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Ainda sobre as ofensas feitas ao Papa pelo dep. ex-BBB Jean Wyllys - Algumas implicâncias dos pressupostos gayzistas


Todos temos acompanhado, meio que com certo mal estar, a polêmica levantada pelo deputado Jean Wyllys, a respeito de uma interpretação do recente pronunciamento do Papa Bento XVI que nada fez senão repetir o que já é absolutamente conhecido por todos como sendo a posição católica. A notícia da declaração de Sua Santidade surgiu na mídia sob o título sensacionalista de "O Papa diz que casamento gay é uma ameaça à humanidade".

O deputado Jean tratou, então, de tecer comentários maldosos e difamatórios a respeito deste que é, não somente o Líder da Igreja Católica Apostólica Romama, mas também um Chefe de Estado. Referindo-se a ele como genocida em potencial, acobertador de pedófilos e filo-nazista, o ex-BBB ofendeu não somente o Papa com seus quase 85 anos, mas também a toda a comunidade católica mundial, no mínimo insinuando que nós, que o amamos e o defendemos, somos cúmplices morais de crime contra a humanidade. Aliás, foi bem essa a posição de um dos textos favoráveis aos disparates do deputado; dizia que os padres todos deveriam ser presos.

Como muito bem foi lembrado, Jean não agiria da mesma forma diante de uma comunidade muçulmana. A atitude, pois, irracional e infantil do referido parlamentar testemunha pelo menos duas coisas: 1- a natureza pacífica dos cristãos que só em última instância e em casos legítimos recorrem ao uso da força. Se assim não fosse, o deputado não ousaria ventilar tais ofensas gratuitas. 2- A covardia do deputado e a sua profunda ignorância, má-fé e irresponsabilidade por fazer tais comentários sem qualquer preocupação com sua correspondência aos fatos.

Muitos já escreveram sobre isto, desmentindo devidamente este afetado do Dep. Wyllys, de modo que se torna ocioso escrever mais a respeito. Limito-me, então, a fazer algumas recomendações de leitura:


O ponto, porém, que eu gostaria de abordar aqui é outro:

Quando estes assuntos, evidentemente dotados de um potencial polêmico - mas que não são polêmicos em si - estouram na mídia e são contemplados pela sociedade em geral, eles tendem a despertar os tipos mais variados de juízos e mesmo os sujeitos que nunca pensam detidamente a respeito terminam sentindo-se preparados para emitir uma opinião, como se isso fosse qualquer banalidade. Grande parte dos que defendem a união homoafetiva aderem a esta posição utilizando-se somente de critérios românticos; ou são induzidos a isto pelo ambiente ideológico gerado por um contínuo martelar de inverdades e de afirmações gratuitas por parte dos formadores de opinião de cunho esquerdista que ameaçam com o apodo de preconceituoso os discordantes e fazem parecer que a quase totalidade das pessoas, com exceção dos bitolados e fanáticos religiosos, compreende a legitimidade de suas reivindicações.

Pior é quando estes sujeitos, conseguindo juntar duas falsas premissas ditas de qualquer modo num "Super-Pop" da vida, terminam vislumbrando uma conclusão - que se segue naturalmente das premissas falsas - e se convencem de que chegaram ali pelo próprio esforço e capacidade de penetração do problema e, logo, passam a defender tal opinião como se o ato de fazê-lo se convertesse numa espécie de garantia de autonomia intelectual. Não tenham dúvidas de que o tão alardeado senso crítico, no mais das vezes, é só isso.

A questão é que todo raciocínio e argumentação precisa repousar sobre verdades primeiras, e o grande problema dos discursos ideológicos está justamente nessas verdades primeiras, geralmente falsas. Contudo, a grande maioria desses que aderem à causa gay e gostam de fazer chover ofensas sobre o nome de Bento XVI, não tem o hábito de observar as premissas. Se estas fossem legítimas, teríamos uma argumentação coerente.

Porém, numa argumentação qualquer, como as premissas são as verdades primeiras, elas em geral não precisam ser explicadas, pois servem como premissas as verdades que são evidentes. Se elas devessem a toda hora ser explicadas, não seriam jamais verdades primeiras, e estariam a todo instante dependentes de verdades anteriores, estas sim, primeiras.

