A Escritura nos diz que o santuário antigo foi feito segundo uma cópia celestial. Isto é dito no livro de Êxodo e também por Paulo Apóstolo, no livro dos Hebreus. A lógica também o atesta: a primeira aliança deve relacionar-se com a segunda analogicamente. Deus educa os homens progressivamente, o que indica que Ele teve adotar um método pedagógico. Este método consiste em ir dispondo a humanidade, a partir de atos exteriores e palpáveis, para realidades interiores e sutis. É por isso que é dito que a Antiga Lei foi gravada em pedras enquanto a nova será inscrita nos corações.
Esta relação entre o que é figura e o que é realização, entre símbolo e simbolizado, é chamada, na teologia, de tipologia. A figura é o tipo; o figurado é o antítipo. Pois bem, se o Santuário é um tipo, ele deve ter um antítipo, que é o Santuário Celestial, ou Céu. Os sacerdotes do antigo templo simbolizam o sacerdócio do Cristo. Os sacrifícios contínuos que ocorriam todos os dias eram símbolos do Sacrifício único de Cristo, etc.
Porém, além dos holocaustos diários, havia, uma vez ao ano, o grande Yom Kippur, Dia do Perdão ou da Purificação. Neste dia, uma série de ritos próprios acontecia e o próprio Santuário era purificado. Se isto acontecia enquanto tipo, qual o seu antítipo?
Paulo escreve:
"Se os meros símbolos das realidades celestes exigiam uma tal purificação, necessário se tornava que as realidades mesmas fossem purificadas por sacrifícios ainda superiores. Eis por que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, que fosse apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus." (Hb 9,23-24)
Este texto nos deixa em grande dificuldade, pois, aceitas as premissas e respeitada a lógica, a conclusão não nos parece fazer muito sentido. Veja:
O santuário terrestre simboliza o céu.
O santuário terrestre era purificado por sangue de animais. O santuário celeste é purificado por "sacrifícios superiores", isto é, o de Cristo.
Se o santuário terrestre precisava de purificação, ele tinha contraído algum tipo de impureza.
Se o santuário celeste precisava de purificação, ele também tinha contraído algum tipo de impureza.
Como conceber que o Céu tenha se contaminado?
Mesmo os adventistas sentem dificuldade de entender este texto, e eruditos dentre eles relutam mas terminam admitindo que o Céu de algum modo contraiu a nossa impureza. Como isto é possível, porém, é algo que os escapa, e a nós também.
De que jeito o santuário terrestre ficava impuro? Havia dois modos. Um dos vários tipos de sacrifício que existiam era o pelo pecado, conforme se vê em Lv 4.
Se o pecado fosse cometido pelo sacerdote, por um chefe ou por toda a assembléia, ele exigia que o sacerdote molhasse seus dedos no sangue da vítima e o aspergisse no véu do santuário por trás do qual ficava a Arca da Aliança. O animal morto substituía, no sacrifício, o pecador. Daí que seu sangue estivesse contaminado e precisasse ser derramado, pois, como diz São Paulo, "sem derramamento de sangue não há perdão". (Hb 9,22) Como o sangue contaminado era jogado no Santuário, este contraía a sua impureza, donde ser necessário que houvesse, depois, uma purificação do próprio santuário.
Outro modo de contaminação era o seguinte: quando era uma pessoa comum pecava e desejava fazer sacrifício por sua falta, ela levava um animal ao Santuário e o ofertava e imolava. O sacerdote punha então o sangue do animal sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto ao pé do altar. (Cf Lv 4,27-30) Ora, este altar, embora estivesse fora dos dois lugares (O Santo e o Santíssimo), fazia parte do Santuário, pois se localizava no Pátio. Mas, além disso, os sacerdotes deveriam comer a vítima, como se lê no Cap. 6, v. 19:
"O sacerdote que oferecer a vítima do sacrifício pelo pecado, comê-la-á em um lugar santo, a saber: no átrio da tenda de reunião."
Este trecho, porém, é ambíguo, pois afirma que é o sacerdote que oferece a vítima, dando a entender a possibilidade de ser um sacrifício restrito ao pecado do sacerdote. Quando uma pessoa oferecia uma vítima, ela mesma a imolava. (Cf Lv 4,29) Porém, no cap. 10, v. 16 em diante, Moisés reclama porque os filhos restantes de Arão, Eleazar e Itamar, não comeram de um boi imolado pelo pecado:
"Por que não comeste no lugar santo o sacrifício pelo pecado? Pois essa é uma coisa santíssima que o Senhor vos deu, a fim de que leveis a iniquidade da assembléia e façais a expiação por ela diante dele. Já que o sangue da vítima não foi trazido para dentro do tabernáculo, vós devíeis tê-la comido em um lugar santo como ordenei" (17-18)
Este trecho também é delicado. O versículo 18 dá a entender que o sangue deveria ter sido levado para dentro do tabernáculo, e o único rito em que isto ocorria era o da aspersão do sangue sobre o véu. Isto, contudo, somente acontecia com sacrifícios dos próprios sacerdotes, dos chefes ou por um pecado coletivo de toda a assembléia. Aqui mais uma vez fica-nos a impressão de que este sacrifício não é o do cidadão comum, mas o do sacerdócio.
