Bento XVI, não obstante as raízes antigas do problema, decidiu tratar com tolerância zero uma questão que mancha a honra do sacerdócio e a integridade das vítimas. Por isso, as muitas referências ao tema nos Estados Unidos e a sua rápida reação, convocando em Roma os responsáveis assim que o problema eclodiu nalgumas dioceses irlandesas. De fato, acaba de tornar-se pública uma dura carta à Igreja na Irlanda em que o Papa chama de “traidores” os culpados dos abusos e anuncia, entre outras medidas, uma rigorosa inspeção em dioceses, seminários e organizações religiosas.
Acaba sendo sarcástica a tentativa de envolver em escândalos sexuais algum dos sacerdotes da diocese governada pelo então arcebispo Ratzinger. Ainda mais quando sabemos ter sido justamente o cardeal Ratzinger que, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assinou em 18 de maio de 2001 a circular “De delictis gravioribus” (“Sobre os crimes mais graves”) que previa duras medidas contra esse tipo de comportamento. O próprio fato de reservar à Santa Sé o julgamento a respeito dos casos de pedofilia (e também dos atentados contra os sacramentos da Eucaristia e da Confissão) reforça a gravidade em que ele os têm, bem como a determinação de que o juízo não seja “condicionado” por outras instâncias locais, potencialmente mais influenciáveis.
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