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Laércio Oliveira, da Canção Nova, repete teoria herética de Joaquim de Fiori

Não quero chamar a atenção para a pessoa do Laércio Oliveira, para a Canção Nova ou para a RCC. Mas quero aproveitar este ensejo para comentar sobre uma doutrina herética que circula por aí e que, em especial, é defendida por membros da chamada Renovação Carismática Católica, tendo sido, porém, já condenada pela Igreja.

Trata-se de uma concepção segundo a qual a história seria dividida em três perídos, cada um caracterizado pela ênfase em uma das pessoas da SS. Trindade. Dessa forma, teríamos o tempo do Pai no Antigo Testamento; o tempo do filho, a partir de Jesus e, por fim, o tempo do Espírito Santo, que marcaria os últimos dias.

Esta teoria tem origem no monge cisterciense Joaquim de Fiori, do sec XII, que fora muito conhecido pelos seus trabalhos de exegese. Ele havia escrito também uma obra onde assumia concepções heréticas sobre a SS. Trindade. No entanto, o seu erro maior foi no que concerne a esta divisão do tempo. Isto deu margem a inúmeras heresias de cunho milenarista, sendo a sua própria teoria formalmente condenada pela Igreja.

Agora analisemos o que disse o Laércio Oliveira, nesta sexta feira (13 de fevereiro de 2009) no programa "A Bíblia no meu dia a dia". Foi mais ou menos o seguinte: “estamos vivendo o final dos tempos. Vivemos no Antigo Testamento, o tempo do Pai. Depois, vivemos o tempo do Filho. Agora estamos vivendo o tempo do Espírito Santo”.

É a mesma teoria e eu, particularmente, já a ouvi de outros carismáticos, antes mesmo de saber do que se tratava. Nessa ocasião, fora dito, em se tratando do tempo presente, que “os holofotes estão agora no Espírito Santo”.

Existem inúmeros estudos sobre as influências de Joaquim de Fiori em vários erros heréticos. Há mesmo quem diga que toda visão mileranista tem sua origem neste monge.

Fica, pois, esclarecido que tal concepção não corresponde ao que ensina a Santa Igreja e que adotá-la é aderir a uma heresia formalmente condenada.

Não se pode separar dessa forma as pessoas da SS. Trindade. Além disso, na heresia em questão, a segunda fase, a do Cristo, coincidiria com o reinado da Igreja enquanto instituição e hierarquia. Já na fase terceira, do Espírito Santo ou do amor, ela já não seria necessária como estrutura hierárquica, pois o Espírito Santo uniria os filhos de Deus de uma forma totalmente espiritual, no sentido de tornar desnecessárias as práticas externas definidas litúrgica e doutrinariamente. Seria, inclusive, a união das religiões, ideal mais semelhante ao da maçonaria, que só poderia ser estabelecido em face de um extremo relativismo e indiferença religiosas, o que é totalmente anti-evangélico.

Enfim, se trata de uma teoria que, embora, para alguns, possa parecer interessante, é, no entanto, veneno disfarçado a fim de ensinar o erro distorcendo a verdade.

Que a alegria do Senhor seja nossa força
Que toda as gerações proclamem bem-aventurada à Virgem Santíssima, Mãe do Verbo Eterno.

Fábio Luciano Silvério da Silva
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3 comentários:

  1. Essa idéia da divisão do tempo entre as três Pessoas da Trindade está presente no "Tratado da Verdadeira Devoção...", de S. Luís de Montfort.

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  2. Por favor, copie o trecho a que você se refere, com a edição do livro e a página.

    Já li o Tratado duas vezes e nunca me incomodei com alguma idéia dessa natureza. Fico no aguardo. Pax.

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  3. Gostaria de ver o dia em que este programa foi ao ar.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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