Pe. Ronald knox
Encontraremos na atualidade críticos racionalistas que, no seu afã de desacreditar todo o elemento sobrenatural dos Evangelhos, nos dirão que o episódio dos cinco mil é nem mais nem menos que a história de um sacramento que foi falsamente representado como milagre. “O Senhor – dir-nos-ão – levou consigo cinco mil fiéis e iniciou-os no mistério de um alimento de sacrifício, dividindo cinco pães entre eles de uma maneira simbólica. Depois teria surgido a história - naturalmente, errada – de que os minúsculos pedaços de pão que aqueles comungantes receberam tinham sido dotados da eficácia sobrenatural de lhes satisfazer a fome corporal”.
Ora bem, a idéia de que o alimento dos cinco mil foi um sacramento e não um milagre, é duplamente falsa. O acontecimento relatado por todos os evangelistas, incluído S. João, põem em destaque fundamentalmente o elemento milagroso. De outro modo, é difícil compreender por que se nos fala dos doze cestos de comida que sobraram. E, ao mesmo tempo, nenhum evangelista sugere que o alimento em questão tivesse caráter sacramental. Todos eles dão por assente que a finalidade primária do milagre foi a de satisfazer uma necessidade física comum. Foi um milagre e não um sacramento, e, no entanto, foi um milagre que tinha em vista preparar o caminho para um sacramento e fazer com que a doutrina sacramental fosse mais facilmente acolhida pela nossa débil fé.
Mas esse milagre teve, além disso, outro aspecto instrutivo: sublinhou as coincidências e as diferenças entre a antiga aliança feita por Deus com os judeus, e a nova aliança , que entrou em vigor com a Igreja cristã. Sob a antiga lei, Deus escolheu para si uma assembléia – ou Igreja, a palavra é a mesma – para que fosse o seu povo escolhido. Conduziu-o durante longos anos através do deserto até que chegou a Canaã, a terra prometida. Sob a nova lei, escolheu para si uma assembléia ou Igreja e prometeu conduzi-la através do deserto deste mundo transitório até chegar ao repouso que preparou para os seus membros na vida futura. O seu antigo povo, o judeu, orecusava de alimento material para a sua peregrinação material pelo deserto (cfr. Êx 16, 31-35), e, por isso, Deus deu-lhes o maná do céu. O seu novo povo, a Igreja cristã, precisaria de alimento espiritual para a sua peregrinação espiritual. Por isso, deu-lhes o Pão do céu, que é o seu próprio corpo.
O milagre dos cinco mil é, por conseguinte, uma fase intermediária entre o presente do maná do deserto e o da própria carne e sangue do Senhor na Sagrada Eucaristia. Teve por fim corrigir as idéias que os discípulos judeus pudessem formar sobre o que deviam esperar quando rezavam pedindo alimento do céu. Como tipo mais perfeito do Santíssimo Sacramento, a multiplicaçao dos pães para os cinco mil serve de analogia e de contraste com o dom do maná aos israelitas. Vou mencionar três aspectos que põem de relevo a analogia e outros três em que se destaca o contraste.
Em primeiro lugar, a analogia. O maná foi concedido para ser alimento no deserto a cada dia. A provisão de maná nunca faltou durante quarenta dias, mas tinha de ser recolhida diariamente. Não se podia guardá-la para o dia seguinte. Do mesmo modo, Cristo dá aos seus discípulos unicamente o necessário para se alimentarem no deserto próximo do mar da Galiléia. Não levam nada para suas casas.
Assim também a Sagrada Eucaristia é o pão diário da nossa peregrinação. Quando atravessarmos as portas da morte e alcançarmos, pela misericórdia de Deus, a terra da nossa esperança, já não precisaremos de sinais nem de sacramentos: no céu, não é necessária a comunhão. Mas, até que chegue esse momento, a Sagrada Eucaristia poderá ser para nós – deverá ser – o alimento diário que renove em nós, dia após dia, a imagem da caridade do Senhor. A ração alimentícia para a caminhada de cada jornada: isso é o que a sagrada comunhão deve ser.
