Jesus e Judas |
Se destas eleições já se pode tirar algo de positivo, é o fato de se terem descoberto, sem as sombras do meio termo, quais os que são católicos e quais os que não são. De fato, não se pode dizer que se desenhou uma linha tênue entre os dois grupos, mas que cavou-se um buraco considerável.
Fica evidente que tudo o que não presta se atrai. Parece que não há um progressista que seja contra a Dilma. Este ímã ideológico é muito revelador. Porém, o que causa maior indignação é esta ludibriação, esta tentativa de negar o evidente e reduzir as críticas à candidata petista a uma atitude de boataria. O interessante é que vão insistindo neste ponto, numa tentativa tosca de defender a santidade da senhora Dilma, como se os brasileiros e, particularmente, os verdadeiros católicos fossem imbecis.
A coisa é de pasmar quando, frequentemente (e muito frequentemente), lemos abaixo assinados contendo o nome de padres, bispos, religiosos e pessoas engajadas em movimentos e pastorais que se pretendem católicos. Isso tudo é muito estranho... E mais estranho ainda é que tais sujeitos não recebam qualquer advertência! É ridículo que os que se proponham a defender a vida como direito fundamental e inalienável do ser humano sejam impedidos de exercer seus direitos democráticos, enquanto que outros, se apoiando numa certa auréola católica, mentem descaradamente, e o fazem, parece, isentos de medo de qualquer reprimenda.
Estranhíssimo este tempo onde a mentira é preferida à verdade, onde a esta se impede de reinar e àquela se promove como soberana. É, de verdade, uma época onde a inteligência é combatida e onde a burrice, p'ra usar um eufemismo, é aclamada como o grande trunfo de um século que se proclama tão adiantado.
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