembramos: teologicamente, ninguém merece o céu. O mérito do sangue de Cristo na cruz resgatou-nos, e não os nossos méritos. O Bom Ladrão recebeu a graça de morrer em amizade com Deus, não obstante a sua vida de crimes confessados na hora final. 
Desejar que alguém vá para o inferno é desejar o mesmo que o demônio, inimigo da nossa salvação; matéria de confissão, muito mais do que os pecados da carne.


O próximo texto é de autoria do Prof. Carlos Nougué, e traz o que segue:

"Lemos aqui e ali votos de que Hugo Chávez vá arder no fogo do inferno. Isso não é católico. Não podemos perscrutar o segredo da eleição divina, e, como diz Santo Agostinho, Deus salva no último instante verdadeiros poços de lama. Por quê? Não o sabemos; sabemos apenas, como diz ainda o mesmo Santo, que sua Justiça é perfeitíssima, bem como sua Dileção. Ademais, vimos Hugo Chávez falar e falar de Cristo nos últimos meses de vida. Como não sabemos o que ocorreu entre o Espírito e sua alma no leito de morte, se teve ou não a graça eficaz para arrepender-se contritamente de seus pecados, só nos resta guardar silêncio e alegrar-nos muito interiormente com a sempre possível e sobrenatural salvação de qualquer pecador. "

E, por fim, transcrevo uma parte dos Diálogos de Deus Pai com Sta Catarina de Sena, em que Ele fala sobre a possibilidade última de salvação de alguém no leito de morte, embora seja absurdamente temerário esperar tal momento para arrepender-se:

"Os pecadores não podem desculpar-se. Continuamente são por mim convidados ao conhecimento da Verdade. Não se corrigindo enquanto podem fazê-lo, uma segunda repreensão os condenará. Ela acontece no último instante da vida, quando meu Filho chamar: “Surgite mortui, venite ad judicium” (Levantai-vos, ó mortos, vinde para o julgamento)! Tu que morreste para a graça e morto chegas ao fim da vida terrena, levanta-te, aproxima-te do supremo Juiz. Aproxima-te com tua maldade, com teus julgamentos falsos, com a lâmpada da fé apagada. No santo batismo, ela foi-te entregue acesa; tu a apagaste com o sopro do orgulho e da vaidade do coração, usados como velas enfunadas às ventanias contrárias à salvação. O amor da fama soprava teu amor-próprio e tu corrias alegre pelo rio dos prazeres mundanos; seguias a frágil carne, as incitações do demônio, as tentações. Tua vontade era um pano retesado e o diabo te conduziu pela estrada do mal, junto com ele, para a eterna condenação... 
Filha muito querida, esta segunda repreensão se dá no fim da vida, quando não há mais remédio. Ao chegar o instante da morte, o homem sente remorso. Já afirmei que ele é um verme cego por causa do egoísmo. No instante final, quando a pessoa compreende que não pode fugir das minhas mãos, esse verme recupera a visão e atormenta interiormente a pessoa, fazendo ver que por própria culpa chegou a tão triste situação. Se o pecador se deixar iluminar e se arrepender – não por medo dos castigos infernais, mas por ter ofendido a suma e eterna bondade – ainda será perdoado. Mas se ultrapassar o momento da morte nas trevas, no remorso, sem esperança no sangue [de Cristo] ou, então, lamentando-se apenas pela infelicidade em que se acha – e não por ter me ofendido – irá para a perdição. Sobrevirá, pois, a repreensão pela injustiça e falso julgamento. 
Em primeiro lugar, a repreensão da injustiça e do julgamento falso em geral, praticados no conjunto de suas ações; depois, em particular, do último instante, quando o pecador considera seu pecado maior que minha misericórdia. Este (Mt 12,32) é o pecado que não será perdoado, nem aqui nem no além. O desprezo voluntário da minha misericórdia constitui pecado mais grave que todos os anteriores. Neste sentido, o desespero de Judas desagradou-me e foi mais grave que a sua traição. Também para meu Filho! É por causa deste (último) julgamento falso que o pecador sofre a repreensão, ou seja, porque acha que sua falta é maior que meu perdão. Este é o motivo da punição, indo sofrer eternamente com os demônios."

Devoção às Três Ave Marias - "Prometo-vos o Paraíso."


A Teresinha teve a bondade de me mostrar:

"Dizia Jesus: “Que aproveita ao homem ganhar todo o mundo se vem a perder a sua alma?…” E essa palavra repetiu reiteradamente S. Inácio, recordando que, de todos os negócios, o mais importante é o negócio da salvação.

Quereis salvar-vos? Sede devotos da Virgem Maria, porque sem a sua mediação junto de Jesus ninguém se salva. Pedi-lhe o seu amparo, rezando todos os dias as TRÊS AVE-MARIAS, cuja breve e simples devoção revelou a mesma Mãe de Deus a Santa Matilde e deu a conhecer a Santa Gertrudes, mostrando que sempre que os cristãos rezam as TRÊS AVE-MARIAS em honra dos privilégios que recebeu da Santíssima Trindade (O poder que lhe outorgou Deus Pai, a sabedoria que lhe comunicou Deus Filho, e a misericórdia com que a enriqueceu Deus Espírito Santo), outras tantas vezes o poder, a sabedoria e o amor desbordam do seu Imaculado Coração e vão inundar as almas dos que desta maneira a honram e invocam, os quais terão a sua proteção durante a vida e a sua especial assistência na hora da morte.

Por isso, S. Afonso de Ligório recomendou com insistência a devoção das TRÊS AVE-MARIAS, S. Leonardo de Porto Maurício pregou com fervor esta devoção, dizendo: “Oh, que santa prática de piedade” – É este um meio mui eficaz para assegurar a vossa salvação. É, por sua vez, o venerável servo de Deus, Luiz Maria Baudoin escreveu: “Rezai cada dia as TRÊS AVE-MARIAS, se sois fieis em pagar a Maria este tributo, prometo-vos o paraíso”.

Santa Matilde, religiosa beneditina do século XIII, conta que pediu a Nossa Senhora que lhe valesse na hora da morte.A Virgem Santíssima respondeu:

” Sim, farei seguramente o que me pedes, minha filha; peço-te, porém, que todos os dias rezes três Ave-Marias em minha honra… Na hora da morte, eu te assistirei com o meu conforto e afastarei de ti qualquer força diabólica “.

Não foi, portanto, por vontade e obra humana que esta devoção surgiu, mas por expressa revelação de Maria, com promessas consoladoras.

Quem quer ser um Graa?


O Grupo de Resgate Anjos de Adoração - GRAA está abrindo suas portas para acolher novos membros. Os candidatos devem naturalmente ser católicos e residir aqui em União dos Palmares ou, pelo menos, nas proximidades. Quem se interessar, deve mandar-me um e-mail (fabio_pauper@yahoo.com.br). Será iniciado, então, um processo de formação conosco que durará breves três meses. As formações terão de ser presenciais. Durante o processo, os membros do GRAA serão livres para levarem as formações até o fim ou para despedirem o candidato. Se, ao término dos três meses, for de juízo do GRAA que o novo formado deve ser aceito, ele se tornará um novo GRAA.

Ad Iesum Per Mariam

GRUPO DE RESGATE ANJOS DE ADORAÇÃO - GRAA
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