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A Paz é fruto da Justiça
A Justiça é fruto da Ordem.
A Ordem surge do respeito pelas desigualdades acidentais, em oposição ao igualitarismo estagnante e mutilador.
Fábio Luciano

Diminuir, pela esmola, o fardo das riquezas - Sto Agostinho


Talvez me respondais: Eu sou rico, e ele pobre. Ides marchar juntos, sim ou não? Dizer eu sou rico, e ele pobre, não é afirmar que eu estou carregado, e ele sem fardo algum? Eu sou rico, e ele pobre. Lembrai-vos de vosso fardo, e transmiti o peso que vos esmaga.

O que mais me impressiona é o estar vós encadeado a vosso fardo, não podendo por isso estender a mão. Estais sobrecarregados, ligados, de que pois vos orgulhais? Por que vos derramais em elogios? Parti as correntes, aliviai o fardo. Passando-o ao companheiro de viagem, vós o ajudais e vos aliviais. Enquanto derramais elogios pomposos a vosso fardo, Jesus Cristo pede-vos a esmola, e nada recebe, e para melhor disfarçar a crueza da recusa, invocais a ternura paternal e dizeis: Não o devo entesourar para meus filhos? Apresento-vos Jesus Cristo, opondes-me vossos filhos. A vossos olhos, é justo que possais contemplar vossos filhos em abundância luxuriante, e vosso Senhor na miséria? “O que fazeis ao menor de meus irmãos, é a mim que o fazeis.” Nunca pesastes nem lestes essas palavras? Eis aqui o homem derrotado, e vós me enumerais vossos filhos? Que seja, enumerai-mos, mas a esse número acrescentai mais um, vosso Senhor. Se tendes um, acrescente o segundo; se tendes dois, o terceiro; se tendes três, o quarto. Sei que nada disso vos apraz. É desse modo que amais vosso próximo, até torná-lo partícipe de vossa perdição.

Como vos dizer ainda de que modo amais o próximo? Homem avarento, que palavra comove vossa orelha? Vós não afirmaríeis a vosso filho, irmão ou pai, que aqui a felicidade é ser rico? Mais ricos sejais, maiores serão aos olhos dos homens. Fazei de um tudo e amontoai tesouros. Eis o que murmurais à orelha do próximo; não fora isso, todavia, o escutado, nem o aprendido na morada da disciplina.

Sto Agostinho, Sobre a disciplina cristã.

Quaresma - Tempo de união com Deus


O Grupo de Resgate Anjos de Adoração deseja a todos os seus membros, amigos e leitores deste espaço uma santa quaresma. Queremos, neste ensejo, falar um pouco sobre um tempo tão sugestivo em que a Santa Mãe Igreja nos coloca. Em épocas de tanta resistência contra as coisas do espírito, num mundo cada vez mais secularizado que tende a reputar os valores católicos tradicionais ao campo do desnecessário, do ultrapassado, do moralismo estéril, somos chamados a reavivar a chama do amor de Deus em nossa alma e, como católicos, cruzados destes tempos, aproveitarmos desta santa quaresma para estreitar nossos laços com Deus, para a santificação de nossas almas e para a conversão dos pecadores.

Já não é comum ouvirmos termos como “mortificação” e “penitência” senão nas páginas de autores antigos ou em tempos litúrgicos específicos. Pois bem, justamente estes costumes que foram por muitos deixados de lado, devem ser reassumidos por nós, pois são verdadeira fonte de tesouro espiritual e maturidade cristã. Na quaresma, revivemos simbolicamente o jejum de Cristo no deserto. Naquela ocasião, é o próprio Espírito Santo que O dirige até lá (Cf Mt 4,1). Num ambiente rigoroso, Jesus prepara-se para o combate, para o desempenho de Sua missão. É lá, lugar que a Tradição cristã reconhece como o terreno do combate por excelência, que o Espírito Santo leva aqueles que desejam unir-se a Deus. Para tal, é preciso purificar-se ou, como escreveu S. Paulo, “crucificar nossas paixões e concupiscências” (Gal 5,24).

O deserto é ainda o lugar onde a criança, exposta às condições menos favoráveis aos sentidos, torna-se homem maduro e senhor de si. É só pelo deserto que surge um gigante como Sto Antão. E é no deserto que Deus faz o esponsal com a alma, unindo-a a Si mesmo: “levarei a alma ao deserto, e lá a desposarei” (Os 2,16 – Cf Jr 2,2). Quando enfim, se dá a união do Amado com a alma, ambos serão um só. Tal é a condição dos homens do deserto, cuja luta e santidade foram simbolizadas por João Batista, que mortificava os seus sentidos alimentando-se de gafanhoto e mel silvestre (Mt 3,4). São homens experimentados no combate, descritos nos Cânticos dos cânticos como aqueles que caminham na noite da Fé e portam sempre as suas armas, isto é, a Santa Cruz (Cf Ct 3, 6-8).

Nestes dias, toda a Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, do qual fazemos parte, é conduzida pelo Santo Espírito ao deserto da quaresma para, num processo de purificação, poder entrar nos aposentos do Amado (Ct 2,4), poder partilhar da intimidade do Esposo. É um tempo de sobriedade, de gravidade, de seriedade, de prática das virtudes e de mortificação dos sentidos. É ocasião oportuníssima para a morte do homem velho e o surgimento do homem novo (Cl 3,9-10), para a mortificação do homem animal e ascenção do homem espiritual.

Pela ação da Graça em nós, somos chamados a viver como Filhos de Deus, uma vez que estejamos libertos da escravidão dos sentidos. Somente então poderemos participar da Ceia de Nosso Senhor, das núpcias do Cordeiro, só então estaremos trajando as roupas de festa (Mt 22, 11-13). Tal contraste entre o homem animal e o espiritual, entre o apegado aos prazeres dos sentidos e o livre de tal escravidão é figurado no Evangelho quando Nosso Senhor conversa com a cananéia e lhe diz: “não convém dar aos cães o pão dos filhos”(Mt 15,26). Os cães são aqueles que comem as migalhas que caem da mesa do seu dono, enquanto que aos filhos é dado participar do puro banquete do Senhor.

A quaresma é tempo para nos tornarmos Filhos de Deus. Uma vez que já o somos pelo Batismo, sejamos também pela semelhança. Desprezando as migalhas, isto é, os baixos prazeres que nos prendem ao chão, elevemo-nos ao gosto das coisas celestes, do alimento puro, do santo maná oferecido aos filhos que estão no deserto como provisão para que mantenham-se a caminho da terra prometida (Cf Ex 16,35). É o pão desconhecido oferecido a Elias, que lhe deu forças para caminhar justamente por quarenta dias, rumo ao encontro com Deus (Cf Irs 19 5-8). Nosso maná é o próprio Cristo (Panis Angelicus).

