Até que enfim! Vários católicos já estavam atônitos com os vídeos e declarações absolutamente errados, do ponto de vista católico, do chamado "Padre Beto". Não, não era o frei Betto, o sem noção-mor. Mas também este Padre Beto, como quem quer honrar o nome, já vinha dando provas de seguir a cartilha herética do progressismo. Em vários vídeos que ele divulgava, aparecia sempre falando besteiras. Num deles, enquanto ostentava uma camisa do psicopata Che Guevera, afirmava que o conceito de paróquia estava ultrapassado - ponto inclusive discutido na última assembléia da CNBB - e que o sacerdote moderno deveria imiscuir-se em meios seculares, como universidades e redes sociais, a fim de otimizar sua suposta evangelização - nenhuma referência ao exercício da Confissão - e que as igrejas deveriam ser administradas por leigos, devendo o padre trabalhar para ganhar seu próprio dinheiro. Não nos enganemos, aqui.. É óbvio que os sacerdotes atuais devem utilizar-se dos meios modernos para que a evangelização alcance maior número de pessoas. Mas, no caso do Pe. Beto, evangelizar é tornar o mundo "mais humano". Não precisa muito para reconhecer a linha humanista e naturalista do referido padre. Neste sentido, torna-se compreensível a defesa de um Igreja que evolui e conforma-se, isto é, toma a mesma forma do mundo.
Em outro vídeo, numa entrevista cedida para um grupo espírita, o padre afirma a liceidade de relações polimórficas, isto é, de relações entre três ou quatro pessoas - inclusive relações homo e bissexuais -, desde que consentidas; para o padre, basta "jogar limpo" para que a coisa seja legítima e possa haver o conceito de fidelidade. Segundo ele, a ciência tem evoluído e mostrado que o ser humano não pode mais ser definido como heterossexual ou como homossexual, devendo ser visto apenas como sujeito sexuado, e a Igreja teria, então, a necessidade de aceitá-lo enquanto tal sob pena de cometer pecado e opôr-se ao Espírito Santo, que sopra onde quer.
Em outro vídeo, ainda, numa homilia já do tempo da Páscoa, o Pe. Beto apresenta uma versão totalmente torcida do pecado original, afirmando que até então ele não foi bem entendido, como se ele, o Pe. Beto, fosse o Lógos divino que pela primeira vez vem nos brindar com a pura ortodoxia. Diz o padre que o paraíso no qual foram postos Adão e Eva era um lugar monótono, onde nada de novo ocorria. Vejam só: o paraíso é visto como um lugar sem graça. A única possibilidade de inovação que havia se relacionava com a única proibição divina: "não comerás do fruto daquela árvore". Segundo o padre, isto era uma estratégia divina para que Adão fosse lá e comesse. Era uma provocação. Deste modo, Adão reforça a sua autonomia e tem início o dinamismo da história. Ou seja: o Pecado Original - que a Igreja ensina ser a causa da entronização de todo mal no mundo - foi algo provocado pela própria divindade a fim de que o homem conquistasse sua própria autonomia. Heresia pura! E isso tudo sem falar da total relativização da Sagrada Escritura que, segundo ele, seria fruto não do Espírito Santo, mas das culturas antigas.
Pois bem.. Seus dias de herege chegam ao fim. No dia de hoje, 23 de abril de 2013, o bispo diocesano de Bauru, Dom Caetano Ferrari, ordenou a retirada de todo o material virtual deste padre pelo qual ele divulgava suas sandices e exigiu que, até o próximo dia 29, ele gravasse um vídeo, disponibilizado no Youtube e divulgado no Facebook e Twitter, retratando-se de seus erros doutrinais e morais.
Ótimo! Excelente! Em tempos de letargia episcopal, esta ação do senhor bispo de Bauru, totalmente inesperada - pelo menos por mim -, vem como uma lufada de ar puro. Bendito seja Deus pela coragem de alguns bispos que permanecem fiéis à Igreja e ao ofício que lhes foi confiado. Que Deus abençoe dom Caetano e que sua intervenção possa inspirar outros senhores bispos para que acordem de seu sono de bela adormecida e desse ingênuo otimismo com as novidades do dia e comecem a tomar as providências que lhes dizem respeito.
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