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Sobre a não retratação do Jean Wyllys



Teço abaixo apenas alguns comentários sobre essas declarações do Jean.


1- Circula na web uma notícia FALSA q diz que "Jean Wyllys real" se 'retratou' de sua resposta às ofensas do papa contra os gays através de nota.

Como a mensagem faz que estão de destacar, é claro que uma atitude digna como é a de reconhecer o próprio erro e a precipitação que foi ofender o Papa não poderia proceder deste sujeito. Então, obviamente, é certo que a notícia seja FALSA (como destacado na mensagem); ela não corresponde ao "Jean Wyllys REAL". Seria esperar demais do rapaz, né? Mesmo sendo tão evidente a falsidade das suas afirmações, ele simplesmente recusa se retratar. Contudo, desse modo, ele termina por nos fazer um belo favor: o de demonstrar o seu verdadeiro caráter que é o de uma alma infantilizada que apenas se importa com os próprios desejos e não está nem aí para a verdade dos fatos. Como acreditar num sujeito desses, cuja desonestidade intelectual e moral é tão gritante?

2- "Jean Wyllys real" emitiu uma nota explicando por que não é necessária uma 'retratação' e ratifica seus comentários.

Eu gostaria muito de ver a tal nota. Alguém aí sabe onde se encontra esse negócio? Dei uma modesta procurada, mas só achei a FALSA notícia da retratação que, obviamente, não corresponde ao Jean Wyllys REAL.

3- "Jean Wyllys real" respeita e defende a liberdade religiosa e tem certeza de que a maioria dos cristãos são contra a homofobia.

Muito interessante essa declaração aqui. Ele diz que respeita a liberdade religiosa, mas já faz questão de restringir esta liberdade: ninguém pode ser contra o homossexualismo, senão é homofóbico. Jean aqui se auto-reconhece como o portador do verdadeiro critério de legitimidade da verdadeira liberdade religiosa. Mesmo não sendo religioso, de tal modo ele se auto-representa como uma sumidade que, mesmo para os católicos praticantes, ele se coloca como uma autoridade, uma linha divisória, um demarcador do que é moral e do que não é, do legítimo e do ilegítimo. Isso tudo fica ainda mais irônico quando percebemos que, no fundo da questão, o que há é uma luta irracional de defesa da sodomia, cuja prática caracteriza, justamente, a mais imediata representante da imoralidade.

4- As declarações do papa contra os gays não representam o povo cristão, mas um pequeno grupo extremista e fundamentalista.

Mais uma vez, Jean se entende como o supra-sumo da verdade religiosa, como o Logos divino que vem trazer a forma correta de ver o mundo, como o detentor da verdade moral. Para isto, ele não hesita em nos definir - a nós que estamos com o papa e o bom senso - como grupo extremista e fundamentalista. Mas Wyllys, a quem faltou tanto a prudência de não fazer afirmações gratuitas quanto certos conhecimentos históricos para além das conversas de esquina e dos livrinhos de HQ, se entende dispensado de fazer afirmações segundo os fatos, uma vez que aquilo pelo que ele luta é a primeira coisa que, de modo evidente, contraria a própria realidade do mundo, do corpo humano, do bem, da beleza, do amor, de Deus. Mas para Jean, inimigo da realidade, o mero fato de dizer algo parece fazer com que este algo se torne verdadeiro. Por trás dos disparates do ex-BBB, parece haver qualquer pretensão de auto-divinização. Talvez seja por isso que ele se arvora ao título de especialista-mor do cristianismo, conhecedor de mistérios que estão infinitamente acima de nós, meros mortais cristãos fiéis ao papa. É claro que, em posse de tal profundeza de julgamento, ele bem poderia definir o que é cristão, e o que não é. Forçoso seria perguntar se ele não quer começar a atender confissões. Talvez não; ele pode supor que conhece infusamente os mais recônditos da alma humana e, portanto, não é necessário que alguém lhe diga. 

5- Portanto, a resposta de "Jean Wyllys real" não atinge os cristãos de boa fé, mas apenas aquela minoria homofóbica.

Aqui, novamente, está suposto que Jean é o cara que define qual é o cristão de boa fé - aquele molenga, que não obedece o papa, que é cristão só de nome e que, no final, pensa que os mimosos gays militantes somente querem se amar, e que isso não pode ser lá tão nefasto - e a minoria homofóbica, os vilões terrivelmente perigosos e nefandos que ousaram, contra todas as leis ditadas pelo Jean - a divindade criadora da moral dos BBB's da vida - criticar - que horror! - as práticas homossexuais. Oh, que pecado imperdoável! Os homofóbicos até ousaram - com mil demônios! - olhar com objetividade para o mundo real, apontar para a esterilidade da relação homossexual, defender a constituição naturalmente heterossexual da fisiologia humana, resguardar a família constituída entre um homem e uma mulher, e o que é pior: ousaram ser coerentes com os princípios cristãos, já bi-milenares e descritos na Sagrada Escritura há muito mais tempo. Mas quem diria que seria justamente a fidelidade à moral cristã que faria com que um sujeito se tornasse um mau cristão? Na visão do Jean, é pela desobediência ao cristianismo que alguém se torna um bom católico. A infidelidade é a moral. Precisamente, sr. Jean. O senhor realmente se mostra um supra-sumo... só não lhe posso garantir que o seja da sabedoria.


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