Tradutor / Translator


English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Que coisa, não?

Ai, Deus do Céu. A que estado chegamos, e para onde vamos? Muitos se erguem contra a Perfeita Doutrina Católica à força de falsas doutrinas sofísticas. Oh, funesta ocupação, a de doutrinar os homens ao ateísmo e seus equivalentes. Lembro-me das palavras de Jesus, como se estivesse a dizer hoje: “até quando terei que suportar-vos?”

Seria cômico se não fosse triste, ver a obstinação de universitários e professores da academia na tentativa, cega, de propor soluções para o mundo desvinculadas de Deus e, ainda, que neguem o princípio fundante da criação. Oh, que perda de tempo... Mas, hei-los! Seguem convencidos que são os novos “budas”, de que têm a missão salvífica de livrar o mundo do mito de Deus, assim como os gregos que, a partir da filosofia, do Logos, abandonaram os seus mitos. Mas, bem aventurado o Apóstolo João, que já chega destroçando estes sofismas ao escrever: “No princípio era o Logos... e o Logos se fez carne e habitou entre nós”. E é justamente isto! O Logos, assim como no episódio dos filósofos gregos, destrói a mentira, desfaz as ilusões e nos dá acesso à Verdade! Não, mas os nossos colegas “filósofos” não conseguem perceber estas prefigurações, estas simbologias... A metafísica, dizem, já não dá conta das questões atuais, é preciso evocar Marx, o novo messias dos jovens acadêmicos. “Não sigam a Jesus! O verdadeiro messias é Marx, e Che é seu profeta”. É hilário. Infeliz pretensão humana. Diante destas questões e ao ver a insistência de Deus pela Salvação da humanidade, somos impelidos a perguntar, como o salmista: “que é o homem, Senhor, para dele te lembrares?”

Mas não, não querem aceitar a Verdade revelada: “Ele veio para os seus, mas os seus não O reconheceram”. Já não aceitam que haja uma verdade, não conseguem conceber que uma forma de consideração do real que se afirme universal e absoluta. Por que será que há este medo? Por que tanta relativização? Ah, isto é resultado da evolução do conhecimento! Será? Ou será que é resultado de uma intensa doutrinação às avessas estendida de forma velada? Será mesmo que a proposta cristã já não satisfaz o homem contemporâneo? Ou, se satisfaz, será que realmente poderia ser falsa? Ah, mas o dogmatismo, afirmam como se soubessem o que é um dogma, é inimigo da verdade, pois esta é fruto da investigação! Haha.... talvez a frase ficasse melhor se dita assim: “o conhecimento da verdade é fruto da investigação”. A verdade existe mesmo se ninguém quiser conhecê-la. É que o subjetivismo chegou ao extremo... Ora, é lógico que por mais que eu ignore alguma coisa, ela pode existir. Nunca fui em Plutão e, certamente, nunca irei... mas daí afirmar que Plutão, em realidade, não existe não tem lógica. Pois bem. A Verdade existe por si só, é preexistente e absoluta. As coisas só podem ser descobertas se já existem, senão, só podem ser inventadas. E é justamente isto o que estes pseudo-filósofos querem: inventar verdadezinhas. Isto é mais cômodo, visto que assim cada um pode ser fiel a seus desejos mais baixos, à sua fraqueza moral. Mas a moral é cultural, insistem, na esperança de que ela “evolua”, abolindo os “tabus” e permitindo a civilização do hedonismo. Para este fim, inúmeros meios não faltam. A idéia de uma Verdade absoluta indica dever de conformidade, mortificação de tendências contrárias a ela e, o que é mais assustador pra eles, que as teorias opostas a tal Verdade sejam, forçosamente, erradas.

Acham que é uma pretensão sem medida que a Igreja afirme, hoje em dia, ser a detentora da Verdade. Isto fere-lhes a vaidade, ameaça-lhes os sonhos, faz parecerem ridículos com suas doutrinazinhas pessoais. É como se vislumbrassem, sofridamente, a própria insignificância diante da proposta benfazeja e rigorosa do Cristo. Não podem comparar-se. Para isto, negam a divindade. Interessante que, recentemente, muitos têm se dado ao trabalho (cômico) de provar que Jesus nunca existiu historicamente. Depois de um punhado de fantasias sobre supostos casamentos, filhos, túmulos, irmãos, etc... agora eles vêm com essa. Eita que medo do Cristo! Parecem aqueles personagens do apocalipse pedindo, no fim dos tempos, para que as pedras caiam sobre si a fim de esconderem-se embaixo delas.

