A essência de todo panteísmo, evolucionismo e religião cósmica moderna está realmente nesta proposição: que a natureza é a nossa mãe. Infelizmente, se você considerar a natureza como mãe, vai descobrir que ela é madrasta. O ponto principal do cristianismo era este: que a natureza não é a nossa mãe: a natureza é nossa irmã. Podemos sentir orgulho de sua beleza, uma vez que temos o mesmo pai; mas ela não tem autoridade sobre nós; temos de admirá-la, não de imitá-la.
Isso confere ao prazer tipicamente cristão neste mundo um estranho toque de leveza que é quase frivolidade. A natureza foi mãe solene para os adoradores de Ísis e Cibele. Foi mãe solene para Wordsworth ou para Emerson. Mas a natureza não é solene para Francisco de Assis ou para George Herbert. Para São Francisco de Assis ela é irmã, até mesmo uma irmã menor: uma irmãzinha que dança, de quem se ri e a quem se ama.
Chesterton, Ortodoxia.
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