"1- O conhecimento da grandeza de Deus, porque, quantas mais coisas virmos dela, mais se nos dá a conhecer.
2- O próprio conhecimento e humildade, ao ver como coisa tão baixa, em comparação do Criador de tantas grandezas, tem ousado ofendê-l'O, nem como ousa olhar para Ele;
3- Ter em muito pouco todas as coisas da terra, se não forem das que pode aplicar ao serviço de tão grande Deus."
Sta Teresa D'Avila, Castelo Interior.
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Em contrário, poderíamos dizer que os efeitos de uma falsa mística contemporânea seriam:
1- A redução de Deus às próprias suposições, imaginações e criações subjetivas. Este erro é perfeitamente expresso pela corrente expressão: "Deus fala no meu coração".
2- A preocupação com a própria estima, recorrendo a métodos de sugestão para sobrelevar o próprio valor e ver-se a si mesmo como objeto particular da predileção divina.
3- Esquecer que vivemos, por ora, num exílio e passar a ver o mundo, na prática, como morada definitiva, tendo terror de um porvir e buscando construir o céu no mundo, como exilados que, ébrios pela busca de prazeres terrenos, ignoram a Pátria de onde vieram. Para estes foi que Jesus disse: "Ai de vós que rides..."
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Se compararmos estes dois esquemas, notaremos o seguinte: na autêntica espiritualidade, o sujeito está sempre aberto à transcendência e cada vez mais desapegado do que é imediato e sensível.
Na falsa mística, ocorre justamente o contrário: há a absoluta prevalência do subjetivismo e o expurgo da metafísica.
Façamos, pois, um exame de consciência, lembrando que a falsa mística pode até aderir a um ou outro ponto da verdadeira, porém distorcendo-o, como é típico da gnose.
"Eu suspiro por maravilhas diferentes
Por outro mundo de esplendores mais sublimes
Que os do oceano, das montanhas e dos vales"
Sta Teresinha de Lisieux
Pax.
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