Na quaresma a Igreja nos propõe particularmente três práticas: o jejum, a esmola e a oração. Se observarmos bem, ambas formam uma harmonia perfeita e representam um movimento da alma totalmente oposto àquele que nos leva ao pecado. Geralmente, uma atitude pecaminosa consiste na satisfação de uma vontade viciada ao prazer. Neste sentido, Sta Catarina de Sena afirma ser a vontade humana “a fonte e a origem de todo o mal”. Bem neste contexto, surge o “ódio à própria vida” ensinado por Jesus como condição para a Salvação. Este “ódio” consiste naquilo que os Padres do Deserto chamam de “perseguição de si mesmo”, isto é, renúncia constante dos próprios desejos.

Tal doutrina está presente na grande maioria dos santos da Igreja e a sua prática rigorosa, não apenas incluindo as vontades pecaminosas, mas também a negação das demais, é o meio para se entrar, seguindo a espiritualidade sanjoanista (de São João da Cruz) na “Noite dos Sentidos”. Mas não nos atenhamos, a princípio, a tamanho rigor. A “noite dos sentidos” não pode ser regra de quaresma para todos os fiéis. Kkk... Poderíamos, ao invés, talvez falar de “tarde dos sentidos”... kk...

Dissemos que a satisfação da vontade viciada é o que caracteriza, geralmente, o pecado. Se assim é, o oposto, ou seja, a negação de tais vontades deveria nos levar à virtude. E isto realmente acontece. Quando a Igreja nos propõe os três exercícios citados, ela pretende justamente educar a nossa vontade, dando-nos práticas acessíveis de virtude. Se fazemos jejum, estamos negando-nos a vontade natural de comer mais. Esta mortificação, talvez a princípio despercebida em suas relações, interfere na disciplina do fiel em vários aspectos, inclusive no que concerne à própria sensualidade. Aquele que se nega o alimento se educa para se negar outras coisas que não convenham.

Quando damos esmola, praticamos a virtude teologal da caridade, que nos mobiliza o desapego e a pobreza. É, de fato, uma estratégia de mestre, e a Igreja é justamente isso: mestra, pois o divino Senhor, chamando-nos amigos, e tendo a Igreja por sua esposa, revelou-lhe tudo. Em sentido estrito, a caridade exige-nos centrar o nosso afeto em Deus, retirando-o das demais criaturas. Esta atitude é favorecida pelo exercício do desapego de algo que oferecemos a outrem. Quando damos esmolas, estamos afirmando que o nosso amor a Deus e aos irmãos é maior do que o nosso amor a nós mesmos, pois nos despojamos de um objeto que nos pertence, praticando assim, simultaneamente, um ato de amor, de pobreza e de liberdade. Fazer isto é golpear fortemente a ilusão e o egoísmo, sendo que este último é o principal impedimento para a alegria espiritual.

A oração, enfim, é o movimento de todo aquele que deseja elevar-se a Deus seriamente. Não existe santidade sem oração. Dizia Sta Teresa D’Ávila que “o caminho verdadeiro para Deus é a oração. Se vos ensinarem outro, enganam-vos”. Estas palavras não são de qualquer um, mas de uma doutora da Igreja, Mestra deste sumo exercício. Acontece que, às vezes, pela correria da vida e pela inércia do costume, estamos afastados desta prática. Se isso acontece, encontramos justamente neste tempo que a Santa Igreja nos chama à intimidade com Deus, a ocasião propícia para o cultivo deste santo exercício. Devemos passar tempo com Deus e com aquilo que Lhe diz respeito. Além da oração pessoal e de todas as práticas devocionais (que são, não só importantes, mas necessárias), devemos, antes de tudo, participar do Santíssimo Sacrifício da Missa, onde entramos em máxima intimidade com o Amado. É então que a nossa oração se torna mais eficaz e é onde glorificamos com mais perfeição a Deus Nosso Senhor.

Bem. Creio já ter escrito muito. Fica aqui a nossa recomendação e intenção para esta quaresma. Que a Graça de Deus, incidindo sobre nós, nos conceda o dom da Santidade. Nestes tempos tenebrosos, sejamos os luzeiros que o Apóstolo falou, levando a Luz de Cristo no meio de uma sociedade perversa e maliciosa (Fl 2,15).

A todos os que necessitarem, recorram ao Sacramento da Reconciliação.
“Em nome de Cristo, vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2Cor 5,20b)

Que a Virgem Santíssima, Auxílio dos Cristãos, Estrela da Manhã, nos auxilie e nos conduza, qual a estrela de Belém, à presença do seu benditíssimo Filho.

Crux In Corde, Corde in Crux

Fábio Luciano

Carnaval - Perdição das almas


"Santo Agostinho chamava os divertimentos carnavalescos de sacramentos do demônio, porque, em vez de nos fazerem amigos de Deus, eles nos fazem amigos do demônio; em vez de nos darem a graça, dão-nos a desgraça; em vez de nos abrirem a porta do paraíso, escancaram a porta do inferno." (Cf. COLOMBO,Giovanni. Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos santos. Edições paulinas, 1960, p. 316)

“Como podem chamar-se divertimentos as bebedeiras, as noitadas, os bailes, e todas as variadas desonestidades com e sem máscara? “Não divertimentos – clama S. João Crisóstomo- mas sim pecados e delitos.”

Bem dizia os Padres antigos quando dissera que a barafunda do carnaval é uma invenção do diabo. E muitos dos que se chafurdam dentro dela são cristãos que, na prática ao menos, querem desbatizar-se. Quando eles foram levados à pia sagrada, o ministro de Deus lhes disse: “Renuncias ao demônio e às suas pompas?” “Renuncio”, foi respondido.

Mas eis que nestes dias muitíssimos católicos arrancam do seu coração as renúncias, se esquecem do batismo, e, tornados pagãos, lançam-se no culto dos sentidos e nas pompas demoníacas. Há alguns que argumentam assim: “Não acho nada de mal ir a certos bailes dançantes, aos bailes de máscaras....” Pobre gente!

Mister se faz dizer que ela perdeu o senso do bem e do mal.
(De spect., c. 26; Cfr. Adaptado de: COLOMBO,Giovanni. Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos santos. Edições paulinas, 1960, p. 315-316)

Fonte: Imagem e Texto: http://www.advhaereses.blogspot.com/

200 anos de Charles Darwin - "Grandis Coisa"



Estamos assistindo a comemoração do aniversário de 200 anos de Charles Darwin, o homem que fez questão de mostrar que somos simples animais, sem outra qualquer distinção das demais criaturas, a não ser pelo nosso estágio mais avançado de evolução; ele que virou sinônimo de autoridade científica utilizando-se de um dogma, totalmente indemonstrável; neste tempo onde a comunidade "intelectual" moderna se exacerba na celebração de um de seus gurus, acho oportuno levar aos leitores deste humilde blog o texto (muitos talvez já o conheçam) do argentino de Córdoba, Raul Leguizamon sobre esta temática.

