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Tradicionais - Idealistas ingênuos???


A causa dos tradicionais, isto é, a luta pela pureza da doutrina e a sacralidade do culto, é, por vezes, até compreendida. “São jovens que amam a Igreja”, dizem. Mas esta expressão carrega certo preconceito; é como se dissessem: “são idealistas.. muito embora tenham ótima intenção, não percebem que isto é, na verdade, impraticável”.

Apela-se, então, às exigências da vida corrente, das situações cotidianas, da inconveniência prática de se voltar a uma teologia e liturgia mais estritas.

Estes que assim argumentam, meio que simpatizam com os “jovens”, admitindo as razões intelectuais de sua luta, mas não lhe aderem na vontade. Em primeiro lugar, há que se levantar a questão moral que, não cuidada, amortece a firmeza de qualquer coisa; se não se trabalha nesta questão, o homem se torna, para usar uma expressão de S. Josemaría Escrivá, um “estômago”. Torna-se uma fruta mole, parafraseando agora S. João da Cruz. A estes bonecos não agrada qualquer projeto que preze por uma constância ou firmeza. Seguem conforme a conveniência... Cuide o leitor para não estar entre estes.

Depois, ao dizer que tudo isto que pretendemos é “impraticável”, estes sujeitos fazem uma perigosa divisão entre a teoria e a prática no Cristianismo, como se o Evangelho, por si mesmo, fosse mera alegoria, ou como se Nosso Senhor não nos exigisse a perfeição da sua doutrina. Atribuem ao rigor na vida cristã uma certa ostentação, despindo-o da sua pureza de ideal. Pelo que me consta, foi este mesmo o argumento que certos senhores bispos usaram quando da conversa de S. Francisco de Assis com o Papa, a fim de legitimar a sua Ordem. Se o Evangelho é impraticável, o que é que fazemos escutando-o todos os dias na Santa Missa. Estamos apenas encenando?

Se a Liturgia bem celebrada é impraticável, o que foram tantos séculos que deram à Santa Igreja tantos santos? O que são as encíclicas papais, os livros litúrgicos? São mera ostentação do impraticável?

Com este argumento tosco de que na teoria estamos certos, mas na prática a coisa não é assim, estes indivíduos simplesmente destroem, com tal disparate, toda e qualquer coerência da vida cristã. Não espanta, então, que estes sejam os mais frouxos entre os frouxos.

Se alguém diz que o ensino da Igreja é dispensável, ele estará relativizando todos os pronunciamentos da Igreja, sejam eles dogmáticos ou não. Tal pessoa não é católica. Dizer que, na verdade, aquilo não é necessário, é pretender transcender a regra e gozar de uma visão privilegiada; ultrapassar os “escravos da lei”, estar acima da Igreja ou, aproximando-se de uma afirmação gnóstica, estar, agora sim, em posse do que é a verdadeira Igreja.

Isso é dizer que o Catolicismo, em suas fórmulas dogmáticas, em suas proposições doutrinárias, em suas regras litúrgicas, permanece cativo. A liberdade seria, então, abrir mão de tudo quanto se afirmou anteriormente ou, pelo menos, pôr nisso uma flexibilidade sem fim. É nesta lógica que se situam, por exemplo, os argumentos favoráveis à inculturação, ao ecumenismo sincretista, à fraternidade universal das religiões; todas estas balelas têm igual base: o relativismo ou a negação do acesso à verdade absoluta.

Cristo, então, assemelha-se a Buda; a Igreja Católica se assemelha aos pentecostalismo de qualquer matiz e toda a vida da graça se reduz a um mero moralismo.

Tais argumentos, além de asquerosos, são frágeis, realmente próprios, não de mentes, mas de estômagos.

Permaneçamos firmes na luta e na coerência.

Que Deus nos ajude

Salve Maria!
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2 comentários:

  1. Vi esse texto postado em comentário do seu outro blog:

    http://www.opus-info.org/index.php?title=H%C3%A1_10_anos_sa%C3%AD_do_opus_dei

    que absurdo... Será que é verdade?

    ResponderExcluir
  2. Será que vc não é o mesmo anônimo?
    Lá pus, já, a resposta.

    ResponderExcluir

Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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