Maria Santíssima é a mãe de Deus, já que Jesus é Deus. É importante frisar que ela é legitimamente mãe de Deus, embora Deus exista desde a eternidade. O ponto é que, embora Jesus tenha duas naturezas, e só a natureza humana tenha uma origem, elas estão unidas numa só Pessoa. É o que se chama "União Hipostática". Logo, Maria gerou a Nosso Senhor em seu ventre e se tornou mãe d'Ele.
Nossa Senhora foi declarada pelo Arcanjo Gabriel plena de graça, e isto numa época em que todos nós, seres humanos, éramos ainda inimigos de Deus, isentos da Graça. Isto nos mostra como ela foi preservada, desde a sua concepção, da mancha do Pecado Original. Claro que isto foi feito já em função dos Méritos de Cristo. Nossa Senhora é comparada à aurora que chega antes do Sol, mas que só existe por causa do Sol.. Quando vemos a aurora, mesmo que não tenhamos visto ainda o Sol, sabemos que ele está a chegar. Assim foi Maria Santíssima.
Ela desempenha o papel oposto ao de Eva. Eva, tentada por um anjo, Lúcifer, encheu-se de soberba e deu ao mundo o fruto da perdição, de onde nos veio toda a miséria e morte. Maria, anunciada por um Arcanjo, Gabriel, confirmou sua humildade submetendo-se inteiramente ao projeto divino e concebeu e gerou e deu à luz Nosso Senhor, Jesus Cristo, fruto da vida para a Salvação do Mundo. Ora, de todas as graças, a maior delas é o próprio autor da Graça, Jesus Cristo, Deus Conosco. Se a maior das graças nos veio por meio de Maria, todas as demais devem vir, obviamente, também por meio dela.
A Virgem é o caminho que Deus escolheu para vir a nós; é, portanto, o caminho pelo qual nós devemos ir a Ele.
Ela gerou a Cabeça da Igreja, que é o Cristo. Deve, portanto, gerar todos os membros que somos nós.
Neste sentido, não há, estritamente falando, santidade sem ser por ela. E isto não porque a Virgem Maria tenha qualquer poder autônomo, paralelo ao de Deus, mas porque, em virtude de sua abismal humildade, o próprio Deus quis que assim fosse.
Para o católico, portanto, ser mariano não é questão de escolha, como acontece com a devoção aos demais santos. Para nós, a devoção à Virgem Maria é obrigatória. Devemos tê-la por Mãe, pois o próprio Jesus - o Novo Adão -, do alto da Cruz - a Árvore da Vida - nos deu Maria - A Nova Eva - como Mãe. Depois, ela foi consagrada, quando da sua Assunção, Senhora e Rainha nossa. E, mesmo depois de tudo isso, Maria ainda permanece sendo um grande mistério para nós. Não alcançamos a profundidade deste mistério nem a altura da sua grandeza, bem como não conseguimos sondar a imensidão da sua humildade.
Nos recomendemos, então, sempre a ela, pois não houve ser humano que mais tenha amado a Jesus e que O conheça mais profundamente e que, portanto, mais saiba o que fazer para Lhe agradar. Que ela nos ensine a seguir seu Filho e produza em nossas almas as mesmas disposições e virtudes da sua. Que assim seja.
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