Muitos dos inimigos da religião buscam pôr sobre os ombros a capa da sinceridade. E dá-lhe sofistas! Libertar o homem de sua escravidão da divindade, de sua invenção tão antiga, torna-se uma missão. E eles não podem criar essas historinhas se não pegam como modelo a própria visão messiânica de libertação. Mas ficam tão engraçados... viram caricaturas ridículas de profetas.... palhaçadas sistematizadas é o que escrevem. E aí vão seus seguidores, repetindo, a torto e a torto, seus slogans. Só falta dizerem no final: “oráculo do papagaio”. Enquanto isto, a Verdade segue com toda a sua força.

Pobres vítimas destas vítimas do próprio orgulho... Como será que um mentiroso pode se defender? Das duas uma: ou afirma que está falando a verdade (daí os inúmeros “profetas” criadores de religião) ou então nega que haja uma verdade, para se garantir o direito de ser mais um que proclama abobrinhas. Simples estratégia... Que coisa... parece que cada vez mais o crédito deles decresce. Aliás, nunca houve nenhum, não é? Somente aparentemente.

Tratemos, um pouco, sobre esta questão da investigação... vimos que a Verdade existe por si só. E, de tal modo ela é suprema, como dizia o salmista: “tal ciência é grandiosa, não alcanço de tão alta”, que foi preciso que houvesse a Revelação para que nós a conhecêssemos perfeitamente. Ela se revelou, se deu a conhecer. Esta verdade não é fruto de uma subjetivação, mas ela é em si, ou melhor, ela simplesmente é: “Eu sou”. Isto não quer dizer, no entanto, que não devamos fazer nada. É preciso sim estudá-la. De fato, toda a Revelação já foi dada, mas devemos nos debruçar sobre ela para que alcancemos sempre profundidades maiores, visto ela ser inesgotável. E, justamente tal Verdade é o que enriquece o ser humano e lhe tira o véu do engano dos olhos. É assim que a Igreja, incorporando a filosofia grega, a purifica e eleva. É assim que Santo Tomás, ao cristianizar Aristóteles, ensina na Suma Teológica que a Teologia cumpre perfeitamente as exigências para ser chamada de ciência. Daí, se nos aprofundarmos na Escolástica, nos escritos dos Santos Padres, perceberemos sempre uma possante vontade investigativa. Não como Descartes, que não acreditava em algo antes de analisá-lo. O cristão, por dispor de uma Verdade revelada pelo próprio Deus, a estuda porque crê, sua fé não depende dos alcances do seu entendimento com relação ao mistério, e é anterior à investigação. Ela é a priori, como escreveu o Apóstolo: “crede e compreenderás”. Mas, casos não faltam de pessoas alheias à Verdade que, dotadas de sinceridade, passaram a crer firmemente em Deus, mesmo por força das evidências. Acredito eu que, por exemplo, quem se debruçar nas cinco vias de Sto Tomás de Aquino, ainda que sem fé, chegará a crer na divindade, mesmo que, então, esta não se identifique totalmente com o Deus pregado pela Igreja Católica. Mas, prosseguindo seus estudos, chegará lá, será acolhido no seio da Igreja e, então, poderá mergulhar de forma mais efetiva na infinita riqueza da qual a Igreja é a única dispensadora. Aqueles que, porém, se lançam ao feliz estudo das verdades da Fé, devem compreender que elas lhe ultrapassam infinitamente. A Teologia é então benéfica enquanto não assume a pretensão de poder encerrar o conhecimento sobre Deus. Ela deve reconhecer seus limites. É a partir daí, desta incapacidade de avançar determinadas alturas, que surge a chamada Teologia Apofática, assunto que não devemos tratar aqui. Mas... com tudo isto, percebemos que os mais alheiozinhos à Verdade e que lhe temem terrivelmente são, justamente, os que a acusam a Religião sem se dar ao trabalho de conhecê-la e, ouso dizer sem medo, que a acusam por não conhecê-la. De outro modo, teríamos de atribuir uma grande má intenção a estes críticos, o que infelizmente existe muitas vezes. Estas coisas, ditas assim, escandalizam alguns, mas eu não estou nem aí...

Verdade sem Deus não há. Conhecer esta Verdade sem a Igreja é ilusão...

O relativismo me xingaria. O subjetivismo me julgaria. E, enquanto isto, eu assobio tranquilamente...

Fábio Luciano
Blog Widget by LinkWithin

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...