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A comunidade cristã primitiva era comunista? E as Ordens Religiosas o são?



Com relativa frequência a gente escuta disparates como esse: "mas os primeiros cristãos tinham tudo em comum, o que significa que viviam numa estrutura social similar ao comunismo". Infelizmente, os chamados "comunistas de sacristia" ainda existem aos bocados; são pessoas que pretendem conciliar o ideal socialista com o cristianismo. Para isto, estão sempre a proclamar a sua "preferência pelos pobres", como forma semi-velada dos seus ideais de esquerda. A teologia sofre com isto, pois que o liberalismo expulsa-lhe todo o sagrado, reputando seu conteúdo supranatural ao nível de construções imaginárias de fundamentalistas religiosos no percurso da história. A figura de Jesus também é deturpada, originando a idéia da suposta discrepância entre o Jesus histórico e o Jesus da Fé. O Cristo real, histórico, se assemelharia a um revolucionário que mais não fez senão pregar a igualdade e lutar em favor dos oprimidos do seu tempo.

Há ainda quem diga que o que se vive nas comunidades religiosas, nos conventos e mosteiros, é de mesma natureza que o ideal comunista, o que reafirmaria o caráter cristão da ideologia de Marx.

Sobre estas questões, transcrevo neste espaço parte de uma carta de D. Geraldo de Proença Sigaud, S.V.D, publicada em 1962, cujo trecho a seguir está disponível no site Sacralidade.

"O socialismo ensina a mesma doutrina marxista que o comunismo. Tem o mesmo objetivo, a Revolução, e quer a mesma organização econômica da sociedade. É materialista, rejeita a Religião, a moral, o direito, Deus, a Igreja, os direitos da família, do indivíduo. Quer que todos os meios de produção estejam nas mãos do Estado, e igualmente toda a educação, todos os transportes, as finanças, e que o Estado seja o soberano senhor de todas as forças da nação. Deseja a supressão da diferença entre as classes sociais. Também para o socialismo, a pessoa existe para o Estado, não o Estado para a pessoa." (cf. Leão XIII, Encíclica Rerum Novarum, Edit. Vozes, pp. 5 e 6)

Amados Filhos, provavelmente já tereis ouvido ou lido afirmarem que a Igreja primitiva foi comunista e que as atuais Ordens Religiosas o são.

Depois do que dissemos a respeito d marxismo, compreendereis que somente um ignorante ou uma pessoa de má fé pode afirmar uma mostruosidade tal.

Mas, mesmo se abstrairmos do marxismo, nem a Igreja primitiva praticou, nem as Ordens Religiosas praticam o comunismo. Vede bem que o essencial do comunismo é a negação do direito de propriedade. Ora, examinemos sob este aspecto a Igreja primitiva. Levadas da vontade de seguir de perto o exemplo do Divino Mestre e realizar os conselhos evangélicos, várias famílias cristãs de Jerusalém resolveram viver no voto de pobreza. Para isto venderam tudo o que tinam e entregaram o dinheiro aos Apóstolos para que com ele fosse mantida a comunidade. Notai bem: os indivíduos desta comunidade renunciavam a seus bens porque queriam. Quem não quisesse viver na pobreza, não precisava. Assim disse São Pedro a Ananias: "Conservando o campo, ele não ficava teu? E vendendo-o, não dependia de ti o que farias com o dinheiro?" (At 5,4).

A Igreja permitia que os que quisessem viver sem possuir nada pessoalmente, o fizessem. Mas, de um lado, isto era livre; de outro, o imóvel ou o dinheiro apurado passava a ser propriedade da comunidade. Ficava pois de pé o direito de propriedade da comunidade; não era negado nem transferido ao Estado.

Para desiludir os comunistas utópicos, devemos dizer que a primeira tentativa de realizar o ideal da pobreza não foi bem sucedida. Consumidos os capitais apurados na venda dos imóveis, criou-se em Jerusalém uma situação difícil, e foi preciso as outras comunidades cristãs enviarem periodicamente esmolas para Jerusalém a fim de sustentarem os irmãos que tinham renunciado a seus bens. Verificou-se que o voto de pobreza só é possível junto do voto de castidade, e que o estado de pobreza evangélica não é possível quando há família, mulher e filhos. Para pessoas casadas o caminho da santidade está no trabalho e na reta administração das riquezas temporais. Mais tarde a Igreja retomou a experiência, primeiro com indivíduos isolados, os anacoretas, depois com pequenas comunidades de eremitas, os cenobitas; só depois que raiou a liberdade para o Cristianismo é que dois grandes Santos organizaram a vida de pobreza evangélica aliada à obediência e à castidade: no Oriente, São Basílio; no Ocidente, São Bento. Mas, se o monge renuncia a toda propriedade pessoal, o mosteiro passa a ser o proprietário. Verifica-se o que se dá muitas vezes na família: se os indivíduos não são donos, a família é a proprietária.

Vejamos agora o valor que tem a afirmação de que as Ordens Religiosas são comunistas ou socialistas.

Ninguém afirmará que as doutrinas filosóficas, sociológicas, teológicas do comunismo se encontram realizadas nas Ordens Religiosas. Tal afirmação é tão absurda, que ninguém a tomaria a sério. Restaria então o tipo de vida econômica das Ordens Religiosas. Perguntamos: o tipo de vida econômica que o comunismo pretende implantar é aquele que as Ordens Religiosas realizam há tantos séculos? Para respondermos com clareza a este absurdo, que no entanto se repete com enfadonha monotonia, vamos analisar um pouco mais de perto o tipo de vida econômica das Ordens Mendicantes. É sabido que são elas que realizam o ideal de pobreza evangélica mais absoluto entre as comunidades religiosas. Verificado que nelas não há sombra do tipo econômico comunista, fica provado que as outras Ordens e COngregações, em que o tipo de pobreza é mais suave, a fortiori não podem ser tachadas de comunistas.

