Jesus se encontra no lago de Genesaré e a multidão apinha-se a seu lado para escutá-lo. O grande número de ouvintes reunidos cria algum mal-estar. O Mestre vê duas barcas amarradas na margem; os pescadores saíram das barcas e estão lavando as redes. Ele pede então que o deixem subir numa das barcas, aquela de Simão, e lhe pede que a afaste um pouco da margem. Sentado nesta cátedra improvisada, começa a apaziguar a multidão desde a barca (cf. Lc 5,1-3). E é assim que a barca de Simão converte-se na cátedra de Jesus. Quando termina de falar, diz para Simão: "Avancem para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca". Simão respondeu: Mestre, tentamos a noite inteira e não pescamos nada. Mas em atenção à tua palavra, vou lançar as redes" (Lc 5,4-5). Jesus, que era carpinteiro, não era um especialista em pesca; e, entretanto, Simão, o pescador, confia neste "rabi", que não lhe responde e só lhe pede para confiar nele. Sua reação diante da pesca milagrosa é de estupor e de ansiedade: "Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador" (Lc 5,8). Jesus lhe responde convidando-o para que confie nele e que se entregue a um projeto que supera todas as suas expectativas: "Não tenhas medo! De hoje em diante, serás um pescador de homens" (Lc 5,10). Pedro, todavia, não podia imaginar que um dia chegaria a Roma e se converteria no "pescador de homens" para o Senhor.
Bento XVI, Os Apóstolos e os Primeiros Discípulos de Cristo
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