Tradutor / Translator


English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Católicos no mundo contemporâneo

Já não é estranho para aqueles que assumem um catolicismo integral e real que sejam vistos, nos dias de hoje, como retrógrados e quase extraterrestres. Desde os tempos de Jesus, os cristãos não eram muito estimados. Ninguém permanecia indiferente ao próprio Cristo, ou o amavam, ou o odiavam. Enfim, hoje vivenciamos um tempo difícil onde a convicção da nossa Fé tem de ser firme. A onda do laicismo, que mais tende à anti-religião, não consiste apenas num evento natural que aconteceu e aí está. Há toda uma intenção de pessoas em abolir qualquer que seja a visão espiritual das consciências. Querem matar Deus de novo, mas agora nos corações dos cristãos, como escreveu alguém. E o processo de tentativa já se acha bem adiantado, pois Nietzsche já proclamava a morte de Deus. Ora, eu escrevi “tentativa” porque nunca virá a termo esta proposta luciferina. No entanto, muitos católicos têm cedido às visões toscas que se tem difundido contra a Igreja e contra a religião. Utilizando-se de uma historicidade adulterada, muitos tentam fomentar no coração dos católicos uma certa descrença pela sua Igreja, pelos seus dogmas, pela sua doutrina, pela sua origem e, até mesmo, pela dignidade do seu fundador. Presenciamos, aqui e ali, católicos que assim se dizem, mas que não aceitam isto ou aquilo que a Igreja propõe, que não apreciam Sua Santidade o Papa, que discordam neste ou naquele ponto da doutrina da Igreja. É triste ver que a fé destas pessoas nunca se fortaleceu e que preferem acreditar em teorias fajutas à força de manipulações de fatos históricos que não aconteceram como se contam, de teorias sofistas que visam apenas a destruição da religião porque tem se oposto a um suposto progresso da humanidade. Não é à toa que a Sagrada Escritura diz: “maldito o homem que confia em outro homem”. O resultado desta negação de Deus e de aparente independência do homem como senhor de si mesmo, não tem resultado na prometida felicidade. A relativização dos valores, encarados hoje como tabus puramente culturais, tem dado ao homem uma ilusão de libertação, mas... pura ilusão que não se sustenta senão à constante afirmação de sua mentira por parte do homem, enquanto, na verdade, este tende a se perder num redemoinho de ficções. É irônico ver que, o tempo progride, mas o homem destes tempos parece querer a barbárie. Sim, se está provado que o homem é um animal somente, como o disse Darwin, que não há nada além desta existência, como o afirmou Sartre, que o homem deve satisfazer seus desejos sem escrúpulos, como disse Freud, e que Deus morreu, como escreveu Nietzsche, então, que sentido tem em ser virtuoso, seguir uma instituição puramente cultural que se baseia em valores ultrapassados e cujo autor, embora se declarasse Deus, estava enganado ou mentiu? Esta é a lógica que querem impor aos católicos e a toda civilização com o objetivo de extirpar do mundo a crença em Deus. E, embora não venham a obter o sucesso absoluto desta ridícula empresa, têm feito muitos males a muitos católicos e cristãos em geral, cujos fundamentos não se tornaram firmes.

Os antigos filósofos, os pré-socráticos, embora tão distantes de nós por viverem em tempos tão antigos, apreciavam profundamente a vida de virtude. Faziam-se pobres, renunciavam ter famílias, fascinavam-se pela castidade, eram íntegros, verdadeiros, justos e todas estas virtudes faziam parte de sua educação para os novos filósofos. Não se concebia que um filósofo não fosse virtuoso. Havia um destaque intenso neste sentido. E nós, aparentemente mais evoluídos, desprezamos a virtude como algo qualquer. Claro, numa sociedade hedonista, onde só vale a competição, a vitória sobre o outro, a mentira, a satisfação dos desejos mais torpes, o consumismo, o imediatismo, a comodidade, a posse de bens materiais. Creio que se os antigos filósofos pudessem observar o futuro e nos vissem, se envergonhariam do rumo que a humanidade tomaria em dados dias. Em lembrar que Sócrates deu sua vida por aquilo que acreditava. O mundo de hoje não cultiva verdades e valores que sejam mais valiosos que a vida, e, se alguém o faz, é tido como retrógrado e alienado. Lembro-me também da frase de D. Estêvão Bettencourt: "se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria a Cristo".

Hoje, nós como católicos devemos ser fiéis à Santa e Infalível Igreja Católica. A nossa grande necessidade hoje consiste em dois sentidos: 1º sermos pessoas sérias de espiritualidade profunda, ou, como disse Pe. Roberto Lettieri, homens e mulheres de mistério. 2º sermos apologéticos de respeito, isto é, estarmos em condições de defender a Igreja onde quer que for. Para isto é necessário que nos lancemos ao estudo de sua história, que a conheçamos como realmente aconteceu, que conheçamos a pureza de sua doutrina e que evitemos erros heréticos que são comuns hoje, como por exemplo, a teologia da libertação que, de teologia, só tem o nome. Os cristãos convictos nos tempos atuais incomodam a muitos e serão perseguidos e criticados. Mas devemos permanecer fiéis e seguros. Isto se dá porque a nossa atitude de Fé firme em Deus, denuncia a fragilidade de valores dos inimigos da religião. Devemos conhecer a Deus verdadeiramente, sem invenções, sem caricaturas, mas conhecê-lo como Ele é. Para que não nos enganemos, devemos procurá-lo na Igreja e não fora dela. O Esposo é fiel à sua Esposa. Uma vez escutei de uma pregadora católica mais ou menos o seguinte: "para cada tipo de pessoa, uma igreja diferente". Nada mais errado. Jesus é um só. Devemos amar os nossos irmãos e, como Paulo escreveu, "pregarmos oportuna e inoportunamente". Claro que muitas vezes seremos convidados a pregar num estilo franciscano: "anunciai o Evangelho a todos; se preciso for, use as palavras". Apenas a nossa atitude silenciosa muitas vezes poderá ser mais eficaz do que nossas palavras. Devemos, enfim, crer que a Igreja é Mestra em Fé e Moral. Devemos seguí-la, obedecê-la e, se por acaso ela proclamar algo que a princípio não concordarmos, façamos o doce exercício de nos resignarmos e nos submetermos à voz daquela que sabemos ser a depositária dos tesouros de Cristo. Se uma criança acha que não deve escovar os dentes, mas o pai afirma que deve, quem está certo? É preciso submissão, obediência. Alguns dos inimigos da religião chamarão isto de "dominação de massas"; nós, no entanto, chamamos de amor. Ser católico requer seriedade. Jesus mesmo disse: "Quem não está comigo, está contra mim". Estejamos com Cristo.
Blog Widget by LinkWithin

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...