Nas Ordens Mendicantes mais rigorosas, não só os Religiosos individualmente nada possuem de próprio, mas nem mesmo a Ordem, as Províncias ou conventos são os titulares das propriedades. Em lugar deles a Santa Sé ou a Diocese são os proprietários formais. A administração dos bens destinados à Ordem, à Província ou ao convento é realizada por pessoas nomeadas pela Santa Sé ou pela Diocese. Mas, se a propriedade não é nominalmente da Ordem, etc., os frutos do patrimônio que existir, ou as esmolas dadas pelos fiéis, se aplicam formalmente à manutenção daquele convento e daquela comunidade para que são destinados. Assim, os Religiosos não têm os ônus da propriedade e de sua administração, caridosamente suportados pela Autoridade Eclesiástica, mas têm as rendas necessárias para se manterem. É a realização da pobreza de Cristo e da fé na Providência. É o "nihil habentes, et omnia possidentes" (sem posses, nós que tudo possuímos) de São Paulo (2 Cor 6,10). Assim, as Ordens Mendicantes são a mais formal refutação do comunismo. Porque:

a) A renúncia às propriedades é uma afirmação clara da existência do direito de propriedade, pois ninguém renuncia seriamente ao que não existe.

b) Cada comunidade e cada Religioso tem o direito de viver dos frutos do patrimônio e das esmolas que tocam ao convento, e que são administrados pela Autoridade Eclesiástica em favor da comunidade, e não arbitrariamente.

c) O Religioso renuncia ao direito de propriedade voluntariamente. O comunismo nega este direito e confisca as propriedades violentamente.

d) O Religioso abraça a pobreza voluntária para melhor seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo e santificar melhor sua alma na esperança da vida eterna. O comunismo diz que destrói a propriedade particular para proporcionar a todos os homens a maior soma de prazeres nesta terra, uma vez que não existe a vida eterna.

e) Na realidade, a pobreza voluntária dos Religiosos os leva a maior liberdade no serviço de Deus. O comunismo, prometendo a maior soma de prazeres, realmente tem por fim escravizar os homens, e depois, por meio da fome, obrigá-los à total apostasia de Deus.

f) A pobreza voluntária das Ordens Religiosas serve a Deus. O comunismo serve a Satanás.

Concluindo , devemos pois dizer que a afirmação de que as Ordens Religiosas realizam o tipo econômico do comunismo é uma verdadeira blasfêmia.

Carta Pastoral Sobre a Seita Comunista - seus erros, sua ação revolucionária e os deveres dos católicos na hora presente. D. Geraldo de Proença Sigaud, S.V.D. Publicada em 6 de janeiro de 1962 na cidade de Diamantina, MG.

Além do que já foi manifesto acima como prova da distância abismal que separa a vida religiosa conventual e monástica do torpe ideal socialista, poderíamos ainda juntar a estrutura hierárquica característica destes ambientes religiosos, coisa totalmente avessa à pretensão igualitária dos comunistas. De fato, o que se vive nos mosteiros e conventos, pelo voto de obediência, é a sujeição dos irmãos consagrados aos seus superiores, num harmônico sistema hierárquico que se funda sobre o reconhecimento da desigualdade acidental dos membros.

Convém ainda fazer notar que, não apenas a comunidade primitiva ou os ambientes de vida consagradas são estranhos ao comunismo, mas toda a religião católica opõe-se a esta funesta ideologia.

Sobre isto, são claríssimas as palavras do Papa Pio XI, também disponíveis na referida carta: "Socialismo religioso, socialismo utópico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista"

Fábio.
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11 comentários:

  1. esta pagina e uma filha da puta de uma merda

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  2. vao-se foder seus filhos de uma puta de uma fisga, estou a fazer um trabalho e aparece-me uma merda destas

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  3. vao para o caralho que vos foda

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  4. Nossa.. Sua retórica me comoveu...
    Vc está a fazer seu trabalho numa privada?
    Sim, pq já que demonstra defecar tão bem pela boca, o que não fará por outra parte? Até trabalho acadêmico, suponho..rs...

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  5. vai-te foder o paneleiro de merda Fábio

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  6. Olha deves ter a mania o Fábio de merda, eu estou a fazer um trabalho de historia e tu ainda vens criticar o que eu disse seu filho de 30 putas

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  7. espero que morras no inferno seu filho de 30 putas,cabrão de merda e vai levar no cu

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  8. este pograma e uma merda, adeus e ate ao fim do mundo, seu panaleiro de merda, cavalo cagado. XD

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  9. E puta es tu que da o cu na casa verde, pedofilo de crianças ,badalhoco do caralho, missionario de merda.Vao para a puta que vos pariu.

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  10. Ora, se não é o defecante e flatulante anônimo de novo, tão corajoso que nem sequer põe o nome.

    Seu trabalho de "história" deve ser uma merda só, né não?
    Aliás, você poderia vendê-lo como papel higiênico usado.... Quem sabe não serve de adubo? Tá vendo? Até vc e suas fezes podem servir pra alguma coisa.

    Ah... E vai aprender a escrever minimamente... Teu trabalho deve ser uma disenteria só...rs..

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