NOTA DE ESCLARECIMENTO
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Brasília, 07 de dezembro de 2011
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por fidelidade a Cristo e à Igreja, no firme propósito de ser instrumento da verdade, vem esclarecer que, atendendo à solicitação da senadora Marta Suplicy, a recebeu em audiência, no dia 1º de dezembro de 2011, e ouviu sua apresentação sobre o texto substitutivo para o PL 122/2006.
A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto. Reiterou, ainda, a posição da Igreja de combater todo tipo de discriminação e manifestou, por fim, sua fraterna e permanente disposição para o diálogo e colaboração em tudo o que diz respeito ao bem da pessoa humana.
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
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Se realmente não houve o tal acordo, tampouco houve qualquer manifestação positiva de desaprovação ao tal projeto. Nesta nota, percebe-se o sempre politicamente correto discurso da CNBB que, de um lado se diz fiel a Cristo e à Igreja e, de outro, se isenta de atacar o erro, utilizando expressões ambíguas tais como o dizer que está disposta a combater todo tipo de discriminação - o que é de uma obviedade sem fim - e o de garantir a sua colaboração em tudo o que diz respeito ao bem da pessoa humana, mas sem versar sobre o que é este bem, precisamente, e sobre o que ele implica.
A CNBB deveria ler mais S. Paulo: "Se eu quisesse agradar aos homens, eu não seria servo de Cristo." Mas, como se diz primeiramente fiel a Cristo, deveria conhecer melhor a clareza que Jesus pede aos seus: "Seja a vossa palavra: sim, sim; não, não. O resto vem do diabo."
Falta, infelizmente, aos nosso bispos - se não a todos, pelo menos à maioria, é o que parece - a coragem do discurso inequívoco e a primazia pela busca do Reino de Deus e a Sua Justiça. Ao invés disto, estão muito preocupados com o diálogo sem fim e sem outro objetivo que não o próprio diálogo e a possibilidade de se saudarem mutuamente com os apertos de mão, os tapinhas nas costas e os risinhos sem graça do respeito humano.
Que a Virgem Soberana, Mãe dos Cristãos, nos supra mais essa orfandade...
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