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Deixar de ir ao carnaval... nem isso?

As pessoas consideram meio que invasiva a atitude católica de recomendar vivamente que elas não participem das festas carnavalescas. Há, ainda, quem veja tal atitude como um exemplo típico de puritanismo. Estaríamos vendo maldade onde não há?

O carnaval tem um nome já muito sugestivo: festa das carnes! E a coisa aparece bem no seu contexto, se a observamos à luz da afirmação paulina: "as obras da carne são opostas às do espírito". As obras da carne, geralmente, gravitam em torno de dois eixos: a gula e a sensualidade. Estas duas reinam no carnaval.

Toda a liturgia de hoje vai criticar a infidelidade dos que se dizem amigos de Deus e prevaricam, e compará-los aos pagãos. O salmo diz que estes atraem a ira de Deus. Mesmo Salomão, o mais sábio dos homens, deixou-se levar pelas seduções do paganismo. E isto nos faz lembrar o adágio: "em matéria de castidade, não há fortes; há prudentes." Observamos no Evangelho que Nosso Senhor faz uma radical distinção entre os filhos de Deus, que merecem o pão dos filhos, e os pagãos, a quem compara aos cães.

À primeira vista, pode parecer uma ofensa, mas não é.. Trata-se tão somente de deixar claro a diferença existente entre a dignidade dos filhos e a situação dos pagãos. Nós nos tornamos filhos adotivos de Deus pelo batismo, que é o primeiro sacramento. Sto Agostinho diz, por sua vez, que o cristão que participa das festividades carnavalescas age como se quisesse desbatizar-se, aderindo ao que qualifica como "sacramentos do demônio". É como se o filho abrisse mão de sua condição e passasse a se comportar como os pagãos, participando de suas intemperanças, de suas paixões, de suas orgias. Também Salomão era descendente de Davi. Porém, agiu como um qualquer, traindo a Deus e servindo aos ídolos.

Vários santos já se pronunciaram a respeito dos males inerentes às festas desta época. O próprio Jesus já se manifestou repetidas vezes a este respeito, declarando como, nestes tempos, Ele é particularmente ferido e ultrajado. Mesmo Sta Faustina, que conheceu profundamente a misericórdia divina, admirou-se, ao contemplar os pecados cometidos nestes dias, de que Deus permita que a humanidade exista.

Os que se dão às festas carnavalescas - que têm todas as características do paganismo, isto é, a intemperança e a idolatria das paixões mais baixas - assemelham-se aos animais, escravos dos sentidos, aos quais não é conveniente tratar como filhos. A estes, não é dado o manjar dos eleitos, porque agem baixamente e apenas atentam para as migalhas que são o torpe prazer egoísta, a falsa satisfação do amor próprio.

Talvez, diante da cena dolorosa destas festas escandalosas, Nosso Senhor, em sua angústia, pergunte-nos também, como que timidamente: "também vós quereis ir?"

Que Deus nos livre de tamanha miséria...

E os pais que levam seus filhos ou que lhes aconselham ir, agem exatamente como diz o salmo de hoje: "sacrificaram seus filhos aos ídolos".

Que Deus os livre de tamanha miséria...

Nossa Senhora, Virgem Mãe do Verbo, guarda-nos em teu coração. Nestes dias maus, não permitas que imitemos aos pagãos, mas ensina-nos a agir como filhos.. Sempre como filhos..

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