"A deslealdade suprema para com Deus é a heresia.
É o pecado dos pecados, a mais repugnante das coisas que Deus reprova neste mundo enfermo.
No entanto, quão pouco entendemos de sua odiosidade excessiva!
É a poluição da verdade de Deus, o que é a pior de todas as impurezas.
Porém, como somos quase indiferentes a ela!
Nós a fitamos e permanecemos calmos.
Encostamos nela e não trememos.
Misturamo-nos com seus fautores e não temos medo.
Nós a vemos tocar as coisas santas e não percebemos o sacrilégio.
Inalamos seu odor e não mostramos qualquer sinal de detestação ou desgosto.
Alguns de nós afetamos ter sua amizade; e alguns até buscam atenuar as culpas dela.
Nós não amamos a Deus o bastante para termos raiva pela glória d'Ele.
Não amamos os homens o bastante para sermos caridosamente sinceros pelas almas deles.
Tendo perdido o tato, o paladar, a visão e todos os sentidos das coisas celestiais, somos capazes de armar tenda no meio dessa praga odienta, em tranqüilidade imperturbável, reconciliados com sua repulsividade, e não sem declarações em que nos gabamos de admiração liberal, talvez até com uma demonstração solícita de simpatias tolerantes [por seus fautores].
Por que estamos tão, tão abaixo dos santos antigos, e mesmo dos apóstolos modernos destes últimos tempos, na abundância de nossas conversões?
Porque não temos a antiga firmeza!
Falta-nos o velho espírito da Igreja, o velho gênio eclesiástico.
Nossa caridade é insincera, pois não é severa; e não é persuasiva, pois é insincera.
Carecemos de devoção pela verdade como verdade, como verdade de Deus.
Nosso zelo pelas almas é débil, pois não temos zelo pela honra de Deus.
Agimos como se Deus ficasse lisonjeado com conversões, ao invés de serem almas que tremem, resgatadas por um excesso de misericórdia.
Dizemos aos homens meia-verdade, a metade que calha melhor à nossa própria pusilanimidade e aos preconceitos deles; e depois nos admiramos de tão poucos se converterem, e que, desses poucos, tantos apostatem.
Somos tão fracos a ponto de nos surpreendermos de que nossa meia-verdade não teve tanto sucesso quanto a verdade inteira de Deus.
Onde não há ódio à heresia, não há santidade.
Um homem, que poderia ser um apóstolo, torna-se uma úlcera na Igreja por falta de justa indignação."
(Pe. Frederick William FABER [1814-1863], The Precious Blood, or: The Price of Our Salvation [O Preciosíssimo Sangue, ou: o Preço de Nossa Salvação], 1860, pp. 314-316, tradução de Felipe Coelho).
É o pecado dos pecados, a mais repugnante das coisas que Deus reprova neste mundo enfermo.
No entanto, quão pouco entendemos de sua odiosidade excessiva!
É a poluição da verdade de Deus, o que é a pior de todas as impurezas.
Porém, como somos quase indiferentes a ela!
Nós a fitamos e permanecemos calmos.
Encostamos nela e não trememos.
Misturamo-nos com seus fautores e não temos medo.
Nós a vemos tocar as coisas santas e não percebemos o sacrilégio.
Inalamos seu odor e não mostramos qualquer sinal de detestação ou desgosto.
Alguns de nós afetamos ter sua amizade; e alguns até buscam atenuar as culpas dela.
Nós não amamos a Deus o bastante para termos raiva pela glória d'Ele.
Não amamos os homens o bastante para sermos caridosamente sinceros pelas almas deles.
Tendo perdido o tato, o paladar, a visão e todos os sentidos das coisas celestiais, somos capazes de armar tenda no meio dessa praga odienta, em tranqüilidade imperturbável, reconciliados com sua repulsividade, e não sem declarações em que nos gabamos de admiração liberal, talvez até com uma demonstração solícita de simpatias tolerantes [por seus fautores].