Como o texto é um tanto extenso (embora muito cômico), disponibilizo o link que lhe dá acesso. A todos, boa leitura. A Teoria da Evolução contra a ciência e a Fé (O conto do macaco)

Fábio Luciano
Fonte da imagem: www.lepanto.com.br

Anjos de Adoração indicado para receber o "Blog de Ouro"

Fiquei muito feliz por ter, o blog Anjos de Adoração, sido indicado para receber o “blog de ouro” que é um selo de reconhecimento entre blogs pelo trabalho diário. Recebi-o do amigo Cadu do blog Dominus Vobiscum, a quem agradeço a indicação.

Segundo as regras, é preciso indicar mais 10 blogs para receberem este selo e postar um comentário nos blogs escolhidos avisando da premiação.

Quero, de antemão, dizer que passei horas escolhendo, pois existem muitos blogs bons. Mas como só podem ser 10, listo abaixo os escolhidos.

Adversus Haereses

Fidei Depositum

Mentiras em sites religiosos

Holy Cards For Your Inspiration

Reconquista

Grupo de Estudo Veritas

Filmes Religiosos


Enfim, existem muitos de nível excelente. Mas os indicados acima realmente merecem a escolha.
Fábio Luciano.

Laércio Oliveira, da Canção Nova, repete teoria herética de Joaquim de Fiori

Não quero chamar a atenção para a pessoa do Laércio Oliveira, para a Canção Nova ou para a RCC. Mas quero aproveitar este ensejo para comentar sobre uma doutrina herética que circula por aí e que, em especial, é defendida por membros da chamada Renovação Carismática Católica, tendo sido, porém, já condenada pela Igreja.

Trata-se de uma concepção segundo a qual a história seria dividida em três perídos, cada um caracterizado pela ênfase em uma das pessoas da SS. Trindade. Dessa forma, teríamos o tempo do Pai no Antigo Testamento; o tempo do filho, a partir de Jesus e, por fim, o tempo do Espírito Santo, que marcaria os últimos dias.

Esta teoria tem origem no monge cisterciense Joaquim de Fiori, do sec XII, que fora muito conhecido pelos seus trabalhos de exegese. Ele havia escrito também uma obra onde assumia concepções heréticas sobre a SS. Trindade. No entanto, o seu erro maior foi no que concerne a esta divisão do tempo. Isto deu margem a inúmeras heresias de cunho milenarista, sendo a sua própria teoria formalmente condenada pela Igreja.

Agora analisemos o que disse o Laércio Oliveira, nesta sexta feira (13 de fevereiro de 2009) no programa "A Bíblia no meu dia a dia". Foi mais ou menos o seguinte: “estamos vivendo o final dos tempos. Vivemos no Antigo Testamento, o tempo do Pai. Depois, vivemos o tempo do Filho. Agora estamos vivendo o tempo do Espírito Santo”.

É a mesma teoria e eu, particularmente, já a ouvi de outros carismáticos, antes mesmo de saber do que se tratava. Nessa ocasião, fora dito, em se tratando do tempo presente, que “os holofotes estão agora no Espírito Santo”.

Existem inúmeros estudos sobre as influências de Joaquim de Fiori em vários erros heréticos. Há mesmo quem diga que toda visão mileranista tem sua origem neste monge.

Fica, pois, esclarecido que tal concepção não corresponde ao que ensina a Santa Igreja e que adotá-la é aderir a uma heresia formalmente condenada.

Não se pode separar dessa forma as pessoas da SS. Trindade. Além disso, na heresia em questão, a segunda fase, a do Cristo, coincidiria com o reinado da Igreja enquanto instituição e hierarquia. Já na fase terceira, do Espírito Santo ou do amor, ela já não seria necessária como estrutura hierárquica, pois o Espírito Santo uniria os filhos de Deus de uma forma totalmente espiritual, no sentido de tornar desnecessárias as práticas externas definidas litúrgica e doutrinariamente. Seria, inclusive, a união das religiões, ideal mais semelhante ao da maçonaria, que só poderia ser estabelecido em face de um extremo relativismo e indiferença religiosas, o que é totalmente anti-evangélico.

Enfim, se trata de uma teoria que, embora, para alguns, possa parecer interessante, é, no entanto, veneno disfarçado a fim de ensinar o erro distorcendo a verdade.

Que a alegria do Senhor seja nossa força
Que toda as gerações proclamem bem-aventurada à Virgem Santíssima, Mãe do Verbo Eterno.

Fábio Luciano Silvério da Silva

Cristão, sê o que és

Como podemos ver em nossas paróquias, os cristãos estão esquecendo o sentido de "ser cristão"; mergulhados em uma sociedade profundamente hedonista, buscamos somente o que nos agrada e nos compraz. "Devemos nos amar primeiro, depois amar o próximo!". Caríssimos filhos de Deus, isto nem é conversa de cristãos, mas sim de hereges; o nosso prazer deve ser agradar a Deus, mesmo em detrimento de nossa própria vontade. O Cristão deve odiar-se!! Estamos tão mascarados que nem notamos a profundidade do poço em que nos "enterramos".

Hoje em dia, quando um cristão está sentindo um pouquinho de aridez diz logo que está precisando de um retiro. Precisamos é ter vergonha na cara e buscar nos convertermos e amar verdadeiramente a Jesus. Pois com Jesus tudo é bom, e um profundo adorador transforma, como dizia o salmista, o deserto numa fonte borbulhante, sabe que, com Ele, mesmo as trevas não são trevas, mergulha na vontade de Deus e do íntimo do coração a ela canta "vontade de Deus! És meu paraíso". Não devemos somente buscar retiros, pois da forma como um retiro feito em tempo devido pode edificar a alma do homem, este mesmo pode "infantilizar" a alma, fazendo-a não desejar provar alimento sólido, se acostumar em ter sempre alguém para levar comida em sua boca.

Recomendo que vá participar de uma cerimônia batismal, e lembre sua vocação, seu chamado à vida em Cristo. Enxertado no corpo místico de Cristo Jesus, o batizado é um só com Cristo; a seiva da vida de Cristo percorre também seu corpo. Mergulhado na água do batismo morres para o mundo e possuis agora uma vida nova em Cristo; não mais deves mergulhar na lama do pecado. Os Santos Óleos do Crisma e do Batismo fazem agora do filho de Deus participante do sacerdócio Real de Cristo, ungido para pregar, trabalhar, viver o Cristo. O sal onde por ele a Igreja diz "Sê bem vindo filho de Deus à tua nova vida", também fala "Tu és sal da terra, dá sabor a este mundo insosso e sem vida". Eis a Luz de Cristo que na Santa vigília Pascal foi acesa, simbolizando a ressurreição do Primogênito dentre os mortos; agora está nas tuas mãos, na tua vida, na tua cera, para que brilhe a Luz de Cristo neste mundo de trevas, e ela irá te guiar até o reencontro com o Amado.

Renuncia ao pecado, ao diabo autor da discórdia. Sê bem firme abraçando e professando com amor a tua Fé, recebe a benção de Deus, toma nas tuas as mãos virginais da Santíssima Grande Mãe de Deus e agora tua Mãe, sê consagrado a ela, e assim ela rogará ao seu Filho em toda tua vida.

