Ontem à noite, após a Santa Missa recebi uma proposta indecente... "Providenciar para que a Santa Missa, na quarta feira, seja bem animada". Ouvindo a minha resposta de que eu não saberia fazer isto, visto ser uma situação totalmente divergente do espírito da Liturgia, ouvi argumento de que deveríamos nos adaptar à linguagem dos participantes que, na noite, seriam os jovens. Depois de eu expor a doutrina da Igreja a este respeito, falando do caráter Sacrifical da Santa Missa, sendo mesmo perpetuação do Calvário, e que não se faz festa na Cruz, fundamentando tudo isto com o que ensina o Concílio de Trento, ouvi a já tão usada frase vinda de um modernista: "mas nós estamos no Vaticano II". Continuei falando da intenção de Bento XVI e da luta que tem travado visando restaurar a Liturgia. Falei, por fim, que o Concílio de Trento é dogmático, enquanto que o Vaticano II é apenas pastoral e que Bento XVI condena esta leitura que o interpreta como descontinuidade da Tradição, a famigerada "Hermenêutica da Ruptura".
E então, tornou-se manifesta a intenção de todo modernista e o que trazem dentro do peito, quando, por fim, ouvi de sua boca: "Bento XVI já deveria estar na glória".
Porém, uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi o apelo usado para me convencer a transgredir a Sagrada Liturgia. Ao me pressionar, pediam para que eu fizesse isso "pelo amor de Deus".
Lembrei as palavras de Cristo a Pe. Pio.. Em vão...
Parece que o Cristo é quem menos interessa nestas "diversões".
Estou muito triste.
Miserere Nobis.
Fábio.
É, Fábio,
ResponderExcluirInfelizmente não querem aceitar a doutrina da Igreja em sua totalidade. Querem adaptar o Concílio Vaticano II às malditas idéias modernistas do mundo atual.
Faço minha a sua invocação: "Miserere nobis, DOMINE!"
Abraços,
A paz,
Everth.
Vai entender....
ResponderExcluirEnquanto uns desejam uma Liturgia Animada, eu vou pulando de paróquia em paróquia na minha cidade procurando por um celebração sóbria e piedosa.
Eu juro que gostaria de entender a cabeça dessas pessoas que transformam a Santa Missa em uma festa com palmas, danças, guitarras e baterias.
Definitivamente uma nova igreja e uma nova fé.
É Everth, e, embora eu seja muito cuidadoso quanto a isso, a cada dia fico ainda mais desconfiado com o Concílio Vaticano II.
ResponderExcluirRogério, realmente uma nova fé. Os argumentos que se usam é de ser necessário adaptar-se para trazer os jovens. Mas, na verdade, o que as pessoas querem é justamente alguém que trate o divino com respeito e de forma coerente.
Há alguns anos, aqui na paróquia tinha o grupo jovem da RCC que gostava de tudo fazer com animação, aos pulos, palmas e acenos.
Hoje, no entanto, tal grupo não mais existe.
O fato de certas igrejas estarem vazias, não é por "falta de adaptação" ou "público", mas antes, falta de seriedade e de amor. E eu, sinceramente, não quero e não vou trair a Igreja nem contribuir pra que esta triste chaga da noiva de Cristo venha a crescer.
É, meu irmão. Nos dias de hoje, temos que ser reparadores do Coração de Cristo. E isto significa expor-se e unir-se à Sagrada Vítima, sofrendo também os maltratos dos inimigos da cruz.
Rezemos e estejamos com Ele.
"Hei de viver, de gozar lá no empíreo,
Então terá fugido a dor;
Mas cá na terra quero em meu martírio,
viver de amor, Jesus, viver de amor!"
(Santa Teresinha de Lisieux)
"Vos amo e não vos peço recompensa alguma senão aumento de amor" (S. Pe. Pio)
Que o Senhor nos conceda força para a luta!
Se Cristo não for o suficiente para atrair as pessoas a Missa, o que mais será?
ResponderExcluirIsto me faz lembrar aquela passagem do evangelho de São João, quando, após a multiplicação dos pães, muitos estavam indo atrás dele só porque ficaram saciados, e é bem neste momento que ele anuncia a Eucaristia, onde muitos O abandonam depois de suas palavras.
A história sempre se repete. Como vc mesmo falou Fábio, tal grupo hj já não existe mais. Para que repetir o erro?
Abraços,
Claudemir Leandro.
É Claudemir..
ResponderExcluirThomás de Kempis, no Imitação de Cristo, ainda conta do caso em que muitos iam na Casa de Marta e Maria, não pelo Cristo, mas para ver Lázaro, o "fenômeno".
É o que muitos querem fazer da Santa Missa hoje: uma celebração fenomenal, um espetáculo bem ao gosto dos "espectadores".
No entanto, as pessoas estão sedentas pelo Cristo. Querem vê-Lo. Esperam encontrá-Lo. Por causa disso, se submetem a todos os "pantins" ridículos que levam hoje o nome de "espiritualidade".
COmo dizia o salmista, são como "terra árida e sequiosa que anseia pela chuva". Os pretensos protagonistas do "evento", porém, parece que consideram que, se chover, a festa acaba...
Rezemos, meu caro. Rezemos...
Acho que já sei até quem foi o autor da proposta! rsrsrsrs... Conheço bem a situação... Mas não ceda, antes a morte a mais ofender o coração transpassado de Jesus. Era só o que faltava... Jesus na cruz e num monte de gente fazendo festa sem se importar com o que realmente está acontecendo.
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