Por que estamos tão, tão abaixo dos santos antigos, e mesmo dos apóstolos modernos destes últimos tempos, na abundância de nossas conversões?
Porque não temos a antiga firmeza!
Falta-nos o velho espírito da Igreja, o velho gênio eclesiástico.
Nossa caridade é insincera, pois não é severa; e não é persuasiva, pois é insincera.
Carecemos de devoção pela verdade como verdade, como verdade de Deus.
Nosso zelo pelas almas é débil, pois não temos zelo pela honra de Deus.
Agimos como se Deus ficasse lisonjeado com conversões, ao invés de serem almas que tremem, resgatadas por um excesso de misericórdia.
Dizemos aos homens meia-verdade, a metade que calha melhor à nossa própria pusilanimidade e aos preconceitos deles; e depois nos admiramos de tão poucos se converterem, e que, desses poucos, tantos apostatem.
Somos tão fracos a ponto de nos surpreendermos de que nossa meia-verdade não teve tanto sucesso quanto a verdade inteira de Deus.
Onde não há ódio à heresia, não há santidade.
Um homem, que poderia ser um apóstolo, torna-se uma úlcera na Igreja por falta de justa indignação."
(Pe. Frederick William FABER [1814-1863], The Precious Blood, or: The Price of Our Salvation [O Preciosíssimo Sangue, ou: o Preço de Nossa Salvação], 1860, pp. 314-316, tradução de Felipe Coelho).
Fonte: Luz e Calor.
Bom dia
ResponderExcluirOlá Fábio!! Acredito que você não conhece as pessoas do CEBI, caso contrário você não usaria o termo "terroristas", por sinal muito agressivo. A própria CNBB apoia o diálogo ecumênico e nós aqui do ES temos uma relação muito boa com a Igreja Católica. Somos pessoas que procuramos sempre defender a vida.....
Abraços... Aguinaldo (aguinaldobortolini@yahoo.com.br)
Olá, Aguinaldo. Salve Maria Santíssima.
ResponderExcluirVocê comentou sobre a CEBI num artigo muito apropriado: "ódio às falsas doutrinas" do Pe. Faber. Espero que você o tenha lido.
Quando uso o termo "terroristas", não quero fazer menção a homens bombas ou a atentados contra a vida humana. Não, não. Mas há, sim, um trabalho efetivo de destruição de algo muito precioso: a pureza da doutrina católica.
Aguinaldo, quando escrevi aqueles artigos sobre o CEBI, se vc os leu, tinha acabado de ocorrer, por aqui, um encontro com um de vocês e que, simplesmente, deixou muita gente chocada. E veja que nem eram dos mais conservadores os que estranharam. Depois, eu mesmo fiz questão de visitar o site de vocês e, sinceramente, quanta porcaria!
Se você quer, de coração, ajudar a Igreja Católica, converta-se e assuma a verdadeira Fé. Desculpe, pode parecer pretensioso falar assim, como alguns dizem, "em pleno século XXI". Só que isto é apenas mais um sofisma. A Verdade segue valendo como sempre. Nosso Senhor é o mesmo.
Sobre a relação da CEBI com a CNBB, isso não me espanta nada. Há tempo, já, que a CNBB age mais como inimiga, mesmo. E, antes que vc decida apontar qualquer contradição aí, já te adianto que a CNBB não faz parte da hierarquia da Igreja. Ela existe mais como uma estratégia de uniformizar a ação dos senhores bispos. Mas, infelizmente, a CNBB tem agido de forma contraditória ao ensino eclesiástico.
Sobre defender a vida, ótimo! Sejamos todos contra o aborto que é sinônimo de assassinato, em qualquer caso! Mas, seria ótimo que vc também defendesse a vida da graça que só a comunhão com a verdadeira Igreja de Cristo pode dar.
Em Maria Santíssima
Fábio.