Pois bem. É muito cansativo ter de explicar os princípios a alguém que não os conhece, razão pela qual Schopenhauer recomendava abster-se de discussões com sujeitos assim. Alguém, por exemplo, que quisesse explicar porque o princípio de identidade é válido, ou porque a contradição implica falsidade, se veria diante de um trabalho complicado.

Temos, então, dois problemas no convencimento de grande parte das pessoas nas quais o bom senso cedeu lugar à anti-lógica revolucionária: 1- o critério mais comum de adesão não é racional, mas sentimental ou consensual. 2- A ignorância das premissas fá-los cegos à fragilidade e irracionalidade da própria posição e à firmeza da moral cristã.

Mas peguemos algumas premissas que fundamentam o discurso gayzista. Uma delas está veementemente exposta na carta que o referido deputado escreveu recentemente e consiste numa concepção muito abrangente e solta do amor. Muita gente irá concordar com ele e fará coro à sua voz. A linha é sempre mais ou menos a seguinte:

"Não é uma coisa tenebrosa que pessoas, em pleno século XXI, somente pelo fato de serem diferentes, estejam impedidas de amar? Ora, não foi Jesus quem pregou o amor? Se o amor é assim tão importante, os gays também têm o direito de amar e de construir uma vida a partir daí. Não aceitar isto é preconceito e é contrariar a ordem de Jesus."

Tenho certeza de que muita gente se identifica com este discurso. Mas se isto acontece, só prova que o grande motivo da adesão à causa gay é puramente emotivo. Este modo de argumentação exposto acima, em itálico, tem muitos erros e os seus pressupostos são totalmente falsos.

Para que fique evidente a fragilidade do discurso, levantemos a seguinte questão:

1- E se o objeto do amor de um homem fosse uma criança e esta, por sua vez, consentisse e afirmasse corresponder ao sentimento do adulto? Se o amor enquanto "sentimento" ou "atração" é mesmo o critério absoluto de uma união, então nós deveríamos legitimar a pedofilia consentida! Ora, esta coisa e outras piores são defendidas pelo Michel Foucault, guru nos cursos de Filosofia e Psicologia (Veja aqui, aqui e aqui) e, obviamente, leitura obrigatória de fundamentação da militância gay. O Luiz Mott também não se oporia à constatação de que a pedofilia decorre naturalmente dos pressupostos assumidos (Sobre isso, veja aqui e aqui) E agora? Devemos aceitar a pedofilia? "Não!", dirá a maioria sem nem perceber que agora estão indo contra o que antes haviam estabelecido como critério. Ué, então só "amor"  não é suficiente? Tem algo mais que convém levar em consideração? Incrível! O sujeito começa a se iluminar!

A maior parte dos ludibriados pelo sofisma gayzista provavelmente fará a seguinte ressalva: deve haver uma idade a partir da qual torna-se legítima a união sexual; antes não." Pois bem. Concordemos, né?; afinal, eles começaram a ficar do nosso lado. Notemos, porém, duas coisas: 1º que a idade é um critério objetivo. Saímos, enfim, da onipotência do subjetivismo gayzista. 2º que os defensores de um limite de idade, na maioria das vezes, não saberão explicar o "porquê" de este ser um critério legítimo. Só sabem que é, tipo o Chicó. Se disserem que é porque a criança não deve envolver-se em relações sexuais, não estarão argumentando, mas apenas repetindo a afirmação do limite da idade.

Algum espertinho, porém, talvez diga: "Ah, isto é porque o corpo infantil não está ainda perfeitamente ordenado às experiências sexuais". Se o sujeito argumenta deste jeito, percebemos que ele recorreu a mais um critério objetivo: o fator fisiológico. Pois bem! Este é justamente um dos critérios que fundamentam a moral católica a este respeito! Fisiologicamente, o corpo infantil não está ordenado à prática sexual. Vamos a mais uma constatação?