Continuando, convém observar, no relato do milagre, as palavras “todos comeram”. Foi o mesmo alimento para todos os discípulos do Senhor, um alimento comum a todos, e, opor conseguinte, participar dele foi um sinal de afiliação. Sob a lei antiga, a participação no maná era um laço que unia aqueles peregrinos do deserto: Todos comiam – diz São Paulo – o mesmo alimento espiritual (I Cor 10, 3).
Também para nós, cristãos, a Sagrada Eucaristia é um laço que testemunha e, ao mesmo tempo, promove a nossa unidade cristã. Assim como a baguete de pão procede de muitos grãos diferentes, assim nós, indivíduos diferentes uns dos outros, nos convertemos num só corpo quando recebemos a sagrada comunhão e nos incorporamos a Cristo. O fato de participarmos do altar único é a prova, o penhor, o laço da nossa afiliação cristã.
Os filhos de Israel no deserto não recolhiam todos a mesma quantidade de maná, mas cada qual conforme as necessidades da sua família: um recohia mais, outro menos, mas não tinha mais quem tinha recolhido mais, nem menos quem tinha recolhido menos (cfr. Êx 16, 18). Sob a direção divina, cada um satisfazia as suas necessidades na medida exata do que precisava.
A mesma coisa acontece, sem dúvida, com o alimento espiritual que procede da Sagrada Eucaristia. A mesma hóstia consagrada que um cristão mediano como nós recebe na sua vigília diária, mas dela não tira energias para creser em piedade, basta para inspirar a um santo um nível mais alto de oração incessante e de heróicas mortificações. Deus concede a sua graça numa medida mais ampla quando encontra vasos vazios para recebê-la. Na multiplicação dos pães, diz o Evangelho que todos comeram e ficaram saciados, mas cada um se saciou de acordo com a fome que tinha: o mesmo acontece, dia após dia, diante do altar da comunhão.
A ração diária para a caminhada diária, o laço de companheirismo, a suficiência proporcional às necessidades de cada qual: tais foram as características do maná no deserto, tais foram também as do pão milagrosamente multiplicado, e tais são as do dom que recebemos na sagrada comunhão. Vejamos agora os elementos contrastantes.
Os israelitas no deserto encontravam o maná não longe das suas tendas, mas mesmo assim tinham de sair do acampamento e recolhê-lo por esforço próprio. A os Apóstolos também quiseram tratar do mesmo modo a multidão – que cada um se arranjasse: Despede as turbas, para que vão pelas aldeias e povoados próximos e procurem alimento e hospedagem. Mas o Senhor não o consentiu: Dai-lhes vós de comer (Lc 9,12).
Prefigurava, sem dúvida, a administração do seu grande sacramento. Sob a nova lei, com efeito, a graça vem à nossa própria porta. Meçamos o trabalho que nos custa frequentar o sacramento do altar em comparação com o valor desse dom e a generosidade com que nos é concedido, e vejamos se não é caso para nos sentirmos envergonhados da nossa tacanhice: Eu sou o Senhor, teu Deus (...): abre tua boca e eu a encherei (Sal 83,11).
Existe outra grande direfença. Sob a antiga lei, o homem não podia fazer nada por si mesmo. Tinha qde ser um simples prisioneiro da bondade divina. Mas, segundo a nova lei, o homem restaurado pela graça goza do privilégio de oferecer alguma coisa a Deus, além de receber os seus dons. Dai-lhes vós de comer. É verdade que o que podemos fazer é infinitamente pequeno: como poderá um homem conseguir pão aqui no deserto da nossa vida? Mas é alguma coisa: quantos pães tendes?