Vê!? Tens o dom sublime de ser chamado filho de Deus. Não se perca pelo caminho por causa de criancices. Cristo disse a seu discípulos que permitissem que as crianças chegassem até Ele, e disse que delas é o Reino dos Céus, pois a espiritualidade de infância ou infantil é puramente madura e provada, nunca trata o Amado com mediocridade. Como exemplo podemos citar Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, mística de trevas, profundamente desprendida dos caprichos do mundo, e mergulhada na misericórdia de Deus.

Busquemos abraçar a Cruz, e que nesta Santa Quaresma possamos nos deixar ser conduzidos por Cristo ao deserto, e que com Ele possamos batalhar. Busquemos jejuar e nos mortificar, não como um sacrifício, mas sim como uma prova de Amor, e assim sairão do deserto homens e mulheres maduros, prontos para enfrentar o mundo, o diabo e a si mesmos.

Cristãos! Sejamos o que nós somos.

Paz e Bem

Breno Kennedy

Comunhão: na boca ou na mão?

Muitos dos casos de profanações que acontecem hoje se devem, a princípio, a uma má compreensão do que seja a Eucaristia. De fato, nas catequeses e homilias esta temática tem lamentavelmente diminuído. Muita gente se ocupa em dar palestras sociais e em falar de fraternidade ou de igualdade; tudo isto em detrimento da reta doutrina católica tal qual é. Mas este artigo não se reserva a criticar o assunto mais freqüente nos espaços destinados à formação dos cristãos, embora a crítica já tenha sido feita. O foco, porém, a que me proponho é sobre o modo de como receber a Santíssima Comunhão.

Uma nova teologia tem surgido, e pretende fazer significar que a Santa Missa consiste numa reunião fraterna acompanhada de uma refeição. Enfatiza-se muito isto: “a refeição eucarística”, e quase não mais se usa o termo “Sacrifício da Missa”. Uma mudança de compreensão do que acontece no Altar leva, logicamente, a uma mudança de atitude. Certa faculdade de teologia de Estrasburgo, chovendo heresia, chegou a dizer que a presença de Cristo na Santa Missa era da mesma natureza que a presença de um morto num baile que lhe faz memória, ou seja, era apenas uma presença simbólica. Quero deixar bem claro que nem Lutero chegou a tal pretensão e disparate. E, se as pessoas passam a ver na Eucaristia um pão comum que apenas relembra o Cristo, pra que o cuidado excessivo e o máximo respeito?

E aí entramos na forma de como recebemos a Cristo. É verdade que a Santa Igreja, hoje, permite que recebamos de joelhos ou em pé, na mão ou diretamente na boca. Com relação à posição corporal, podemos ver logo que a posição mais digna para receber Nosso Senhor seria de joelhos. Isto é óbvio, e podemos sim recebê-Lo assim, segundo a permissão do Padre. Mas, neste ponto, entra uma outra questão. Por vezes esta atitude pode se tornar inconveniente, como quando há o risco de alguém atrás tropeçar nas pertas do comungante; principalmente se for uma pessoa de mais idade. Então, convém observar bem estas circunstâncias. Mas os que quiserem receber de joelhos, devem receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca.

A outra forma possível é recebê-Lo de pé, e esta posição permite receber ao Cristo na mão ou na boca. E aqui, deixo a minha recomendação: deve-se, muito preferencialmente, recebê-Lo diretamente na boca. Isto evita inconvenientes e profanações. A comunhão na mão corre o risco de deixar fragmentos da Hóstia Consagrada na mão, e tais fragmentos, independentemente do seu tamanho, são o próprio Cristo, não apenas uma parte dEle, mas Ele todo. Derrubar tais pedaços é, então, uma atitude que jamais se deve fazer e contra a qual se deve ter o máximo cuidado. A este respeito, S. Cirilo de Jerusalém expressa que “seria melhor perder um dos teus membros, do que um só fragmento do Corpo de Cristo”. Por isto, aqueles que comungam na mão, uma vez que levem a Santíssima Eucaristia à boca, procurem minuciosamente para ver se não ficou nenhum fragmento do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor em sua mão ou no dedo com que O levou à boca. Além disso, existe a posição correta de se comungar nas mãos: depois de fazer a devida reverência (sempre antes da comunhão em qualquer posição), põe-se a mão esquerda estendida sobre a direita, como que fazendo um trono para o Rei dos reis; uma vez recebido o Cristo e dito “Amém”, pega-se o Seu Santíssimo Corpo com a mão direita e, com todo cuidado, ainda na frente do Sacerdote ou ministro, se leva-O à boca, observando depois as mãos minuciosamente.

Porém, uma forma muito mais simples e isenta de perigos é recebê-Lo diretamente na boca; eu diria ainda, mais digna. Evita-se desta forma tocar com as mãos o Santo dos Santos e, assim, não se corre o risco de deixar fragmentos nelas. Em verdade, a comunhão na mão só foi permitida depois do Concílio Vaticano II, assim também como o serviço dos Ministros extraordinários da Comunhão. A Eucaristia só podia ser tocada pelo padre. Percebemos um pouco melhor a seriedade desta questão, se considerarmos que Sta Teresinha, mulher de santidade profunda, embora tivesse o desejo de tocá-Lo, não o fazia porque não tinha nascido homem, e, portanto, não era padre. Vejamos ainda o que diz o doutor da Igreja Santo Tomás de Aquino: “Por respeito para com este Sacramento, nada Lhe toca, a não ser o que é Consagrado”

Evite o católico comungar de qualquer forma, como se fosse uma comida qualquer, e sem antes ter adorado à Santíssima Vítima do Altar pois, na Santa Missa, participamos do Calvário de Nosso Senhor, e comemos a Sua Carne e o Seu Sangue, não simbolicamente, mas literalmente. Nos alimentamos da carne humana de um Deus. Cuidemos, portanto, para não profanarmos o Corpo de Nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo.

Neste sentido, mais uma vez deixamos a recomendação: dêem preferência à comunhão diretamente na boca, como sinal de respeito e zelo pelo Santíssimo Sacramento.

Em tudo, seja Deus glorificado.

Fábio Luciano Silvério da Silva

Assista ao vídeo abaixo sobre este tema.


Polêmica sobre a revogação das excomunhões de quatro bispos da FSSPX


Temos assistido a recente polêmica sobre o Papa e o levantamento das excomunhões de quatro bispos da FSSPX. A mídia, como sempre, trata de oferecer aos desavisados uma versão distorcida da história, manipulando opiniões para que, como no tempo de Jesus, a massa se decida por Barrabás.

Quero, nesta ocasião, expor rapidamente o contexto desta situação e, depois, fazer algumas considerações a respeito. Quero indicar também que este assunto está sendo intensamente tratado por outros sites, blogs e demais espaços da internet. A repercussão desembocou também na rede Globo e saiu ainda numa reportagem da Revista Veja, já famosa por suas “pérolas”. Bem, isto o que eu soube. Mas seríamos justos afirmando que o caso teve repercussão mundial.

