"O amor de Deus não consiste em lágrimas, nem tampouco nestes gostos e ternuras que geralmente desejamos e com os quais nos consolamos, mas em servir a Deus com justiça, fortaleza de ânimo e humildade."
"Cumpra-se em mim de todas as maneiras vossa vontade e praza a vossa majestade que algo de tanto preço como vosso amor não seja dado a gente que vos sirva só para ter consolações."
"Pelo mesmo caminho que Cristo trilhou hão de ir os que o seguem, se não quiserem perder-se."
"Não queira saber das humildades – sobre as quais pretendo falar – de certas pessoas que imaginam ser virtude não compreender que o Senhor as favorece. Convençamo-nos, bem a fundo, de que Deus nos concede seus dons sem nenhum merecimento nosso – pois assim é realmente, - e demos graças a Sua Majestade. Se não reconhecermos o que ele nos dá, nunca nos sentiremos estimulados a amá-lo.
É coisa muito certa: quanto mais nos vemos enriquecidos, sabendo que por nós mesmos somos pobres, tanto mais proveito tiramos desse conhecimento, inclusive maior humildade. O resto é acovardar o ânimo, pois começando o Senhor a comunicar-lhe seus tesouros, a alma, julgando-se incapaz de grandes bens, retrai-se com medo de vanglória. Tenhamos fé: Aquele que dá os bens, dará também graça para que, no momento em que o demônio principiar a tentar-nos sobre este ponto, logo entendamos e tenhamos força para resistir. Digo isto, bem entendido, dos que andam com retidão diante de Deus, pretendendo agradar a ele só e não aos homens."
Sta Teresa D'Avila, Livro da Vida
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