Seja como for, é fato que, em alguns deles, o sacerdote comia a carne imolada e isto fazia com que ele levasse a iniquidade da assembléia e fizesse expiação por ela. Não nos fica claro, porém, como a contaminação do Sacerdote implique na contaminação do Santuário. Mas tal é dito pela Sra White:
"O sangue, representando a vida do pecador cuja culpa a vítima assumia, era levado pelo sacerdote ao Lugar Santo e borrifado diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei transgredida. Através dessa cerimônia, o pecado era, de maneira simbólica, transferido para o santuário. Em alguns casos o sangue não era levado para o Lugar Santo, mas a carne deveria ser comida pelo sacerdote. Ambas as cerimônias simbolizavam a transferência do pecado do arrependido para o santuário." (O grande conflito, p.195)
Avancemos.
No dia da Expiação, que acontecia uma vez ao ano, no décimo dia do sétimo mês, como descrito no capitulo 16 de Levítico, o Sacerdote fazia vários ritos. Acompanhemos:
"Tomará um novilho para o sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto." (v.3)
"Revestir-se-á da túnica sagrada de linho, cingir-se-á dum cinto de linho e porá na cabeça um turbante de linho. Estas são as vestes sagradas, que ele só vestirá depois de se ter lavado. (v.4)
"Receberá da assembléia dos israelitas dois bodes destinados ao sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto." (v.5)
"Aarão oferecerá por si mesmo o touro em sacrifício pelo pecado, e fará a expiação por si mesmo e pela sua casa." (v.6)
"Tomará os dois bodes e os colocará diante do Senhor, à entrada da tenda de reunião." (v.7)
"Deitará sortes sobre os dois bodes, uma para o Senhor, e outra para Azazel." (v.8)
"Oferecerá o bode sobre o qual caiu a sorte para o Senhor e oferecê-lo-á em sacrifício pelo pecado." (v.9)
"Quanto ao bode sobre o qual caiu a sorte para Azazel, será apresentado vivo ao Senhor, para que se faça a expiação sobre ele, a fim de enviá-lo a Azazel, no deserto." (v.10)
"Aarão degolará o touro destinado ao sacrifício pelo pecado e, tomando o turíbulo, que ele terá enchido de brasas do altar diante do Senhor, bem como dois punhados de perfume aromático em pó, entrará com tudo para dentro do véu." (v.11-12)
"Porá o incenso no fogo diante do Senhor, para que a nuvem do perfume cubra o propiciatório da arca, e Aarão não morra." (v. 13)
"Tomará o sangue do touro e o aspergirá com o dedo sobre o propiciatório, pela frente, e depois aspergirá com o dedo sete vezes defronte o propiciatório." (v. 14)
"Imolará, enfim, o bode do sacrifício pelo pecado do povo, e levará seu sangue para o outro lado do véu. Fará com esse sangue como fez com o sangue do touro, aspergindo o propiciatório e a frente do propiciatório. É assim que fará a expiação pelo santuário, por causa das impurezas dos israelitas e de suas transgressões, e de todos os seus pecados." (vs. 15-16a)
Aqui há um detalhe para o qual eu nunca havia atentado. Observando os versículos 14-16 notamos o seguinte: Aarão já leva o sangue do touro imolado antes (v.11). Quais as coisas que ele leva ao entrar no Lugar Santíssimo? O sangue e o turíbulo. Ele não leva animal. Depois de aspergir o sangue sobre o propiciatório da Arca no Lugar Santíssimo, ele deverá imolar o bode oferecido pelo pecado do povo. Porém: o bode não está lá. Está fora. Além do que seria totalmente inconveniente imolar um bode no Lugar Santíssimo. Portanto, ele tem de sair deste recinto, imolar o animal, e, em seguida, voltar. Veja que o versículo 15 diz que ele "levará seu sangue para o outro lado do véu", ou seja, o imolou do lado de cá, obviamente. Veremos que só isso já demonstra que a concepção adventista do tipo do santuário não se sustenta.
Continuemos.