É muito pouco o que podemos fazer, mas é alguma coisa, e Deus condescende em pedir-nos esse pouco. Só cinco pães, armazenados por uma mãe previdente na mochila de um colegial, mas essa foi a ajuda humana que Deus pediu para dar de comer aos cinco mil. No sacramento da sua carne e do seu sangue, o Senhor pede-nos também que dmeos alguma coisa, alguma coisa que represente o pão e o vinho que vão ser a matéria do sacrifício, mas temos de contribuir com esse nada para o seu banquete. A Sagrada Eucaristia não tem por fim criar boas disposições em nós, como acontece com o batismo, mas propriamente transformar e multiplicar a nossa fé vacilante e a nossa tíbia caridade. De onde tiraremos isso que nos pede, de onde? Pois bem, do pouco que tenhamos. Ele fará o resto.
E, por último, existe outro contraste: sob a nova aliança, o milagre não se limita à satisfação estrita da nossas necessidades. A graça vai muito além dessa medida. O maná, se os filhos de Israel não o utilizavam, derretia-se sob o sol do meio-dia. Não assim na Galiléia: Recolhei os restos para que não se percam. Assim o fizeram, e encheram doze cestos com os pães que sobraram.
E o mesmo acontece no sacramento da Sagrada Eucaristia, muito embora o simples fato de o Senhor se dar a nós em alimento já supere de longe os outros milagres. Ele duplica a sua generosidade ao permanecer conosco para ser adorado no ostensório ou no tabernáculo: não se conforma com satisfazer a nossa fome, mas cumula-nos de mimo cada vez que dirigimos as nossas orações ao sacrário, onde estão recolhidas as sobras da sua graça. Ó benfeitor principesco, cujas sobras são por si sós uma colheita!
Que Ele possa – depois de nos sustentar tão misericordiosamente nesta vida com esse alimento celestial que é o seu corpo despedaçado e o seu sangue derramado por nós – levar-nos com segurança à sua terra de promissão, onde já não o veremos sob os véus sacramentais, mas face a face, e nos saciaremos com a abundância da sua casa para sempre.
É impossível lermos o relato do milagre pelo qual o Senhor multiplicou cinco pães para dar alimento a cinco mil pessoas sem que nos lembremos do Santíssimo Sacramento. Mas é conveniente que pensemos de modo preciso na relação que existe entre o milagre e o sacramento.
Encontraremos na atualidade críticos racionalistas que, no seu afã de desacreditar todo o elemento sobrenatural dos Evangelhos, nos dirão que o episódio dos cinco mil é nem mais nem menos que a história de um sacramento que foi falsamente representado como milagre. “O Senhor – dir-nos-ão – levou consigo cinco mil fiéis e iniciou-os no mistério de um alimento de sacrifício, dividindo cinco pães entre eles de uma maneira simbólica. Depois teria surgido a história - naturalmente, errada – de que os minúsculos pedaços de pão que aqueles comungantes receberam tinham sido dotados da eficácia sobrenatural de lhes satisfazer a fome corporal”.
Ora bem, a idéia de que o alimento dos cinco mil foi um sacramento e não um milagre, é duplamente falsa. O acontecimento relatado por todos os evangelistas, incluído S. João, põem em destaque fundamentalmente o elemento milagroso. De outro modo, é difícil compreender por que se nos fala dos doze cestos de comida que sobraram. E, ao mesmo tempo, nenhum evangelista sugere que o alimento em questão tivesse caráter sacramental. Todos eles dão por assente que a finalidade primária do milagre foi a de satisfazer uma necessidade física comum. Foi um milagre e não um sacramento, e, no entanto, foi um milagre que tinha em vista preparar o caminho para um sacramento e fazer com que a doutrina sacramental fosse mais facilmente acolhida pela nossa débil fé.
