No último dia 13, aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, algumas amigas minhas tiveram a felicidade de se consagrarem à Virgem maria pelo método de S. Luis Maria Grignion de Montfort. Uma delas, a Jeane, caminha para ingressar no GRAA. As outras três, Amanda, Fernanda e Daísy, são membras do TLC, família da qual também participo e na qual a Jeane também tem planos de entrar.
Agora já somos três Graas consagrados. Um anda longe, em São Paulo, fazendo mestrado. Os outros dois estão aqui. Que essa nova consagrada corrija, pela sua fidelidade, os meus desmandos. A Andréia, outra das nossas, também tem planos de consagrar-se, bem como a Soninha, que tem também feito o percurso para ser uma GRAA. Além disso, também já somos uns tantos telecistas consagrados, não sei exatamente quantos; só sei que a família de escravos tem crescido e há de crescer ainda mais.
Que bom! Que honra! Que graça! Isso tudo pode ser entendido como uma torrente toda particular da misericórdia divina. E pode ser compreendido, de igual modo, como um certo prenúncio do fim. Quem conhece o Tratado sabe que o santo fala disso. É este um tipo de espiritualidade sumamente detestada pelo inferno e se agora ela se alastra e se divulga, saibamos "ler" os sinais dos tempos.
Ser escravo é não mais dispor da vontade própria. É dar-se e não reclamar-se de volta. É sacrificar-se, isto é, tornar-se sagrado por ser pertença do Sagrado, do divino. É ingressar no Mistério e começar a participar da Sua lógica. É esvaziar-se das exigências e das reclamações, dos sensos de posse e das revoltas contra Deus. É morrer para si mesmo e viver da vontade do Senhor. Ser escravo é vestir-se dos desejos do dono. Ser escravo exige uma contínua atenção nas vontades d'Ele de modo que, num leve acenar das Suas mãos, o escravo tenha a rapidez de ir Lhe servir. Ser escravo é assumir uma espécie de morte. E nada disso é fácil. Um ímpeto, um impulso inicial, uma disposição atual da sensibilidade tornam a decisão relativamente fácil. O difícil se encontrará no dia a dia, na perseverança em cada momento, na insistência da fidelidade quanto toda a nossa sensibilidade reclama e inclina-se para a própria satisfação. A cruz será sempre a insígnia dos amigos de Cristo e alguém que se dê à Virgem Maria, a que mais adentrou na intimidade divina, não poderá viver de fantasias. A vivência do sagrado é a plena abertura dos olhos, isto é, é a apreensão verdadeira e correta da realidade nas suas profundezas. Esta consagração espetará a nossa sensibilidade e, como já dito, pedirá um tipo de morte, e não seria uma boa espiritualidade se não nos exigisse isso. Se queremos tirar alguma vida daí, é preciso, então, que o grão de trigo morra. Este trigo é o nosso falso eu, aquele que, uma vez morto, dará espaço para que o próprio Cristo venha viver em nós.
Às novas consagradas, parabéns! Que a Virgem Maria conduza vocês e eu pelos caminhos da fidelidade, do Serviam, do Fiat. Se formos fiéis, já dizia o santo: no momento da morte haveremos de nos alegrar por ter abraçado esta devoção.
Ad Iesum Per Mariam. Totus Tuus.
Fábio.
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