948. Cân. 1. Se alguém disser que na Missa não se oferece a Deus verdadeiro e próprio sacrifício, ou que oferecer-se Cristo não é mais que dar-se-nos em alimento — seja excomungado (Concílio de Trento)
Missa Show, Missa Carismática, Missa de cura e libertação, Missa dos romeiros, Missa do vaqueiro... Tudo, menos a reta compreensão do que deve ser a Santa Missa: a Renovação incruenta do Sacrifício do Senhor.
Palmas, danças, mãos ao ar, abraços, pulos, mais palmas, mais danças nos ofertórios, nenhuma reverência, nenhuma genuflexão, nenhum silêncio, nenhuma gravidade. Total desrespeito às fórmulas litúrgicas, costas ao Altar, festival de idéias políticas, muitas vezes totalmente opostas ao que ensina a Santa Igreja, músicas inconvenientes, instrumentos que quase não param durante a Santíssima Celebração, nenhum zelo ao receber Nosso Senhor na comunhão, compreensão da Santa Missa como se fosse uma reunião fraterna ou uma refeição qualquer entre conhecidos. E, por isto, vamos gritar! Vamos pular! Chama logo o cantor sertanejo!
Meu Deus... Misericórdia.
Una-me à Tua angústia, Senhor... e à Tua indignação. Tu, que a S. Pe. Pio testemunhavas os teus sofrimentos por estes descasos com o Teu Sacrifício e com o Teu Corpo e Sangue, chamando os sacerdotes que promoviam tais práticas com o duro e sofrido nome de “carniceiros”.
Meu Deus. Caberia aqui aquilo que Tu pediste ao Pai: “perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem”?. Talvez a alguns, mas não a todos... e, sinceramente, sinto-me invadido por uma sede de justiça, da Tua justiça. Ao ver-vos assim, Senhor, tão submetido a destratos e sacrilégios, quero unir-me a Ti, na Tua dor, na Tua angústia. Quero estar contigo...
A Santa Missa não deve ser como essas apresentações indecorosas que se costumam fazer, nem esses shows ou sessões psicológicas nem deve se assemelhar em nada com estas reuniões protestantes promissoras de milagres e sinais. Não é lugar para pulos ou para gritos, nem para fazer vento com as mãos nem para esperar ver anjos... A Santa Missa é o Calvário do Senhor, onde se deve estar com o máximo respeito, em profundo recolhimento diante do Mistério da Redenção que se atualiza frente a nós.
Se a nós não cabe exigir ou determinar ao sacerdote o modo como celebre a Santa Missa, de nossa parte, ao menos, ajamos como convém. Recuso-me a estes gestos frívolos que antes dispersam que elevam e que muitas vezes tomam emprestado a própria sensualidade humana para se promoverem. Quero portar-me na Santa Missa como se estivesse diante da Cruz do meu Senhor, porque, de fato, é lá que o Mistério me leva e é lá, juntamente com a Virgem Santíssima e o Discípulo Amado que eu, devorado de amor, adorarei com toda a minha alma a Vítima do Eterno Sacrifício Redentor que se oferece ao Pai para a Salvação do mundo.
“Estou devorado de zelo pelo Senhor, o Deus dos exércitos. Porque os israelitas abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e passaram os vossos profetas ao fio da espada. Só eu fiquei, e querem tirar-me a vida.” (IRs 19,10)
"Podemos dizer que a Missa é "o altar em que temos o poder de comer" (Heb13); "o trono em que está o Cordeiro de pé e, ao mesmo tempo, imolado" (Apc 5), e que, nos nossos altares, continua o verdadeiro sacrifício instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo."
Catecismo da Santa Missa.
Fábio Luciano
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