Mas esse milagre teve, além disso, outro aspecto instrutivo: sublinhou as coincidências e as diferenças entre a antiga aliança feita por Deus com os judeus, e a nova aliança , que entrou em vigor com a Igreja cristã. Sob a antiga lei, Deus escolheu para si uma assembléia – ou Igreja, a palavra é a mesma – para que fosse o seu povo escolhido. Conduziu-o durante longos anos através do deserto até que chegou a Canaã, a terra prometida. Sob a nova lei, escolheu para si uma assembléia ou Igreja e prometeu conduzi-la através do deserto deste mundo transitório até chegar ao repouso que preparou para os seus membros na vida futura. O seu antigo povo, o judeu, orecusava de alimento material para a sua peregrinação material pelo deserto (cfr. Êx 16, 31-35), e, por isso, Deus deu-lhes o maná do céu. O seu novo povo, a Igreja cristã, precisaria de alimento espiritual para a sua peregrinação espiritual. Por isso, deu-lhes o Pão do céu, que é o seu próprio corpo.
O milagre dos cinco mil é, por conseguinte, uma fase intermediária entre o presente do maná do deserto e o da própria carne e sangue do Senhor na Sagrada Eucaristia. Teve por fim corrigir as idéias que os discípulos judeus pudessem formar sobre o que deviam esperar quando rezavam pedindo alimento do céu. Como tipo mais perfeito do Santíssimo Sacramento, a multiplicaçao dos pães para os cinco mil serve de analogia e de contraste com o dom do maná aos israelitas. Vou mencionar três aspectos que põem de relevo a analogia e outros três em que se destaca o contraste.
Em primeiro lugar, a analogia. O maná foi concedido para ser alimento no deserto a cada dia. A provisão de maná nunca faltou durante quarenta dias, mas tinha de ser recolhida diariamente. Não se podia guardá-la para o dia seguinte. Do mesmo modo, Cristo dá aos seus discípulos unicamente o necessário para se alimentarem no deserto próximo do mar da Galiléia. Não levam nada para suas casas.
Assim também a Sagrada Eucaristia é o pão diário da nossa peregrinação. Quando atravessarmos as portas da morte e alcançarmos, pela misericórdia de Deus, a terra da nossa esperança, já não precisaremos de sinais nem de sacramentos: no céu, não é necessária a comunhão. Mas, até que chegue esse momento, a Sagrada Eucaristia poderá ser para nós – deverá ser – o alimento diário que renove em nós, dia após dia, a imagem da caridade do Senhor. A ração alimentícia para a caminhada de cada jornada: isso é o que a sagrada comunhão deve ser.
Continuando, convém observar, no relato do milagre, as palavras “todos comeram”. Foi o mesmo alimento para todos os discípulos do Senhor, um alimento comum a todos, e, opor conseguinte, participar dele foi um sinal de afiliação. Sob a lei antiga, a participação no maná era um laço que unia aqueles peregrinos do deserto: Todos comiam – diz São Paulo – o mesmo alimento espiritual (I Cor 10, 3).
Também para nós, cristãos, a Sagrada Eucaristia é um laço que testemunha e, ao mesmo tempo, promove a nossa unidade cristã. Assim como a baguete de pão procede de muitos grãos diferentes, assim nós, indivíduos diferentes uns dos outros, nos convertemos num só corpo quando recebemos a sagrada comunhão e nos incorporamos a Cristo. O fato de participarmos do altar único é a prova, o penhor, o laço da nossa afiliação cristã.
Os filhos de Israel no deserto não recolhiam todos a mesma quantidade de maná, mas cada qual conforme as necessidades da sua família: um recohia mais, outro menos, mas não tinha mais quem tinha recolhido mais, nem menos quem tinha recolhido menos (cfr. Êx 16, 18). Sob a direção divina, cada um satisfazia as suas necessidades na medida exata do que precisava.
A mesma coisa acontece, sem dúvida, com o alimento espiritual que procede da Sagrada Eucaristia. A mesma hóstia consagrada que um cristão mediano como nós recebe na sua vigília diária, mas dela não tira energias para creser em piedade, basta para inspirar a um santo um nível mais alto de oração incessante e de heróicas mortificações. Deus concede a sua graça numa medida mais ampla quando encontra vasos vazios para recebê-la. Na multiplicação dos pães, diz o Evangelho que todos comeram e ficaram saciados, mas cada um se saciou de acordo com a fome que tinha: o mesmo acontece, dia após dia, diante do altar da comunhão.