Bem. Mas o que acontece? Tratemos do início.

Em 1988, dois bispos, D. Marcel Lefebvre e D. Antônio de Castro Mayer, solicitaram de Roma a permissão para sagrar bispos a quatro sacerdotes, devido à necessidade. Tais pretendentes ao bispado foram recomendados como pessoas experimentadas e muito aptas para o serviço. A permissão, porém, não veio. Diante de tal negação, os dois bispos acima mencionados insistiram e sagraram aos quatro bispos. Esta atitude de expressa desobediência fez com que incorressem, os bispos sagrados e os sagradores, em excomunhão latae sententiae, isto é, automática, segundo o Código de Direito Canônico. O então Papa João Paulo II Magno, de saudosa memória, tinha manifestado que esta atitude fora claramente cismática. Seja como for, os bispos em questão, pertencentes à Fraternidade Sacerdotal São Pio X – FSSPX sustentavam, a partir de estudos canônicos, a nulidade das excomunhões, apelando para o argumento da necessidade.

De forma geral, o que caracteriza os membros pertencentes a esta Fraternidade é uma intensa guarda da Tradição Católica sem inovações. Eles posicionam-se diretamente contra o Concílio Vaticano II, que acusam de ser ambíguo, e contra todos os seus frutos. A discussão gravita em torno de temas doutrinais e é justamente a mudança no campo da doutrina que, segundo eles, constitui a causa do caos teológico e litúrgico pelo qual passa a Santa Igreja nestes tempos, o que vai se refletir diretamente na conduta dos filhos da Igreja..

Bem. Recentemente, Sua Santidade Bento XVI, num gesto de paternal caridade e misericórdia, e dentro de um ambiente de já inúmeros diálogos, revogou as excomunhões dos bispos em questão. Interessante que a revogação foi a resposta a um pedido da própria FSSPX. Mas este pedido fora uma recomendação do próprio Bento XVI. E, como dizia já um membro da FSSPX, Sua Santidade não solicitaria tal pedido se não tivesse a intenção de concedê-lo. O importante é que esta graça veio... E aquilo que já era esperado em terreno eclesiástico, isto é, a polêmica por parte de membros modernistas e inimigos da tradição, irradiou-se também extra-eclesia. Mas... Por quê? Que interesse teria o mundo secular e ateu por estas questões teológicas e eclesiásticas?

Nenhum, na verdade. Ao contrário, o mundo das massas populares tem um interesse muito claro de oposição à Santa Igreja. E ao perceber uma chance, ainda que pequena, simplesmente a agarra, mesmo que para isto tenha de fazer as associações mais mesquinhas e usar das mentiras mais lavadas. Qual, então, a causa da polêmica?

Um dos quatro bispos cuja excomunhão foi revogada, Dom Williamson, defende uma tese curiosa: ele nega que tenha havido o holocausto judeu. Bem, particularmente não sei como ele defende esta visão, mas a mídia caiu em cima associando esta posição particular de Dom Williamson à atitude do Papa. Apressaram-se os manipuladores de opinião em mostrar a posição deste bispo como uma posição nazista e ainda quiseram fazer do papa um cúmplice que estaria a aprovar a teoria de Dom Williamson.

Mas, convém aqui saber separar:

1 - A revogação das excomunhões pertence a um contexto eclesiástico envolvendo questões em terreno canônico.
2 - A negação do holocausto (negacionismo) é uma posição pessoal de Dom Williamson.

Além do mais, quando a polêmica estorou, ela surpreendeu tanto ao Papa como ao bispo re-incomungado. O Santo Padre afirmou que pessoalmente não sabia da posição negacionista do bispo da FSSPX. Já este afirmou estar surpreso pelo alcance de suas palavras.

O próprio Dom Williamson, logo após o levantamento das excomunhões, pediu perdão ao Papa, reconhendo que o tinha feito passar por dificuldades desnecessárias. Recentemente ele foi advertido a retratar-se publicamente. A isto respondeu calmamente, dizendo que irá procurar as comprovações históricas sobre o assunto tratado, e que isto durará um tempo. Se ficar convencido de seu erro, se retratará.

Ademais, eu soube que ele foi proibido de falar publicamente sobre política e história.

Bem. Esta é a questão. Sei que este texto já vai um tanto extenso, mas gostaria de comentar algumas coisas.

Primeiramente, a posição de Dom Williamson é curiosa. Vemo-lo totalmente disposto a discutir a questão no campo dos argumentos, enquanto que foi só levantar uma suspeita sobre a veracidade do holocausto para, com isto, incomodar o mundo, o que torna toda esta situação, no mínimo, suspeita. E isto se torna ainda mais suspeito se considerarmos que hoje em dia é comum que muitas pessoas cultivem dogmas científicos, históricos, etc. Veja-se, por exemplo, o caso do evolucionismo, totalmente insustentável. Mas hoje isto virou sinônimo de autoridade incontestável. Veja ainda a posição do ateísmo, como se fosse algo dignamente racional. Obervemos os mitos criados a partir de distorções da Santa Inquisição e das Cruzadas. Veja o caso do Galileu. Tudo isto, ensinado de forma deturpada, criando erros que são sustentados por livrecos e professores faltos de sinceridade intelectual. Não quero aqui sugerir que Dom Williamson esteja certo... ao contrário, penso que ele não está (embora eu não tenha condição nenhuma para negar ou afirmar algo neste campo); mas creio que a questão deve ser vista de uma forma mais séria.

Depois, vejamos a grande movimentação que isto causou em solo católico. Parece que até um padre abandonou a Igreja depois da revogação das excomunhões. Há bispos que se apressam em dizer que Sua Santidade agiu de forma muito errada; há outros que solicitaram a re-excomuhão de Dom Williamson; um outro enraivou-se dizendo que não há lugar para ele na Igreja Católica; um outro ainda afirmou que alguém que defenda uma tal posição não pode ser reintegrado no Magistério da Igreja.

Tudo isto não deixa de ser muito revelador, visto que a grande crítica que sempre se ergueu contra a FSSPX consistia em acusá-la de desobediência e cisma. Agora, porém, diante da decisão do Santo Padre, são muitos os que erram justamente neste ponto, recusando-se em acatar a decisão do Sucessor de Pedro.

