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VI Niver GRAA - breve explanação


Este ano, o Grupo de Resgate Anjos de Adoração - GRAA completa o seu 6º aniversário, graças a Deus. Todos os anos, a comemoração se dá a partir de um evento simples; geralmente, passamos o dia num lugar, onde há formações, onde rezamos, cantamos e, em geral, terminamos com a Santa Missa. Isso falando a "grosso modo" do que lá ocorre. Houve um ano que nossa "comemoração" se resumiu a apenas uma noite, onde tivemos a Santa Missa e uma mini-apresentação do GRAA, seguida de uma muito solta confraternização entre os presentes. Digo "solta" no sentido de "espontânea"... não vão me entender mal... rs.

Neste ano de 2010, porém, a proposta é diferente. Estaremos, por dois dias e uma noite, "trancados" num determinado local (ainda estamos vendo da disponibilidade dos locais possíveis), ou, na terminologia carismática, será um retiro "interno". Bem, não sei exatamente que tipo de retiro pode ser uma coisa "externa", visto que o termo "retiro" já sugere a idéia de se retirar...

Estamos, já, numa muito modesta divulgação. O auge da coisa ainda virá... Mas já há alguns interessados, sobretudo de outras cidades. Poucos, mas os há. Porém, chamou-me a atenção o que que disse um destes que virão: primeiro, certificou-se de que o retiro não seria carismático. Recebendo a confirmação de que não será, embora o rapaz seja carismático, isto o motivou ainda mais a querer fazer a experiência. Um outro homem, que ainda não pude conhecer, certificava-se também neste sentido (se realmente não era carismático), mas como condicional para vir.

Isto é muito interessante. De uns tempos para cá, os "retiros" carismáticos se tornaram muito frequentes. Eu mesmo, na minha adolescência, participei de inúmeros e os chamados "retiros de carnaval" realmente deixam uma viva impressão, pelos menos os primeiros. A coisa, porém, atingiu tal popularidade que, por algum tempo, em alguns lugares, gozava quase de total exclusividade. Não que não houvesse outros retiros ou outras pessoas interessadas em outras vertentes; mas a comparação era muito desigual. Isto somente se acentuava se considerarmos que, à alternativa dos carismáticos, apenas víamos os membros da linha da Teologia da Libertação organizando, também, os seus eventos ainda menos retirados.

Estes encontros que costumavam haver (e ainda os há aos montes) são chamados retiros apenas por uma confusa analogia com os retiros propriamente ditos. Os retiros tradicionais, como sabemos, primam realmente pelo silêncio e pela experiência do encontro com Nosso Senhor e dos retirantes consigo mesmos, o que é difícil de se fazer sem um mínimo recolhimento. Estes outros eventos em alta, porém, embora concentrassem um certo número de pessoas num dado local, não os levavam a uma experiência, de fato, silenciosa ou retirada. E isto provoca um certo paradoxo: tudo fica, à primeira vista, muito atrativo, o que garante a presença de uma maior quantidade de pessoas; mas, tende-se, assim, à superficialidade, sem falar que as próprias motivações dos participantes podem não ser das melhores.

Em toda época se reconheceu que, numa conversão verdadeira, sempre há um "quê" de dificuldade, de renúncia. Nesta perspectiva, uma "mudança de vida" decidida em meio a uma "festa" soa meio desafinado. 

Um outro problema, e talvez ainda maior, é que estas concentrações animadas de pessoas pretendem obter conversões em massa. No entanto, aí se dá um acontecimento muito curioso: muita gente pensa ter-se tornado católica porque sentiu certas coisas. A partir de então, o sujeito até irá às Missas numas semanas seguintes; mas, só com o que "experimentou" lá, ele não sustenta a caminhada. Quem falou que é possível tornar-se católico sem aprender racionalmente o que a Igreja ensina?

Depois, outro problema é a expectativa que tais encontros causam. Simplesmente, muita gente espera ouvir coisas que movam a sua sensibilidade. Onde fica o aspecto racional? Neste sentido, um testemunho bem emotivo que arranque lágrimas é muito bem aclamado, enquanto que uma pregação sobre um dogma da Igreja que, porém, não provoque arrepios e coisas semelhantes, é vista como um hiato na "graça" do encontro. Quantas vezes eu mesmo considerei dessa forma a pregação de um bispo não carismático que, num retiro carismático, dava a sua generosa participação.

Lidar com estas coisas requer maturidade. Nós do Anjos de Adoração temos que tratar sempre com jovens provindos, no mais das vezes, de uma espiritualidade carismática e podemos dizer com propriedade que não é fácil de certa forma "frustrar" certas expectativas e, ainda assim, manter o sujeito animado.

Sei que os carismáticos, na maior parte das vezes, têm muito boa intenção. Mas a coisa fica muito a desejar. Há, de fato, mudanças de vida; mas também há a apresentação de pressupostos errados que dificultam uma adesão mais séria.

O post nem era pra tratar disto, mas se escrevo tais coisas é por estar animado de carinho, também pelos meus tantos amigos carismáticos, muitos dos quais me lerão, e que já sabem da minha posição a este respeito, que nunca escondi.

Enfim, o VI Aniversário do Grupo de Resgate Anjos de Adoração vem aí; será nos dias 3, 4 e 5 de dezembro. E não será um evento carismático porque nós não somos carismáticos. Porém, os carismáticos são muito bem vindos, também pra conhecer outra espiritualidade. Não será, também, nenhum retiro monástico..rs... Como lidamos, sobretudo, com jovens, e somos todos jovens também, claro que haverá coisas tipicamente jovens; porém, não se entenda "coisas jovens" como "irresponsáveis" ou "promotoras de sensualidade". Isto não haverá...

Inscrições abertas. Fazer com os próprios membros do GRAA...

Tema: Provai e vede como o Senhor é bom.

Dúvidas, críticas, conselhos, recomendações, escrevam nos comentários. 

Abraço. Pax.

Fábio.
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3 comentários:

  1. Caríssimo,

    Gostaria, se possível, participar!!!!
    Um abraço fraterno.
    Eliana

    ResponderExcluir
  2. Claro, Laninha...

    Será um prazer tê-la conosco..

    Abraço.

    ResponderExcluir
  3. Os aniversarios do grupo realmente ja foram bem pekenos,so pra gente, como vc mesmo falou "uma noite"!
    Mas q esse retiro seja realizado pela vontade de Deus!
    Estamos fazem o nosso melhor e se assim Deus permitir ira ser o melhor de todos os retiros (rsrsrsrssr...). Como vc mesmo disse, naum eh um retiro monastico, mas eh um retiro com a nossa espirutualidade, nada carismatico, mas um retiro q nos levara a encontrar com Deus de forma mais "suave".
    Num vejo a hora de xegar o dia!
    Que Deus faca de nossos intrumentos, para q possamos assim conduzir outros jovens a esse caminho!

    ResponderExcluir

Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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