A ração diária para a caminhada diária, o laço de companheirismo, a suficiência proporcional às necessidades de cada qual: tais foram as características do maná no deserto, tais foram também as do pão milagrosamente multiplicado, e tais são as do dom que recebemos na sagrada comunhão. Vejamos agora os elementos contrastantes.
Os israelitas no deserto encontravam o maná não longe das suas tendas, mas mesmo assim tinham de sair do acampamento e recolhê-lo por esforço próprio. A os Apóstolos também quiseram tratar do mesmo modo a multidão – que cada um se arranjasse: Despede as turbas, para que vão pelas aldeias e povoados próximos e procurem alimento e hospedagem. Mas o Senhor não o consentiu: Dai-lhes vós de comer (Lc 9,12).
Prefigurava, sem dúvida, a administração do seu grande sacramento. Sob a nova lei, com efeito, a graça vem à nossa própria porta. Meçamos o trabalho que nos custa frequentar o sacramento do altar em comparação com o valor desse dom e a generosidade com que nos é concedido, e vejamos se não é caso para nos sentirmos envergonhados da nossa tacanhice: Eu sou o Senhor, teu Deus (...): abre tua boca e eu a encherei (Sal 83,11).
Existe outra grande direfença. Sob a antiga lei, o homem não podia fazer nada por si mesmo. Tinha qde ser um simples prisioneiro da bondade divina. Mas, segundo a nova lei, o homem restaurado pela graça goza do privilégio de oferecer alguma coisa a Deus, além de receber os seus dons. Dai-lhes vós de comer. É verdade que o que podemos fazer é infinitamente pequeno: como poderá um homem conseguir pão aqui no deserto da nossa vida? Mas é alguma coisa: quantos pães tendes?
É muito pouco o que podemos fazer, mas é alguma coisa, e Deus condescende em pedir-nos esse pouco. Só cinco pães, armazenados por uma mãe previdente na mochila de um colegial, mas essa foi a ajuda humana que Deus pediu para dar de comer aos cinco mil. No sacramento da sua carne e do seu sangue, o Senhor pede-nos também que dmeos alguma coisa, alguma coisa que represente o pão e o vinho que vão ser a matéria do sacrifício, mas temos de contribuir com esse nada para o seu banquete. A Sagrada Eucaristia não tem por fim criar boas disposições em nós, como acontece com o batismo, mas propriamente transformar e multiplicar a nossa fé vacilante e a nossa tíbia caridade. De onde tiraremos isso que nos pede, de onde? Pois bem, do pouco que tenhamos. Ele fará o resto.
E, por último, existe outro contraste: sob a nova aliança, o milagre não se limita à satisfação estrita da nossas necessidades. A graça vai muito além dessa medida. O maná, se os filhos de Israel não o utilizavam, derretia-se sob o sol do meio-dia. Não assim na Galiléia: Recolhei os restos para que não se percam. Assim o fizeram, e encheram doze cestos com os pães que sobraram.
E o mesmo acontece no sacramento da Sagrada Eucaristia, muito embora o simples fato de o Senhor se dar a nós em alimento já supere de longe os outros milagres. Ele duplica a sua generosidade ao permanecer conosco para ser adorado no ostensório ou no tabernáculo: não se conforma com satisfazer a nossa fome, mas cumula-nos de mimo cada vez que dirigimos as nossas orações ao sacrário, onde estão recolhidas as sobras da sua graça. Ó benfeitor principesco, cujas sobras são por si sós uma colheita!
Que Ele possa – depois de nos sustentar tão misericordiosamente nesta vida com esse alimento celestial que é o seu corpo despedaçado e o seu sangue derramado por nós – levar-nos com segurança à sua terra de promissão, onde já não o veremos sob os véus sacramentais, mas face a face, e nos saciaremos com a abundância da sua casa para sempre.
Pe. Ronald Knox, Reflexões sobre a Eucaristia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.