Isto se deve ao incômodo que sentem certos membros da Igreja, acostumados às inovações cômodas da modernidade em campo doutrinal e herdeiros da falsa hermenêutica do Concílio Vaticano II, condenada por Bento XVI. Sua Santidade, pois, como o Cristo, é hoje por muitos abandonado, mas segue firme na defesa da Fé e da Tradição. É ele eminente exemplo do que Cristo diz: “Eis que vos envio qual cordeiros no meio de lobos”, e é justamente esta a petição que ele faz aos fiéis depois que é eleito para a Cadeira de S. Pedro: “Rezai por mim, para que eu não fuja, por medo, diante dos lobos”

Outra questão que eu gostaria de levantar: atentemos sobre a política de Bento XVI na Igreja. Ele é um grande defensor da Tradição. Há quem queira negar, mas Sua Santidade, graças a Deus, deve sim intentar conduzir a Santa Igreja de volta à Sua Tradição Única e Autêntica, combatendo os erros e maus costumes que assolam hoje a Esposa de Cristo. E para defender esta posição, provas e exemplos não faltam. Basta que observemos as suas attitudes: liberação da Santa Missa no Rito Tridentino a partir do Motu Próprio; Revogação das excomunhões da FSSPX; fundação do Instituto Bom Pastor (IBP) para a crítica e reta hermenêutica do Vaticano II, organização cujo rito ordinário da Santa Missa é o tridentino; uso de vários instrumentos da Missa de Pio V em suas celebrações; comunhões de joelhos e sempre na boca; posicionamentos corajosos sobre inúmeros temas: Islamismo, relativismo, homossexualismo…, seguindo sempre a linha da Tradição, atraindo o ódio de muitos, cumprindo em si mesmo o que profetizou o Cristo: “Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a Mim antes que a vós”.

Recentemente, Bento XVI sagrou bispo a um sacerdote austríaco, Mons. Gerhard Wagner, e o enviou à cidade de Linz, na Áustria. Este padre, tratado pelo pecho de “ultra-conservador” pelos que não lhe são simpáticos, tem causado furor no local, muito conhecido pela grande degradação moral e pelo clero super-modernista. A decisão de Bento XVI, sem nem mesmo consultar o clero local, dá mostras de sua visão acerca dos erros dos liberais católicos que, direta ou indiretamente, se insurgem contra o Supremo Pontífice da Igreja.

A este respeito, dentro desta polêmica atual, falou o próprio Dom Willamson:

“Sou apenas o instrumento” com o qual alguns querem “agir contra o Papa”. “Visivelmente, o catolicismo de esquerda ainda não perdoou o fato de Ratzinger ter se tornado Papa”.

Os lobos uivam, mas Bento XVI manté-se firme na luta em defesa da Fé.

Que Deus abençoe o Papa e lhe conceda força e coragem nestes tempos tenebrosos. Que a Virgem Santíssima seja o seu conforto e sua perseverança no trabalho de restauração da Igreja e da Liturgia.

E nós, de nossa parte, sejamos sempre fiéis às decisões do Sumo Pontífice que, iluminado pelo Espírito Santo, rema contra a correnteza, conduzindo a Barca de Cristo, fora da qual não há Salvação.

Rezemos pelo Santo Padre, o Papa; sejamos fiéis à Santa Igreja e lutemos, também, com a força que nos é concedida, em favor da Verdade e da Fé, vivendo santamente e aborrecendo o mal e a mentira com o Bem e a Verdade.
Que a Santa Cruz seja nossa arma.
Que Cristo seja glorificado eternamente.
Que a Verdade seja defendida e amada.

Salve a Santa Igreja Católica, detentora da Verdade, Esposa sem mácula do Cordeiro, via única de Salvação.

Salve o Sumo Pontífice Bento XVI, doce sombra de Cristo na terra.

Fábio Luciano Silvério da Silva


Zveiter assume TJ do Rio e manda retirar crucifixos

Luiz Zveiter, o novo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, já chegou ao tribunal fazendo barulho, como era esperado. Mal tomou posse e já determinou a retirada dos crucifixos espalhados pela corte e desativou a capela. Zveiter, que é judeu, quer fornecer um espaço para cultos que atenda a todas as religiões. A primeira determinação do novo presidente já agradou, pelo menos, a um desembargador evangélico da corte, que ficou ressentido por o tribunal não oferecer espaços para cultos da sua religião.

Zveiter assumiu o TJ fluminense nesta terça-feira (3/2). Foi eleito com 97 dos votos contra 72 do desembargador Paulo Ventura em dezembro de 2008. A cerimônia de posse foi prestigiada pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e do Superior Tribunal de Justiça, ministro Cesar Asfor Rocha, além do corregedor-geral de Justiça, Gilson Dipp, e outras autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo. Na ocasião, foi firmado um convênio de cooperação entre o tribunal e Conselho Nacional de Justiça para o processo de informatização das Varas de Execuções Penais. (...)

Luiz Zveiter nasceu em Niterói (RJ), onde mora atualmente. Tem 53 anos e quatro filhos. Formou-se em Direito na Universidade Gama Filho em 1980. Entrou no Tribunal de Justiça do Rio em 1995 pelo quinto constitucional. Antes de ocupar o cargo de corregedor, era presidente da 6ª Câmara Cível do Tribunal. O desembargador é filho do ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça Waldemar Zveiter. Ao falar da família, durante o discurso, Zveiter se emocionou.

O Past Grão-Mestre Luiz Zveiter foi o Desembargador eleito para assumir a Presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Luiz Zveiter foi Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro por dois mandatos e seu pai, Ministro Waldemar Zveiter é o atual Grão-Mestre e ocupa a função pela terceira vez.

Fonte: http://fratresinunum.wordpress.com/

Vida de Jesus Cristo vira Mangá Japonês




Novidade! Já há muito tempos os famosos desenhos japoneses, tanto os animes como os mangás, têm ganho cada vez mais espaço, não apenas entre os adolescentes, mas mesmo entre adultos. Donos de uma particular dinamicidade e singular atratividade, esta arte japonesa tem simplesmente conquistado o mundo, a ponto de clássicos como, por exemplo, a Turma da Mônica, terem aderido ao estilo.

Recentemente, uma associação japonesa cujo intento é a divulgação do Evangelho, a New Life League japan, publicou em mangá (HQ japonês) a história de Jesus, sob o título de “Messiah”. A novidade tem por objetivo a evangelização principalmente dos jovens. O novo projeto tem encontrado uma ótima recepção e, embora existam críticos no que se refere à mudança do uso formal de certas expressões bíblicas, parece que o sentido geral, principalmente com relação às palavras de Jesus, permanece fiel às sagradas escrituras. Além da nova forma de exposição, no rodapé do mangá existem indicações sobre as passagens bíblicas correspondentes.

Abaixo, mais algumas informações que estão disponíveis em: http://www.jpjesus.com/loja/index.php?p=product&id=68&parent=0

Enquanto outros mangás cristãos são produzidos por ocidentais, o atual projeto foi totalmente concebido por roteiristas e desenhistas japoneses. Mesmo assim, a publicação foi lançada primeiramente no mercado americano (no início de setembro de 2007) e depois apresentada ao público japonês no final do mesmo mês.

O primeiro título lançado, de um total de cinco obras do projeto, se chama 'Manga Messiah' e aborda as primeiras histórias do Novo Testamento. Os próximos lançamentos serão 'Manga Mutiny', 'Manga Melech' e 'Manga Messengers', que tratarão do Velho Testamento, e o 'Manga Metamorphosis', que abordará a continuação cronológica de 'Manga Messiah'.

