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Aproxima-se o Natal


Já sopram os ares da época mais doce do ano. Época que, embora repita-se ano após ano, refle um momento singular no tempo, de implicâncias eternas. Este evento foi, não só um divisor de águas, mas o divisor da história.

Na plenitude dos tempos, enviou Deus o Seu Filho Unigênito, ao seio de uma Virgem chamada Maria. O Incriado foi gerado no ventre de uma menina que disse sim a Deus e assumiu, então, a orfandade do mundo. A humanidade jazia nas trevas. A lei não justificava... Desde o pecado de Adão, a ligação entre Deus e os homens fora rompida. Todo acontecimento do Antigo Testamento é uma preparação para a vinda do Messias tão aguardado. São as prévias do grande esponsal. Para ser a mãe do Salvador, meninas da Judéia casam-se cedo. Aqui e ali levantam-se vozes proclamando serem o esperado. Algo muito precioso estava iminente. O Rei viria até nós... Preparemo-nos. Ele salvará os homens e estenderá o Seu reinado sobre a terra. Ele governará com cetro de ferro!

E, de fato, nasceu o divino infante. Do seio da Virgem Maria, rompeu o grito do Eterno, numa noite fria, na solidão de um estábulo. Nasceu em Belém, a Casa do Pão, Ele que será o Pão da Vida. Nasceu numa manjedoura, justamente onde se alimentam os animais, o boi e o burro que, conforme Isaías, conhecem o estábulo do seu Senhor. O Onipotente viria a nós como um indefeso e, quieto, repousava no colo ditoso de Maria Santíssima. Oh, que mistério! Diante disto, até os infernos se calaram. Oh espetáculo celeste: Deus fazer-se criancinha! E veio a nós, pobre, numa noite fria, sem um lugar pra ficar, na companhia de Sua Mãe, de Seu pai adotivo e dos animais que por alí habitavam. Deus nasceu... sem festa, sem alarde, na perfeita pobreza que lhe será característica por toda a vida e que Ele ensinará aos seus. O Amor, enfim, habitou entre nós, o Verbo, o Emanuel.

Dobrem-se diante dEle todos os reis da terra, assim como os pastores... os grandes e pequenos. Ofereçam ao Rei verdadeiro o melhor de si. Imitem-no resignado. Curvem-se diante de Sua Majestade, e O adorem. Desçam até as entranhas da terra, numa perfeita prostração e humilhação diante do Cristo, que humilhou-se até a nossa condição para nos elevar à Sua. Oh esponsal. Por amor, Deus toma a nossa semelhança, encarna-se, assume a nossa natureza, para que a união seja completa. E qual foi o motivo de tal ato divino? Na perfeita gratuidade, Deus o fez por amor. Quis tornar-se cativo de nosso coração, quis conquistar-nos de vez, quis chamar-nos à Sua intimidade.

Neste natal, me dê licença o Papai Noel (não precisa aparecer...), pois quero, neste silêncio, nesta quietude simplesmente fazer-Lhe companhia e contemplá-Lo nos braços da Virgem Mãe. Nada de algazarras, nada de barulhos ou distrações. A grande alegria dos homens surgiu, como estrela singular, rompeu as trevas e nos anunciou um novo dia, dia que não terá ocaso, pois Seu Reino durará para sempre. Deixem-me aqui, sozinho, com Ele. Quero imitá-Lo, no Seu silêncio, na Sua pobreza, na Sua solidão, no Seu amor.

Deixarei a casa da minha mãe e me unirei ao Amado. E seremos um só. Ele me introduzirá na Sua adega, e lá estarei, em perfeita alegria. Assim seja, amém.

Fábio Luciano
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