"Amai meus sofrimentos, Senhor, e que os meus males vos incitem a me visitar. Mas, para terminar a preparação da vossa morada, fazei, ó meu Salvador, que se o meu corpo tiver isso em comum com o vosso, que ele sofra pelas minhas ofensas. E se a minha alma tiver também isso em comum com a vossa, que ela se entristeça por essas minhas ofensas. E que, assim, eu sofra convosco, e como vós, e em meu corpo, e em minha alma, pelos pecados que cometi. Fazei-me a graça, Senhor, de acrescentar vossas consolações aos meus sofrimentos, a fim de que sofra como Cristão. Não peço ser isento de dores. Pois, é a recompensa dos santos. Mas, peço não ser entregue às dores da natureza sem o consolo do vosso Espírito. Pois, é a maldição dos Judeus e dos Pagãos. Não peço, também, ficar em plenitude de males, sem consolo. Pois, é um estado de Judaísmo. Mas peço, Senhor, sentir conjuntamente as dores da natureza, em paga dos meus pecados, e as consolações do vosso Espírito, mediante vossa graça. Pois, é o verdadeiro estado do Cristianismo."
Pascal.
Octávio de Faria. Léon Bloy. Rio de Janeiro: Gráfica Record, 1968.
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