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Alma cristã, rememora os pormenores de tua salvação


Alma cristã, alma ressuscitada de negra morte, alma remida e libertada de miserável escravidão, pelo sangue de Deus; anima teu pensar, lembra-te de teu ressurgir, recorda tua redenção e tua libertação. Rememora os pormenores do poder de tua salvação.

Oh! Força oculta! Um homem pendente da cruz suspender a morte eterna que oprimia o gênero humano! Um homem cravado ao madeiro despregar o mundo preso à morte perpétua! Oh! Poder escondido! Um homem, condenado, junto com ladrões, salvar homens condenados junto com demônios! Um homem estendido no patíbulo atrai tudo a si! Oh! Virtude inexplicável! Uma só alma, exalada em meio de tormentos, arrancar do inferno inúmeras almas! Um homem receber a morte do corpo e destruir a morte das almas!

Por que, Senhor bondoso, piedoso Redentor, poderoso Salvador, ocultastes tão grande força sob tamanha humildade? Acaso alguma necessidade obrigou o Altíssimo a abaixar-se tanto, e o Onipotente, a tanto se incomodar?

Só por sua vontade o fez, e sua vontade sempre é boa, fê-lo por mera bondade; ele que estava sujeito a esta morte e podia evitá-la sem lesar a justiça, aceitou espontaneamente que lhe fosse aplicada por motivo de justiça. A natureza humana nada sofreu por necessidade alguma, senão só por livre vontade dele. Não cedeu a nenhuma violência; mas, por espontânea bondade, para honra de Deus e utilidade dos demais homens, louvável e misericordiosamente suportou o que lhe foi atirado por malevolência, sem gravame de obediência, tão somente por disposição de sabedoria todo-poderosa. Com efeito, o Pai não ordenou a esse homem, sob coação, que morresse; este é que fez, por livre vontade, aquilo que entendeu que haveria de agradar ao Pai e ser útil aos homens. De fato, o Pai não podia obrigá-lo a fazer o que não era justo exigir dele; mas tamanha benevolência, não podia deixar de ser agradável ao Pai. E foi assim que mostrou livre obediência ao Pai e deste modo é que foi obediente ao Pai até a morte. (Fil 2,8) E como lhe mandou o Pai, assim fez. (Jo 14,31) E bebeu o cálice que o Pai lhe deu. (Jo 18,11)

Com efeito, esta é, para a natureza humana, a obediência perfeita e totalmente livre: quando submete livremente a própria vontade à vontade de Deus e traduz realmente em atos esta boa vontade aceita, por liberdade espontânea, sem qualquer exigência exterior.

Aí está, alma cristã, a força de tua salvação; é esta a causa de tua liberdade; este, o preço de tua redenção. Eras cativa; desta maneira, porém, foste resgatada. Eras escrava e assim ficaste livre. Assim, desterrada, foste repatriada; perdida, foste restituída; e morta, ressuscitada. Praza a Deus, ó homem, que teu coração pondere, medite, saboreie e assimile estas noções, quando tua boca receber a carne e o sangue do mesmo Redentor!

Senhor, fazei, eu vo-lo suplico, que experimente pelo amor o que experimento pelo intelecto!

Ofício Marial
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