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Congregacionalistas

Robert Browne, fundador dos congregacionalistas

Os Congregacionistas: Inglaterra - 1600

Robert Browne é seu fundador. Era clérigo anglicano, nascido na Inglaterra em 1550. Ao conhecer as doutrinas de Calvino e Lutero, aos poucos não aceitou mais nenhuma idéia de reforma e fundou uma igreja por sua conta, independente de todas as autoridades civis e eclesiásticas.

Foi em Norwich que começou a pregar a sua nova doutrina. Em pouco tempo conseguiu numerosos adeptos. Em 1581 foi aprisionado porque atacou nas suas pregações os prelados anglicanos e não poupou a rainha Elisabeth. Um ano depois foi libertado e, com alguns dos seus, rumou para a Holanda para ali fundar uma comunidade toda sua e conforme suas idéias. Por causa de seu caráter violento e de muitas fraquezas, sua comunidade se dividiu em muitas frações. Em 1584 foi para a Escócia, onde os presbiterianos o colocaram na cadeia. Libertado, voltou para a Inglaterra, renunciou aos seus ensinamentos e foi reintegrado no claro anglicano. Morreu em 1633.

Porém, suas idéias não morreram. Seus simpatizantes continuaram sua obra. John Greenwood e Henry Barrowe fundaram em Londres, em 1592, uma igreja desse tipo. Francis Johnson foi escolhidos como ministro. Os dois primeiros, dois anos mais tarde, foram executados. Da Holanda e da Inglaterra os congregacionalistas passaram para a América do Norte e aí encontraram terreno fértil para seu desenvolvimento.

Doutrina

Para os congregacionalistas a fé é simples confiança em Deus, confiança experimentada pessoalmente e com uma vontade pessoal de servi-lo. Por conseguinte, negam qualquer verdade dogmática para ser acreditada por todos.

O pacto com Deus e com os outros é a base de todas as Igrejas congregacionalistas.

Eis o texto do "pacto":

"Pactuamos com o Senhor e uns com os outros; e na sua presença nos obrigamos a trilhar juntos todos os seus caminhos, conforme lhe aprouve revelar a nós na sua bendita Palavra de Verdade".

Sacramentos: aceitam o batismo e a ceia do Senhor, mas cada um dá o valor que acha melhor a estes sacramentos.

Cada congregacionalista pode crer e praticar livremente o que desejar. O que importa é não aceitar nenhum dogma, verdade codificada ou credo.

Frei Battistini, A Igreja do Deus vivo. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 128-129.
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