"Da mesma forma fará pela tenda de reunião, que está com eles no meio de suas imundícies." (v. 16b)
"Ninguém esteja na tenda de reunião quando Aarão entrar para fazer a expiação no santuário até que saia. Fará assim a expiação por si mesmo, pela sua família e por toda a assembléia de Israel." (v. 17)
"Quando tiver saído, irá para o altar que está diante do Senhor e fará a expiação por esse altar: tomará o sangue do touro e do bode e o porá nos cornos do altar em toda a volta. Aspergirá com o dedo sete vezes o altar, para purificá-lo e santificá-lo por causa das imundícies dos israelitas." (v. 18-19)
Aqui estaria concluída a expiação do santuário, conforme diz o próximo versículo:
"Havendo terminado a expiação do santuário, da tenda de reunião e do altar, Aarão trará o bode vivo. Imporá as duas mãos sobre a sua cabeça, e confessará sobre ele todas as iniquidades dos israelitas, todas as suas desobediências, todos os seus pecados. Pô-los-á sobre a cabeça do bode e o enviará ao deserto pelas mãos de um homem encarregado disso." (v. 20-21)
"O bode levará, pois, sobre si, todas as iniquidades deles para uma terra selvagem." (v.22)
Vamos analisar algumas coisas.
Os adventistas aplicam tudo isso aí ao final dos tempos. Segundo eles, o ano de 1844 marca a entrada de Jesus no Lugar Santíssimo, onde estaria até agora. Porém, como vimos, o Sumo Sacerdote entrava duas vezes nesse lugar: quando levava o sangue do touro por si mesmo, e, depois, quando levava o sangue do touro oferecido pela assembléia. Assim, Jesus teria de ter entrado duas vezes. Uma objeção possível seria dizer que o Sumo Sacerdote necessitava fazê-lo por causa da sua impureza, uma vez que o primeiro sacrifício era oferecido por si mesmo e pela sua família. Jesus, porém, não tem pecados por si mesmo, donde a não necessidade de que faça isso duas vezes. Tudo bem, só que isto já prejudica um pouco a correspondência entre os dois ofícios. Outra coisa, o turíbulo com os perfumes é usado apenas na primeira vez em que o Sumo Sacerdote adentra no Lugar Santíssimo. Uma vez que o incenso geralmente representa as orações que sobem aos céus, isto bem poderia ser usado para simbolizar a intercessão de Jesus (cf. Hb 7,25), mas aí teríamos de manter a primeira entrada ou unir a incensação à expiação pelos pecados da assembléia. Enfim..
Quando Jesus sair do Santo dos Santos, Ele voltará à terra, para purificá-la. Isto supostamente poderia ser significado pela purificação da tenda da reunião, "que está com eles no meio de suas imundícies." (v.16b) A dificuldade é que, segundo o que se diz, não deve haver ninguém quando Ele fizer isso. O antítipo exigiria que todos estivessem mortos ou arrebatados. E mais: é dito que ninguém pode estar na tenda enquanto Aarão estiver fazendo "a expiação no santuário até que saia" (v.17), o que dificulta imensamente a adequação de uma coisa à outra, pois isto implicaria que desde 1844 ninguém mais estivesse na terra. Mas essa identificação da tenda do santuário com a terra quem está fazendo sou eu. Nunca vi nenhum trecho adventista que a defendesse. Apenas me pareceu dever fazê-lo, uma vez que a purificação no fim dos tempos é geral, e uma vez que o Dia da Expiação judeu simbolizaria esta purificação total, de modo que a terra teria de ser representada por algum tipo. Com efeito, sabe-se que para as religiões tradicionais - portanto, para o judaísmo -, o templo é uma representação de todo o cosmos. É por isso que Jesus associa a destruição do templo de Jerusalém com a destruição do mundo. Qual seria, então, o correspondente antitípico da tenda da reunião? Notemos que o Santuário somente estará purificado depois da purificação deste último lugar.
Se se quiser ver nesta tenda um símbolo de algum outro compartimento do céu, surge o problema de esta tenda estar no meio das imundícies das pessoas.
Uma vez tendo feito isso tudo é que Jesus voltaria. Se assim é, então a tenda da reunião - seja lá o que for o seu antítipo - é purificada antes da Parusia.
Depois disso tudo, Aarão traz o bode vivo - aquele que foi sorteado para Azazel -, impõe as mãos sobre a cabeça dele e confessa todas as iniquidades dos israelitas. Um adendo: como Aarão poderia fazer isso se não as conhecesse? E como poderia conhecê-las se elas não lhes fossem contadas? Se isto procede, então é forçoso aceitar que a confissão auricular dos pecados já existia.
Segundo o adventismo, este bode, que é enviado a Azazel, representa Satanás que no final dos tempos será responsabilizado pelos pecados de todo o universo e, em seguida, será afastado, irá para o deserto, símbolo da sua destruição. Uma dificuldade aqui é que o bode não é Azazel, mas é enviado para Azazel, que é uma entidade demoníaca que habitava no deserto. Se o bode representa Satanás, a conclusão é que Satanás é enviado a algum demônio, o que não parece fazer muito sentido.