Segundo os planos iniciais da New Life League Japan, o “Manga Bible” seria um projeto de publicação exclusiva para jovens cristãos japoneses; no entanto, o objetivo agora é atingir o maior número de pessoas possível no mundo, afirmou Roald Lidal, diretor geral da empresa japonesa. “Nossas metas originais foram expandidas e agora queremos aproveitar a popularidade do gênero mangá para alcançar a juventude mundial com a palavra de Deus”, explica. Lidal está confiando nesta publicação porque “acredita que, atualmente, os jovens pensam muito em questões como qual o significado da vida e para onde irão após morrerem”. Dessa forma, os mangás poderiam dar essas respostas por meio de um conteúdo que eles possam ler e compreender.

Um fato interessante é que 40 mil cópias do título, disponível primeiramente em inglês, foram distribuídas gratuitamente em Uganda, ação que recebeu grandes elogios do ministro da Ética e Integração do país africano. E não pára por aí: Manga Messiah já está sendo traduzido para diversas outras línguas como chinês, russo, espanhol e até mesmo o português.

Principais Recursos:
> Inclui um mapa da Galiléia, Samaria e Judéia, destacando locais importantes da narrativa bíblica contida no mangá
> Inclui uma descrição ilustrada dos personagens chaves da história bíblica apresentada
> Inclui uma descrição ilustrada dos doze apóstolos
> Apresenta o Evangelho de uma forma especial em mangá. Um modo criativo de apresentar a Bíblia para qualquer pessoa.

Mais informações no site: http://www.nextmanga.com/

O Santo Sacrifício da Missa


948. Cân. 1. Se alguém disser que na Missa não se oferece a Deus verdadeiro e próprio sacrifício, ou que oferecer-se Cristo não é mais que dar-se-nos em alimentoseja excomungado (Concílio de Trento)

Missa Show, Missa Carismática, Missa de cura e libertação, Missa dos romeiros, Missa do vaqueiro... Tudo, menos a reta compreensão do que deve ser a Santa Missa: a Renovação incruenta do Sacrifício do Senhor.

Palmas, danças, mãos ao ar, abraços, pulos, mais palmas, mais danças nos ofertórios, nenhuma reverência, nenhuma genuflexão, nenhum silêncio, nenhuma gravidade. Total desrespeito às fórmulas litúrgicas, costas ao Altar, festival de idéias políticas, muitas vezes totalmente opostas ao que ensina a Santa Igreja, músicas inconvenientes, instrumentos que quase não param durante a Santíssima Celebração, nenhum zelo ao receber Nosso Senhor na comunhão, compreensão da Santa Missa como se fosse uma reunião fraterna ou uma refeição qualquer entre conhecidos. E, por isto, vamos gritar! Vamos pular! Chama logo o cantor sertanejo!

Meu Deus... Misericórdia.

Una-me à Tua angústia, Senhor... e à Tua indignação. Tu, que a S. Pe. Pio testemunhavas os teus sofrimentos por estes descasos com o Teu Sacrifício e com o Teu Corpo e Sangue, chamando os sacerdotes que promoviam tais práticas com o duro e sofrido nome de “carniceiros”.

Meu Deus. Caberia aqui aquilo que Tu pediste ao Pai: “perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem”?. Talvez a alguns, mas não a todos... e, sinceramente, sinto-me invadido por uma sede de justiça, da Tua justiça. Ao ver-vos assim, Senhor, tão submetido a destratos e sacrilégios, quero unir-me a Ti, na Tua dor, na Tua angústia. Quero estar contigo...

A Santa Missa não deve ser como essas apresentações indecorosas que se costumam fazer, nem esses shows ou sessões psicológicas nem deve se assemelhar em nada com estas reuniões protestantes promissoras de milagres e sinais. Não é lugar para pulos ou para gritos, nem para fazer vento com as mãos nem para esperar ver anjos... A Santa Missa é o Calvário do Senhor, onde se deve estar com o máximo respeito, em profundo recolhimento diante do Mistério da Redenção que se atualiza frente a nós.

Se a nós não cabe exigir ou determinar ao sacerdote o modo como celebre a Santa Missa, de nossa parte, ao menos, ajamos como convém. Recuso-me a estes gestos frívolos que antes dispersam que elevam e que muitas vezes tomam emprestado a própria sensualidade humana para se promoverem. Quero portar-me na Santa Missa como se estivesse diante da Cruz do meu Senhor, porque, de fato, é lá que o Mistério me leva e é lá, juntamente com a Virgem Santíssima e o Discípulo Amado que eu, devorado de amor, adorarei com toda a minha alma a Vítima do Eterno Sacrifício Redentor que se oferece ao Pai para a Salvação do mundo.

“Estou devorado de zelo pelo Senhor, o Deus dos exércitos. Porque os israelitas abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e passaram os vossos profetas ao fio da espada. Só eu fiquei, e querem tirar-me a vida.” (IRs 19,10)

"Podemos dizer que a Missa é "o altar em que temos o poder de comer" (Heb13); "o trono em que está o Cordeiro de pé e, ao mesmo tempo, imolado" (Apc 5), e que, nos nossos altares, continua o verdadeiro sacrifício instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo."
Catecismo da Santa Missa.
Fábio Luciano

Para entender a Idade Média


Gilbert Keith Chesterton

E por que homens que não conhecem a História... pensam que a conhecem?

É inteiramente razoável que os homens prósperos do nosso tempo não saibam História. Se a conhecessem, teriam de conhecer a história muito pouco edificante de como se tornaram prósperos...É inteiramente razoável, digo, que não saibam História: mas por que raios pensam que sabem? Aqui está uma opinião, tomada a esmo do livro de um dos mais cultos dentre os nossos jovens críticos, obra muito bem escrita e inteiramente digna de confiança – quando trata do seu próprio tema, que é um tema moderno. Diz esse escritor: “Na Idade Média, houve pouco ou nenhum avanço social ou político” até a Reforma e a Renascença.Ora, eu poderia igualmente bem afirmar que, no século XIX, houve pouco avanço na ciência e na técnica até a vinda de William Morris (1), e depois justificar essa afirmação dizendo que não tenho nenhum interesse pessoal por teares a vapor ou águas-vivas – o que certamente é o caso. Porque isto é tudo o que o escritor realmente quis dizer: que não tem nenhum interesse pessoal por arautos ou abades mitrados. Tudo isso está muito bem; mas por que, ao escrever sobre coisas que não existiam na Idade Média, esse autor sente a necessidade de dogmatizar sobre um assunto de que evidentemente nunca ouviu falar? E sobre o qual, apesar de tudo, talvez ainda se pudesse contar uma História muito interessante?

