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Participação de Segatashya nos sofrimentos de Cristo


SEGATASHYA - Naquele dia eu estava perguntando a Jesus sobre o sofrimento que ele tinha suportado para lavar os pecados do homem. Jesus me falou tudo sobre as torturas que ele teve de aguentar, aquelas que estão registradas na Bíblia. Ele me contou sobre os espancamentos, sobre Ele ter sido obrigado a carregar a própria cruz, o açoitamento, a coroa de espinhos que colocaram em sua cabeça, a forma como pregaram suas mãos e pés na madeira e enfiaram uma lança em seu peito. Mas Jesus disse que sofreu outras 15 torturas, sobre as quais as pessoas não sabem muita coisa.

Evidentemente, eu queria estar a par de cada uma das dores que o Senhor sofreu por nós, porque ele passou por isso para a nossa salvação. Então, eu pedi a ele que me contasse quais foram essas torturas. Vendo agora, foi um grande erro de minha parte, mas parecia uma boa idéia naquele momento.

Jesus perguntou: Você realmente quer saber o que eu suportei durante aqueles 15 sofrimentos? Muito bem, meu filho, espere um momento e não saia daqui. Em seguida, ele voltou para o Céu e mandou sua Mãe aqui para baixo para ver-me.

Eu estava realmente empolgado e contente porque pensava que ia conhecer certos segredos, coisas escondidas que seriam reveladas a mim. Pensei que estava prestes a embarcar em uma jornada mística de revelação. Eu apenas não sabia que também seria uma jornada mística de dor.

Alguns momentos depois, Maria apareceu diante de mim, saudando-me com todo o seu amor. Em seguida, ela me perguntou: Você está preparado para conhecer as coisas que você pediu para serem reveladas?

"É claro que sim, Mãe!", disse eu, alegremente. "É muito bom aprender tantas lições sobre a fé e ser ensinado sobre as coisas que eu quero..."

Antes que eu tivesse a chance de terminar a frase, caí no chão e me senti como se alguém estivesse arrebentando meu corpo com golpes de porrete e barras de ferro. Eu gritei de dor. Tudo em volta de mim estava escuro - eu estava viajando por uma paisagem de puro sofrimento. Eu tentava me levantar, mas um peso enorme e esmagador continuamente me lançava de novo ao chão, como se grandes rochas estivessem sendo atiradas do alto sobre mim.

"Mãe, por quê?! Por que você está fazendo isso comigo?", gritei, em um estado de absoluto medo e agonia. Não houve respostas, apenas mais e mais pancadas quebrando meus ossos e rasgando minha pele. 

"Por favor, Mãe, fale comigo! Talvez seja melhor esquecermos o nosso encontro de hoje! Eu acho que não era isso que Jesus tinha em mente quando ele lhe pediu para me ensinar uma lição. Eu já entendi! Já aprendi o suficiente!"

Maria permanecia em silêncio, e aquela dor esmagadora continuava a massacrar meu corpo. Eu me levantei e tentei correr para me abrigar, mas, toda vez que eu fazia força para ficar em pé, outra pancada me acertava bem no rosto. Meus olhos ficaram tão inchados que se fecharam. Eu me sentia como se minha coluna tivesse sido partida em duas e os ossos de minhas pernas esmigalhados.

Após ter sido brutalmente jogado ao chão por seis vezes seguidas, finalmente decidi ficar abaixado. Eu pensei que, se ficasse esparramado no chão, meus torturadores invisíveis poderiam se cansar de me bater ou poderiam não mais notar minha presença. Mas não era para eu ter paz. Tão logo parei de resistir e fiquei imóvel, uma força invisível levantou-me no ar e, na hora em que eu ficava em pé, me batia novamente contra o chão.

Parecia que o espancamento não acabaria nunca, mas, depois que meu rosto foi esmagado no chão pela décima quinta vez, o poder que me tinha em suas mãos, qualquer que fosse ele, decidiu me libertar.

Eu deitei-me com minhas costas doendo tanto que eu mal conseguia respirar. Eu tinha certeza de que minha caixa torácica estava moída e meus pulmões rasgados. Eu não sei por quanto tempo permaneci inerte na escuridão, mas eu estava inteiramente convencido de que nunca mais conseguiria abrir meus olhos ou caminhar novamente.

Após o que me pareceu ser uma eternidade, os meus arredores começaram a brilhar e a Virgem Maria retornou com seu familiar círculo de luz dourada. Em sua presença, a agonia que consumia meu corpo e mente foi instantaneamente dissipada. Meu pobre filho, disse ela, tranquilizadora. Eu sempre estive aqui para aliviar a sua dor. Agora você conhece alguns dos sofrimentos que o meu Filho teve que suportar para tirar os pecados do mundo.

Após ter dito isso, Maria retornou ao Céu e Jesus reapareceu ao meu lado.
Ele me perguntou: Como foi o encontro com minha Mãe? Ela respondeu a todas as suas perguntas satisfatoriamente? Ela te explicou tudo que você queria saber?

Antes de responder ao Senhor, eu passei minhas mãos em meus braços, pernas e peito, e fiquei maravilhado ao descobrir que todos os meus ossos e órgãos pareciam estar intactos. Em seguida, voltei-me para ele e disse rapidamente: "Ah, sim, nós tivemos uma ótima conversa, Senhor. Foi tudo muito, muito bem. Nós tivemos uma conversa muito agradável e depois ela me ensinou uma nova canção. Nós nos demos muito bem e ficamos ambos muito contentes."

Jesus respondeu: Sério? Foi tudo bem? Você não teve nenhum problema com o que ela te mostrou? Nada do que ela falou ou fez te causou qualquer desconforto? Você não tem nenhuma reclamação que eu possa falar para ela mais tarde?

"Não, Senhor, nenhuma queixa de minha parte. Eu não poderia estar mais feliz!"

Eu sei que é errado mentir para Jesus, mas eu pensei que, se reclamasse da forma como Maria me mostrou o sofrimento dele, ele pediria para ela repetir a lição no mesmo instante - e, falando bem francamente, eu achava que, se ela me submetesse àquilo novamente, eu certamente morreria!

ILIBAGIZA, Immaculée. O menino que conheceu Jesus. Campinas-SP: Ecclesiae, 2013. p. 159-161.
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