Mas, enfim, depois dessas coisas, estaria iniciada a vida eterna para os fiéis de Deus.
Bem, pelo menos segundo o ensino da IASD. Contudo, o ministério de Aarão não acaba aí. Ele prossegue, e sem qualquer antítipo correspondente segundo o adventismo. Eles simplesmente não tratam disso. Vejamos:
"Quando o bode tiver sido mandado para o deserto, Aarão voltará para a tenda de reunião, tirará as vestes de linho que ele pôs à sua entrada no santuário, e as deporá ali." (v. 23)
"Lavará o seu corpo no lugar santo, retomará depois suas vestes e sairá para imolar o seu holocausto e o do povo, fazendo a expiação por ele e pelo povo." (v. 24)"Queimará no altar a gordura do sacrifício pelo pecado." (v. 25)
Como se vê, ainda há expiação depois de tudo isso. Esta expiação pós-purificação do Santuário não é explicada pela Profecia do Santuário.
Por fim, vamos a mais algumas dificuldades. Os adventistas gostam de relacionar o livro de Levíticos com o de Hebreus. Esta relação de fato é real. Mas São Paulo não parece endossar o duplo ministério de Jesus pós-ressurreição. Vejamos alguns trechos:
"Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus." (Hb 1,3)
Segundo Paulo, Jesus realizou a purificação total dos pecados na Cruz. Aí Ele completou a Sua obra expiatória, e está, já, sentado à direita de Deus "no mais alto dos céus."
"Temos, portanto, um grande Sumo-sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus." (Hb 4,14)
Por chamar Jesus de "Sumo-sacerdote" e dizer que Ele "penetrou nos céus", Paulo estabelece uma comparação com a penetração do Sumo-Sacerdote no Lugar Santíssimo, pois entrar no Santo dos Santos era permitido a qualquer sacerdote e podia ocorrer todos os dias. No Lugar Santíssimo, porém, só o Sumo Sacerdote. Portanto, segundo Paulo, Jesus penetrou no Lugar Santíssimo depois da Sua ascensão.
"Esperança esta que seguramos qual âncora de nossa alma, firme e sólida, e que penetra até além do véu, no santuário, onde Jesus entrou por nós como precursor, Pontífice eterno, segundo a ordem de Melquisedec." (Hb 6,19-20)
Jesus entrou além do véu, no Santuário. Embora o Santuário tivesse dois véus, o que separava o Lugar Santíssimo do Lugar Santo, e o que separava este do Pátio, o véu mais "famoso" pela sua importância e por guardar o compartimento onde estava a Arca da Aliança, é o primeiro. Portanto, dizer que Jesus entrou além do véu é dizer que Ele foi ao Lugar Santíssimo, e isso desde o tempo de Paulo.
"Assim sendo, enquanto na primeira parte do tabernáculo entram continuamente os sacerdotes para desempenhar as funções, no segundo entra apenas o sumo-sacerdote, somente uma vez ao ano, e ainda levando consigo o sangue para oferecer pelos seus próprios pecados e pelos do povo. Com o que significava o Espírito Santo que o caminho do Santo dos Santos ainda não estava livre, enquanto subsistisse o primeiro tabernáculo." (Hb 9,6-8)
Aqui Paulo mostra que a necessidade de o sumo sacerdote adentrar no Lugar Santíssimo apenas uma vez ao ano mostra que "o caminho do Santo dos Santos ainda não estava livre." Se o verbo é usado no passado, significa que agora - no tempo de Paulo - ele está livre. Portanto, não é necessário mais que se dê este ministério específico do sumo-sacerdote.
"Porém, já veio Cristo, Sumo-sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo), sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna." (Hb 9,11-12)
Paulo diz que Jesus, Sumo Sacerdote, entrou de uma vez por todas no santuário. Se houvesse, na época dele, mais algum compartimento celeste para entrada futura, Paulo não diria que Jesus entrou "de uma vez por todas."
"Enquanto todo sacerdote se ocupa diariamente com o seu ministério e repete inúmeras vezes os mesmos sacrifícios que, todavia, não conseguem apagar os pecados, Cristo ofereceu pelos pecados um único sacrifício e logo em seguida tomou lugar para sempre à direita de Deus." (Hb 10,11-12)
Aqui se diz que Nosso Senhor tomou lugar para sempre à direita de Deus, isto é, adentrou já de uma vez no Lugar Santíssimo depois da Sua ascensão. Está sentado. Embora interceda, não realiza um ministério de expiação restante.
Como se vê, Paulo não sugere que Jesus esteja realizando mais alguma coisa, agora. A expiação está completa, e isso desde a Cruz. Mas, ainda que assim não fosse, não haveria razão de ser para que o antítipo do Dia da Expiação tivesse começado em 1844 e ainda não tivesse terminado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.