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(1) William Morris (1834-1896): Artista e escritor inglês, contribuiu com grande sucesso para a valorização e o aprimoramento das mais variadas formas de arte (desde a decoração até a arquitetura e a iluminura), chegando mesmo a fundar empresas bem-sucedidas nesse ramo (entre elas, a tipografia Kelmscott Press, em 1890). Ao fim da vida, deixou de lado os seus êxitos artísticos e empresariais para dedicar-se a difusão de idéias socialistas.
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Pouco antes da conquista pelos normandos (2), países como o nosso apresentavam um feudalismo ainda incipiente e completamente pulverizado, sulcado por contínuas ondas de bárbaros, bárbaros que nunca tinham montado um cavalo. Praticamente não havia casa de pedra ou de tijolo na Inglaterra; quase não havia estradas, apenas sendas batidas; praticamente não havia lei, apenas costumes locais. Essa era a Idade das Trevas, da qual surgiria a Idade Média.

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(2) A conquista da Inglaterra pelos normandos comandados por Guilherme o conquistador ocorreu no ano de 1066.
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Mas tomemos agora a Baixa Idade Média, duzentos anos depois da conquista normanda e praticamente outro tanto antes do início da Reforma. As grandes cidades surgiram; os cidadãos são privilegiados e importantes; os trabalhadores organizaram-se em Corporações de Ofício livres e responsáveis; os Parlamentos são poderosos e litigam com os próprios reis; a escravidão desapareceu quase por completo; abriram-se as grandes Universidades, que ministram esse programa de ensino tão admirado por Huxley (3); repúblicas tão orgulhosas e patrióticas como as dos antigos pagãos erguem-se como estátuas de mármore ao longo da costa mediterrânea; e por todo o norte os homens construíram igrejas tão grandiosas que os homens talvez nunca mais as igualem. E isso – que, na sua maior parte, foi realizado mais propriamente não em dois, mas em um século –, é a isso é o que o nosso crítico chama “pouco ou nenhum avanço social ou político”. Praticamente não há instituição moderna importante que tenha influenciado a sua vida – da escola em que estudou ao Parlamento que o governa –, que não teve os seus principais avanços na Idade Média.

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(3) Thomas Henry Huxley (1825-1895): biólogo inglês, amigo de Charles Darwin e um dos maiores defensores e divulgadores da teoria evolucionista, o que fez especialmente através do seu livro Man´s Place in Nature (“O lugar do homem na natureza”, 1863), em que pela primeira vez os princípios do evolucionismo são aplicados ao homem.
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Se alguém pensa que escrevo isso por pedantismo, espero poder mostrar-lhe em um momento que tenho um objetivo mais humilde e mais prático. Quero considerar a natureza da ignorância, e começo por dizer que, em qualquer sentido escolar e acadêmico, sou eu mesmo muito ignorante. Assim como dizemos de um homem como Lord Brougham (4) que tinha um grande conhecimento geral, eu diria que tenho uma grande ignorância geral.

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(4) Henry Peter, Lord Brougham (1778-1868): político britânico nascido em Edimburgo. Suas numerosas obras, às vezes contraditórias entre si, cobriram quase todos os ramos do conhecimento da época, tendo ele escrito sobre Filosofia, Teologia, Economia e até Matemática. Destacou-se também por ter fundado revistas e sociedades de difusão do conhecimento e por ter realizado reformas no Parlamento britânico.
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Só que este é exatamente o ponto a que pretendia chegar. É um conhecimento geral e uma ignorância geral: sei pouco de História, mas sei um pouco de quase toda a História. Não sei muito, digamos, sobre Martinho Lutero e sua Reforma, mas sei que ela fez uma diferença enorme; ora, não saber que o rápido progresso dos séculos XII e XIII fez uma diferença enorme é pelo menos tão extraordinário como nunca ter ouvido falar de Martinho Lutero. Também não estou muito bem informado sobre os budistas, mas sei que se interessam por filosofia; não saber que os budistas se interessam por filosofia, acredite em mim, seria tão chocante como não saber que os medievais se interessavam pela experimentação e pelo progresso políticos.

Da mesma forma, não sei muito sobre Frederico o Grande. Na minha infância, a enorme coleção de volumes de Carlyle sobre o assunto inspirava-me medo: parecia haver tantas coisas a conhecer! No entanto, apesar desses receios, eu seria perfeitamente capaz de adivinhar, com uma razoável probabilidade de acerto, o tipo de assunto que esses volumes continham. Por exemplo, eu arriscaria (penso que não incorretamente) que os volumes deviam conter a palavra “Prússia” em um ou mais lugares; que, de tempos a tempos, se falaria de guerra; que se faria alguma menção de tratados e fronteiras; que a palavra “Silésia” poderia ser encontrada caso se procurasse diligentemente, bem como os nomes de Maria Teresa e Voltaire; que em algum lugar de todos aqueles volumes, o seu grande autor diria se Frederico o Grande tivera um pai, se chegara a casar-se, se possuíra grandes amigos, se tivera algum hobby ou aficção literária de qualquer tipo, se havia morrido no campo de batalha ou na cama, e assim por diante. Se eu tivesse reunido coragem suficiente para abrir um daqueles volumes, provavelmente teria encontrado alguma coisa, ao menos nessas linhas gerais.

Agora, troque a imagem; imagine o jornalista ou homem de letras comum, jovem e bem educado, recém-saído de uma escola pública ou faculdade, parado diante de uma coleção ainda maior de livros ainda maiores das bibliotecas da Idade Média – digamos, todos os volumes de São Tomás de Aquino. Digo-lhe que, de nove casos em dez, aquele jovem bem-educado não tem a menor noção do que iria encontrar naqueles volumes encadernados em couro. Pensa que irá encontrar discussões sobre as capacidades dos anjos de se equilibrarem sobre pontas de agulhas, e talvez o fizesse. Mas afirmo que ele não pensa – nem de longe – que irá encontrar um professor universitário a discutir quase todas as coisas que Herbert Spencer discutiu: política, sociologia, formas de governo, monarquia, liberdade, anarquia, propriedade privada, comunismo, e todas as variadas idéias que, no nosso tempo, se dedicam a brigar em nome do futuro “socialismo”.

Igualmente, não sei muito sobre Maomé ou o maometanismo. Não levo o Alcorão para ler na cama toda noite. Mas, se em determinada noite o fizesse, há pelo menos um sentido em que sei o que não encontrarei nele. Suponho que a obra não transbordará de fortes encorajamentos ao culto dos ídolos; que não se cantarão ali em alta voz os louvores do politeísmo; que o caráter de Maomé não será submetido a nada que se parece com o ódio e o ridículo; e que a grande doutrina moderna da irrelevância da religião não será enfatizada sem necessidade.

Mas troque novamente a imagem, e imagine o homem moderno (o pobre homem moderno) que tivesse levado um volume de teologia medieval para a cama. Ele esperaria encontrar ali um pessimismo que não há, um fatalismo que não há, um amor à barbárie que não há, um desprezo pela razão que não há.

Aliás, seria na verdade muito bom que fizesse a experiência. Far-lhe-á bem de uma forma ou de outra: ou o fará dormir – ou o fará acordar.
Gilbert Keith Chesterton
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