Fisiologicamente, o corpo masculino ordena-se ao feminino e vice-versa. Portanto, fisiologicamente, é anti-natural a união homossexual! Digo e repito: o ânus não é um órgão sexual! Estas coisas são de uma verdade absolutamente evidente e, portanto, o aspecto fisiológico, aos quais poderíamos estender também o psicológico, servem como princípio, ora bolas! Quer relativizar o aspecto fisiológico? Então, vai ter de admitir um monte de imoralidades, inclusive a pedofilia!

Poderíamos fazer ainda outras perguntas aos defensores do gayzismo:

Se o que importa é o amor ou a satisfação das próprias inclinações, também seria legítimo o sexo com animais? Não seria intolerância restringir somente à espécie humana o amor que é universal? O Jean friza que houve um tempo em que não se permitia a relação entre brancos e negros, e ele utiliza isto para argumentar que também hoje não se deve impedir a positivação da união entre dois homens ou entre duas mulheres. Pois bem! Utilizemos o mesmo argumento para defender a união inter-espécie. Que mal tem se uma pessoa legitima sua relação com uma cadela? Se o cachorro é o melhor amigo do homem, por que é que não pode progredir na intimidade? O amor é universal! Já que utilizam Jesus para fundamentar a união gay, utilizemos também S. Francisco de Assis para defender as relações com animais! - Que S. Francisco me perdoe por usá-lo em assunto tão tosco... - Posso, também, transar com uma árvore e adotar um filho com ela? Oras, quem foi que definiu que os pais têm de ser humanos? Se a criança tem por mãe uma árvore, isto pode desenvolver nele uma consciência ecológica mais forte, e em nenhum tempo isto seria mais adequado do que nos dias de hoje! E se fosse um casamento com um cadáver? Quem foi que definiu que o cônjuge precisa estar vivo? Ah, a lei só se aplica a indivíduos vivos? Mas, e se pensarmos no direito do sujeito que tem um fetiche por cadáveres? Não é um direito dele? Afinal, o critério último devem ser as pulsões sexuais, né? Quem vai duvidar de que os seus sentimentos pela defunta sejam sinceros? Não posso, só porque isto me escandaliza, restringir a satisfação de outra pessoa; seria intolerância, obscurantismo, medievalismo!

Vamos mais? E se o sujeito resolvesse se envolver com alguém da própria família? Com base em que se afirma a imoralidade do incesto? Isso não é, também, amor? Por que essa intolerância com o diferente? Aliás, isto não seria passível de se tornar um amor ainda mais intenso?

E quem foi que restringiu uma relação amorosa a dois sujeitos, apenas? Em outras culturas, há várias organizações diferentes de convívio múltiplo! Assim como querem retirar o tabu relacionado às profissionais do sexo, tiremos também a marca da imoralidade das orgias! Por que que tem de ser só dois? Não é muito mais legal, e solidário, se forem vários? Corramos rumo à liberdade! Vejamos as infinitas possibilidades disso!

Se alguém disser que eu to forçando a barra, eu respondo que estou tão somente apontando as implicâncias dessas premissas, que são a exclusão de todo limite. Se, porém, alguém defender que deve haver qualquer limite, este limite tem de ter um fundamento. Se há um fundamento, ele tem de ser explicado. Se há um limite que está para além dos consensos, ele faz parte da própria natureza. Há, então, que admitir-se certos traços no homem que devem ser respeitados em qualquer contexto. Logo, o "amor" não pode ser o único critério de validação de uma união.

Estas práticas que estão querendo implantar aqui no Brasil, já aprovadas em outros lugares, são de uma absurdidade tremenda! E vocês que, ainda que bem intencionados, atacam o Papa e a Igreja, prestem atenção! A Igreja e este senhor já idoso têm feito um esforço imenso para manter algo de dignidade no mundo! Deixem de ser abobados e comecem a reconhecer quem, de verdade, está lutando pelo bem e pela verdade.

Fábio.
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Um comentário:

  1. Gente, vamos parar de dar atenção à quem não merece. Quem é ou foi esse Jean Willys? Além daqueles que perdem o seu tempo assitindo o BBB, niguem mais o conhece. Ao contrário do papa, que é conhecido mundialmente.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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